e as crianças iam para o desconhecido da floresta, em nosso assentamento colonial as mulheres e moças encontrarão uma casa parcialmente pronta para morar. É verdade que será uma casa ainda bastante primitiva em comparação com as moradias alemãs, mas que certamente será melhor que aquela que as mulheres dos antigos imigrantes encontravam.”5 Entre os integrantes do primeiro grupo havia alguns jovens noivos que, oportunamente, mandariam vir suas noivas, como de fato o fizeram. Outros mandaram vir as respectivas irmãs, que acabaram se casando com alguns dos jovens. Estava também prevista a abertura, no assentamento colonial, de uma secção feminina para moças idôneas, com base no contrato.
O caminho Os jovens interessados em tomar parte no projeto participavam de um estágio preparatório de trabalho comunitário, tendo em vista as condições físicas e climáticas que encontrariam no Brasil. Em primeiro lugar, exigia-se do candidato um atestado de aptidão física. Em caso de necessidade, tratando-se de comerciantes e estudantes, os interessados deveriam trabalhar previamente por algum tempo com um agricultor para adquirirem experiência e familiaridade com a lavoura e com a criação de animais. A seguir, os candidatos eram reunidos, de quatro a seis semanas, num determinado lugar para um estágio preparatório de trabalho (Arbeitsdienst). O curso não tinha como objetivo primordial exercitar os jovens apenas no trabalho braçal, mas antes prepará-los para a vida em comunidade. Eram tratadas também questões fundamentais da vida na colônia e da emigração. O tirocínio era também ocasião para avaliar quem 5
THEISS, Konrad. Die Jugend-Gemeinschafts-Siedlung “Heimat” Brasilien. Freiburg im Breisgau: Caritasverlag G.m.b.H., 1933, p. 14-15.
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