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UM ALMOÇO COM O FILHO DO SOL Então eu e Acorc saímos e fomos até o corredor das poltronas e nos sentamos. Acorc me perguntou: - Está contente? - Se estou! Respondi. Ele prosseguiu: - O Filho do Sol me pediu para levá-lo à sua residência, a fim de fazer a próxima refeição. - O senhor diz que eu terei de fazer a refeição na mesma mesa do seu rei ou presidente? Quem sou eu para merecer tão grande honra!? - Já lhe disse que aqui não temos diferença de classe, somos todos iguais. Tanto faz você fazer uma refeição em minha casa como na do Filho do Sol, ou na de qualquer outro. - Se é assim, então vocês se consideram todos como irmãos? - É verdade que custamos a compreender isto, mas desde que chegamos a esta realidade, transformamos o nosso planeta, de um inferno de roubos, mentiras logros, especulações e vergonhas, em um paraíso de amor, fraternidade, compreensão e progresso. - Ah! Se na Terra tivesse uma compreensão assim! Mas que nada. Lá por enquanto impera aquilo que o senhor se referiu primeiro. E não sei até quando! Talvez até se arrebentarem a todos e a tudo. Então, certamente será tarde para começar um império de belezas e de amor ao próximo, como é o caso aqui. - Bem, vamos indo que está quase na hora da segunda refeição. - Ir para onde? O Filho do Sol não mora aqui mesmo neste palácio? - Não. - Mas ele não tem um palácio?! - Não. Porque haveria de ter um palácio com 80 ou 100 peças,