A exploração da madeira e o desmatamento puseram a araucária em extinção. Hoje, pesquisadores acreditam que o seu valor não está no tronco, mas no pinhão
Henrique Zanforlin
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a região metropolitana de Curitiba, perto da cidade de Lapa, um mar de araucárias se estendia pelas planícies, e suas sementes eram bastante consumidas pelos indígenas que lá habitavam. Com a chegada dos imigrantes, aquela árvore ganhou extrema importância econômica: o tronco centenário tinha um diâmetro que não dava para abraçar, e a sua madeira reta a tornava perfeita para a produção de móveis. “Há 60 anos, tinha valor a terra onde havia pinheiro. Tem gente que ficou milionária porque comprou terra”, conta José Assir Lima, agricultor, produtor de abobrinha, pepino, repolho, alface, que possui 40 cabeças de gado. Ao contrário da vastidão de araucária que se imagina, sua fazenda possui
Henrique Zanforlin
Raízes do Pinhão
José Assir de Lima admira suas araucárias.