DIREITO À CIDADE E O DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO COMO INSTRUMENTO PARA IGUALDADE João Mateus da Silva Costa1
INTRODUÇÃO A cidade é onde o indivíduo se realiza como pessoa, constitui família, cria laços afetivos e sociais, desempenha papéis singulares e participa da vida econômica de formas peculiares e únicas. Transformando esse espaço em um lugar de manifestações culturais, artísticas e de personalidade íntima e palco de lutas. A questão urbana traz à voga um dos temas que estão em debate em questão mundial, a crise do planejamento do direito à cidade e de como as populações com menos voz são impactadas. Esse processo de planejamento urbanístico no Brasil se demonstrou desuniforme; a ausência de políticas públicas e de uma estruturação preparada fomentou um crescimento desordenado. O crescimento econômico e a individualização dos interesses não só esfacelaram a essência do caráter coletivo do direito à cidade e da ideia de desenvolvimento em conjunto, como aumentou a discrepância entre o grupo de poder econômico e político que detém o poder de usufruir do meio ambiente urbano e “jogar” para as periferias a maioria, os que não se fazem ser ouvidos. Esse contexto e realidade parecem ser um câncer com metástase por todo lado. O presente resumo contextualiza a crítica do desenvolvimento pautado no direito à cidade e como a integridade do “ter direito” tem se voltado para poucos. METODOLOGIA O procedimento metodológico adotado para embasamento foi a união de debates em sala de aula, textos lidos, artigos estuda1 Graduando em Bacharelado em Gestão Pública e Desenvolvimento Regional – UFOPA. 178 | CIDADES E BEM VIVER NA AMAZÔNIA