mágico ou fantástico, sem perder de vista a visão política e social de seu tempo, marcando leitores de várias décadas e permanecem vivas em pensamentos que repercutem até hoje, pois, como afirma a autora: “Sou, como escritora, uma testemunha desse nosso tempo e dessa nossa sociedade”. Na década de 70, Lygia foi consagrada internacionalmente por suas obras mais aclamadas e prestigiadas: Antes do Baile Verde (1970), cujo conto que dá título ao livro venceu o Grande Prêmio no Concurso Internacional de Escritoras, na França; As Meninas (1973), que ganhou o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e “Ficção” da Associação Paulista de Críticos de Arte; e Seminário dos Ratos (1977), pelo qual ganhou o Pen Club do Brasil. Lygia teve uma vasta escrita literária. Seus outros sucessos são: Verão no Aquário (1964), Mistérios (1981), As Horas Nuas (1989) e Invenção e Memória (2000). Sua escrita foi traduzida para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, com inúmeras edições em Portugal. Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira “Atlântico”. As características do pós-modernismo estão presentes no estilo literário de Lygia Fagundes Telles: · Conflito existencial; · Fluxo de consciência ou monólogo interior; · Personagens imersos em dúvidas e incertezas; · Fragmentação da narrativa; · Dimensão psicológica dos personagens; · Foco nas relações humanas; · Contextualização sociopolítica; · Realismo mágico ou fantástico. . Ela foi vencedora de vários prêmios Jabuti e Camões, dentre outros. “Na 17.ª edição do Prêmio Camões, maior láurea concedida a escritores de países com o português como a língua oficial, ocorrida em 2005, Lygia foi anunciada a vencedora. Ganhadora de todos os prêmios literários importantes do Brasil, homenageada nacional e internacionalmente, tornou-se, em 2016, aos 92 anos, a primeira mulher brasileira a ter sido indicada ao prêmio Nobel de Literatura”. (Brasil Escola). A seguir, a nota emitida pela CBL: “A Câmara Brasileira do Livro (CBL) lamenta profundamente a perda de Lygia Fagundes Telles. Além de referência literária no Brasil, Lygia contribuiu também para ampliar a divulgação e o reconhecimento da literatura brasileira no exterior. Vencedora de quatro edições do Prêmio Jabuti, realizado pela CBL, foi condecorada em 1966, por “Jardim Selvagem”; em 1974, por “As meninas “; em 1996 por “A noite escura e mais eu”; e em 2001, por “Invenção e memória”. A autora também foi a personalidade literária homenageada pela premiação em 2016. Com sua obra, Lygia Fagundes Telles tocou e encantou a vida de milhões leitores ao longo de sua vida, sendo reconhecida como a “grande dama da literatura brasileira”. Infelizmente a nobre escritora nos deixou, em 3 de abril de 2022, aos 98 anos, mas fica, entre nós, o seu vasto acervo literário. Fontes: Imagens baixadas do Google imagens https://brasilescola.uol.com.br/literatura/ https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/pos-modernismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Fagundes_Telles https://www.ebiografia. com/lygia_fagundes_telles/ CBL - Câmara Brasileira Do Livro
magazine 60+ #34 - Abril/2022 - pág.54