O etanol, a bioeletricidade e a mitigação das mudanças climáticas - OpAA22

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Opiniões

o Brasil

terá um importante papel no cenário presente e futuro

Brazil will play an important role in the current and future scenario Nota: Tradução em inglês produzida pelo Articulista

" O setor de transporte representa, aproximadamente, 20% das emissões de gases de efeito estufa e está crescendo rapidamente. Em 2030, o número de carros de passeio nas estradas deve dobrar, chegando a 1,4 billhão de unidades. " Mario Lindenhayn Presidente da BP Biofuels Brasil President of BP Biofuels Brasil

A pergunta em discussão hoje é: que papel o etanol e a bioeletricidade podem ter na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas? Para contextualizar essa questão, é válido lembrar o que motivou a BP (British Petroleum), uma empresa global de petróleo e gás, a escolher os biocombustíveis como parcela significativa de nosso portfolio de energias alternativas. Ao fazer essa escolha, a BP está respondendo a duas grandes tendências que impactam o setor de energia. A primeira, naturalmente, é a necessidade de maior segurança energética em um mercado no qual a demanda está crescendo e a oferta é limitada. A segunda é a necessidade urgente de lidar com os riscos das mudanças climáticas através da redução das emissões de gases de efeito estufa globalmente. Essa necessidade de mudança é particularmente aparente nos combustíveis para transporte: mais de 60% do petróleo do mundo vão para o setor de transporte. Mais de 90% do combustível usado em transporte são de origem fóssil. O setor de transporte representa, aproximadamente, 20% das emissões de gases de efeito estufa e está crescendo rapidamente. Em 2030, o número de carros de passeio nas estradas deve dobrar, chegando a 1,4 billhão de unidades. Enquanto existem várias alternativas para descarbonizar a geração de energia elétrica, como a energia nuclear, eólica e solar, o setor de transporte tem menos opções para considerar. Na BP, nós acreditamos que os biocombustíveis são a única solução viável para fornecer energia de baixo carbono para transporte, de forma segura, competitiva e em larga escala. E, naturalmente, o investimento em agricultura, implícito na produção de biocombustíveis, terá um efeito significativo na melhoria das condições do setor agrícola, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos em desenvolvimento. Esses fatos ajudam a explicar por que os legisladores em todo o mundo têm tratado os biocombustíveis com certo entusiasmo, demandando um crescimento significativo dessa indústria.

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The question raised today is what role ethanol and bioelectricity can play in mitigating climate change. To set that into context, it is worth first giving a short reminder of why, as a global oil and gas company, we have chosen to move into biofuels as a major part of our global alternative energy portfolio. BP (British Petroleum) is responding to two major trends that are impacting the energy sector. The first, of course, is a drive for greater energy security in a market where demand is increasing and supply is under pressure. And the second is the urgent need to address the risk of climate change by reducing global greenhouse gas emissions. The need for change is particularly apparent in transport fuel: more than 60% of the world’s oil goes into transport. More than 90% of the world’s transport fuel is made from oil. The transport sector accounts for around 20% of global greenhouse gas emissions and it is growing fast – by 2030 the number of passenger cars on the road is expected to double to 1.4 billion. And while there are many options for decarbonising power generation – such as nuclear, wind and solar - transport has fewer options to play with. At BP, we believe that biofuels are the only viable solution to provide safe, scalable and competitive low-carbon energy for transport. And of course, the investment in agriculture which is implicit in biofuel production will have a powerful effect on improving rural livelihoods, both in the developing and developed worlds. This helps explain why regulators around the world have taken to biofuels with some enthusiasm, demanding significant growth in this industry. Brazil has led the world in creating a sustainable fuels industry, becoming the largest producer and consumer of sugarcane ethanol and the largest exporter of ethanol globally. This has been the result of a strong policy framework which has driven innovation, enterprise and growth – in fact a model for encouraging clean and safe energy worldwide. With 92% of all new cars sold here now having ‘flex fuel’ capability, around 600 million tonnes of


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