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MAPFRE aumenta lucros em Portugal para os 15,8 milhões de euros O grupo MAPFRE Portugal obteve um resultado global de 15,8 milhões de euros no exercício de 2020, com o volume de prémios a atingir os 261,2 milhões de euros, evidenciando uma melhoria de desempenho apesar dos efeitos da pandemia de COVID-19. Atualmente, a MAPFRE marca presença em Portugal com várias seguradoras: MAPFRE Seguros Gerais, MAPFRE Seguros de Vida, Bankinter Vida Portugal (resultante da parceria com o Bankinter) e, mais recentemente, MAPFRE Santander Portugal, em parceria com o Banco Santander. Os resultados das sociedades MAPFRE Seguros Gerais SA e MAPFRE Seguros de Vida SA atingiram o valor de 8,7 milhões de euros. O rácio combinado do negócio Não Vida teve um comportamento excecional e fixou-se em 93,3%. Este valor está em linha com a evolução dos últimos anos e resulta da estratégia de negócio que tem vindo a ser implementada. Os prémios em Portugal destas socieda-
des atingiram os 138,8 milhões de euros, representando um crescimento de 1,7 por cento em relação ao ano anterior. Segundo Luis Anula, CEO da MAPFRE, “os resultados foram positivos e encorajadores. Conseguimos superar o mercado no crescimento em prémios e a nossa operação foi capaz de responder aos desafios, de se adaptar e mesmo de melhorar alguns aspetos do seu desempenho”. À semelhança do que foi adotado pelo grupo MAPFRE a nível mundial, também em Portugal foi ativado um plano com medidas especificamente orientadas para mitigar os efeitos da pandemia. A companhia colocou até 90% dos colaboradores em regime de teletrabalho e tornou-se a primeira seguradora a obter, em Portugal, a certificação ISO 22301 pela AENOR de “Gestão da Continuidade do Negócio”. Doações diretas à sociedade, nomeadamente material e equipamento médico oferecido aos hospitais centrais de Lisboa e ao Hospital de S. João (Porto),
ações de voluntariado corporativo e apoio social através da Fundação MAPFRE foram outras iniciativas que marcaram o exercício de 2020 em Portugal. A nível internaciona,l o grupo MAPFRE manteve em 2020 a solidez financeira, apesar de algumas quebras e provisões extraordinárias nalguns mercados.As receitas globais ascenderam a 25.419 milhões de euros, menos 10,7% do que em 2019, embora se mantivessem as fortes contribuições dos três principais mercados (Espanha, Brasil e Estados Unidos).
EDP vai investir 24 mil milhões de euros na transição energética com novo plano estratégico A EDP vai “acelerar” o seu investimento solar e eólica da empresa até 2025, de em energias renováveis na Europa e na 12 para 25GW, anunciou ao mercado América do Norte, duplicando a capaci- na atualização do seu plano estratégidade instalada em energia eólica e solar co para 2021-2025. Na geração solar nos próximos cinco anos. A empresa descentralizada, a empresa pretende liderada por Miguel Stilwell de Andrade multiplicar por 10 a sua presença global. pretende tornar-se neutra em emissões A EDP deixará de produzir a partir do de carbono até 2030. Para tal, investirá carvão em 2025 e será “ totalmente 24 mil milhões de euros, nos próximos verde” em 2030, “antecipando em 20 quatro anos, com o objetivo de “refor- anos a metas de ser uma empresa sem çar a sua posição de líder” na verten- impacto nas emissões de carbono”, te da transição energética. Do total a destaca em comunicado. Refira-se que, investir, 80% será aplicado em energias a meta anterior, definida pela EDP em renováveis, através de várias tecnolo- março de 2019, previa apenas que mais gias – eólica, solar, hidrogénio verde de 90% da produção da empresa, em e armazenamento de energia–, com o 2030, fosse de origem renovável. desenvolvimento de quatro gigawatts “Este plano é um compromisso forte e (GW) ao ano e duplicando a capacidade ambicioso da EDP e inclui uma acele-
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ABRIL DE 2021
ração sem precedentes do nosso crescimento em renováveis, suportado pela nossa história de sucesso. O desafio inédito que as alterações climáticas nos impõem requer uma mudança de mentalidade e de ambição e, acima de tudo, uma ação mensurável. Não se trata apenas de levar energia às comunidades, mas sim de contribuir para que estas comunidades possam ter vidas mais sustentáveis”, destaca Miguel Stilwell. A empresa vai ainda investir dois mil milhões em inovação e na transformação digital, focados em novas soluções em hidrogénio, armazenamento de energia, redes inteligentes, comunidades de energia e mobilidade elétrica, e para reforçar a ligação da sua equipa global.