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VISITA À LAVOURA Acorc retornou, falando alto com sua esposa, porém não em tom de briga. Por fim chegou até mim, dizendo: - Acompanhe-me, porque tem de trocar de roupa e depois vamos viajar por boa parte de Acart. E assim, quero lhe mostrar “as verdadeiras maravilhas” que temos aqui. Eu o acompanharei até o quarto e ele me indicou os sapatos, as roupas e retirou-se. Enquanto eu trocava de roupa, pensei nas suas palavras “verdadeiras maravilhas”. Mas será que há coisas mais maravilhosas do que as que eu já vi aqui? Não é possível, exclamei! Para ser maior, só se fossem coisas divinas, apesar de que eu não duvidava de mais nada, nem mesmo que eram governados diretamente por Deus! Troquei de roupa, esta do mesmo feitio, só que o tecido era diferente da anterior. Abri a porta e saí. Acorc me aguardava na sala junto com a esposa e o menino. Saí pisando macio com aquele sapato de molas. - Está pronto? Perguntou ele. - Sim senhor, respondi. - Já avisei à minha esposa que só retornaremos um pouco antes da quinta refeição. Ele pegou uma pasta batendo com uma mão no ombro da esposa e do menino: Saímos. A esposa e o menino assistiram à nossa partida sorridentes. Após embarcarmos, Acorc fez as manobras de sempre e partimos. Ao atingirmos uns 400 metros acima dos edifícios, seguiu linha reta, rumo ao nascente, numa velocidade como nunca tínhamos viajado. Eu quis olhar a cidade, mas qual nada, não pude ver. Voamos uns minutos, então ele diminuiu a velocidade e fazendo um semicír-