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LSD, para “viciados” na partilha de petiscos Localizado no Largo de São Domingos, justificação geográfica para o nome, o LSD volta a ter carta assinada por João Pupo Lameiras, com matriz portuguesa e influências espanholas e de outras paragens. O chefe, empresário e consultor em vários restaurantes, aguça-nos o apetite para algumas das surpresas que pretendem “viciar” os clientes deste espaço portuense. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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oão Pupo Lameiras e o seu sócio José Ribeiro abriram o LSD há oito anos, quando a animação em torno da rua das Flores e do Largo de São Domingos, no Porto, ainda era uma promessa. O turismo estava a começar a acelerar e aquela zona da cidade, em plena Baixa portuense, estava em obras. Com alguns dos mais carismáticos edifícios da cidade, incluindo a igreja da Misericórdia, legado barroco, reedificado pelo arquiteto Nicolau Nasoni, esta zona, vizinha da icónica Estação de São Bento, transformou-se numa das mais movimentadas do Porto. Além do LSD, outros projetos de restauração ali se sediaram, enriquecendo a oferta gastronómica da Baixa portuense. “Com o crescimento do turismo, esta era uma das zonas mais animadas, antes da pandemia, e o LSD beneficiou desse bom momento. Tivemos sempre muitos clientes portu-
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MARÇO DE 2022
gueses e estrangeiros e fomos adaptando a carta, em função disso. Acredito que voltaremos a ter esse dinamismo.” O conceito que agarrou os clientes mantém-se o mesmo: petiscos e partilha. “A carta tem vários petiscos, mas mesmo os que poderiam ser considerados pratos principais, como as costelas de porco ibérico com batata nova ou o robalo com legumes assados, são partilháveis, ou pelo menos é assim que eu prefiro consumi-los à mesa do LSD”. A carta sugere isso mesmo, estando dividida pelas secções “tábuas”, uma de salmão curado na cozinha do LSD e outra de queijos, pela generosa secção “partilhar”, com quinze propostas; a secção de “sides” (acompanhamentos), que inclui salada de cebola e laranja com folhas verdes e batata frita com maionese de alho e salsa; uma secção infantil, que não poderia ser mais consensual, já que é composta
por sopa, bife com batatas fritas e ovos estralados com batatas fritas; por último a secção “doces”, onde figura o parfait de chocolate (um best seller que transita das cartas anteriores), mas também novidades como o pavé de maça assada, com canilha de leite-creme e gelado de especiarias, ou o gelado fumado à lareira. João Pupo Lameiras, que saiu do projeto poucos meses depois da abertura, para abraçar outros desafios, regressou no ano passado. “Gosto muito dos donos (José Ribeiro e Cândido Ribeiro) e aceitei voltar como consultor gastronómico, para redefinir a carta.” O chefe assegura que o objetivo é “servir comida saborosa e consensual, que é sempre muito importante num negócio, sem grandes truques”. A gastronomia portuguesa é sempre uma inspiração e “está presente, quer pelos ingredientes, quer por algumas técnicas ou recei-