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UM TREM DE RODAS Pelo visto se dirigia para um túnel, já que nos encontrávamos no andar térreo. Eu parei e perguntei: - Para aonde vamos? - Para onde se encontra a nave. - Mas ela não está lá em cima e aqui nós estamos descendo ao invés de subir? Ele sorriu e me bateu com a mão esquerda nas costas dizendo: - Não se preocupe que eu conheço o caminho. Sem saber o que dizer, acompanhei-o. Descemos uns 10 degraus, ali a escada dobrava para a esquerda. Com mais 5 ou 6 degraus comecei a ouvir vozes de muita gente. Quando chegamos ao piso, ele olhou para mim sorrindo significativamente. Eu sorri também e disse: - Agora eu concordo porque aqui é mais fácil e mais rápido para se chegar até onde se encontra a nave. O que eu via em minha frente, era uma das muitas coisas que um povo inteligente consegue fazer para aproveitar o espaço, quando este é pouco. Jamais eu poderia supor que ali debaixo daquele edifício houvesse vários trenzinhos correndo de uma ponta a outra, repletos de passageiros, aliás, o primeiro veículo de rodas que eu vi em Acart cheio de passageiros. Fomos até uma plataforma por onde passavam os ditos trens. Quando ali chegamos Acorc baixou uma alavanquinha das muitas que vinham penduradas. O trem parou, abrindo uma porta ao mesmo tempo. Ele me fez um sinal para subir, ao fechar a porta o trem se pôs em movimento mais ou menos a 30km/h. Quero esclarecer que era um trem, sim, mas em vários aspectos diferentes dos daqui da Terra. Corria sobre trilhos, suas rodas eu não pude ver que tamanho eram. Não era dividido em vagões compridos, em cada assento cabiam duas pessoas, parecendo um vagão. Como é