remanescentes que ali ainda se encontravam. Esteve apenas uma vez em visita a Heimat-Timbó, em 1957, por ocasião da comemoração dos 25 anos de fundação da colônia. Apesar das homenagens que recebeu nessa ocasião, sua frustração deve ter sido grande, pois pouca coisa restava daquilo que havia sido seu grande sonho. Para ele, a solenidade era uma celebração de algo que já não existia mais.
A superação dos sonhos frustrados Ao deixar Heimat-Timbó, Johannes Beil foi a São Paulo e colocou-se à disposição do bispo, que o enviou a Ubatuba, cuja paróquia estava há tempo sem pároco.22 Trabalhou incansavelmente, durante muitos anos, junto aos caiçaras do litoral paulista. Como ele era alemão nato, teve que abandonar o litoral quando o Brasil entrou na guerra contra as potências do Eixo, pois o regime ditatorial de Getúlio Vargas exigia que, em nome da segurança nacional, nenhum padre estrangeiro trabalhasse em paróquia limítrofe com o litoral. Por isso, em março de 1943, ele foi para São Paulo, onde assumiu a paróquia de São Vito, no bairro do Brás. Terminada a guerra, teve autorização para voltar ao litoral, reassumindo a paróquia de Ubatuba. De 1952 em diante, trabalhou durante 10 anos em São Vicente, empenhando-se na construção da igreja. Em 1962, voltou novamente a São Paulo, encarregando-o o arcebispo de duas paróquias na periferia da cidade, mais precisamente na Vila Mangalot, onde fundou a Paróquia de São João Batista e construiu a igreja matriz. Nessa paróquia, Padre Johannes Beil permaneceu até 22
Em São Paulo, onde a absoluta maioria da população era luso-brasileira, Padre Johannes Beil teve seu nome traduzido para o português, passando a chamar-se Padre João Beil.
32