> BEBÉ & MAMÃ HOLON
NASCER EM TEMPO DE PANDEMIA O pediatra Mário Cordeiro destaca a importância de manter as rotinas de acompanhamento médico presenciais, com os devidos cuidados. E nunca esquecer o plano de vacinas. Cátia Godinho deu à luz uma menina em plena pandemia e assegura que ter um filho nos tempos que atravessamos «é um claro sinal de que a vida tem de continuar, e continua. É certo que os receios aumentam, porque há uma ameaça latente, no que toca à saúde pública, mas temos e devemos continuar a viver». Para a jornalista, «nascer em tempos de pandemia lembra-nos que o valor da vida se impõe, mesmo na adversidade». O nascimento de um filho nestas condições poderá trazer uma carga de stress mais acentuada para os pais. Cátia Godinho confessa que «essa preocupação veio aos 4 meses de gravidez», altura em que restringiu ao máximo os contactos pessoais: «só saía
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para trabalhar e em transporte próprio. Tentei manter as rotinas, para não criar ansiedade, mas cumpro todas as recomendações para não correr riscos desnecessários». O processo de gravidez e o parto – ocorridos no epicentro da pandemia e consequente caos hospitalar – foram mais tranquilos do que se possa imaginar. «A minha filha nasceu no Hospital Beatriz Ângelo, um dos mais sacrificados com casos covid-19. No entanto, a separação dos serviços fez com que me sentisse segura. Não se sente a confusão que ouvimos falar, pareceu-me um mundo à parte. A única coisa que reparei foi que, em quatro dias, as equipas de enfermeiros e auxiliares eram as mesmas e percebi, em conversas