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UMA FAMÍLIA AMIGA Começamos a descer retos de início. Parece-me que íamos pousar onde se encontravam os outros, mas em vez disso, cruzamos ao largo, ao passarmos à altura do que deveria ser o telhado. Constatei que era uma chapa lisa com uma saliência de um palmo de altura ao redor. Deduzi que era para que em tempo de chuva a água não escorresse pelas paredes. Ao chegarmos à altura do décimo andar, parou com a frente do veículo virada para o edifício, a quatro metros de distância. Daí, pousamos calmamente em uma marquise de três ou quatro metros quadrados. O edifício contava com uma grande quantidade destas. Para cada apartamento havia uma. Vinham de alto a baixo fazendo sombra umas às outras. Uma vez pousados, saímos do interior do aparelho. Acorc tomou uma pasta de fole e eu por indicação sua, tomei outra menor, na qual, certamente, por ordem dele, haviam posto minha roupa terrícola. Eu pensei que havia ficado na cidade de Con. Em seguida, Acorc abriu uma porta, fazendo sinal para acompanhá-lo. Entramos. Chegamos numa sala muito bem mobiliada, no estilo acartiano, pouco ou nada diferindo das que eu já havia visto em Acart. Então, pediu-me a pasta e a pôs em cima de uma mesinha, juntamente com a sua. Eu fiquei plantado, sem coragem para falar ou fazer movimentos até que Acorc voltou-se para mim e mandou-me sentar. Voltando à realidade, sentei-me na cadeira indicada por ele permanecendo atento apenas aos seus movimentos. Daí dirigiu-se ele a uma mesa sobre a qual havia um aparelho parecido com um rádio. Um pouco acima na parede, havia um vidro de uns 30 por 30 cm, cor de palha.