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PASSEIO A UM RESTAURANTE Tirando o relógio do bolso consultou-o, e disse: - São quase duas horas e seis décimos, posso levá-lo para dar algumas voltas pela cidade, antes da última refeição? - Sim senhor, podemos ir se o senhor quiser. - Sim, podemos. Agora talvez prefira descansar. - Não... Mas o que me sustentava de pé e alerta eram somente as novidades que me apresentavam. Preparamo-nos e saímos dali pela porta que dava ao patamar, onde havia ficado o aparelho no qual tínhamos vindo de Con. Tomamos este transporte e partimos da maneira que já descrevi anteriormente. Ao atingirmos a altura acima do teto dos edifícios, observei o sol. Estava já bem baixo. Perguntei ao senhor Acorc quanto faltava para anoitecer. - Faltam quatro décimos, equivalente a três horas terrícolas. Pensei comigo: E já fizemos a última refeição novamente. Parece-me que esta gente só vive para comer! - Quanto tempo faz que fizemos a última refeição? - Ele consultou o relógio e disse: - Faz cinco décimos e dois centésimos, equivalente a 3 horas e 50 minutos terrícolas. Aquelas quase 3 horas e cinquenta minutos tinham passado tão rapidamente com a minha palestra com Acorc, que me pareceram uma hora apenas. Após atingirmos a altura de duzentos metros acima dos edifícios voamos em linha reta em direção norte por uns dois minutos. De repente ele parou bruscamente e começamos a descer. Descemos em uma rua estreita e com intenso trânsito de pedestres. O aparelho parou num lado da ruela onde havia uma infinidade de outros iguais. Dali saltamos e nos misturamos com a multidão. O que achei esquisito naquela gente foi peculiar nas grandes cidades da Terra.