A parte mais baixa da colônia ficava entre 600 a 700 metros acima do nível do mar e, nos lugares mais elevados, a altitude oscilava de 900 a 1.000 metros. O terreno era constituído, predominantemente, de terra argilosa e pouco arenosa, e nos lugares mais baixos, havia brejos onde se encontravam as nascentes dos riachos que atravessavam o terreno. No seu todo, o solo era, portanto, fraco e pouco apropriado para lavoura. Para tornar-se produtiva, a terra precisaria ser cultivada e fertilizada. Era montanhosa com pequenas áreas onduladas e outras bem escarpadas, não se prestando, portando, para uso de arado, o que dificultava a exploração agrícola. O terreno era atravessado, em parte, pelo rio Lima, cujos afluentes irrigavam bem a terra. Na maior parte do terreno encontravam-se as nascentes do rio Forcação cujos riachos formavam estreitos e escapados vales. Todo o terreno encontrava-se coberto de densa mata mista. Havia, na região, pouca madeira de valor comercial. Entre as madeiras existentes, encontrava-se a canela preta, a canela sassafrás, a canjerana e o cedro. Na extremidade mais elevada do terreno e de difícil acesso, havia também imbuia, madeira muito valorizada para móveis. Embora a região ainda não tivesse sido ocupada legalmente por colonos, antes da implantação da colônia Heimat, madeireiros da redondeza já haviam extraído grande parte da madeira aproveitável para fins comerciais.
Os pioneiros Enquanto Beil providenciava os preparativos aqui no Brasil, Konrad Theiss realizava em Ebersteinburg, na Alemanha, o estágio preparatório do primeiro grupo, durante o mês de abril e maio de 1932. Participaram do encontro 24 jovens, dos quais profissão, tornou-se, com o passar dos anos, um profundo conhecedor das terras e da colonização do Médio Vale do Itajaí e planalto norte de Santa Catarina.
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