talentos do Pará dução/Instagram)
65. Desde o primeiro programa, ela mostrou que ali era seu lugar, um lugar de uma fala potente em defesa das pessoas de sua geração. Como quando falou da necessidade de tirar a capa da invisibilidade que cobre os 60+, mostrando que ainda estão vivos, têm desejos, sonhos e experiência para serem compartilhadas. Fafá inspirou e brilhou em todos os programas, salientando também o empoderamento feminino e as conquistas das mulheres de sua geração. Nas últimas etapas, a técnica esteve acompanhada de uma bengala, que logo virou assunto nas redes sociais, e ela desmistificou o acessório. Longe de uma marca de dependência e fragilidade, a bengala, segundo a postagem de Fafá, traz mobilidade e segurança para quem precisa utilizá-la, e por que não, é também um acessório charmoso. A técnica paraense também prestigiou sua região, e usou em alguns programas um look com peças de talentos locais. Realmente Fafá arrasou e torço para que continue entre os técnicos do programa! Reconhecimento e valorização O The Voice+ começou no dia 30 de janeiro com a apresentação de pouco mais de 50 vozes nas Audições às Cegas, quando os técnicos viram ou não as cadeiras, foi avançando com apresentações incríveis de clássicos da música nacional e internacional dos mais diferentes estilos. Até que no dia 3 de abril, chegou ao fim, com uma grande vitória para todas as pessoas 60+, representadas com brilhantismo por grandes vozes. O último programa foi corrido com a semifinal e final acontecendo em seguida, mas os talentos maduros não se intimidaram, e conseguiram mostrar tudo que são capazes, que a idade não coloca limites, quem os coloca somos nós mesmos. Entre as finalistas, Marcília e Dionisya, contemporâneas, mostraram que os 80+, 90+ cantam lindamente, com uma segurança de palco, respeitando a canção e o próprio talento como bem destacou Fafá de Belém. Também quero chegar lá como elas. Quem dera outros segmentos também tirem essa capa da invisibilidade e invistam na valorização e reconhecimento das pessoas idosas. Na verdade, é impossível mensurar o quanto as pessoas com mais de 60, 70, 80, 90 anos ou mais ainda têm a contribuir para o desenvolvimento social e econômico do país. Nossa luta pelos velhos de hoje e de amanhã permanece!
osa Vera de Maria Maga ma (Globo/Divulgação)
magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.50