PRODUTO
EM FOCO
TEXTO E FOTOS SEBASTIÃO MARQUES
SE UM FENDT
IMPRESSIONA MUITA GENTE, DOIS A CHEGAR
Um olival tradicional, de variedades típicas da região de Castelo Branco, com 750 hectares juntos e 100% regado, não é, no mínimo, habitual. O sistema de colheita implementado obriga a um número elevado de tratores na casa. Por isso, a empresa decidiu investir na aquisição de seis Fendt 211.
E
ntre Chão da Vã e Barbaídos, duas localidades do distrito de Castelo Branco, numa paisagem marcadamente declivosa e pedregosa, onde a pastorícia já foi rainha mas onde hoje impera a exploração florestal, é possível encontrar um impressionante olival. Ao todo são, ao dia de hoje, 750 hectares, todos regados. As oliveiras, galegas e cobrançosas, plantadas num compasso padrão ao longo de todo o olival de 6,5m x 4,5m, são regadas a partir de um surpreendente sistema de retenção de água. Atualmente são sete barragens que asseguram água para dois anos. No entanto, está já em construção mais uma com capacidade para um milhão de metros cúbicos. Constituída em 2009 e iniciando a sua primeira extração de azeite em 2014, a Fio da Beira - Produção e Comercialização de Azeite Lda, localizada em plena Região de Denominação de Origem Protegida Azeite da Beira Interior - Beira Baixa, é a detentora do olival. O
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abolsamia
São já doze os Fendt que trabalham na Fio da Beira. Quando visitámos a empresa ainda não tinham chegado dois dos seis mais recentes.
LAGAR lagar e as infraestruturas adjacentes não ficam atrás. Encontra-se equipado com equipamentos da mais recente geração no que às necessidades de produção, armazenamento e embalamento de azeite, diz respeito: linha de receção, limpeza de azeitona com capacidade para 20t/hora; linha automática de extração de azeite 250t/dia; depósitos de armazenamento com capacidade total de 500.000 litros; sistema de enchimento, rotulagem e capsulagem automático; sistemas diversos de medição e controlo da qualidade da azeitona e do azeite. A empresa exporta quase toda a sua produção, tanto de azeite como azeitona em conserva, para mercados como Espanha, EUA, Brasil, França, Alemanha e Áustria. Na Fio da Beira trabalham doze pessoas durante todo o ano, a que se juntam outras quinze na altura das podas e mais cinquenta na colheita.
outubro/novembro 2021
Encontra-se equipado com equipamentos da mais recente geração no que às necessidades de produção, armazenamento e embalamento de azeite diz respeito.
João Carlos Almeida é o gerente da Fio da Beira. Na empresa desde o início da plantação do olival e construção do lagar, há quinze anos, é também o principal responsável pela gestão do parque de máquinas. Na casa trabalham dezanove tratores, todos vendidos pela Maquiguarda, doze Fendt e sete Kubota. A relação com a marca de Marktoberdorf vem de trás, desde os tempos em que trabalhava por conta própria, conta. “Há mais de trinta anos que trabalho com tratores Fendt. O primeiro foi um 307 LSA, em 1991. O segundo chegou três anos
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