Foto: portaldoenvelhecimento.com.br
descubro surpreso que mentalmente ainda sou muito capaz (ou será que é doença continuar sendo capaz?). Participo de grupos e atividades em diferentes organizações a demandarem minha mente e meu tempo, o que implica em novos conhecimentos e desafios. Como muitos permaneço bastante ativo e fico me perguntando qual a classificação que a CID 11 dará para essa enfermidade. Tenho, porém, uma certeza: não quero ser “curado”! Há outro ponto importante, que muito contribui para agravar os meus sintomas. Há questão de três anos entrei para um “sanatório” (lugar em que se “sana”) chamado Trabalho 60+. E’ uma reunião de pessoas, segundo a OMS “doentes” como eu, que estimula os/as 60+ a buscarem realizar todo seu potencial acumulado em décadas de experiência de vida e trabalho. Estimulamos a busca de novas atividades, novos empreendimentos, novas conquistas e satisfações. Propagamos de forma incansável o vírus de aproveitar intensamente essa fase maravilhosa da vida. E, extremo de imprudência, não trabalhamos na surdina. Não! Somos ousados e abertos para novos adeptos que surgem dia a dia, participamos de congressos, de lives, blogs e redes sociais, colaboramos entre nós e com outras organizações para criarmos iniciativas corajosas, pois dentro de nós há uma chama que não se apaga. Estamos todos contaminados pela alegria e vontade de viver. E agora, lendo os jornais, descubro que por sermos idosos querem que sejamos considerados doentes. Não dá para engolir. E confesso em alto e bom som: “Estou vibrando por ser idoso! Que benção, que maravilha!” PS: Se for a favor, assine o manifesto Velhice Não É Doença em: tinyurl. com/velhicenaoedoenca
magazine 60+ #27 - Setembro/2021 - pág.72