cidades onde havia forte presença germânica, como Benedito Novo, Timbó, Blumenau e Rio do Sul. Outros, querendo permanecer fiéis ao objetivo pelo qual haviam abandonado a terra natal, isto é, constituir família numa propriedade rural, onde seria possível conviver com a natureza e levar uma vida digna, procuraram se informar a respeito das diferentes frentes de colonização em curso naquela época: Porto Novo (hoje, Itapiranga) e outras regiões do oeste de Santa Catarina ou então o Paraná, principalmente Rolândia, Ivaiporã, Entre Rios, Jussara e Palotina. Por fim, houve também aqueles que, ajuntando os parcos recursos e com ajuda de parentes, decidiram voltar à Alemanha, onde um destino sombrio os aguardava, pois em 1939 começou a guerra que, de uma ou de outra forma, afetou a todos os que estavam sob as ordens do nacional-socialismo. Pesquisas revelaram que vários foram convocados para o serviço militar e envolvidos nas ações bélicas, perecendo, alguns deles, nos combates.
O fim de um sonho Os jovens que participavam do estágio preparatório e que, ao final do mesmo, eram aceitos, partiam com muito entusiasmo para a nova pátria. Todavia, esse entusiasmo não perdurou. Mal chegados à colônia, surgiram problemas, descontentamentos, desânimos e, como consequência, abandono sucessivo, da parte de muitos, do projeto colonial. Padre Beil relata em sua autobiografia: “Com o segundo grupo vieram os primeiros grandes problemas. Alguns não se
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