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OUTRA NOITE, OUTRA MADRUGADA Eu estava tão exausto, que apesar daquele assunto ser interessante, procurei terminar nosso diálogo, porque preferia descansar àquela hora. Recostei-me no assento e num instante adormeci. Ele compreendendo minha situação, procurou não me acordar também. Acordei quando a nave já tinha pousado em frente ao seu apartamento. Ele me tocou no ombro despertando-me. Apesar de eu ter quase só variado, durante aqueles instantes do sono, senti-me mais aliviado. Antes de entrar olhei o sol; este ia quase entrando. Assim que entramos, só esperei que ele me mandasse sentar. Ele falou com a esposa e o menino que nos aguardavam e eles entraram para os fundos. Fiquei sozinho. Pensei: Graças a Deus, daqui a instantes poderei dormir. Dali a instantes, ele voltou. Eu pedi: - Se não faz diferença, eu gostaria de ir dormir. - Mas espere, vamos fazer a refeição primeiro. - Obrigado, eu não tenho apetite. - Então, espere que vou lhe dar algo para tomar antes de ir dormir. - Este algo, eu descobri mais tarde, era o que me vinha sustentando desde que lá cheguei. Acorc trouxe-me um copo com um líquido escuro que tomei sem procurar saber, se era ruim de gosto. Ele me acompanhou até o quarto e me desejou bom repouso e retirou-se. Arrumei-me e num instante sem poder pensar em nada, adormeci. Acordei, não sei que horas da noite, com muita sede, tomei água e me deitei novamente. Dormi mais não sei quanto tempo. Quando acordei de novo, senti-me meio dolorido, calculei já deve estar próximo o dia. Levantei, preparei-me e fui saindo devagar do quarto. Olhei pela janela da frente, vi que ainda estava escuro. Pensei um pouco e