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NARRATIVA UM “INCIDENTE” SEGUIDO DE DRAMÁTICO DESPERTAR Em maio de 1958, encontrava-me viajando pelo interior do município de Sarandi e vizinhanças arrecadando créditos provenientes de fotografias que havia tirado, pois até então exercera a profissão de fotógrafo ambulante e, recentemente, agora desistindo desse tipo de trabalho, para exercer novamente o cargo de tratorista municipal, que anteriormente já havia exercido, quando um fato importantíssimo aconteceu. Foi no dia 14 de maio. Vinha eu de regresso do interior, já a caminho da cidade de Sarandi, entre esta e o ponto de bifurcação denominado “Natalino”, trajeto de 18 quilômetros, que estava tentando vencer a pé (pois que a minha condução carona havia seguido para Passo Fundo), e eram mais ou menos 19 horas, quando passava pela fazenda de propriedade do Dr. Dionísio Peretti. Minha atenção foi chamada por uma luz estranha, colocada na orla de um mato, que aproximadamente distava cerca de 200 metros de onde me encontrava na estrada. Inicialmente, achei que tal fenômeno era proveniente de algo sobrenatural, talvez como diz uma lenda popular de nossa região, um sinal de tesouro enterrado. Atravessei a cerca de arame e quando cautelosamente me encontrava a cerca de 30 metros da luz, verifiquei com espanto que era um objeto material redondo, com cerca de 30 metros de diâmetro, cuja forma era a de duas bandejas em superposição. A luz era opaca e me fez lembrar um ferro quando está em início de incandescência, entre o vermelho e o cinza. Minha grande dificuldade em narrar os acontecimentos se encontra tão somente na péssima distinção de cores, pois sou daltônico. Senti então vontade de retroceder e fugir. Entretanto, dominan-