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assim por diante: culpa, CULPA e mais CULPA! Certa vez ouvi que a nota baixa de um de meus filhos era porque eu pensava muito nos meus estudos. Sempre fui rápida nas respostas: Era só o que me faltava, ouvir que o fato de eu ser trabalhadeira e estudiosa significa que eu sou um péssimo exemplo para meus filhos! A leitora que me segue já pensou: Quanto machismo! Penso que não seja unicamente o machismo e sim imagens idealizadas que carregamos em nossa constituição psíquica. A mãe é nosso primeiro referencial de mundo, inegável o poder dela para dar a vida e manter a vida, inegável a dedicação necessária nesse intento de gestar, parir, nutrir e criar outro ser. Entretanto, precisamos cuidar para não querer manter esse poder para sempre! Nós mães, carregamos a imagem da nossa mãe, da mãe do amiguinho, da mãe do cinema, da mãe do comercial de margarina, da mãe dos contos de fadas e acreditamos que temos superpoderes! Esquecemos que temos dores, sono, frustrações, tensão pré-menstrual e depois menopausa, desejos, amores, necessidades e aspirações. Nós mães somos o alicerce dos filhos, talvez por toda a vida, mas . . . . . . filhos são para o mundo, isso já acontece quando vão para escolinha, não querem mais dormir na nossa cama, primeiras saídas com amigos, viagens, namoros, trabalhos e ganham o mundo. Os filhos não podem carregar o fardo que a mãe não conquistou o que queria por causa deles. E, todos nós precisamos aprender a reconhecer que de qualquer lado que formos: trabalho, estudo, ficar em casa, em verdade é escolha. Então, por que a CULPA? Querido leitor, aguardo mais sugestões de temas. Com amor Sandra Schewinsky
magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.18