Actualidade Economia Ibérica - nº 285

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“Génio e Ansiedade - Como os Judeus mudaram o mundo 18471947” Marx, Freud, Proust, Einstein, Kafka, Wittgenstein, Sarah Bernhardt, Amadeo Modigliani, entre outros, são algumas das personalidades conhecidas de origem judaica referidas na obra do historiador Norman Lebrecht “Génio e Ansiedade - Como os Judeus mudaram o mundo 1847-1947”. O autor debruça-se sobre este período de 100 anos e conta a história de homens e mulheres, que ajudaram a transformar o mundo, referindo as suas proezas, mas também as contrariedades das suas vidas: “Muitos são sobejamente conhecidos –. Outros desapareceram da memória coletiva, apesar do seu impacto indelével no nosso quotidiano. Sem Karl Landsteiner, não haveria transfusões sanguíneas. Sem Paul Ehrlich não teríamos quimioterapia. Sem Siegfried Marcus não existiria o automóvel a gasolina. Sem Rosalind Franklin a genética seria bem diferente. Sem Fritz Haber não haveria culturas suficientes para alimentar a população atual. O que é que estes visionários têm em comum? As suas origens judaicas. O dom de pensar fora da caixa. O raciocínio rápido. Em 1847, menos de 0,25% da população era de origem judaica, contudo eles moldaram o século XX e viram o que os outros não conseguiram.” O autor, também de origem judaica, nasceu em 1948 em Inglaterra, e já editou mais de uma dezena de livros, sendo igualmente habitual crítico de música clássica.

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março de 2021

Teatro

“À Espera de Godot”, no Teatro S. João, no Porto Entre Vladimir e Estragon acontece um dos mais representados diálogos do mundo. Sabemos que esperam Godot, mas nunca saberemos quem é Godot. A peça “À Espera de Godot “, de Samuel Beckett regressa aos palcos portugueses, desta vez, ao Teatro Nacional de São João, no Porto. “Alguém escreveu que é uma peça onde ‘nada acontece, duas vezes’. Há uma árvore que reverdece na passagem do primeiro para o segundo ato. Há as botas de Estragon e o chapéu de Vladimir, dois palhaços-vadios que esperam e esperam. Samuel Beckett deu sólidos contributos para que a peça permanecesse num limbo de ambiguidade. Disse que “Godot” descendia de “godillots”, calão francês para… ‘botas’.” Estas pistas integram a sinopse do Teatro São João sobre a peça que o dramaturgo irlandês escreveu em francês e que foi publicada em 1052. O espetáculo estará em cena (sujeito a confirmação, devido aos condicionalismos que possam existir por causa da pandemia) pela mão de Gábor Tompa: “Encenador cosmopolita e multipremiado, diretor artístico do Teatro Húngaro de Cluj, na Roménia, desde 1990, e presidente da União dos Teatros da Europa desde 2018, Gábor Tompa é uma personalidade cuja importância extravasa os palcos. O crítico Georges Banu descreve-o como um ‘construtor de pessoas e de lugares’, um artista que olha com relutância para o ‘realismo’, um descendente de Kantor e ‘irmão’ de Josef Nadj. O Teatro Nacional São João convida-o para dirigir esta ‘tragicomédia em dois atos’, que ele tem visitado com regularidade, como um maestro que recria, com músicos diferentes, uma ‘estrutura musical de uma assombrosa precisão’.” Além de Vladimir e Estragon, integram a história as personagens Pozzo e Lucky. A interpretação é da responsabilidade de João Melo, Maria Leite, Mário Santos e Rodrigo Santos. A peça foi escolhida para o fim das comemorações do centenário do teatro São João: “O Centenário termina aqui, com À Espera de Godot. ‘Talvez devêssemos recomeçar tudo’, pondera Vladimir. ‘Pode-se começar de onde se quiser’, afirma Estragon.” De 7 a 27 de março, no Teatro Nacional de S. João, no Porto*

Seminário sobre Shakespeare no Teatro D. Maria II Escreveu peças no século XVI que continuam a ecoar nos palcos de todo o mundo. William Shakespeare é um dos dramaturgos mais conhecido, reconhecidos, estudados e representados de sempre. O Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, dedica-lhe um ciclo de seminários: “Um seminário para ler um autor fundador. Ao longo de quatro sessões via Zoom, serão lidas quatro peças de Shakespeare, todas a dialogarem com o nosso tempo” O tiro de partida foi dado por Macbeth, no passado dia 13 de fevereiro. Segue-se no dia 13 de março, a peça Rei Lear, a tragédia sobre um rei inglês, considerada uma das obras-primas de Shakespeare. O texto, de 1605, foi inspirado por antigas lendas bri-


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