Efetivamente, foram celebrados, durante os anos de 1934 e 1935, mais de uma dezena casamentos de jovens que participaram do projeto colonial Heimat. Alguns se casaram com as noivas vindas da Alemanha, outros conseguiram arrumar parceiras em alguma comunidade de origem alemã e outros se casaram com moças de origem polonesa.
Vida cultural Um dos objetivos, ainda que secundário, da colônia comunitária era difundir também a cultura alemã. Os jovens deveriam contagiar, com seu modo de ser e de viver, com suas crenças e valores e sua maneira de trabalhar, as populações com as quais entrariam em contato. No estágio preparatório, insistia-se muito no “grande papel cultural que uma colônia comunitária tem num distante e ainda inculto país”. Segundo as palavras de Konrad Theiss, “Não se passa um dia, durante o estágio preparatório, em que não fazemos ver a nossos jovens que eles têm uma missão a cumprir no exterior, que eles vão para a colônia não só para construir uma existência para si, mas que eles são pioneiros, abridores de caminho e tropa de vanguarda da juventude alemã”.25 E Konrad Theiss evoca exemplos da história em que colonos alemães migraram para os Estados Unidos e para o Leste da Europa e lá, apesar de todas as adversidades, preservaram e difundiram os bens culturais do povo, da religião, da língua e dos costumes alemães. Havia, portanto, por parte dos dirigentes da colônia Heimat-Timbó, uma clara intenção de preservar e difundir a germanidade no exterior. 25
THEISS, Konrad. Die Jugend-Gemeinschafts-Siedlung “Heimat” Brasilien. Caritasverlag G.m.b.H., Freiburg im Breisgau, 1933. p. 8.
92