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DEFESA LIGADA A UM OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO Por fim, ele decidiu e pegamos o rumo dos arrabaldes da cidade montanha. Em pouco tempo deixamo-la para trás. De repente, vi à nossa frente uma coisa parecida com uma chaminé de fábrica. - O que é aquilo? Perguntei meio contrariado. - Bem, como lhe direi? Conhece algum telescópio na Terra? - Sim, conheço por fotografia. - Pois este é um e lá é que vamos. Quando chegamos perto, vi que aquilo estava localizado num monte, mas dos mais altos que eu já tinha visto por lá. Ao chegar perto, nós voávamos bem alto e assim mesmo ele teve que dar uma guinada para cima, a fim de poder pousar. Já pousados, vi que aquilo era tipo funil virado para cima. Tinha mais de 200 metros de altura e a boca era tão grande que quase daria para fazer um campo de futebol. Desembarcamos da nave; Acorc se dirigiu a uns homens que se encontravam ali e apresentou o papel que sempre mostrava nos outros lugares. Eles sorriam alegres para Acorc e conversaram um pouco. De repente, mudaram de fisionomia e me olharam meio assustados, mas eu já estava acostumado com a cara de espanto que nem liguei. Comecei a examinar o que havia ali. Além daquela meia dúzia de homens encapotados (pois era muito frio ali), certamente guardas, pensei, havia uma casa chata de 10 por 20 metros e aquele funil enorme e mais dois canudos, um de cada lado do funil, estes de 80cm de grossura por 10 a 12 metros de comprimento. Julguei serem guardas, pois não era possível alguém morar em uma altitude destas. Eu tinha razão em assim pensar, pois Acorc me explicou depois. Pelo que pude observar a seguir, tanto o funil como os canudos eram movimentados por uns enormes guindastes como espias grossas.