SOFIA COELHO SILVA Diretora de Marketing & Comunicação
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
CUIDAR DE QUEM CUIDA!
Nesta edição 47 fomos falar com a Associação Nacional de Cuidadores Informais (ANCI), para ouvir as histórias dos portugueses que cuidam e garantem a qualidade de vida de alguém que se encontra numa situação de dependência. Percebemos que cuidar do outro exige uma disponibilidade sem fim, sem fins de semana e sem férias. A doença, quando é crónica, infelizmente não desaparece.
• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E–mail: apoio.cliente@holon.pt
Neste sentido, o Estatuto de Cuidador Informal veio abrir uma janela de esperança e garantir novos e mais apoios aos cuidadores: “é fruto da luta de muitos cuidadores informais, unidos por uma causa e luta comuns - a dignificação do cuidador informal”, diz-nos Maria Anjos Catapirra, vice-presidente da ANCI. As Farmácias Holon congratulam-se com este reconhecimento jurídico, pois a grande maioria dos cuidadores sente-se isolado, sem apoios e sem capacitação. Disponibilizamos, nas farmácias do Grupo Holon, um conjunto de serviços que podem retirar alguma carga ao dia a dia destas pessoas, como a Nutrição, a Podologia, a Dermofarmácia e o Pé Diabético. Recentemente, lançámos o site www.farmaciasholon.pt/on, através do qual é possível marcar uma consulta ao domicílio. Criámos o Serviço de Enfermagem Holon com o objetivo de prestar cuidados diferenciados aos nossos utentes. Aqui, temos disponíveis as seguintes áreas: Tratamento a Feridas cirúrgicas e não cirúrgicas (agudas); Cuidados à pessoa com Ostomia e Vacinação e Administração de Injetáveis. O enfermeiro realiza sempre uma avaliação pormenorizada das necessidades da pessoa e intervém, de forma a assegurar cuidados personalizados e holísticos. Conscientes do desafio que é, para muitas pessoas, saber como controlar e interpretar as medições de glicemia, apresentamos o novo projeto - “Diabetes Check” - criado para ajudar a monitorizar os valores de glicemia, bem como a prevenir episódios de hiper e hipoglicemia.
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Carla Mateus (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Gonçalves, Ana Sofia Ramos, João Seabra, Luís Antunes, Patrícia Neves, Patrícia Parrinha. • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E–mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: Finepaper • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E–mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
Através da Consulta Farmacêutica, com aconselhamento individualizado durante 1 ano, o Farmacêutico faz uma avaliação dos parâmetros de saúde, da terapêutica e hábitos de vida, o que permite a definição de metas e a adoção de estratégias para alcançar os objetivos. Pretendemos contribuir para a diferenciação da farmácia e para a fidelização dos nossos utentes. Farmácia Holon: sempre ao seu lado! >3
>INDÍCE
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OPINIÃO SAÚDE GESTÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA
ENFERMAGEM HOLON
ACOMPANHAMENTO À PESSOA COM OSTOMIA
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DERMOFARMÁCIA HOLON “MASKNE”: A ACNE POR DETRÁS DA MÁSCARA
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ATUALIDADE
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OPINIÃO SAÚDE
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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SER MAIS HOLON
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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ENFERMAGEM
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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OPINIÃO SAÚDE
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H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE PROJETO GRIPENET RECRUTA PARA VIGILÂNCIA DA GRIPE E COVID-19 O sistema Gripenet, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, está a recrutar participantes para acompanhar a epidemia sazonal de gripe e a pandemia por covid-19 através da Internet. Os participantes são convidados a preencher semanalmente um questionário a reportar os seus sintomas (ou ausência deles). Este ano com a pandemia por covid-19 em curso, o projeto pretende também identificar padrões de sintomatologia compatível com esta doença, para identificar tendências na evolução no número de casos. Um dos ‘segredos’ do sucesso do Gripenet é sua simplicidade de uso e rapidez no preenchimento dos sintomas, bem como a transparência no tratamento dos dados. O projeto Gripenet teve início em 2005 e já contou com a participação de 25 mil voluntários. Ao longo dos anos, os dados recolhidos têm permitido entender melhor a dinâmica de transmissão dos vírus Influenza, incluindo quais os fatores de risco associados à síndrome gripal, assim como o recurso aos sistemas de saúde ou os comportamentos face à doença.
e hortícolas na nutrição humana, segurança alimentar e saúde e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Para comemorar esta data foi lançado um “Documento de referência do Ano Internacional das Frutas e Vegetais (IYFV-2021)”, que descreve os benefícios do consumo de frutas e vegetais e examina o setor de frutas e vegetais a partir de uma abordagem de sistemas alimentares: da produção e comércio sustentáveis à gestão de perdas e resíduos.
NOVA DIETA MEDITERRÂNICA “VERDE” PODE SER MELHOR DO QUE A ORIGINAL
ONU DESIGNA 2021 COMO ANO INTERNACIONAL DAS FRUTAS E HORTÍCOLAS A Organização das Nações Unidas (ONU) designou 2021 como o Ano Internacional das Frutas e Hortícolas (IYFV). O objetivo visa aumentar a consciencialização sobre o importante papel das frutas
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Classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, a dieta mediterrânica é considerada um dos padrões alimentares mais saudáveis do mundo. Agora, um novo estudo, publicado na revista científica “Heart”, sugere que a restrição adicional de carne e um aumento do consumo de vegetais ricos em proteínas poderá beneficiar ainda mais o estado cardiometabólico e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Durante o ensaio clínico da investigação, denominada por “The effect of green Mediterranean diet on cardiometabolic risk; a randomised controlled trial”, distribuíram aleatoriamente 294 pessoas sedentárias e moderadamente obesas (IMC de 31) com idade média de 51 em três grupos. O terceiro grupo recebeu orientação de atividade física e aconselhamento sobre como seguir uma versão “verde”, com restrição calórica semelhante da dieta mediterrânica. Após seis meses, os voluntários que estavam no terceiro grupo perderam mais peso. Verificou-se uma diminuição da tensão arterial, resistência à insulina e um importante marcador de inflamação, a proteína C reativa. Além disso, a proporção de colesterol “bom” para colesterol “mau” também aumentou.
> OPINIÃO SAÚDE
CÉLIA LOPES Nutricionista FRESENIUS KABI
GESTÃO NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA A malnutrição, sendo um estado de insuficiente ingestão alimentar, resulta na perda de peso não programada (perda de massa muscular). As consequências estão associadas a um pior resultado no desenvolvimento da doença ou no seu tratamento, ao declínio cognitivo e comprometimento do sistema imunitário (maior risco de infeções). A perda de força muscular acaba por potenciar o aumento do risco de quedas, perda de mobilidade e, consequentemente, perda de autonomia. A suplementação nutricional oral é recomendada como complemento da alimentação, para situações em que não seja possível atingir as necessidades nutricionais somente com a alimentação habitual. Para casos específicos, como na presença de doença oncológica, associada Diabetes, doença renal, disfagia ou malabsorção, existem soluções nutricionais específicas. CADA CASO É UM CASO. Os suplementos nutricionais orais recomendados para a gestão nutricional de doentes oncológicos malnutridos ou em risco nutricional, devem fornecer pelo menos 400 kcal por dia, associado a um teor de proteína igual ou superior a 20 g de proteínas por dia, apresentarem alto teor em Vitamina D e baixo volume (125 ml) devido à acentuada falta de apetite.
A adequação do estado nutricional, com recurso a suplementos nutricionais orais, permite evitar complicações clínicas e melhorar a qualidade de vida dos doentes oncológicos e dos seus cuidadores e familiares. Um doente oncológico bem nutrido tolera melhor as terapêuticas antineoplásicas e apresenta menores taxas de complicações. O profissional de saúde deverá estabelecer uma comunicação positiva com o doente e cuidadores/familiares, de forma a potenciar a adesão aos suplementos nutricionais orais. É necessário explicar as razões para a toma, os benefícios da suplementação nutricional, que existem diferentes sabores disponíveis (sabores frutados, sabores estilo sumo e sabores estilo lácteo), e apresentações (líquidos, pudim, em pó), assim como o modo de utilização (ex.: ingerir entre as refeições ou à ceia, introduzir a suplementação de forma progressiva, sabor melhorado quando tomado frio, agitar antes de abrir). É importante estar atento aos diferentes fatores que possam comprometer o estado nutricional e atuar precocemente, logo desde o diagnóstico. A manutenção de um estado nutricional adequado é fundamental para a saúde e bem-estar dos doentes oncológicos.
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ANA PAIS Presidente da Associação Nacional de Doentes com Artrites e Reumatismos da Infância
> PONTO DE VISTA
DOENÇAS REUMÁTICAS CRÓNICAS NA INFÂNCIA: DIVULGAR E DESMISTIFICAR «Estas doenças, muitas vezes sem manifestações exteriores visíveis, fazem com que os outros não compreendam claramente as limitações dos seus doentes.» Quando falamos de doenças reumáticas crónicas na infância, geralmente começamos por desmistificar um conjunto de ideias pré-concebidas. Em primeiro lugar, é muito comum ouvirmos dizer que alguém sofre de “Reumático”, mas importa esclarecer que não existe “Reumatismo”. O que existe é uma centena de doenças reumáticas com sintomas, caraterísticas e tratamentos diversos. Por outro lado, estas doenças não são “coisas” de idosos. Na verdade, podem afetar qualquer pessoa, desde o nascimento até à terceira idade. Estima-se que uma em cada mil crianças em idade escolar possa ter uma doença reumática crónica. E estas podem ter diversas manifestações, nomeadamente ao nível das articulações, mas também de outros órgãos, causando dor e restringindo os movimentos, com efeitos diretos nas atividades diárias. Uma ideia que poderá ser muito assustadora quando recebemos o diagnóstico, é que “crónica” significa “para sempre”. É certo que quando o diagnóstico é feito, é impossível prever qual a duração da doença em cada doente, mas tal não significa que é “para toda a vida”. Nestes momentos, muitos doentes entram em remissão. Mas na verdade, a doença e os seus sintomas podem não se manifestar durante muitos anos, pelo que, quando bem tratadas, cerca de 50% das crianças chegam à idade adulta sem limitações articulares e em remissão. Das doenças mais comuns destacam-se as Artrites Idiopáticas Juvenis (AIJ) que englobam um grupo de doenças que têm em comum o facto de se fazerem acompanhar de inflamação/inchaço das articulações (artrite), de terem causa
desconhecida (idiopática) e de surgirem na infância ou adolescência (juvenil), mas que podem variar bastante em termos de sintomas, necessidades de acompanhamento, tratamento e prognóstico. Nem sempre é fácil identificar os sintomas. Mas os pais e educadores devem estar atentos aos seguintes sinais: rigidez matinal que melhora ao longo do dia com os movimentos; dificuldades na marcha e posições de defesa quando a criança começa a andar; choro sistemático no momento da muda da fralda; dor e inchaço nas articulações afetadas; movimentos limitados e menos amplos (defesa contra a dor nas articulações); inflamação dos olhos; perda de apetite; placas e manchas avermelhadas na pele e no couro cabeludo. Estas doenças, muitas vezes sem manifestações exteriores visíveis, fazem com que os outros não compreendam claramente as limitações dos seus doentes. Por isso é tão importante a partilha de experiências das crianças e famílias, com outros que vivem situações semelhantes. E é por isso, que a Associação Nacional de Doentes com Artrites e outros Reumatismos da Infância A.N.D.A.I. (www.andai.org.pt) assume esse objetivo como prioritário. No próximo dia 18 de março assinala-se, o Dia Internacional de Sensibilização para as Doenças Reumáticas nas Crianças e Jovens. Ajude-nos a divulgar. Ajude-nos a ajudar, para que todos estejam conscientes dos desafios que estas doenças representam para estas crianças e jovens, e suas famílias.
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
MIGUEL GUIMARÃES Bastonário da Ordem dos Médicos
É FUNDAMENTAL NÃO FACILITAR, PARA EVITAR O CONTÁGIO Miguel Guimarães assegura que a vacina traz uma nova esperança, mas explica que é fundamental as pessoas «não facilitarem» e continuarem com as medidas preventivas até que se alcance uma imunidade de grupo «robusta». REVISTA H - COMO VIVE A ORDEM DOS MÉDICOS ESTES TEMPOS DE PANDEMIA? MIGUEL GUIMARÃES (MG) - A OM procurou acompanhar a pandemia desde o primeiro momento. Logo em janeiro, criei o Gabinete de Crise para a covid-19, que nos permitiu recolher sistematicamente informações do terreno, a nível nacional e internacional, e partilhar publicamente as nossas preocupações e recomendações. Para quem concretiza o SNS todos os dias, já com muitas
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dificuldades mesmo antes da pandemia, foi com preocupação que encarámos mais este desafio, pois sabíamos que os meios humanos, técnicos e infraestruturais com que contávamos eram insuficientes, e continuam a ser. Ainda assim, sei também que temos excelentes médicos e profissionais de saúde que fazem todos os dias verdadeiros milagres e que têm minimizado o impacto deste grande desafio, com um enorme sentido de humanismo e solidariedade.
H - A PANDEMIA APANHOU TODA A GENTE DE SURPRESA OU A COMUNIDADE CIENTÍFICA JÁ ANTEVIA UM PROBLEMA DESTA NATUREZA? MG - A criação de grandes reservatórios de vírus em animais, que são depois transmitidos aos humanos, estão longe de ser uma surpresa ou um exclusivo desta pandemia. Aliás, o SARS-CoV 2 é um Coronavírus da família dos Coronaviridae. Estes vírus pertencem a uma grande família de vírus RNA com abundantíssima expressão no reino animal, nomeadamente nos morcegos e envolvendo outros mamíferos, aves e répteis. Desde o início do século já aconteceram pelo menos dois surtos relacionados com coronavírus. O primeiro, a 16 de novembro de 2002 com o SARS-CoV (Severe Acute Respiratory Syndrome – CoronaVirus) na província Guangdong, na República Popular da China, e estendeu-se a 17 países. A OMS declarou o fim do risco de ocorrência de novos casos a 19 de maio de 2004. Um novo surto ocorreu em 2012 na Arábia Saudita, posteriormente designado de MERS-CoV (Middle East Respiratory Syndrome-related CoronaVirus). Este teve maior expressão no Médio Oriente e ainda não foi considerado extinto. Finalmente, em dezembro de 2019 foi detetado um novo surto na cidade de Wuhan, província de Hubei na China. A comunidade científica tem desenvolvido muito trabalho nestas áreas e sabia-se que, entre os grandes desafios de saúde no futuro, estavam as doenças de origem infeciosa. H - AS INFORMAÇÕES E ATUALIZAÇÕES SOBRE A DOENÇA SÃO CONSTANTES E, POR VEZES, CONTRADITÓRIAS. MG - A produção científica durante a pandemia tem sido extraordinária. Nunca tivemos tanta informação sobre um vírus e sobre uma doença em tão pouco tempo, e isso permitiu que em poucos meses percebêssemos melhor que vírus é este, como o podemos tratar e evitar. Por exemplo, entre a primeira vaga e a segunda vaga já temos estado a tratar os doentes de forma diferente, com capacidade de selecionar melhor quem internar, quem ventilar, quem colocar em ECMO, etc. Contudo, a velocidade também levou a que algumas etapas fossem aceleradas ou aligeiradas, pelo que alguma informação mereceu atualização. Isso não deve desacreditar as autoridades de saúde. Devemos sempre acompanhar as regras por elas emanadas, confiando que seguem e analisam todos os dados que existem e que tomam as decisões com base numa visão global. H - UM DOS PROBLEMAS QUE SURGIU COM A PANDEMIA É A CONTRAINFORMAÇÃO VEICULADA PELOS NEGACIONISTAS.
MG - Esta pandemia teve uma virtude: colocar-nos em grande sintonia do lado da ciência e confiantes de que é pela investigação e pela medicina que venceremos este desafio global. De todas as formas, a contrainformação de alguns grupos minoritários, a quem é dada muita voz, é motivo de preocupação e é urgente que o Governo tenha uma estratégia de comunicação que permita combater esses movimentos. A OM foi a primeira, e que saiba única estrutura, a agir disciplinarmente contra os médicos envolvidos na partilha desse tipo de informação, mas os médicos são uma ínfima minoria das pessoas que integram esses grupos. H – QUE CONSELHOS DEIXA À POPULAÇÃO? MG - Não facilitem! O vírus aproveita todos os momentos de fraqueza para entrar nas nossas casas. Estes meses têm sido cansativos e somos um país de afetos, mas temos mesmo de cumprir as principais medidas de segurança preconizadas: distanciamento físico, uso correto de máscara, higiene das mãos e etiqueta respiratória. A melhor arma que temos contra o vírus ainda é a proteção. Por outro lado, não deixem de ir ao médico, de fazer os vossos exames e de, perante sinais de alarme de outras doenças, procurar ajuda médica. A covid-19 merece grande preocupação, mas todas as outras doenças também. VS - O DESENVOLVIMENTO DAS VACINAS VEIO TRAZER UMA NOVA LUZ? MG - Sem dúvida. As vacinas são uma arma importantíssima no combate a várias doenças. Já salvaram muitos milhões de vidas no passado. A expetativa é que as vacinas contra a covid-19, que estão a chegar ao mercado, sejam determinantes para vencermos a pandemia. Mas ainda nos falta conhecer muita informação sobre as mesmas, para além de que será necessário vacinar uma parte significativa da população (65-70%) o mais rápido possível (alguns meses) para que exista uma imunidade de grupo robusta, pelo que não podemos aligeirar as outras medidas. MG – VAMOS VOLTAR A TER UMA VIDA “NORMAL”, SEM MÁSCARAS? MG - Ninguém pode dar essa garantia. Todos o desejamos, mas é prematuro dizer que vamos voltar ao que éramos em 2019. Mais importante é encontrarmos estratégias para nos adaptarmos a estas mudanças, para que as novas rotinas pesem menos e ganhemos gosto e felicidade noutras tarefas e descobertas. A máscara é um elemento que associamos à pandemia e que estranhamos no mundo ocidental, mas a verdade é que no Oriente já era muito comum e é, por isso, natural que acabe por ser mantido por várias pessoas, sobretudo durante o outono/inverno.
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SER MAIS HOLON
MARIA JOSÉ PERDIGÃO Farmacêutica e proprietária Farmácia Perdigão
UM SONHO DE HUMBERTO PERDIGÃO «O Grupo Farmácias Perdigão, em parceria com o Grupo Holon, trabalha todos os dias no sentido de melhorar os serviços prestados aos nossos utentes» Foi na Moita dos Ferreiros, sua terra natal, que Humberto Perdigão começou a trabalhar na área, tendo adquirido a sua primeira farmácia a 25 de setembro de 1957, com 21 anos. A sua dedicação era notável, pois dividia a sua vida entre o serviço militar e a gestão do seu negócio. Durante esse tempo, fez parte de um grupo restrito de preparadores de medicamentos na farmácia do hospital militar principal, o que reforçou o seu conhecimento e desejo de triunfar. A sua vontade era continuar a crescer. Em 1965, quando vem para as Caldas da Rainha, uma cidade com uma população quase 20 vezes superior, adquire uma nova farmácia: a Farmácia Perdigão. Com muita experiência em manipulação de medicamentos, este foi um grande passo no seu percurso profissional. Deu-se assim início ao seu sucesso, hoje partilhado com a sua filha, Maria José Perdigão, atual Diretora Técnica.
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Neste momento, o Grupo Farmácias Perdigão conta com três farmácias, localizadas nas Caldas da Rainha, Moita dos Ferreiros e Vila Franca do Rosário. O grupo compromete-se a prestar um serviço de excelência junto dos seus utentes, com uma experiência de atendimento e acompanhamento sempre na vanguarda da inovação. O Grupo Farmácias Perdigão, em parceria com o Grupo Holon, trabalha todos os dias no sentido de melhorar os serviços prestados aos nossos clientes. Recentemente, reforçámos a nossa prestação de serviços de saúde com a criação de dois novos espaços na farmácia. Apostámos no digital e criámos o nosso próprio site, acessível a todos, sendo uma forma de nos aproximar, ainda mais, das pessoas. Que o futuro nos continue a trazer os maiores sucessos, para continuarmos a fazer o que mais gostamos, servir os nossos utentes!
NOME: SILVÉRIO GOMES IDADE: 83 ANOS LOCALIDADE: ODIVELAS OBJETIVO: TRATAMENTO DE FERIDAS
> NA PRIMEIRA PESSOA
«NÃO TIVE DE SAIR DE CASA PARA TRATAR DA MINHA PERNA, PORQUE OS TRATAMENTOS VINHAM ATÉ MIM.» Silvério Gomes, de 83 anos, sofre de vários problemas de saúde, entre eles problemas circulatórios e Diabetes. Estes antecedentes acarretam um maior risco de desenvolver complicações graves, como o aparecimento de feridas. Durante a pandemia, reparou que a sua perna direita estava inchada e que apresentava algumas feridas. Com o passar dos dias, as dores aumentavam e o facto de viver sozinho, acabava por comprometer a sua qualidade de vida e a sua mobilidade. Em pleno estado de calamidade por causa da pandemia, o seu neto Filipe encontrou na Plataforma HolON a solução para cuidar do seu avô: «Uma forma prática e simples de garantir os cuidados de saúde do meu avô, com toda a qualidade e segurança, mesmo em tempos de pandemia!». Marcar uma Consulta de Pé Diabético, através do site www. farmaciasholon.pt/on foi um processo simples e rápido que culminou com o agendar de uma consulta ao domicílio, com a enfermeira Mafalda Lopes. Na primeira consulta, Silvério Gomes realizou alguns exames que permitiram avaliar a integridade da pele dos pés e das pernas, da zona vascular dos pulsos (através da palpação e utilização de doppler audível) e da sensibilidade protetora dos pés (através da perceção da pressão e da vibração com o auxilio de instrumentos próprios e corte de unhas). Este último exame permitiu à enfermeira Mafalda ir ajustando os tratamentos à situação clínica de Silvério.
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Rapidamente, as consultas ao domicílio passaram a ser mais regulares, duas vezes por semana, o que permitiu à Enfermeira Mafalda ir ajustando o plano de tratamento à evolução da situação e sensibilizar o utente para a necessidade da adoção de alguns cuidados, essenciais para a cicatrização das feridas. Ao fim de dois meses, com o esforço de todos, as feridas cicatrizaram na sua totalidade! Silvério sabe que foi graças a este acompanhamento que foi possível voltar à sua rotina, sem dores: «Não tive de sair de casa para tratar da minha perna, porque os tratamentos vinham até mim. Com o decorrer dos tratamentos, as dores foram desaparecendo, o que me deu mais ânimo, e fez logo diferença.» Uma vez que um utente com antecedentes de feridas tem maior probabilidade de reincidência, atualmente Silvério continua a ser seguido no Serviço de Pé Diabético Holon. Uma vez por mês, a consulta permite a vigilância e prevenção de complicações, bem como o corte de unhas. «Quero agradecer o apoio que me tem sido prestado. A atenção e os cuidados clínicos, simplificaram a minha vida!», afirma Silvério. A plataforma HolON coloca profissionais de saúde à distância de um clique. Em segurança e com o apoio de profissionais de saúde especializados, esta é a solução ideal que assegura o acompanhamento necessário a todas as pessoas que necessitem de cuidados de saúde.
> FARMÁCIA ATUA
ALERTAR PARA A DIABETES NAS REDES SOCIAIS A Farmácia Oeiras Figueirinha celebrou o Dia da Diabetes (14 de novembro) com um passatempo e uma sessão Live na página de Facebook da farmácia. Os seguidores tiveram oportunidade de revelar os seus dotes culinários e de ver a sua confeção divulgada na página da farmácia. A ação só ficou concluída com uma sessão live sobre “Muffins saudáveis”, promovida pela nutricionista Claúdia Pereira. Se não teve oportunidade de assistir em direto, passe na página de Facebook da farmácia e assista ao vídeo.
expostos numa das Farmácias Holon Covilhã/Fundão. No final, a escola vencedora foi premiada com uma “pequena” Farmácia Holon, sempre de portas abertas para responder a alguma pequena urgência.
FARMÁCIAS HOLON COVILHÃ / FUNDÃO JUNTAS COM O HOSPITAL FAZ DE CONTA Como vem sendo tradição, este ano a magia do Natal voltou às escolas do concelho da Covilhã. Mais uma vez, as Farmácias Holon Covilhã/Fundão (Farmácia Holon Covilhã, Farmácia Diamantino, Farmácia São João e Farmácia Pedroso) abraçaram a XIII edição do Hospital Faz de Conta e desafiaram 12 escolas a participar. As restrições associadas à pandemia alteraram a dinâmica da ação, o que não impediu o envolvimento das crianças. A cada uma das escolas foi enviado um filme sobre um conto de Natal e os mais novos foram desafiados a criar um desenho sobre filme. Em paralelo, as escolas receberam um kit com alguns materiais, como balões e folhetos com receitas saudáveis preparados pelo Serviço de Nutrição Holon. Os desenhos enviados tiveram honras de destaque e foram
FARMÁCIA SEREJO CELEBRA DIA DE S. MARTINHO No Dia de S. Martinho, a castanha teve honras de destaque na Farmácia Serejo. Nesse dia, os utentes que visitaram a farmácia receberam da equipa um saco com castanhas quentinhas. Mas não só. O Serviço de Nutrição Holon preparou ainda um folheto com uma receita especial: Creme de Cogumelos e Castanhas. Uma forma diferente e apetitosa de incluir a castanha na alimentação. Se não conhece a receita, consulte a página de Facebook da farmácia e surpreenda toda a família numa das próximas refeições. Aproveite ainda a oportunidade para agendar uma consulta com o Serviço de Nutrição Holon e cuidar mais de si!
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> EM FOCO
Paulo Reis é cuidador de Cátia. Há 20 anos que ela conta apenas com ele para acorrer a todas as suas necessidades. Desde o primeiro momento, Paulo sabia que iria ter de cuidar da sua companheira diagnosticada com dermatomiosite juvenil, uma doença que condiciona severamente a mobilidade e a obriga a andar numa cadeia de rodas. Olhando para o futuro, Paulo Reis, que é diabético e já ultrapassou a barreira dos 50 anos, teme não conseguir dar continuidade a este trabalho. «Não é uma situação em que se possa tirar “férias”. É fisicamente desgastante e tenho consciência que, com o avançar do tempo e da doença, vai ser cada vez mais difícil conseguir cuidar da Cátia e garantir a minha própria saúde. Preocupa-me a possibilidade de não conseguir continuar a prestar este apoio no futuro», reflete. Mas não é apenas futuro que o preocupa. Também «no dia a dia é difícil separar a relação pessoal da de cuidador, uma vez que não existem apoios ou acompanhamento para os cuidadores», anota. Paulo Reis é um dos 250 mil cuidadores informais que existem e resistem em Portugal. As estatísticas estimam que no universo de 800 mil cuidadores, 240 mil fazem-no a tempo inteiro. Estas e outras preocupações levaram um grupo de cuidadores a insistir junto dos governantes pelo reconhecimento do Estatuto de Cuidador Informal. O objetivo foi conseguido em meados do ano passado. 30 CONCELHOS EM PROJETO-PILOTO Ainda em fase de teste-piloto, desde abril de 2020, que os cuidadores informais residentes em 30 concelhos de Norte a Sul do país podem solicitar o seu estatuto junto dos serviços da Segurança Social. Os projetos-piloto têm a duração de um ano, ficando a sua monitorização e avaliação a cargo de uma comissão de acompanhamento. Alcoutim, Alvaiázere, Amadora, Arcos de Valdevez, Boticas, Cabeceiras de Basto, Campo Maior, Castelo de Paiva, Coruche, Évora, Figueira da Foz, Fundão, Grândola, Lamego, Mação, Matosinhos, Mértola, Miranda do Corvo, Moita, Montalegre, Mora, Moura, Penafiel, Portimão, Sabugal, Seia, Viana do Castelo, Vieira do Minho, Vila Real e Vimioso são os 30 concelhos com projetos-piloto já em marcha, porém os cuidadores informais que não residam nestes territórios também poderão pedir o estatuto de cuidador informal. “A estes cuidadores residentes serão atribuídos profissionais de referência, da área da Saúde e da Segurança Social, os quais delinearão um plano de intervenção que irá incluir medidas de acompanhamento, aconselhamento, capacitação > 18
FARMÁCIA HOLON: SEMPRE AO SEU LADO! Toda a ajuda é pouca quando falamos de cuidar da saúde de alguém. Bem perto de si, as Farmácias Holon disponibilizam um conjunto de serviços, na forma de soluções integradas de saúde, que podem fazer a diferença e retirar alguma carga ao dia a dia dos cuidadores. «Num único espaço, encontram várias soluções para os diversos problemas de saúde da pessoa que cuidam, o que é uma vantagem para os cuidadores. Falamos de um acompanhamento especializado através dos nossos serviços farmacêuticos, de enfermagem, Nutrição, Podologia, Dermofarmácia e Pé Diabético», refere Joana Brito, Gestora de Projetos e Serviços das Farmácias Holon. Para quem não se pode deslocar à farmácia, a opção de ter apoio ao domicílio é uma realidade muito útil. Sempre por via do agendamento de uma consulta - diretamente na farmácia ou por via do serviço online - também aqui, um leque de profissionais de saúde desloca-se a casa onde executam os tratamentos necessários. Mas as opções não se ficam por aqui! As teleconsultas também já são uma realidade nas Farmácias Holon. Através do site www.farmaciasholon.pt/on, é possível ter uma avaliação por via de uma consulta online. «A pessoa não precisa de sair de casa e tem, na mesma, o apoio de um profissional de saúde», reforça a farmacêutica. As equipas multidisciplinares das Farmácias Holon disponibilizam outros serviços que contribuem para o aumento da efetividade e segurança das terapêuticas. «A Consulta Farmacêutica e a Preparação Individualizada da Medicação (PIM) são serviços que se destinam, sobretudo, a pessoas que vivem com vários problemas de saúde, com doenças crónicas e que tomam vários medicamentos ao mesmo tempo», refere Joana Brito.
A farmacêutica acrescenta que o serviço de PIM acaba por dar um apoio extra ao cuidador, porque lhe «permite recolher na farmácia, num pillpack próprio para o efeito, toda a medicação da pessoa que está a cuidar, sem ter de se preocupar com questões como “Já dei esta medicação? Será que estou a dar em duplicado? Será que temos medicação suficiente”».
CONSEGUIR, NUNCA DESISTIR! Diariamente, o cuidador é posto à prova. A sobrecarga permanente exige que o cuidador informal adote estratégias que o ajudem a olhar o futuro com esperança. - Distribua algumas tarefas por pessoas que também estão próximas da pessoa cuidada; - Procure alguém da rede relacional para partilhar as emoções e inquietações;
e formação para o cuidador”, refere comunicado divulgado no portal do SNS, pelo gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. TER ACESSO AOS APOIOS NECESSÁRIOS Em termos gerais, o novo estatuto prevê medidas que incluem: a “identificação dos cuidados a prestar pelo cuidador informal, bem como a informação de suporte a esses cuidados” e a “avaliação da qualidade de vida e sobrecarga do cuidador informal ou acesso a medidas de saúde e apoio social promotoras da autonomia, da participação e da qualidade de vida da pessoa cuidada”. Ainda no âmbito deste projeto-piloto, os cuidadores informais principais terão direito a um novo Subsídio de Apoio ao Cuidador Informal, com um valor de referência de 438,81 euros, variável em função dos rendimentos. Para a vice-presidente da Associação Nacional de Cuidadores Informais, o Estatuto é ainda suscetível de sofrer alterações. «Nesta fase, há que aguardar pelo fim dos projetos-piloto e pela regulamentação final. Só nessa altura teremos plena consciência das eventuais alterações». Maria Anjos Catapirra admite ainda que o Estatuto deveria ser «simplificado» para agilizar a inclusão de mais cuidadores. «O Estatuto contempla todos os cuidadores informais deste país que queiram pedir o seu reconhecimento, mas a forma como o mesmo está legislado é que tem de ser devidamente alterado na sua redação final», remata. De acordo com os dados oficiais da Segurança Social, até ao momento só 3.400 pessoas solicitaram ao Instituto de Segurança Social (ISS) o reconhecimento do Estatuto de Cuidador. Muito há ainda que fazer.
- Reforce as suas redes sociais (família e amigos); - Não se feche. Fale sem receio e manifeste os seus sentimentos e inquietações; - Mantenha-se informado para melhor saber lidar, e de forma eficaz, com as tarefas relativas ao cuidar (associações, centros de saúde, entre outras); - Planifique o trabalho e as tarefas familiares; - Defina tempos de descanso para si; - Planifique tempo para si próprio e para o autocuidado; - Treine uma respiração mais adequada (inspirar e expirar calmamente) para ajudar no autocontrolo; - Aprenda a relaxar e a recorrer ao relaxamento em situações de stress; - Substitua os pensamentos negativos e pessimistas por pensamentos realistas e positivos; - Recorra ao humor para lidar com situações adversas.
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ANA SOFIA RAMOS Farmacêutica
> HOLON CUIDA
O MEDICAMENTO CERTO, À HORA CERTA! Cuidar de um idoso ou doente crónico não é tarefa fácil. Por isso, toda a ajuda é útil. O Serviço Holon de Preparação Individualizada da Medicação (PIM) é o braço direito de muitos cuidadores informais e uma forma de garantir a adesão à terapêutica de quem mais precisa. Com o envelhecimento da população portuguesa, aumenta também a necessidade de reforçar os cuidados de saúde. Se a este cenário acrescentarmos a falta de tempo dos familiares para apoiar mesmo nas tarefas mais básicas, percebemos que toda a ajuda é essencial. Esta situação também se estende às pessoas portadoras de doenças crónicas ou de deficiências, pelo é uma mais valia garantir aos cuidadores informais, o acesso
a ferramentas que os auxiliem a cumprir os compromissos que assumem com os seus familiares. GARANTIR A ADESÃO À TERAPÊUTICA Em Portugal, estima-se que sejam cerca de 1,4 milhões as pessoas que assumem o compromisso de acompanhar, apoiar e
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cuidar dos familiares que necessitam. Uma das tarefas que têm de assegurar, é a de garantir a correta administração da medicação prescrita ao seu familiar. Uma tarefa que exige muita disponibilidade e atenção já que, por norma, falamos de pessoas polimedicadas. Garantir que todos os medicamentos são tomados, na dose e hora certa, todos os dias, é por isso, uma tarefa complexa e de grande responsabilidade. O cumprimento do esquema posológico condiciona diretamente a efetividade dos medicamentos, sendo por isso importante a adesão da pessoa à terapêutica. Os idosos, mais vulneráveis a ter um comportamento não aderente – a complexidade dos esquemas terapêuticos, as alterações neurosensoriais (deficit visual e auditivo), as dificuldades no manuseamento das embalagens e o declínio cognitivo tornam mais complexo e difícil o uso apropriado dos medicamentos – acabam por ser a franja da população para quem todo o apoio faz a diferença. PIM: SEGURANÇA, ACIMA DE TUDO! Para ajudar todos os cuidadores a gerir mais facilmente a medicação da pessoa que acompanham, as Farmácias Holon há muitos que disponibilizam o Serviço Holon de Preparação Individualizada da Medicação (PIM). O objetivo é garantir que o cuidador recebe os medicamentos prescritos, em caixas descartáveis, e preparados de forma organizada por um farmacêutico. Numa primeira fase, o Serviço PIM integra uma Consulta Farmacêutica, com o objetivo de recolher informação sobre os medicamentos
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que a pessoa está a tomar, dosagem, frequência da toma, entre outros. Recolhida a informação, toda a tarefa de organizar a medicação fica a cargo da equipa da sua Farmácia Holon. O cuidador poderá escolher a modalidade que melhor se adequa à sua situação – semanal, mensal ou até trimestral – e confiar à farmácia esta gestão, que é muitas vezes complexa. No final do tempo definido, o “kit” é entregue diretamente ao cuidador, ao qual são ainda dadas as indicações que deverão ser cumpridas, de forma a que nada falhe. MAIS SAÚDE PARA TODOS De forma simples, mas muito efetiva, o Serviço Holon PIM garante a correta utilização dos medicamentos adquiridos, o que potencia melhores resultados. Para garantir a correta passagem de informação, o apoio dos cuidadores informais é crucial. São estes que assumem a comunicação com as equipas de saúde, tornando mais eficaz o acompanhamento clínico da pessoa a cuidar já que, por norma, são pessoas que padecem de várias doenças. O que, por norma, também significa que são acompanhados por diferentes especialidades clínicas e que, por isso, tomam regularmente uma panóplia de medicamentos diferentes. Esta prescrição paralela, indicada por médicos diferentes, aumenta também o risco de interações medicamentosas, pelo que este Serviço acaba por garantir a efetividade e segurança das prescrições.
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> BEBÉ & MAMÃ HOLON
NASCER EM TEMPO DE PANDEMIA O pediatra Mário Cordeiro destaca a importância de manter as rotinas de acompanhamento médico presenciais, com os devidos cuidados. E nunca esquecer o plano de vacinas. Cátia Godinho deu à luz uma menina em plena pandemia e assegura que ter um filho nos tempos que atravessamos «é um claro sinal de que a vida tem de continuar, e continua. É certo que os receios aumentam, porque há uma ameaça latente, no que toca à saúde pública, mas temos e devemos continuar a viver». Para a jornalista, «nascer em tempos de pandemia lembra-nos que o valor da vida se impõe, mesmo na adversidade». O nascimento de um filho nestas condições poderá trazer uma carga de stress mais acentuada para os pais. Cátia Godinho confessa que «essa preocupação veio aos 4 meses de gravidez», altura em que restringiu ao máximo os contactos pessoais: «só saía
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para trabalhar e em transporte próprio. Tentei manter as rotinas, para não criar ansiedade, mas cumpro todas as recomendações para não correr riscos desnecessários». O processo de gravidez e o parto – ocorridos no epicentro da pandemia e consequente caos hospitalar – foram mais tranquilos do que se possa imaginar. «A minha filha nasceu no Hospital Beatriz Ângelo, um dos mais sacrificados com casos covid-19. No entanto, a separação dos serviços fez com que me sentisse segura. Não se sente a confusão que ouvimos falar, pareceu-me um mundo à parte. A única coisa que reparei foi que, em quatro dias, as equipas de enfermeiros e auxiliares eram as mesmas e percebi, em conversas
MANTER-SE SEMPRE POSITIVO O pediatra Mário Cordeiro aproveita para lembrar algumas preocupações práticas que os pais não devem negligenciar: «sem assustar as crianças, fazer-lhes ver que estamos numa situação extraordinária: não se trata de um “novo normal”, mas sim de uma anormalidade. Explicar, sem papões, o que se está a passar. Os cuidados de higiene e de prevenção do coronavírus devem ser explicados de uma maneira lógica (até com desenhos) e dizer que alguns vão ficar para sempre, como a utilização da máscara quando se tosse ou espirra e a lavagem das mãos. Porventura, temos que reduzir a “beijoquice”, muito lusitana». Sem querer aligeirar a situação, Mário Cordeiro sublinha, no entanto, que nascer em tempo de pandemia poderá ter significado especial na vida dessas crianças e dos seus pais. «Continuo a acreditar piamente que a democracia, mesmo parecendo e, por vezes sendo, frágil, tem a capacidade de se regenerar e de responder à altura dos desafios. Estamos, aliás, a ver isso, com as vacinas e os apoios sociais», remata o especialista. soltas, que estavam sobrecarregadas de horas. Apesar disso, em nenhum momento, me senti negligenciada», confessa. GARANTIR OS CUIDADOS DE SEMPRE Para o pediatra Mário Cordeiro, nascer em tempos de pandemia exige que os pais de adaptem às novas regras instituídas. Além do «distanciamento físico, do uso correto da máscara (sem deixar o nariz de fora e renovando a máscara ou lavando-a frequentemente, caso seja lavável), e da higienização das mãos com lavagem com água e sabão e uso de álcool gel ou similar», o pediatra sublinha que é importante «evitar aglomerações, o fumo do tabaco e deslocações desnecessárias a locais e lojas». Na sua opinião, os tempos em que vivemos não devem impedir que as crianças e jovens continuem a ver os familiares e amigos, desde que respeitando (porque a palavra é essa!) os que mais podem vir a sofrer e até a morrer com esta infeção». E adianta que, salvo motivos de força maior, é importante manter as rotinas no acompanhamento médico dos bebés, nomeadamente cumprir o calendário das vacinas. «É fundamental cumprir o plano de vacinas! As outras doenças não estão paradas a assistir à pandemia. “Atacam” da mesma forma. Se não queremos surtos de sarampo, tosse convulsa, meningites bacterianas ou outras coisas, temos de continuar a vacinar exatamente como anteriormente, incluindo as vacinas que não fazem parte do PNV», esclarece.
CONSULTAS PRESENCIAIS SÃO ESSENCIAIS Mário Cordeiro sublinha que é importante manter as consultas de rotina no pediatra ou no médico de família. «É essencial fazer o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento da criança, observá-la no sentido de garantir que está tudo bem ou de descobrir algum problema. O momento da consulta também é útil para os pais, pois permite-lhes que conversem sobre o que os preocupa e os aspetos mais importantes da vida da criança: família, escola, brincar, exercício físico, alimentação, sono, birras... uma miríade de assuntos», afirma. Por isso, defende, a importância das consultas presenciais: «os olhos nos olhos” continua a ser indispensável, com todos os cuidados, obviamente».
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JOÃO SEABRA Podologista
> PODOLOGIA HOLON
PALMILHAS: COM OS PÉS MAIS CONFORTÁVEIS As ortóteses plantares são personalizadas, adaptadas à idade e às necessidades individuais. Caminhar, correr ou estar muitas horas de pé fica mais confortável! As ortóteses plantares podem ser concebidas para prevenir, corrigir movimentos indesejados ou retificar deformidades, proporcionando um maior conforto e estabilidade, ao permitir um correto apoio dos seus pés e a correção de deformidades ou dores. Existem diferentes tipos de palmilhas que podem ser utilizadas por diversas razões. O seu uso está normalmente associado a alterações músculo-esqueléticas relacionadas com problemas na coluna, que afetam a nossa postura corporal. Outras razões para usar palmilhas são o pé cavo - quando só uma parte do pé se apoia no chão - e o pé
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plano - quando toda a planta do pé assenta no chão. Para estes casos, a indicação é o uso de palmilhas corretivas ou compensatórias. Podem ainda existir situações pós-cirúrgicas, ou quando o tamanho entre as duas pernas é diferente, o que torna necessário o uso de palmilhas provisórias ou permanentes. O Podologista Holon, após avaliação completa dos pés, poderá aconselhar a utilização de palmilhas personalizadas, adaptadas à sua situação clínica. Lembre-se, as palmilhas podem ser a ajuda de que precisa para tornar as suas atividades diárias mais cómodas e confortáveis.
PATRÍCIA PARRINHA Enfermeira
> ENFERMAGEM HOLON
ACOMPANHAMENTO À PESSOA COM OSTOMIA A adaptação à ostomia com conforto e o regresso à nova rotina são um desafio. No Serviço de Enfermagem Holon ajudamos a tornar tudo mais simples e cómodo. Em Portugal, estima-se que existem cerca de 20 mil pessoas ostomizadas. Os motivos para a realização de ostomias estão, na maioria das vezes, associados a doenças graves, surgindo como a única solução para a sobrevivência da pessoa. Seja qual for a razão para a ostomia, são necessários alguns cuidados diários específicos. O Serviço de Enfermagem Holon conta com uma equipa de profissionais especializados, preparados para o ajudar a potenciar a sua independência nos autocuidados e garantir uma adaptação mais fácil e cómoda. Este acompanhamento prestado pelos Enfermeiros Holon, permite que esclareça dúvidas e que fique mais bem informado sobre quais os dispositivos e produtos que melhor se adequam às suas necessidades diárias.
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Mas afinal em que consiste uma ostomia? Esta poderá ser definitiva ou temporária e consiste na criação de um “estoma” – abertura intencional realizada cirurgicamente para ligar diretamente o exterior aos órgãos, como o estômago, a bexiga ou o intestino. Poderá ter como objetivos alimentar a pessoa ou eliminar urina e fezes. Assume nomes diferentes, consoante o local do organismo onde é realizada a abertura. No intestino grosso é uma colostomia; no intestino delgado trata-se de uma ileostomia; no aparelho urinário é uma urostomia e na traqueia, designa-se por traqueostomia. Sinta-se mais seguro e conte sempre as equipas de profissionais de saúde da sua Farmácia Holon!
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> PREVENÇÃO SAÚDE
MICRONUTRIENTES NA “RESPOSTA” À COVID-19 Os nutricionistas defendem que é importante reforçar o sistema imunitário com micronutrientes como o selénio, vitaminas D e C. Um organismo mais robusto é mais uma arma para resistirmos aos vírus, nomeadamente o SARS Cov-2. Um estudo publicado na prestigiada revista científica Nature, diz que até ao momento, não existe nenhum alimento ou medicamento que previna ou ajude no tratamento da infeção por covid-19. No entanto, de acordo com a investigação, a falta de determinados micronutrientes pode ajudar a explicar a razão de surgir uma resposta inflamatória grave em pessoas com covid-19, causando uma resposta hiperinflamatória, e potencialmente letal. O estudo, realizado por um grupo de cientistas noruegueses, suecos e russos, aponta a falta de micronutrientes específicos, entre eles o selénio, o zinco e a vitamina D.
SISTEMA IMUNITÁRIO MAIS FORTE A nutricionista Mariana Duarte defende que o estado nutricional é extremamente importante para a resposta do nosso organismo perante uma infeção viral. «Sabemos até ao momento que a prevenção é feita através do isolamento social, da higienização e da utilização de equipamentos de proteção individual (máscaras). No entanto, quando já estamos na presença de uma infeção por SARS CoV-2, a severidade da doença (covid-19) pode ser diminuída se houver uma adequada resposta imunitária. Um bom
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funcionamento do sistema imunitário depende de uma ingestão adequada de diversos nutrientes, nomeadamente vitaminas e minerais». Quer isto dizer que o organismo precisa ser reforçado com variados nutrientes e alimentos para poder “resistir” de forma mais eficaz à covid-19. «Nesta época do ano já é habitual muitos portugueses reforçarem o consumo de alimentos ricos em vitamina C. De acordo com a informação transmitida pela comunidade científica, tem sido sugerido a importância de manter um consumo correto de selénio, zinco e vitamina D para auxiliar as defesas naturais bem como diminuir a fragilidade do hospedeiro (ser humano) na presença de um vírus como o SARS CoV-2», reitera. Os micronutrientes não previnem a covid-19, mas melhoram a imunocompetência, ou seja, a capacidade de resposta perante a invasão por parte do SARS-CoV-2. Este será um dos motivos pelos quais, no ser humano, a apresentação clínica desta doença é diversa, variando de um estado assintomático, ou com sintomatologia ligeira até a um estado crítico, bastante mais severo. MAIS VITAMINAS E SELÉNIO Uma alimentação equilibrada é suficiente para garantir o aporte de vitaminas e minerais que o nosso organismo precisa? De acordo com Mariana Duarte «é importante perceber que, neste
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momento, a suplementação pode ser uma ferramenta de apoio à melhoria do estado nutricional porque, com a utilização da agricultura intensiva e o uso de agrotóxicos, atualmente, o solo está bastante mais empobrecido». E anota que importará fazer um reforço de selénio, um dos nutrientes que é deficitário na alimentação dos portugueses. «O selénio é um dos nutrientes que hoje provavelmente não atingimos em concentrações adequadas. Este mineral está presente em várias fontes alimentares, mas a verdade é que o solo onde são muitas vezes produzidos estes alimentos está empobrecido. Estudos conduzidos em Portugal concluem que existe na população portuguesa uma ingestão deficitária deste micronutriente (inferior ao VRN estabelecido), que conduz necessariamente a uma concentração sérica abaixo do que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde». Para a nutricionista, outro bom exemplo é a vitamina D, que «tem sido amplamente estudada pelo seu efeito imunoregulador natural, ou seja, tem demonstrado reforçar a atividade antimicrobiana contra vários agentes patogénicos, incluindo vírus respiratórios». Até porque, nesta época do ano (inverno), «dificilmente conseguimos atingir um nível adequado de vitamina D porque há inevitavelmente uma menor exposição solar. Uma vez que se sabe que por via alimentar a quantidade obtida é diminuta não resta outra opção senão a suplementação por via oral», conclui.
PATRÍCIA NEVES Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
ALIMENTAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA Não existe evidência que confirme a existência de contaminação através do consumo de alimentos cozinhados ou crus. O que se sabe, e as autoridades reforçam, são as mais valias de uma alimentação equilibrada e variada. Um estado nutricional adequado contribui, de um modo geral, para o normal funcionamento do sistema imunitário e para melhorar a recuperação em situações de doença. Hoje, a presença da covid-19 na comunidade torna-se um motivo adicional para fazermos uma alimentação saudável e equilibrada.
De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e a Organização Mundial da Saúde (OMS) não existe, até ao momento, evidência de qualquer tipo de contaminação através do consumo de alimentos cozinhados ou crus. A Direção-Geral da Saúde (DGS) defende não só que é seguro consumir hortofrutícolas,
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5 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL EM TEMPOS DE COVID-19 COMA MAIS FRUTA E HORTÍCOLAS No caso das frutas e hortícolas opte por aqueles com maior durabilidade: maçã, pera, laranja, tangerina e cenoura, cebola, courgette, abóbora, brócolos, couve-flor, feijão verde ou produtos hortícolas congelados. Coma, pelo menos, sopa de hortícolas ao almoço e ao jantar e 3 peças de fruta por dia.
como também recomenda a ingestão diária de hortícolas e de 3 peças de fruta. Nesse sentido, o conselho é que mantenha uma alimentação saudável e equilibrada, não descurando o consumo de produtos frescos, como a fruta e as hortícolas. CONFEÇÃO: OS CUIDADOS DE SEMPRE! Nos dias que correm as regras não mudam. Assim, o melhor é seguir as boas práticas de higiene, durante a preparação e no decorrer das refeições, com pequenos cuidados extra para prevenir a propagação da doença: lave frequentemente e de forma prolongada as mãos, desinfete as bancadas de trabalho e as mesas com produtos apropriados, evite a contaminação entre alimentos crus e cozinhado. É importante lavar adequadamente os alimentos crus, cozinhar e “empratar” a comida a temperaturas apropriadas. Neste momento de pandemia, adote outras medidas preventivas tais como evitar partilhar comida ou objetos entre pessoas durante a sua preparação, confeção e consumo. E não se esqueça, adote sempre as medidas de etiqueta respiratória. SUPLEMENTOS ALIMENTARES: PROTEÇÃO EXTRA Até ao momento, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos não identificou qualquer alimento específico ou suplemento alimentar que possa prevenir ou ajudar no tratamento da covid-19. Não faça alterações à sua dieta apenas devido à covid-19, adicionando alimentos ou suplementos que alegam prevenir ou ajudar a combater esta doença
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PRIVILEGIE A ÁGUA E EVITE BEBIDAS AÇUCARADAS Mantenha um bom estado de hidratação. Beba água ao longo do dia (1,5 a 2,0L de água - 8 copos de água diários) MAIS FEIJÃO, GRÃO E ERVILHAS À MESA Se comprou muitos enlatados durante a pandemia, esta é a oportunidade para voltar a valorizar as leguminosas, fontes de fibra e de vários nutrientes importantes. MANTENHA A ROTINA DAS SUAS REFEIÇÕES DIÁRIAS, EVITE SNACKS COM MUITO AÇÚCAR E SAL. Agora que passamos mais tempo em casa, não deixe que isso seja um estímulo para o consumo de refeições pré-preparadas e de alimentos com elevada densidade energética e baixo valor nutricional. Aproveite este tempo para preparar, com antecedência, as suas próprias refeições e faça escolhas mais saudáveis. FAÇA UMA ALIMENTAÇÃO COMPLETA, VARIADA E EQUILIBRADA, BASEADA NA RODA DOS ALIMENTOS Coma em maior quantidade os grupos representados com maior dimensão e em menor quantidade os grupos mais pequenos. Ao longo do dia, consuma alimentos diferentes dentro de cada grupo da roda.
> RECEITA SAUDÁVEL
GABRIELA OLIVEIRA Chef na Academia Vegan CLAÚDIA PEREIRA Nutricionista
INGREDIENTES (CERCA DE 12 TRUFAS) ½ CHÁVENA DE TÂMARAS SEM CAROÇO ½ CHÁVENA DE AMÊNDOAS ½ CHÁVENA DE AVELÃS 4 COLHERES DE SOPA DE CACAU EM PÓ + UM POUCO PARA POLVILHAR 1 COLHER DE SOPA DE XAROPE DE AGAVE (PARA ADOÇAR, OPCIONAL) 2 COLHERES DE SOPA DE COCO RALADO (PARA POLVILHAR, OPCIONAL) 1 COLHER DE SOPA DE AÇAÍ LIOFILIZADO (PARA POLVILHAR, OPCIONAL) ÁGUA Q.B.
Informação Nutricional por porção: Calorias (kcal) 105 | Lípidos (g) 7 | Hidratos de Carbono (g) 9,4 | Proteína (g) 2,75 | Fibra (g) 6,2
TRUFAS DE CACAU
Veja a receita nas nossas redes sociais https://www.youtube.com/watch?v=EkUQ7O5Lfbg
MODO DE PREPARAÇÃO: Demolhe as tâmaras (descaroçadas) em água quente por 15 minutos e escorra. Num processador de alimentos, misture as amêndoas, as avelãs e o cacau em pó; triture até obter uma mistura fina. Junte as tâmaras e triture até obter uma massa pegajosa e moldável. Adicione o xarope de agave e volte a triturar por alguns segundos. Transfira para uma taça e molde bolinhas com as mãos humedecidas. Envolva as trufas com cacau em pó, coco ralado e açaí, se desejar. Leve ao frigorífico para melhorar a consistência. Conserve até 2 semanas.
CACAU, ALIMENTO DIVINO! O cacau é o fruto proveniente da árvore Theobroma cacao (cacaueiro) – “Theo” significa “deus” e “brôma” significa “bebida”. Originário da América Central e do Sul foi cultivado pela primeira vez pelas civilizações Maia e Azteca. É rico em antioxidantes, potássio, magnésio, ferro e fósforo.
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> VIVA MAIS
PARKOUR
OS “NINJAS” URBANOS O parkour está a ganhar cada vez mais adeptos. Sedentos da adrenalina gerada por uma atividade radical, pode ser praticado em todos os contextos, basta haver obstáculos a transpor! Criado em França, nos anos 80, o parkour é inspirado em técnicas militares e de salvamento, e tem como principal objetivo a deslocação de um ponto a outro de modo rápido e direto, transpondo os obstáculos, como muros, automóveis, escadas, que surjam pela frente. «O parkour consiste na interação do meio que nos rodeia através de movimentos e acrobacias de modo a criar desafios ou percursos. Existem várias técnicas usadas para ultrapassar obstáculos de forma rápida e eficiente, em que o praticante define o seu próprio estilo», explica Luís Duarte, diretor da secção de ginástica do Sporting Club de Portugal.
«Este tipo de treino foi adaptado do meio militar, num campo de treino, ao meio urbano e natural, criando oportunidades infinitas devido à variedade de ambientes e obstáculos», anota Luís Duarte. Em meados dos anos 80, esta prática tornou-se famosa pelo mundo, através da demonstração destas proezas em filmes, anúncios, espetáculos e documentários. DESPORTO PERIGOSO? Aparentemente, é um desporto perigoso! Mas, Luís Duarte explica que há formas de atenuar os potenciais perigos: «Se o praticante
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tiver uma boa noção dos seus limites não se vai pôr em risco. Em toda a prática desta modalidade há um processo por detrás de cada salto/percurso. Este método permite ao praticante avaliar se é capaz de realizar o salto pretendido. Se este processo for ignorado, estamos mais suscetíveis a que o parkour se torne perigoso. Se a prática for levada duma forma gradual, ou seja, começar pelos movimentos mais fáceis e distâncias menores e, à medida que vai evoluindo, aprender-se-ão os movimentos mais complexos e distâncias maiores». O parkour é uma atividade «extremamente completa», já que trabalha todas as qualidades físicas (força, resistência, componente aeróbia, flexibilidade, coordenação motora, velocidade e equilíbrio e noção corporal). Assume ainda uma grande componente psicológica (controlo do medo, concentração, criatividade, noção dos seus limites, etc.), aliado a uma componente social (entreajuda, trabalho de equipa, espírito de sacrifício e convívio), destaca o técnico Luís Duarte. COM VONTADE DE APRENDER Em Portugal, o parkour começou a ser praticada em meados de 2000 por um grupo de amigos que depois vieram a difundir a modalidade pelo país fora com workshops, demonstrações e espetáculos. Em 2006, é formada a “Line Team”, equipa que se veio a destacar em Portugal pelos vídeos no Youtube. Em 2014, nascia assim um projeto de aulas, Parkour By Line Team, com o objetivo de cativar novos praticantes. Atualmente, são organizados encontros de parkour na rua que chegam aos 80 praticantes. De forma mais estruturada, o Sporting Club de Portugal integrou esta tendência desportiva urbana na sua secção de ginástica.
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«Conseguimos fazer crescer o desporto, visto que o Sporting se tornou mais um dos locais onde é possível ensinar esta modalidade de forma segura e divertida, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da modalidade. De modo geral teve uma boa adesão e já contamos com mais de 30 atletas inscritos», finaliza Luís Duarte.
QUEM PODE PRATICAR ESTE DEPORTO? Qualquer pessoa pode praticar independentemente da idade, género e condição física, uma vez que é um desporto inclusivo, tendo os professores o cuidado de adaptar cada aula ao nível do praticante.
QUAIS OS CUIDADOS A TER? Respeitar os próprios limites; seguir o processo passando por todas as etapas de aprendizagem; verificar condições do meio que nos rodeia (material onde vamos interagir); saber lidar com a pressão.
EM QUE CASOS NÃO É RECOMENDADO? Esta atividade oferece a possibilidade de podermos treinar de uma forma adaptada, ou seja, se um braço está lesionado, podemos treinar apenas usando as pernas ou vice-versa.
ANA GONÇALVES Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
“MASKNE”: A ACNE DETRÁS DA MÁSCARA A covid-19 impõe o uso da máscara como medida de proteção. Mas o seu uso acarreta um maior número de irritações da pele do rosto. O agravamento da acne, descamação ou comichão são alguns dos problemas que podem surgir. O uso de máscara é imprescindível no combate à covid-19, mas o seu uso continuado, ainda que de forma adequada, poderá causar uma resposta inflamatória da pele, levando ao aparecimento de problemas desagradáveis. Tanto a fricção causada pelas máscaras, como o microclima criado pela sua utilização, contribuem para o aparecimento de novas lesões e para o agravamento de doenças crónicas de pele já existentes. Os problemas mais comuns são o agravamento ou o aparecimento da acne, da rosácea, da dermatite atópica, da dermatite seborreica ou de psoríase, de eczemas ou feridas superficiais. O termo “Maskne” designa a acne provocada pelo uso de máscara, que resulta da oclusão dos poros dos pelos, provocada pela pressão e fricção e pelo aumento da temperatura e humidade local. Estes fatores potenciam a produção de gordura e criam um ambiente ótimo para a multiplicação de bactérias que, ao ficarem fechadas sob a pele, causam infeção e inflamação. QUANDO A PELE DÁ SINAIS Normalmente, manifesta-se seis semanas após o início do uso da máscara e apresenta um padrão distinto da acne por afetar a zona “O” do rosto - zona do maxilar e zona à volta da boca. Nas zonas de contacto com a máscara, as lesões que inicialmente se podem manifestar como descamação, comichão ou eritema ligeiro evoluem para eczema. Em caso de alergia ao níquel, os aros metálicos, presentes em algumas máscaras, podem também despoletar
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dermatite de contacto. O uso da máscara pode ainda causar feridas superficiais, resultantes da pressão exagerada das máscaras, por exemplo, atrás das orelhas. Já sabe, utilize a máscara ajustada, cobrindo a boca, o nariz e o queixo. Apesar do cumprimento destas orientações ser essencial, não aperte a máscara em demasia e evite uma pressão exagerada sobre a pele.
PREVINA OS PROBLEMAS DE PELE PROVOCADOS PELA MÁSCARA - Limpe e hidrate a pele diariamente; - Dispense a maquilhagem; - Evite produtos irritantes; - Escolha a máscara certa: opte por máscaras de tecido de algodão, por exemplo; - Faça uma pausa de 15 minutos a cada 4 horas de utilização e troque a máscara; - Lave as máscaras reutilizáveis; - Mantenha o tratamento prescrito pelo seu dermatologista.
> ENTREVISTA ESPECIAL
FILIPA GOMES «ACREDITO QUE OS ALIMENTOS SÃO O PRIMEIRO REMÉDIO» A cozinha era um escape, mas acabou por se tornar o lugar onde se sente mais realizada. Mãe de 2 filhos, Filipa Gomes afirma que a saúde é uma preocupação, por isso, em casa, «90% das refeições começam com sopa, há sempre vegetais e a sobremesa é fruta». H – Tem formação em Marketing e Publicidade e uma carreira nesta área, como surgiu a paixão pela culinária e o salto para o mundo da cozinha? Filipa Gomes (FG) - Desde que saí da faculdade que trabalhei em agências de publicidade. Gostava do que fazia, mas não estava muito feliz. A cozinha era o meu escape, o sítio “para onde ia” para me sentir mais realizada. Tanto fui, que acabei por lá ficar.
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H - Foi a grande vencedora do casting 24Kitchen sendo agora apresentadora do programa “Prato do Dia”. O que a levou a fazer o casting? FG - Não foi algo muito pensado. Eu nem sabia que o casting estava a acontecer. Foi o meu namorado que encontrou, insistiu e eu acabei por participar. E em poucos meses a minha vida deu uma volta de 180 graus.
H - Não é chef, mas é uma apaixonada pela gastronomia e acaba por inspirar uma série de pessoas a aventurarem-se nestas lides. É algo que a deixa feliz? FG - Sim, não sou chef. Não tenho formação académica nem faço a gestão de nenhum restaurante. Mas pesquiso muito, leio muito e, acima de tudo, experimento muito. Poder partilhar as minhas receitas com as pessoas e saber que, de alguma forma, as inspiro é algo para lá de gratificante. H - Batom vermelho e saias rodadas são imagem de marca. E interiormente, qual é a sua “marca”? FG - Sou muito grata pela vida que tenho e pela pessoa que sou, mas sou uma eterna insatisfeita. O que nem sempre abona muito a meu favor. Mas julgo que também é isso que me leva mais longe. Talvez seja esse um dos traços mais marcantes da minha personalidade. Isso e tentar sempre ser o mais fiel possível àquilo em que acredito.
H - A sustentabilidade ambiental preocupa-a? Espelha-a nas suas criações? FG - É uma preocupação e, especialmente nas minhas redes sociais, tento sempre ir alertando para essa tomada de consciência. Tenho vindo a perceber que coisas tão simples como a reciclagem, ainda não é obvia para todos. Ou que muita gente não só não sabe o que fazer com as sobras como inclusive nem as considera como opção de refeição. Dar alternativas nesse sentido, reinventar pratos, aproveitar restos é algo que faço de forma recorrente. H - Livros, televisão…Tem algum projeto futuro em mente? FG - Tenho sempre muitos projetos em mente, quase todos relacionados com a área da gastronomia. Ainda não posso contar muito, mas acredito que 2021 vai ser um ano produtivo e tenho a certeza que me vai manter perto das pessoas que me seguem e com quem partilho este amor pela cozinha.
H - De onde vem a criatividade para criar novos pratos? FG - Das coisas nascem coisas. As ideias surgem de todos os lados. De um modo geral vêm da vida, dos restaurantes que frequento, dos países que visito, das pessoas com quem me relaciono, dos programas de culinária e site que vejo. Também vêm do passado, das memórias de infância, da família. E também podem vir de um problema, por exemplo: “Pandemia! O que vamos cozinhar?” Foi assim que aconteceu o “Pãodemia”.
H - Que relação tem com a farmácia e com os farmacêuticos? FG - De confiança. Muitas vezes, antes de consultar um médico - isto quando o caso me parece “menor”, claro - é com os farmacêuticos das minhas farmácias de confiança que me aconselho.
H - A Saúde é uma preocupação para si? Em que medida? FG - Sim, a saúde é uma preocupação muito presente e acredito que a alimentação tem um papel importantíssimo a curto e a longo prazo. Não só os alimentos que comemos, mas os hábitos alimentares que temos enquanto ritual em família. Desde muito cedo, por exemplo, que faço questão que os meus filhos comam à mesa, experimentem novos ingredientes e tentem comer aquilo que nós, adultos, comemos. Dá mais trabalho, mas acredito que no futuro vai fazer deles pessoas mais inteiras e saudáveis.
H - O que é que a faz feliz? FG - Estar à mesa com a minha família, andar com os meus filhos pela natureza, viajar, poder trabalhar naquilo que gosto.
H - Reflete essa preocupação nos seus pratos? FG - Acredito que os alimentos são o primeiro remédio. Uma espécie de seguro de saúde. E com dois filhos, acho mesmo importante passarmos-lhes esta herança. Em casa, 90% das refeições começam com sopa, há sempre vegetais e a sobremesa é fruta. Tento que os menus sejam variados e que coisas como fast food, doces, sumos e alimentos processados, só aconteçam aos fins de semana. Mas não sou perfeita e a minha profissão exige que esteja sempre a testar coisas novas que ficam ali muito à mão. Como adoro comer, acabo por cometer alguns excessos. Quando me apercebo que já estou a ultrapassar a linha, tento voltar aos eixos.
Nome: Filipa da Silva Gomes Idade: 36 anos Onde nasceu: Almargem do Bispo, Sintra. Um filme: Que difícil! Adoro os filmes do Tarantino e do Wes Anderson. Um livro: Estou a ler “Os chouriços são todos para assar”, Ricardo Adolfo Música: Sou muito eclética. Gosto de Jazz, Rock n’ Roll, Bossa Nova, Indie, Blues. Viagem: Amei a Tailândia. Quero visitar o Japão. E volto a Madrid sempre que posso. Comida preferida: Comida que traz ou que cria memórias.
H - Têm algum hobby? FG - Há uma coisa de que gosto muito e que não tenho conseguido fazer: andar de bicicleta.
H - O que é que a tira do sério? FG - A incompetência e o mau carácter.
FILIPA GOMES
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
MARIA ANJOS CARRAPITA Associação Nacional de Cuidadores Informais
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUIDADORES INFORMAIS
CUIDAR DE QUEM CUIDA Todos os dias, milhares de portugueses assumem o desafio de cuidar e garantir a qualidade de vida de alguém que se encontra numa situação de dependência. Mas, a devoção não é suficiente para fazer face aos desafios do dia a dia. Assim nasce a ANCI, que luta pela defesa dos interesses dos Cuidadores Informais. Cuidar de quem cuida é um desafio diário. Desde o primeiro dia que a ANCI integra um grupo de cuidadores e ex-cuidadores que sentiram a necessidade de manifestar o seu descontentamento por prestarem um trabalho que não era reconhecido pelas
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autoridades competentes e, por isso, não contarem com qualquer tipo de apoio. O percurso, como nos conta a vice-presidente da ANCI, Maria Anjos Catapirra, iniciou-se em 2016, naquele que foi o primeiro
encontro de cuidadores informais, que teve lugar em Lisboa e do qual resultou a petição pela Criação do Estatuto do Cuidador Informal, entregue a 12 de outubro desse ano, na Assembleia da República (Petição n.º 191/XIII/2). Registada em 13 de junho de 2018, a Panóplia de Heróis - Associação Nacional de Cuidadores Informais (PH-ANCI) é fruto da luta de muitos cuidadores informais, unidos por uma causa e luta comuns: «a dignificação do cuidador informal» e apoiar quem se dedica a cuidar do outro, sublinha a dirigente associativa.
se conseguirá chegar a todos da mesma forma», até porque «todos sabemos que muitos destes cuidadores não têm literacia digital e precisam, e muito, de apoio local», remata.
O QUE MUDA COM O ESTATUTO?
DIGNIDADE PARA OS CUIDADORES A ANCI tem por missão «a defesa dos interesses dos cuidadores informais e da atividade democrática para a definição e aplicação de políticas públicas, nomeadamente o Estatuto do Cuidador Informal», um trabalho levado a cabo junto dos decisores políticos, sempre com o intuito de potenciar «o diálogo, a colaboração e luta por uma sociedade justa e solidária», explica Maria Anjos Catapirra, Um trabalho que recentemente deu frutos, com a aprovação do Estatuto do Cuidador Informal, «um marco histórico, que resultou da ação de um movimento de cidadãos, e que vem formalizar o reconhecimento jurídico da situação do cuidador informal». Contudo, a responsável refere que «ainda há um longo caminho a percorrer». Por um lado, há lacunas no documento que precisam ser retificadas; por outro lado, há que esperar pelos resultados dos projetos piloto que estão a decorrer em trinta concelhos do País e pela regulamentação para os restantes concelhos, que só acontecerá a partir de abril de 2021. Para a Maria Anjos Catapirra, o importante agora é que legislação «seja devidamente aplicada» para que o cuidador informal «seja devidamente reconhecido» e que as suas vidas mudem efetivamente para melhor. «A grande maioria sente-se isolado, sem apoios, sem capacitação. Fica ainda a lacuna existente da legislação laboral que, apesar de ter como prazo de regulamentação 120 dias, na verdade, ainda não foi aprovada. Ficará também para discussão o reconhecimento da carreira contributiva dos cuidadores informais, já existentes à data da criação da lei 100/2019. É imperativo que tenham os seus direitos assegurados», lamenta. A porta-voz da ANCI sublinha que o reconhecimento de mais cuidadores informais deve passar pela divulgação da legislação junto de quem cuida. Uma tarefa que deveria contar com o apoio dos intervenientes neste processo, como os centros de saúde, as autarquias, entre outras instituições. «Só com apoio de proximidade
O novo estatuto veio abrir a porta a mais apoios, para todos os que prestem cuidados regulares ou permanentes a outros que se encontram numa situação de dependência (pessoa cuidada). Alguns dos novos direitos do cuidador informal passam por: - Ser acompanhado e receber formação para aquisição de competências para a prestação adequada dos cuidados de saúde à pessoa cuidada; - Receber informação por parte de profissionais de saúde e da segurança social; - Ter acesso a informação que esclareça a pessoa cuidada e o cuidador informal sobre a evolução da doença e todos os apoios a que tem direito; - Aceder a informação relativa a boas práticas ao nível da capacitação, acompanhamento e aconselhamento dos cuidadores informais; - Possibilidade de usufruir de apoio psicológico dos serviços de saúde; - Beneficiar do subsídio de apoio ao cuidador informal principal; - Conciliar a prestação de cuidados com a vida profissional; - Beneficiar do regime de trabalhador-estudante.
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Oleoban-2021-02-LM-01 elaborado em janeiro 2021
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> OPINIÃO SAÚDE
SÓNIA MONTEIRO Solutions4Growth
O PAPEL DOS PROBIÓTICOS NA FLORA VAGINAL A microflora vaginal alterada é caracterizada como vaginite. As mais comuns são vaginose bacteriana e vulvovaginite por Candida, responsáveis por 80-90% de todos os casos. A perturbação no ecossistema vaginal é determinada por três fatores principais: fatores genéticos, fatores ambientais (incluindo comportamentos), e a composição. Uma flora vaginal saudável e seu equilíbrio natural são a principal linha de defesa do corpo feminino contra as várias infecções desta natureza. Mas quais são as regras de ouro que podem ser seguidas para reduzir significativamente o risco de tudo isto? Relaxe! Apenas relaxe! A perturbação do equilíbrio da microflora vaginal é muitas vezes causada por um estilo de vida com demasiado stress. O stress crónico leva ao enfraquecimento do sistema imunitário. Durante o período de outono-inverno muitas vezes temos de recorrer a medicamentos, como antibióticos. Após o uso de antibióticos, é muito importante a utilização direcionada de probióticos, que ajudem a restaurar a flora vaginal natural e o seu equilíbrio saudável. A higiene íntima inadequada também poderá causar muitos
problemas. A ênfase está em “inadequada”, pois em excesso pode ser tão prejudicial para a ecologia natural da vagina quanto sua negligência completa. Evite o uso de produtos de higiene intima com perfume. As bactérias benéficas naturalmente presentes na vagina produzem ácido láctico e equilibram seu pH, estabelecendo um pH levemente ácido (pH entre 3,8 e 4,2). O uso de roupas sintéticas justas também pode prejudicar o equilíbrio da microflora vaginal. Evite o uso de roupas íntimas sintéticas, pois criam um clima quente e húmido no qual os fungos podem multiplicar-se muito rapidamente. Prefira 100% algodão e roupas largas. Prevenir é sempre mais fácil do que remediar. Durante o período menstrual, o equilíbrio da microflora vaginal é muito importante. Devido às alterações hormonais e ao sangue que entra na vagina, a flora vaginal fica particularmente suscetível a infecções pois o sangue altera o pH da vagina na direção alcalina, o que prejudica ainda mais as defesas naturais contra infecções.
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> ESPAÇO HOLON
JORGE ALDINHAS Farmacêutico e Responsável Produtos Holon
EXERCÍCIO FÍSICO: ELIMINAR AS CÃIBRAS A prática de exercício físico, adaptado a cada indivíduo, associada a uma hidratação e alimentação corretas permitem afastar as cãibras do seu caminho. H: O QUE SÃO AS CÃIBRAS E PORQUE SURGEM QUANDO PRATICAMOS ATIVIDADE FÍSICA?
são também fatores influenciadores. Muito frequente é também o seu aparecimento durante a gravidez.
As cãibras são contrações involuntárias, breves e inesperadas, por vezes dolorosas, dos músculos. Podem surgir sem razão aparente, frequentemente à noite, ou associadas ao exercício físico. Nestes casos, estas ocorrem normalmente devido à perda acentuada de fluídos e eletrólitos corporais, importantes para o normal funcionamento muscular. Apesar de incómodas, por norma são benignas, sem complicações graves. Mas, a sua persistência, aumento de intensidade ou associação a outros sinais e sintomas deverão ser avaliadas por um profissional de saúde.
H: QUANDO PRATICAMOS DESPORTO, O QUE FAZER PARA EVITAR AS CÃIBRAS?
H: QUAIS OS FATORES QUE PROPICIAM O SEU APARECIMENTO? A desidratação e níveis baixos de minerais como o potássio, magnésio, sódio e cálcio, são causas frequentes. Mas há outras, como os estilos de vida pouco saudáveis, associados ao consumo de álcool e tabaco, dietas ricas em açúcar e gorduras saturadas e o sedentarismo. A toma de certos medicamentos (ex.: diuréticos, medicamentos para a pressão arterial e colesterol elevados), alguns distúrbios hormonais e a prática de exercício físico desajustada,
A prática de exercício físico equilibrada e adaptada ao indivíduo, com aumento gradual de intensidade, entre treinos e dentro do próprio treino, diminui o seu aparecimento. O mesmo acontece se aquecer e alongar os músculos e articulações antes da prática e evitar a atividade física depois das refeições ou quando está muito calor. A hidratação é essencial, assim como uma alimentação que inclua alimentos com alto teor em vitaminas e minerais (ex.: batata doce e banana). O abacate, cereais integrais, pepino, feijão-verde, frutos secos, espinafres, rúcula, maçãs, pêssegos, e as leguminosas são excelentes fontes de potássio e magnésio. Os suplementos alimentares, com composições muito completas, que incluem vitaminas e minerais, como o magnésio, também contribuem para o normal funcionamento muscular e são aliados perfeitos na prevenção das cãibras. Exemplo disso é o HolMagnésio, o suplemento multivitamínico rico em Magnésio dos Produtos Holon, que permite a toma de apenas um comprimido diário para obter o efeito desejado.
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Broncoliber® é um medicamento não sujeito a receita médica. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consultar o médico ou farmacêutico. Broncoliber®, cuja substância ativa é o Cloridrato de Ambroxol, está disponível sob a forma de comprimidos 30mg; cápsulas de libertação prolongada 120mg; xarope 3mg/ml; xarope 6mg/ml. Broncoliber® é um adjuvante mucolítico do tratamento antibacteriano das infeções respiratórias, em presença de hipersecreção brônquica. A dose habitualmente recomendada é para crianças de 1 a 2 anos: 30mg em 2 tomas diárias, crianças dos 2 aos 6 anos: 45mg em 3 tomas diárias, crianças dos 6 aos 12 anos: 90mg em 2 a 3 tomas diárias, adultos e crianças com mais de 12 anos: 120mg em 2 a 3 tomas diárias. Cápsulas 120mg: em 1 toma diária. Não utilize este medicamento em caso de hipersensibilidade conhecida ao cloridrato de ambroxol ou a qualquer dos excipientes ou em doentes com úlcera. Broncoliber® está ainda disponível sob a forma de 50 mg/ml solução oral, 10 mg/pulverização (0,2 ml). Broncoliber® está indicado em adultos e adolescentes com idade igual ou superior a 12 anos no tratamento secretolítico das doenças broncopulmonares agudas e crónicas caracterizadas pela formação e transporte insuficiente das secreções brônquicas. A dose normal em adultos e adolescente com mais de 12 anos é de 3 pulverizações três vezes ao dia. Broncoliber® deve ser utilizado com precaução em doentes com um historial de doenças ulcerosas pépticas e em doentes com deficiência das funções broncomotoras. Não utilize este medicamento em caso de hipersensibilidade ao Cloridrato de Ambroxol ou a qualquer outro excipiente da formulação. Broncoliber® tosse seca é um medicamento não sujeito a receita médica. Leia atentamente o folheto informativo e em caso de dúvida ou persistência dos sintomas consultar o médico ou farmacêutico. Broncoliber® tosse seca está disponível sob a forma de xarope, doseado a 2 mg/ml de Bromidrato de dextrometorfano. Cada ml de xarope contém 260 mg de solução de sorbitol a 70%. O Broncoliber® tosse seca está indicado no tratamento sintomático da tosse seca e irritativa. A dose habitualmente recomendada é para crianças dos 6 até os 12 anos: 2,5 a 5 ml, com intervalos de 4 horas. A dose máxima diária é 30 ml. Adultos ecrianças com mais de 12 anos: 5 a 10 ml com intervalos de 4 horas, ou 15 ml de com intervalos de 6-8 horas. A dose máxima diária é 60 ml. Não utilize este medicamento em caso de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes mencionados. Morada: Rua da Tapada Grande, n.º 2 2710-089 Abrunheira, Sintra PORTUGAL | NIF:500626413 TMCHBCL211P3FM. Elaborado jan21. Revalidado anualmente