Intervenção Universal Ações destinadas à população geral, sem fatores de risco identificados. Intervenção Seletiva São ações voltadas para grupos sociais com fatores de risco já identificados. Intervenção Indicada São intervenções para populações e indivíduos identificados como abusadores ou dependentes com alterações comportamentais e prejuízos físicos já instalados. Quadro 2. Intervenções direcionadas para públicos-alvo diferentes (adaptado de SENAD, 2010)14 O Que é?
Onde se Aplica?
Intervenção universal ou global – são programas destinados à população em geral, supostamente sem qualquer fator associado ao risco.
Na comunidade, em ambiente escolar e nos meios de comunicação.
Intervenção seletiva ou específica - são ações voltadas para populações com um ou mais fatores associados ao risco de uso de substâncias.
Grupos como filhos de dependentes químicos, jovens com início precoce do contato com SPAs.
Intervenção indicada - são intervenções voltadas para pessoas identificadas como usuárias (abuso ou dependência) ou com comportamentos de risco relacionados direta ou indiretamente ao uso de substâncias, como, por exemplo, alguns acidentes de trânsito.
Em programas que visem diminuir o consumo de SPAs, mas também a melhora de aspectos da vida do indivíduo, como, por exemplo, desempenho acadêmico e reinserção escolar.
A importância da classificação do tipo de prevenção fica mais nítida quando se planeja intervenções e políticas públicas. É impossível pensar em prevenção de forma desconectada dos processos decisórios políticos. A alocação de recursos está diretamente conectada ao processo político envolvido no estabelecimento de prioridades. Para tal, estudos de prevenção, bem como de custo-efetividade e diagnósticos epidemiológicos e situacionais do uso de SPAs, devem embasar a implementação de medidas preventivas. Inicialmente, é importante perceber que a abrangência das intervenções caminha em sentido oposto ao da eficácia individual destas. Portanto, a escolha de estratégias populacionais comumente resulta em menos impacto para cada indivíduo beneficiado isoladamente. Ainda assim, é essa a melhor abordagem para a prevenção primária ou universal, que comumente constitui os programas de melhor custo-eficácia. Vale lembrar que programas de prevenção primária e promoção da saúde têm múltiplos alvos de profilaxia, reduzindo não apenas o impacto social do uso de SPAs, mas também outros agravos de relevância para as comunidades. De âmbito mais amplo ainda são as políticas de controle social relacionadas à entrada e oferta de SPAs no mercado. No caso das drogas lícitas, o controle evidencia diferença nas taxas de prevalência do uso de substâncias e também dos TUS. Aí se incluem as drogas de prescrição, cujo controle de receitas e aviamentos não pode ser negligenciado. Quando se considera o mercado de drogas ilícitas, o controle
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