Revista Aprendiz 7

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APRENDI Z Revista

Ano 7 Número 7 Dezembro/2021

ISSN 2526-8317

APRENDIZAGEM PROFISSIONAL CRIATIVIDADE, TECNOLOGIA E AGILIDADE Os desafios em período de pandemia EXPERIÊNCIAS Pedagógicas, Empresariais e Projetos

ETERNO APRENDIZ ATUALIDADES E AVANÇOS


Expediente

Ano 7 - Nº 7 - Dezembro de 2021 A Revista Aprendiz é um dos veículos oficiais de comunicação da Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul, representada pelo Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional - FOGAP, vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência. Tiragem de 1000 exemplares. Periodicidade anual ISSN 2526-8317 Superintendência Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência Getúlio de Figueiredo Silva Júnior Coordenação da Aprendizagem no Rio Grande do Sul AFT Denise Natalina Brambilla González FOGAP Coordenação AFT Denise Natalina Brambilla González Secretaria João da Luz e Livia Menna Barreto Comissão de Comunicação João da Luz Livia Menna Barreto Lucas Costa Roxo Geraldo Antônio Both Silvana Martins Denise Natalina B.González Vanessa Schneider Simone Ledesma de Quadros Juliana Magalhães Wotzasek Lucas Guarnieri MTB/RS 17.559

Conselho Editorial João da Luz Livia Menna Barreto Simone Ledesma de Quadros Juliana Magalhães Wotzasek Lucas Guarnieri MTB/RS 17.559

Jornalista Responsável Lucas Guarnieri - Jornalista MTB/RS 17.559 Projeto gráfico e editoração Evandro Marcon - marcon.brasil Comunicação Direta contato@marconbrasil.com.br Impressão Evangraf Publicação da SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO DO RS Av. Mauá,1013 - 4 andar - sala 407 - Centro Histórico 90010-110 - Porto Alegre - RS Contato FOGAP contatofogap@gmail.com www.forumgauchoap.com.br

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Os artigos são de responsabilidade dos seus respetivos autores.


2 Informações da publicação

Editorial

22 Aprendizagem

Profissional uma alternativa estruturante

23 Educação e

profissionalização via esporte: realidade distante?

4 Denise Brambilla

24 Pessoa com

Em foco

25 Projetos na

González

5 Egressa do Programa

de Aprendizagem Profissional pela Setrem cria nova identidade visual para o Fogap

FOGAP

6 Entidades integrantes

do Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional

Atualidade e avanços

15 O papel fundamental

da Auditoria Fiscal do Trabalho na retomada das contratações de aprendizes

16 2021, o ano ímpar! 18 Ação em rede pelo trabalho digno: uma necessidade

Artigos

19 Breves linhas sobre a

erradicação do trabalho infantil e a aprendizagem sob a ótica da Lei Federal nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente)

20 Coragem e

determinação: o caminho para a transformação da sociedade

deficiência e o mundo do trabalho: para que não haja mais retrocessos EFASERRA: um estímulo à aprendizagem e a um novo tempo

26 A Socioaprendizagem

profissional da ACM-VRO: por um olhar permeado de perspectivas

28 Um novo olhar um novo começo

30 Tecnologia garante bons

resultados na Aprendizagem

31 Perspectivas de

um novo cenário na aprendizagem profissional gerado pela pandemia COVID-19

32 A resiliência veio

para ficar: reflexões sobre o cenário pandêmico e o futuro

33 Fundação Tênis: um

olhar para futuros possíveis

34 Instituto HERC -

Programa Transformar

39 Aprendizagem

Socioprofissional, atividades remotas e transformação social

52 O sentir-se pertencente:

do Trabalho: o início de um sonho

53 Evolução dos

vínculos com o uso das tecnologias

54 Um ecossistema

pandemia e competências socioemocionais

55 Lugar para desenvolver

40 Oficina Mundo

41 Full Stack Social 42 Fortalecendo os 43 Aprendizagem,

Experiências pedagógicas

44 Perspectivas

de autonomia e desenvolvimento através do Programa de Aprendizagem, no âmbito do acolhimento institucional

45 Um novo modelo de aprendizagem

46 Novos desafios no

Ensino da Aprendizagem à Distância

47 Senac-RS: inovação

em práticas pedagógicas

48 PCD - novos horizontes em tempos de pandemia

Experiências de Projetos

35 O ensino híbrido e sua

49 De Olho no

36 Sede de esperança 37 Aprendiz profissional:

50 Profissionalização

perspectiva de retomada ao ''novo normal''

os artistas da linha e da agulha!

38 Pandemia: tempo de

Experiências Empresariais

Futuro valoriza protagonismo juvenil

Índice

Expediente

estratégias de vinculação dos aprendizes junto às empresas parceiras aprendizes da Escola de Formação Profissional Marcopolo durante a pandemia que potencializa a socioaprendizagem

habilidades e traçar o futuro profissional

Eterno Aprendiz

56 Jovem aprendiz na ASBEM, muitas possibilidades

57 "Eu era um dos únicos alunos do curso que não sabia absolutamente nada sobre design"

57 Transformação:

do tênis sujo de barro à caneta na mão

58 Marcante experiência 58  Aprendizado Cooperativo

Registro

59 Em comemoração

da comunicação nas redes pós pandemia

51 Projeto Capacitar para Incluir: o jeito La Salle de realizar a inclusão

crise e de oportunidades

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Editorial 4

Denise Brambilla González

N

um período pandêmico, inverossímil, vividos nesses últimos anos, é inegável a constatação do aumento da miséria, da fome, de mais pessoas sem empregos. O que se viu também foi o aumento do Trabalho Infantil, principalmente na mendicância nas cidades. Em vista desse cenário, a ONU – Organização das Nações Unidas, declarou o ano de 2021 como o ano internacional de Combate ao Trabalho Infantil. As pessoas e instituições se uniram ainda mais para mitigar o avanço dessa chaga mundial. O leitor terá nas páginas da Revista APRENDIZ, o retrato do quanto de acolhimento com amor foi dispensado às crianças e à juventude no relato delicado, técnico e carinhoso, fundamentado no alicerce da esperança: esperança de um Novo Normal solidário; esperança na acolhida e elevação da autoestima do público-alvo; esperança de que o mundo construído por essas crianças e jovens será bem melhor daquele que deixamos para eles. Sabemos que o Trabalho Infantil acontece no território das cidades, no contexto da comunidade. Nesse sentido, foi de extrema importância a parceria construída com a FAMURS – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. Possibilitou a aproximação com os gestores municipais e com as Secretarias de Assistência Social, para juntos combatermos o que é ilegal e encaminharmos este público mais vulnerável à Aprendizagem Profissional, conforme as atividades econômicas da região e que a empregabilidade aconteça imediatamente após aprendizagem.

E a vida continua com passos largos. Em 11/11/2021 foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) a Consolidação do Marco Regulatório Trabalhista Infralegal. Destacamos a Portaria 671/2021, que deu uma nova roupagem ao Combate do Trabalho Infantil e à Aprendizagem Profissional. Queremos louvar a resiliência das Entidades Qualificadoras, na qualidade dos fortalecimentos de vínculos, reinventados na pandemia, onde não havia abraço, não havia a conversa olho no olho... Fica aqui a nossa admiração a esses profissionais, não somente competentes, mas muito dedicados e amorosos! Estamos apenas antecipando aquilo que o prezado leitor encontrará nas entrelinhas dos artigos aqui apresentados. Vale se emocionar; vale chorar; vale imitar os exemplos das experiências descritas; vale ser um Eterno Aprendiz. Boa leitura! Temos a certeza de que não será apenas um olhar de esperança, mas várias sementinhas de esperança germinadas. Que, de pequenas sementes, darão florestas frondosas - floridas, frutíferas -, contemplando, fortemente, as crianças, adolescentes e jovens. Gratidão a todos que se dedicaram a esse Projeto. Obrigada a cada um que contribuiu com essa valiosa Edição. Somos gratos a todos aqueles que dão o apoio e nos animam. Saudamos cordialmente a pessoa que está com a Revista em suas mãos. És a pessoa para quem a Revista foi escrita com dedicação! Denise Brambilla Gozález, AFT Coordenadora da fiscalização no Combate do Trabalho Infantil/ Coordenadora de Inserção de Cotas de Aprendizes/RS

Que olhar? Que olhar hoje buscamos Aos nossos jovens e adolescentes? Será que estamos Com nosso olhar a eles presente? Que olhar eles visam, Que caminhos percorrem? Será que estão sozinhos, Nos sonhos que os movem? O que lhes falta é cuidado, E orientação. Um olhar mais sensível Um pouco mais de atenção. Que olhar, que espaço lhes damos? Que oportunidades estão Agora ao seu alcance, Como lhes estendemos as mãos? Aprender e ensinar Nós tivemos opção. Agora é a nossa vez De nos colocarmos em ação. O nosso olhar tem que ser De integração: De vidas, de sonhos. Dos nossos jovens, Então. Lia Ribeiro, 27/09/2021


A comunicadora visual Suélen Caroline Führ, egressa do Programa de Aprendizagem Profissional pela Sociedade Educacional Três de Maio - Setrem, desenvolveu o redesign da identidade visual do Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional (Fogap). A nova marca foi apresentada em uma audiência coletiva, evento on-line que ocorreu em junho de 2021, com a participação de integrantes do Fórum e empresários do Estado do RS. O projeto da nova identidade visual foi realizado durante o estágio comunitário do Curso Técnico em Comunicação Visual (CTCV) da Setrem. Antes de finalizar o curso, cada estudante deve dedicar algumas horas a aplicar o que aprendeu em benefício de alguma instituição filantrópica ou sem fins lucrativos. A oportunidade surgiu quando o grupo da coordenação do Fogap sentiu a necessidade de a identidade visual ser revigorada. “A Suélen foi aprendiz da Setrem pela empresa São José Industrial, ganhou primeiro lugar na categoria prosa do Concurso Literário para aprendizes do Estado do Rio Grande do Sul e conversando com ela, entendemos que como egressa do Programa de Aprendizagem, seria muito gratificante po-

Apresentação Suelen

der retornar e aplicar seu trabalho, suas habilidades adquiridas no CTCV, no redesign da identidade visual do Fogap”, explica a coordenadora do Programa de Aprendizagem Profissional da Setrem, Vanessa Schneider que também é representante da Setrem na coordenação do Fogap.

Nova logo Fogap

Como aprendiz egressa e concluinte de um curso de ensino profissionalizante, Suélen destaca que foi uma experiência incrível. “Nesse estágio eu tive a oportunidade de revolucionar a minha forma de olhar para uma identidade visual e a importância dela para uma empresa. Seu papel é de total relevância e tem um peso enorme na comunicação de uma marca”, afirma. A nova identidade visual foi aprovada por todos os coordenadores do Fogap e recebeu muitos elogios. “Com criativida-

Em foco

Egressa do Programa de Aprendizagem Profissional pela Setrem cria nova identidade visual para o Fogap de e atitude, a Suélen nos surpreendeu com uma nova marca, moderna e com muito estilo. Ela foi protagonista e nos brindou com sua sensibilidade e competência”, ressalta Denise Brambilla González, auditora fiscal e coordenadora Estadual da Aprendizagem Profissional no Rio Grande do Sul. Suélen comenta que houve muitos desafios, mas todos foram superados e foram de extrema valia para sua trajetória. “Muito mais do que crescimento profissional, o estágio me proporcionou uma mudança na forma de ver o mundo e, principalmente, a profissão de um designer gráfico e comunicador. O estágio é a porta de entrada para o futuro”, completa. “O trabalho da Suélen ficou muito bom, é como fechar com chave de ouro um ciclo, pois a nova identidade visual do Fogap será reconhecida em âmbito estadual e federal”, destaca Vanessa. Outra característica que vale destacar é o interesse dos aprendizes em continuar sua qualificação profissional. Suélen, por exemplo, é empreendedora na área de Comunicação Visual e atualmente está cursando Psicologia. Situações assim motivam e mostram que a aprendizagem é um caminho que abre muitas portas.

Antes e depois logo Fogap

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FOGAP Entidades integrantes do Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional

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Getúlio de Figueiredo Silva Júnior, advogado, Superintendente Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Previdência e membro dos Conselhos Regionais do SESI e do SENAI no Rio Grande do Sul, entende que a atividade de conscientização, exercida pela Fiscalização do Trabalho, acerca da importância de atendimento às diretrizes legais da aprendizagem, é condição sine qua non para o crescimento do País. Durante anos o trabalho infantil esteve arraigado na cultura familiar. Com a evolução do meios de produção, assim como o processo natural de revisão dos valores exercidos por diversas áreas das ciências, o Estado buscou positivar critérios que colaborassem com a formação sadia e humanitária do jovem, autorizando, observados determinados critérios, o exercício do trabalho por menores a partir de 14 anos. Neste sentido, estabelecendo diretrizes à contratação de aprendizes, a Lei 10.097/2000 tornou obrigatória a contratação de aprendizes pelas empresas de médio e grande porte, concedendo ao empregador a contrapartida de redução de alíquotas, e perfectibilizando a importância do trabalho na formação social dos cidadãos. Com efeito, o papel da Superintendência Regional do Trabalho, bem como sua Seção de Fiscalização, vai muito além de fiscalizar e autuar. Na verdade, avoca para si a responsabilidade de agente multiplicador de boas práticas, conscientizando as empresas da importância do corporativo na construção de uma sociedade melhor.

Educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo é a missão do Senac-RS, há 75 anos. Anualmente, mais de 10 mil estudantes ingressam no Programa Jovem Aprendiz, importante instrumento para a qualificação do jovem gaúcho e sua inserção no mercado de trabalho. Mesmo em meio à pandemia, continuamos cumprindo nosso compromisso de mudar vidas. Por isso, lançamos o Portal "Perto de Vc". A plataforma conta com mais de 700 serviços, totalmente on-line e gratuitos, que já beneficiaram mais de 600 mil pessoas. Além disso, garantimos a qualidade do ensino e a continuidade da formação profissional dos jovens, utilizando a expertise do Senac-RS no ensino a distância e no uso de tecnologias educacionais. www.senacrs.com.br Diretor Regional do Sesc/RS e Senac-RS, José Paulo da Rosa

Criado em 1942, com o objetivo de formar recursos humanos e promover o desenvolvimento e aprimoramento da Indústria nacional, o SENAI é o maior complexo privado de Educação Profissional da América Latina. Promove a capacitação de profissionais e o aperfeiçoamento de produtos e processos industriais. Alinhado às diretrizes nacionais e aos conceitos da Indústria 4.0, através das suas Tecnologias Habilitadoras, o SENAI atua em todas as áreas da Indústria do Rio Grande do Sul e já capacitou mais de 715 mil aprendizes desde 1942 e atualmente, atende mais de 20 mil aprendizes por ano na aprendizagem industrial. Diante dos complexos desafios oriundos da Pandemia e prestes a completar 80 anos de atuação, o SENAI-RS, vem se reinventando e buscando o aprimoramento no ensino a distância para alcançar a todos aqueles que buscam formação profissional.

O Sescoop/RS é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, constituído sob o estatuto do serviço nacional autônomo. É integrante do Sistema Cooperativista Nacional e suas responsabilidades sociais evidenciam-se na ênfase conferida as atividades capazes de produzir efeitos socioeconômicos condizentes com os objetivos do Sistema Cooperativista. Entre as funções do Sescoop/RS destacam-se organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional para as cooperativas; fomentar o desenvolvimento e promoção dos trabalhadores e dos associados das cooperativas; operacionalizar o monitoramento, a supervisão, a auditoria e o controle das cooperativas; programas voltados à capacitação para gestão cooperativa e promover a cultura e a educação cooperativa.

www.senairs.org.br

Presidente, Vergilio Perius

Diretor Regional do SENAI-RS, Carlos Trein

www.sescooprs.coop.br/programas/aprendiz-cooperativo/


Aprendizagem Profissional para o SENAR-RS é o futuro! Futuro da mão de obra rural, da geração de postos de trabalho, do alimento saudável que chega as nossas mesas. O SENAR-RS, desde 2004, vem qualificando jovens na aprendizagem, objetivando sua inserção na sociedade como cidadão e oportunizando lhes conhecimento em uma área que tem campo fértil no mercado de trabalho. Não medimos esforços, em devolver aos produtores rurais, pessoal qualificado que produzirá alimentos saudáveis aos consumidores. Neste ano, estamos qualificando cerca de 530 aprendizes, focando na qualificação em Pecuária de Corte, Fruticultura eAdministração Rural. Compreendemos que o desenvolvimento da sociedade passa pela atenção que ela dá ao atendimento de suas necessidades básicas, sejam elas de se vestir, locomover ou de se alimentar. www.senar-rs.com.br Superintendente, Eduardo Condorelli

A Escola Técnica Mesquita possui 58 anos de existência. Tem como instituição mantenedora o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Porto Alegre e Região Metropolitana, portanto, uma instituição concebida e construída pelas mãos e sonhos de trabalhadores. Atua em três Eixos: Educação Profissional (Cursos Técnicos em Eletrônica, Mecânica, Automação Industrial, Informática, Sistemas de Energia Renovável) e os cursos de Qualificação Profissional, Programas e Projetos de Inclusão Social e Economia Solidária. Temos habilitação necessária para desenvolver os seguintes cursos de Aprendizagem Profissional: Atendente de Nutrição, Assistente Administrativo, Auxiliar de Manutenção em Elétrica e Eletrônica, Auxiliar de Manutenção de Máquinas em Geral. Desde 2006 a instituição já realizou a formação de aproximadamente 2.450 jovens. Diretora, Claudete Souza Oliveira.

www.sinodal.com.br

Com 98 anos de história, a Setrem já fez a diferença na vida de mais de 8 mil alunos, desde a Educação Infantil à Pós-graduação. Somos uma instituição educacional altamente preocupada com o ensino e a educação como um todo, atuando em mais de 25 cidades da região Noroeste do Rio Grande do Sul. A Setrem é reconhecida como uma instituição acolhedora, organizada e empreendedora em busca da promoção dos valores humanos, da postura ética e do espírito cristão, integrada à comunidade e comprometida com a qualidade da produção do conhecimento. Representa o elo entre a família, a escola e a sociedade, estando comprometida em oferecer às crianças, aos adolescentes e aos adultos, educação de qualidade, contextualizada, aberta às transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas, propiciando o desenvolvimento da sociedade local e regional. No Ensino Profissionalizante, oferecemos atualmente os cursos de Agropecuária, Comunicação Visual, Enfermagem e Informática, com alta taxa de empregabilidade, resultado de parcerias com empresas e as oportunidades concedidas aos jovens pelo Programa de Aprendizagem.

Diretor, Lorio José Schrammel

Diretor-geral da Setrem, Sandro Ergang

Para o Colégio Sinodal Progresso, o ano de 2017 é um ano de importantes conquistas. Marca os 141 anos dedicados à educação e formação de milhares de pessoas da Educação Infantil aos Cursos Técnicos. São mais de 900 técnicos formados, contribuindo para o desenvolvimento cultural, econômico e social de Montenegro e região. Neste contexto, em 2017, cadastra-se ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para oferta de Cursos em Programas de Aprendizagem, através de parcerias com empresas públicas e privadas. A Educação é o único caminho para o desenvolvimento de um lugar. Assim, através dos Programas de Aprendizagem ampliamos a conexão do colégio com a comunidade e o mundo do trabalho. Acreditamos que a educação e o conhecimento são agentes de transformação e promoção de uma sociedade sustentável.

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FOGAP 2017 traz a marca de 65 anos dedicados à educação e formação de crianças e jovens. Atuando na Educação Básica, Turno Integral, Cursos Técnicos em Agropecuária, Informática, Administração, Serviços Jurídicos, Eletrotécnica e Eletromecânica, com mais de 1750 técnicos formados, para além de atividades esportivas e culturais, no ano de 2012 a instituição passou a oferecer Programas de Aprendizagem com as cooperativas e empresas locais. Capacitaram-se, até o momento, 572 aprendizes. Mais do que números, o programa transforma realidades. A correlação entre Colégio, estudantes e mundo do trabalho considera a relevante importância do ser e conhecer para fazer. Determinados seguimos atuantes, como instituição formadora, na promoção da vida a partir da conhecimento.

Diretor, Jonas Rückert

Motivados pelo Ano Internacional das Pessoas com Deficiência (ONU/1981), pessoas com deficiência, fundaram em 20/05/84 a Associação Canoense de Deficientes Físicos. A partir de suas ações no Movimento de Defesa de Direitos das Pessoas com Deficiência, ganhou referência política e notoriedade nacional, tendo como missão: “Desenvolver, capacitar e ocupar o potencial da pessoa com deficiência, na perspectiva da inclusão, da cidadania e qualidade de vida”. A ACADEF hoje, é uma OSC de Assistência Social, filantrópica que tem uma estrutura física de 4.000 m² de área construída totalmente acessível. Está localizada no município de Canoas e atende também a região do Vale dos Sinos, articula e realiza projetos e ações de assistência social, inclusão social e saúde. Em outubro de 2019 passou a ser um Centro Especializado de Reabilitação Física, Auditiva e Intelectual (CERIII). Presidente, Rosângela de Oliveira

A ACM-RS criou em 2001 uma unidade para auxiliar na transformação da comunidade: a ACM Vila Restinga Olímpica busca a inserção social por meio do esporte. Atendemos a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade no turno inverso ao da escola, com a realização de atividades recreativas, desenvolvimento cognitivo e motor, para integrar os que frequentam a instituição, aproximar a comunidade e estreitar os laços com as famílias.

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Procuramos garantir que todos, sem distinção, tenham as oportunidades necessárias para desenvolver seus potenciais e, com isso, mudar suas realidades e perspectivas. A partir dessa transformação, um futuro melhor é possível, e essas pessoas passam a ser agentes de mudança também em suas famílias e comunidades. As atividades são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de esportes, nutrição, pedagogia, psicologia e serviço social, entre outras, em uma das regiões de maior exclusão social de Porto Alegre. Coordenadora Técnica ACM VRO, Roberta Gomes Motta

A Ação Comunitária Participativa-ACOMPAR, é uma instituição de caráter filantrópico, situada na Vila Santa Rosa, na Zona norte de Porto Alegre, fundada em 05/05/1967, pelo Pároco Luiz Conte. Nossa missão é desenvolver um trabalho com as famílias em situação de vulnerabilidade social através dos serviços e projetos oferecidos pela instituição. Atendemos em média 900 crianças/adolescentes em cinco núcleos de atendimento. O trabalho com os adolescentes é realizado no Núcleo IV, temos 40 adolescentes no SCFVII, nas modalidades Serigrafia e Embelezamento Pessoal. O Programa de Aprendizagem, atende 70 adolescentes, e tem como objetivo dar a oportunidade de serem inseridos em um programa profissionalizante e de formação, possibilitando a qualificação para inserção no mercado de trabalho. Acompanhando a vida pessoal e escolar para que eles tenham êxito na sua formação escolar e cidadã. Coordenadora Geral, Nerina Aguiar Camargo


Tempo presente: um tempo de oportunidades! Prestes a celebrarmos 60 anos de presença em Porto Alegre, a Rede Calábria, desde o início da pandemia esteve sempre atenta as novas pobrezas e oportunidades do tempo presente. Sim, a marca de nossa Instituição é inovar e ser um sinal de esperança para tantas realidades que migraram para a margem da pobreza. Foram várias inciativas implementadas em forma colaborativa seja com o poder público, seja com o apoio de benfeitores, com os beneficiários e suas famílias. Precisamos mais do que nunca nos unir e multiplicar nossas ações do bem. “A Obra é para os tempos atuais! ”, assim dizia nosso fundador São João Calábria. Atualizar nosso carisma é e sempre foi um grande desafio Institucional. Necessário se faz cultivar um olhar de esperança sobre os desafios do tempo atual e não ter medo do futuro. Em cada dificuldade há um mundo de possibilidades!

Com os Programas de Aprendizagem e Estágios e os Projetos Sociais, o CIEE-RS investe no futuro de jovens talentos há 52 anos, oferecendo acesso a qualificação profissional e apoio socioassistencial para a construção de uma sociedade mais justa para todos. O Programa de Aprendizagem realiza a preparação e profissionalização dos jovens a partir da qualificação teórica e da aplicação prática, contribuindo para a construção do futuro e a transformação da sociedade. www.cieers.org.br CEO do CIEE-RS, Lucas Sciapina Baldisserotto

www.calabria.com.br Diretor-geral, Pe. Gustavo Bonassi

Os Colégios Cenecista de Estância Velha e Novo Hamburgo possuem mais de 50 anos de atuação na área da Educação Básica e, a partir deste ano, iniciam também a oferta da Aprendizagem Profissional com o curso de Assistente Administrativo. Essa iniciativa busca fomentar a inclusão social de jovens em situação de vulnerabilidade e auxiliar as empresas a cumprirem a cota prevista na lei nº 5.452. Segundo a Diretora das unidades da CNEC, professora Camile Moreira Alves, “o programa acolherá os vulneráveis da cidade, muitos oriundos do trabalho infantil, já que a contratação traz inúmeras possibilidades de crescimento e de um futuro promissor aos jovens em questão”. www.colegios.cnec.br Diretora, Camile Moreira Alves

O Centro de Promoção da Criança e do Adolescente é uma instituição de finalidade pública, filantrópica, de assistência social, cultural e de garantia dos direitos fundamentais de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. Mantido pelo Instituto Cultural São Francisco de Assis, tendo como diretor geral o Frei Luciano Bruxel, atua na promoção da pessoa, através da garantia de acesso aos direitos e a proteção social, de maneira emancipatória e inovadora. Possui parcerias com diferentes órgãos públicos que auxiliam na sustentabilidade das ações que desenvolve, sendo o Programa de Oportunidade e Direitos (POD) uma destas ações, através do Termo de Colaboração nº2241/2019, estabelecido entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Instituto Cultural São Francisco de Assis. O Programa de Aprendizagem oferece os cursos de Assistente Administrativo, Gastronomia e Embelezamento. www.cpca.org.br

Diretor-Geral, Frei Luciano Elias Bruxel

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FOGAP O Instituto Crescer Legal foi fundado em 2015 por iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, com o apoio e adesão de pessoas e entidades envolvidas com a educação, a agricultura e os direitos da criança e do adolescente, em especial em áreas com plantio de tabaco, na Região Sul do país. O Instituto tem o objetivo de combater o trabalho infantil por meio da oferta de oportunidades aos adolescentes do campo para o desenvolvimento das suas habilidades e potencialidades, com geração de renda e subsídios para que o jovem construa seu projeto de vida a partir do meio rural. Para tanto, criou o pioneiro Programa de Aprendizagem Profissional Rural, que proporciona formação teórica e prática no curso de gestão rural e empreendedorismo a filhos de produtores e trabalhadores rurais.

A Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha – EFASERRA, é uma instituição de ensino que oferece à comunidade Curso Técnico em Agropecuária concomitante ao Ensino Médio. Desde 2017, apoiamos a formação de jovens aprendizes do campo. O principal objetivo da escola é contribuir na formação de filhos (as) de agricultores para que sigam no campo com melhores condições e mais qualidade de vida, contribuindo para o desenvolvimento do meio onde estão inseridos. Desde 2015, a EFASERRA funciona na 3ª Légua, em Caxias do Sul/RS. Suas origens, datam de 2013, em Garibaldi/RS. Atende média de 120 alunos de 21 municípios da região. O ensino e a aprendizagem da instituição têm como base a Pedagogia da Alternância, que alia a teoria à prática na agricultura. www.facebook.com/efaserra

www.crescerlegal.com.br Diretor, Israel Matté Diretor Presidente, Iro Schünke

Há mais de 40 anos o Espro (Ensino Social Profissionalizante) se dedica a formar talentos e tem a história focada na transformação social. Durante esse período foram mais de 340 mil encaminhamentos e 852 mil atendimentos sociais, desempenhando papel estratégico na formação de adolescentes e jovens em busca do primeiro emprego e, sobretudo, no desenvolvimento de cidadãos conscientes e protagonistas para a construção de uma sociedade mais inclusiva. A instituição tem filiais e polos em 16 estados, alcança 2.202 municípios e capacita anualmente mais de 12 mil jovens em situação de vulnerabilidade, por meio dos Programas Jovem Aprendiz e Formação para o Mundo do Trabalho. O Espro oferece diversos projetos e ações sociais que alcançam também as famílias e comunidades dos aprendizes. Os jovens podem se inscrever no site da entidade. www.espro.org.br Superintendente Executivo, Alessandro Saade

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A Fundação Tênis é uma organização não governamental, que atua há mais de 20 anos, nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, e tem como objetivo fazer com que, por meio da prática sistemática e disciplinada do tênis e, através de ações de Educação e Desenvolvimento Humano, crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade resgatem valores de cidadania e se preparem para ingressar no mercado de trabalho. O Jovem Aprendiz é o novo programa da instituição que visa estimular a capacidade de adolescentes e jovens a enxergarem suas potencialidades. Por meio de experiências inovadoras, para que se percebam como cidadãos autônomos, atuantes e pertencentes a uma sociedade, compreendendo que a tecnologia e a inovação são, apenas, parte de um processo de transformações digitais, econômicas e sociais. Superintendente, Luis Carlos Enck


O Instituto HERC foi fundado em 2010 com o objetivo de atender o Programa de Responsabilidade Social da Indústria de Plásticos HERC. A sua missão é prestar atendimento em defesa e garantia dos direitos a crianças, adolescentes e jovens, promovendo, assim, o desenvolvimento humano e social para o fortalecimento como cidadãos de direito. Em mais de uma década de existência, consolida o seu propósito diariamente através dos seus pilares norteadores: educação, diversidade e inclusão e atuação comunitária. O eixo educação visa promover projetos que envolvam o processo de transformação da escola e da comunidade. Por meio de ações educativas que favorecem a participação do voluntariado interno e comunidade, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento humano e social. Iniciamos o programa de aprendizagem em 2014, e ao longo destes anos já formamos mais de 100 jovens, sendo que alguns destes trabalham na empresa até hoje. O Programa de Aprendizagem Transformar tem como propósito capacitar adolescentes que estejam em situação de vulnerabilidade social, visando seu ingresso no mercado de trabalho, propiciando, assim, seu crescimento pessoal e sua socialização através do trinômio: educação, trabalho, família.

Associação sem fins lucrativos, de caráter não governamental, autossustentável e apolítica que teve suas atividades iniciadas em 2006, porém desde 2014 atua diretamente na inserção de jovens adolescentes no mercado de trabalho com o Programa Jovem Aprendiz e esforça-se para continuamente oportunizar igualdade com equidade de condições para que todos tenham possibilidade de um futuro profissional justo. Neste último ano em especial, redobramos nossos esforços para atender todos nossos jovens aprendizes, repensando nossas práticas e encontrando no mundo remoto a possibilidade de atender as mais diversas necessidades que surgiram neste tempo de pandemia. Pois seguimos acreditando que nossa missão é potencializar o desenvolvimento humano integral dos jovens que por nós passam, para que tornem-se cidadãos e protagonistas de suas histórias, por isso intensificamos em nosso trabalho o apoio e encaminhamento das famílias, pensando e atuando além da profissionalização, auxiliando as necessidades básicas para que os jovens seguissem seus processos de aprendizagem.

Diretores HERC, Roni Braun e Rubimar Gehlen da Silva

Presidente, Luciano da Silva Teixeira

A Legião Franciscana de Assistência aos Necessitados (LEFAN), projeto social da Associação Literária São Boaventura, dos Freis Capuchinhos do Rio Grande do Sul, existe há mais 50 anos e sempre atenta às demandas sociais, lançou o Programa de Aprendizagem Profissional denominado “Caia na Rede”. O programa tem como proposta, oportunizar aos jovens, em situação de vulnerabilidade social, formação e inserção profissional, aliando o conteúdo teórico com a vivência profissional, e tem como principal diferencial atender àqueles em cumprimento de medidas socioeducativas, devido ao acometimento de um ato infracional. Para estes jovens, participar deste programa é uma oportunidade de construir novos projetos de vida.. Site: capuchinhos.org.br/lefan Presidente, Claudelino Antonio Brustolin

www.integrar-rs.com.br

O MDCA é uma Organização da Sociedade Civil comprometida com a efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes. A trajetória do Movimento começou em 1987, no B. Partenon, em Porto Alegre, por um grupo de professoras, às vésperas da aposentadoria. Gradativamente as ações foram ampliadas, dando origem ao Movimento pelos Direitos da Criança e do Adolescente, fundado em 17/10/1989. Em continuidade ao compromisso assumido, atua na perspectiva da Proteção Social e Proteção Integral. Atualmente, localizada no B. Jardim Carvalho, atende crianças, adolescentes e famílias moradoras da comunidade e seu entorno. Desenvolve o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (6 a 14 anos - 15 a 17 anos); Programa Novos Horizontes de apoio pedagógico; Programa Adolescente Aprendiz e Programa Famílias de Fortalecimento de Vínculos Familiares e Comunitários. Presidente, Rodrigo Stumpf González

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FOGAP O Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar) é uma das 15 Unidades Sociais da Rede Marista. Localizado no bairro Mario Quintana, ele conta hoje com dois serviços destinados a pessoas em situação de vulnerabilidade social: Socioeducativo e Jovem Aprendiz. Entre as duas frentes, atendemos mais de mil educandos diariamente: são crianças, adolescentes, jovens e adultos que passam pelo nosso espaço e têm sua vida transformada para melhor. Por meio do Programa Jovem Aprendiz, oferecemos cinco cursos de qualificação profissional, que têm o objetivo de promover o desenvolvimento integral dos educandos. É uma janela para a profissionalização do jovem e a sua inserção no mercado de trabalho, com ferramentas de aprendizagem que proporcionam o crescimento humano e social, além das habilidades e competências necessárias para cada área de atuação. https://social.redemarista.org.br/centro/cesmar Superintendente dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, Rogério Anele

O Centro Profissional para a Cidadania, localizado à Rua Moreira César, 1853, Bairro Pio X, Cidade de Caxias do Sul, mantido pela Associação Murialdinas de São José, oferece o curso de Aprendizagem Profissional, na área têxtil. O curso é totalmente gratuito, com carga horária de 800 horas. A Associação Murialdinas de São José atua, há 20 anos, no município de Caxias do Sul, como uma Entidade Formadora na área da Aprendizagem Profissional. Tem como objetivo profissionalizar, na área da costura e confecção de peças do vestuário, 60 adolescentes e jovens, por ano. Além da profissionalização, o curso vislumbra a inserção no mundo do trabalho, possibilitando o reconhecimento do trabalho e da educação como direito de cidadania. Coordenadora do Centro Profissional para a Cidadania, Jéssica labatut

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Aos 53 anos, o Movimento Comunitário Cachoeirense é uma Instituição sem fins lucrativos, filantrópica e de utilidade pública. Nossa finalidade é o desenvolvimento de atividades voltadas a Assistência Social, especialmente no que diz respeito à promoção da integração no mercado de trabalho. Visamos ainda o incentivo de atividades artísticas, culturais e esportivas no desenvolvimento de ações de ensino visando o fomento ao empreendedorismo, ao desenvolvimento e a igualdade social, especialmente voltado aos jovens e pessoas em vulnerabilidade social. Sempre buscando o melhor para jovens e adolescentes, a Instituição conta com a parceria de empresas responsáveis e que contribuem e buscam a responsabilidade social. Atuamos na qualificação profissional desde o ano de 2008, desenvolvendo os cursos de Setor Bancário, Varejo e Administração. www.mococa-rs.org.br Presidente, Catia Fritz Michels

O Instituto Leonardo Murialdo é uma sociedade civil, beneficente, educativa, cultural e de assistência social, com sede em Caxias do Sul. Dentre os Programas e Serviços destacamos o Programa Jovem Aprendiz com cursos de formação profissional que visam o desenvolvimento de adolescentes e jovens com ética e cidadania. Em virtude do cenário pandêmico, a Instituição adaptou-se ao uso de salas de aula virtuais como aliada, proporcionando a continuidade do aprendizado, sempre mantendo as relações humanas em primeiro lugar garantindo o acesso aos aprendizes. A Rede de Ação Social Murialdo prima por inovar nos atendimentos. Acreditamos que com o engajamento e solidariedade dos nossos parceiros, garantiremos o acesso de muitos adolescentes e jovens ao mundo do trabalho, através da ética e transparência profissional. www.murialdosocial.com.br Padre Joacir Della Giustina


Com a missão de educar, promover, amar e evangelizar, com competência, preferencialmente as crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, valorizando a família e vislumbrando o Sistema Preventivo de São João Bosco, surge, em 1957, a Associação de Recuperação do Menor, em Viamão/RS. O Novo Lar atua no combate das desigualdades sociais, auxiliando crianças, adolescentes, jovens e famílias na promoção humana e na qualificação profissional, em um ambiente educativo de formação integral e permanente, fundamentado nos ensinamentos de Dom Bosco. Com o Programa Jovem Aprendiz já forma e encaminha para o mercado de trabalho, desde 2010, mais de 400 jovens, capacitados a responder com responsabilidade e criatividade as exigências profissionais. Diretor, Padre Tarcízio Odelli

A Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio, criada em 1895, em Porto Alegre, atende mais de 1400 crianças, jovens e adolescentes em situação de pobreza absoluta e alto risco social. Entre eles, mais de 500 jovens são aprendizes dos cursos do Centro de Educação Profissional (CEP). Cerca de 70% dos egressos dos cursos são direcionados para vagas no mundo do trabalho. A missão da instituição é potencializar o desenvolvimento integral, numa perspectiva solidária, construída por meio de práticas socioeducativas. Desde o seu início, a Fundação mantém seu trabalho com arrecadação financeira oriunda prioritariamente de empresas, convênios públicos e sociedade civil. Além da Aprendizagem Profissional, outros dois projetos são desenvolvidos: o Serviço de Convivência e Educação Integral e Acolhimento Institucional. www.paodospobres.org.br Diretor Geral, Ir. Albano Thiele

Conexão: a força que nos moveu! A Pequena Casa da Criança, fundada em 1956, na Vila Maria da Conceição em Porto Alegre RS, e como as demais Entidades, foi pega de surpresa pela pandemia que assolou o mundo, causando uma paralisia em todas as esferas, bem como a educacional, que precisou se remodelar e se reinventar. A realidade nos desafiou a buscar novas estratégias para continuar desenvolvendo nossas atividades enquanto instituição. Desde o início, observou-se um grande desafio pelo distanciamento social e pela migração para o atendimento online. Apesar das necessidades de cada grupo, onde foi preciso diferenciar as modalidades de aula, todos conseguiram acompanhar a nova realidade com compromisso e dedicação. A esperança vislumbra um novo amanhecer, novos modelos de ensino e a continuidade das aulas presenciais. www.pequenacasa.org.br

Presidente, Ir. Pierina Lorenzoni

Quando começou o distanciamento social em 2020, não tínhamos ideia do desafio que nos aguardava. Seguimos realizando o nosso trabalho fundamentado no propósito de “conectar conhecimentos e atitudes para transformar vidas” e, de uma forma muito colaborativa, cooperativa e afetuosa, nos unimos para dar conta do “novo normal”. De fato, a conexão foi a força que nos moveu: fortalecemos vínculos e criamos novas metodologias de trabalho. E mais: as turmas do Pescar foram certificadas virtualmente em todo o Brasil. Atualmente, são mais de 1.500 jovens atendidos por ano, distribuídos em 70 unidades, 9 estados e 40 municípios. São 135 empresas conectadas, 166 apoiadores, 978 voluntários e 92 colaboradores. Hoje, somos 2.423 pessoas atuando na Rede Pescar! Desde a nossa fundação formamos 33.783 jovens. Seguimos em frente! www.projetopescar.org.br Presidente Voluntário, Paulo R. G. Centeno

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FOGAP A Associação Pestalozzi de Canoas é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 26 de outubro de 1926. É a primeira organização no Brasil a trabalhar em prol da garantia e defesa dos direitos da pessoa com deficiência intelectual, na perspectiva da sua inclusão, participação, protagonismo, autonomia e qualidade de vida. Atua nas áreas de educação, saúde, assistência social, trabalho, esporte, lazer e cultura na cidade de Canoas, Rio Grande do Sul. Por meio de uma equipe técnica inter e multidisciplinar, oferece aos seus atendidos, familiares e cuidadores educação fundamental especial, atendimento educacional especializado, aprendizado profissionalizante, oficinas de culinária e padaria, dança inclusiva, horta, jardinagem, práticas culturais, artes e artesanato, futebol, atletismo de rendimento, consciência corporal, canto coral e mundo do trabalho. www.pestalozzi.com.br

A Renapsi – Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração iniciou atividades em Goiânia/GO, no ano de 1992 em parceria com empresas, organizações sociais e órgãos governamentais executou projetos de efetivação do direito à vida, à educação, à qualificação profissional e ingresso no mercado de trabalho, beneficiando milhares de famílias. Em 1996, se dedicou à execução de programas socioeducativos geradores de renda para maiores de 14 anos e, com o advento da Lei 10.097/2000, a instituição tornou-se uma especialista na execução de Programas de Aprendizagem. Hoje atendemos em 22 Estados + Distrito Federal. Nossa missão é promover a formação de qualidade dos jovens desenvolvendo as competências, visando a sua inclusão social e inserção no mercado de trabalho. www.renapsi.org.br Diretora, Aline Dária Ferreira

Presidente, Edna Alegro

A Associação Reviver, localizada em Canoas, é uma instituição sem fins econômicos com objetivo de promover a inclusão social de jovens em situação de vulnerabilidade pessoal e/ou social através de cursos de aprendizagem profissional. Desenvolve o Programa Jovem Aprendiz desde 2005. Alguns dos cursos disponíveis: Assistente Administrativo, Auxiliar de Cozinha, Cobrador, Música, Operador de Caixa. Coordenadora Geral, Maria Helena Riquinho dos Santos

A Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) por intermédio da sua mantida a Universidade de Caxias do Sul (UCS), desenvolve cursos de Aprendizagem para o comércio, indústria e serviços. Elaborados por profissionais para atender às expectativas empresariais, tais cursos contam com formação técnica, além de aprimoramento comportamental e emocional adequados às particularidades de cada ramo de atividade econômica. Na UCS, os cursos de Aprendizagem dispõem dos mesmos recursos didáticos e tecnológicos disponibilizados aos demais cursos desta instituição de ensino e são realizados nos Campus Universitários e nas empresas parceiras da UCS. www.ucs.br Reitor da UCS, Prof.Dr. Evaldo Antonio Kuiava

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A pandemia do Ramon de Faria Santos COVID-19 impactou Auditor Fiscal do Trabalho Coordenador fortemente a polítiNacional de Aprendizagem Profissional ca da aprendizagem profissional em todo país, interrompendo uma escalada crescente do número de aprendizes que vinha ocorrendo anualmente. Embora nenhuma lei ou ato normativo tenha autorizado o descumprimento da cota de aprendizagem durante o período de pandemia, o fato é que o agravamento econômico decorrente tárias diante do estado de da pandemia e a interrup- Fiscal do Trabalho que calamidade pública, inção temporária das fiscali- foi responsável pela interrompendo temporariaclusão no mercado de trazações para verificação do mente, assim, as ações balho de 376.269 aprencumprimento da cota de aprendizagem durante al- dizes sob ação fiscal ape- fiscais de verificação de cota de aprendizagem. nas no período de 2017 guns meses de 2020 fizeTal fato, aliado ao agraram com que o número de a 2019. Nesse mesmo vamento da crise econôperíodo, os Auditoresaprendizes contratados em mica decorrente da pantodo país reduzisse de for- Fiscais do Trabalho reademia, fez com que o núlizaram 128.961 fiscalima vertiginosa. mero de aprendizes reduzações de verificação do Os dados do CAGED e zisse para 369.365. cumprimento da cota de da RAIS indicam que de aprendizagem. Mesmo sem determina2013 a 2019 houve aução legal ou normatiCom o advento da panmento significativo de va que autorizasse a não demia, durante o ano de aprendizes. Em dezemcontratação de aprendi2020, o foco da Inspeção bro de 2013 o país conzes pelos estabelecimendo Trabalho passou para tava com 327.054 aprentos, a paralisação das foi direcionado para as dizes e, em dezembro de ações fiscais de verificaações relacionadas à saú2019, esse número já esção do cumprimento da de e segurança do trabatava em 498.428 aprencota de aprendizagem lho, ações fiscais que obdizes. Importante regisdurante o ano de 2020 trar que esse aumento está jetivavam a reintegração fizeram os números de de aprendizes desligados diretamente relacionado à atuação da Auditoria de forma indevida e outras aprendizes despencarem classificadas como priori- em todo país.

A partir do início de 2021, a Auditoria-Fiscal do Trabalho retomou de forma rotineira as fiscalizações de verificação do cumprimento de cota de aprendizagem e o cenário da Aprendizagem Profissional mudou novamente. Os dados do eSocial de 07/2021 indicam que há 425.435 aprendizes contratados. Apenas nos sete primeiros meses do ano foram abertas 56.070 novas vagas de aprendizagem profissional. No RS, por exemplo, o total de aprendizes no Estado praticamente está igual ao cenário de 2019, antes da pandemia.

Atualidade e avanços

Atualidade e avanços

O papel fundamental da Auditoria Fiscal do Trabalho na retomada das contratações de aprendizes

Além disso, novas formas de fiscalização da cota de aprendizagem foram aprimoradas durante a pandemia, como a fiscalização eletrônica, que permitirá a ampliação substancial do número de estabelecimentos alcançados pela Inspeção do Trabalho nos próximos anos. Diante dos dados acima expostos, percebemos que a atuação da Auditoria Fiscal do Trabalho é fundamental para a manutenção e aumento do número de aprendizes em todo país.

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Atualidade e avanços

2021, o ano ímpar! O Ano de 2021 foi declarado o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil pela ONU e o Brasil, como signatário da respectiva Resolução, teve o compromisso de adotar medidas eficazes para proibir e eliminar as piores formas de Trabalho Infantil e erradicá-las até 2025. Frente tal realidade, somada aos impactos da Pandemia COVID-19 que agravou o risco da pobreza e, consequentemente, aumentou o número de crianças e adolescentes submetidos a alguma forma irregular e ilícita de trabalho, tivemos a certeza, mais do que nunca, da necessidade de um agir, da nossa coletividade atuar de forma contundente. Impunha-se ao FOGAP em parceria com o FEPETI, alinhavar projetos, programas, e assim lutar, para reverter a realidade desenhada e crescente. Conscientizar dos malefícios do trabalho infantil e os benefícios da Aprendizagem Profissional. Esse era nosso tema! Sentimo-nos obrigados direcionar ações para assegurar o desenvolvimento e formação técnico profissional dos jovens no intuito de diminuir a fila dos vulneráveis e da pobreza crescente.

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Particularmente, lem-

Silvana Martins *Representante Regional Coordinfância - MPT-RS.

bro de um texto em mídia onde comentei “Trabalho Infantil: Realidade, desafio ou utopia”. Pois é, estávamos em frente de um ano atípico onde o desafio alinhava-se a uma utopia, individual ou coletiva. Sonho de uma sociedade que todos fazemos parte, em especial nós, integrantes e parceiros de fóruns – instituições voltadas à tutela dos direitos das crianças e adolescentes - como são o FEPETI e o FOGAP. Assim, unidos na vontade e no embalar desse desafio, passamos alinhavar alguns projetos, e ou programas, que ora destaco dois que me pareceram uma grande realização. O primeiro evento ocorreu no dia 11 de junho, com a promoção de uma live de lançamento do videoclipe com a música “Lugar de criança é na infância”. Foi transmitido no canal do Youtube do TRT da 4ª Região juntamente com

os canais do Ministério Público do Trabalho-RS, da então Superintendência Regional do Trabalho-RS e do FOGAP. A apresentação foi do comunicador Luciano Potter, e contou com falas de representantes das entidades promocionais, além da especial participação da OIT pela Coordenadora do Programa de Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho, Maria Cláudia Falcão e dos autores da canção, a servidora Angie Miron, do TRTRS, e do músico e jornalista Daniel Germano. Na oportunidade, a composição foi executada por crianças e adolescentes da Orquestra Jovem do RS, da Orquestra Villa-Lobos, da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa Jovem) e da Orquestra do IPDAE e a produção do videoclipe ficou a cargo da Transe Filmes. Vocês querem ouvir a linda canção?! Só acessar:

https://www.youtube.com/ watch?v=R56erb1WvMo Trabalho árduo de construção de muitas e muitas mãos, pessoas, integrantes e não integrantes dos Fóruns, FOGAP e FEPETI, além de profissionais ligados a atividades culturais e técnica indispensáveis. Teve ainda a participação de aprendizes, que luxo de atuação! Tivemos várias reuniões, horas de trabalho, horas de descanso, horas de sonho, mas que se realizou. Conseguimos..., material humano e de publicidade diferencial, impactante, um vídeo de qualidade excepcional, uma bela canção, que toca a alma de quem escuta e de quem ouve. Um hino como foi dito! Sua publicidade alcançou todo o território brasileiro. Lá estava toda a equipe, alguns falando, outros não, mas todos colaborando. Falar dessa situação é difícil pois descrever o que significou para cada um carece de palavras e gestos. Eu, fico sem palavras, sobressaindo a certeza que mais um desafio, uma utopia gerada e conquistada. Logo, em seguida, mas concomitante, elaboramos, o Programa de Inclusão de Jovens no Mercado de Trabalho do Litoral Norte. Da mesma forma foi fruto da união e trabalho de todos


os integrantes dos Fóruns, além de muitos outros colaboradores que auxiliaram com atividades especiais notadamente na programação e divulgação. Foi um time de grandes parceiros! A ideia central era mobilizar Prefeituras, Empresas, Instituições Públicas e Privadas, alertar e conscientizar dos benefícios da Aprendizagem Profissional como ferramenta legal de inclusão social e especialmente voltando-se para os mais vulneráveis e carente naquele momento de vida e daquelas cidades litorâneas. Auxiliar nas necessidades apresentadas, conhecendo e direcionando os jovens ao mercado de trabalho típico de cada localidade. Procedeu-se, então, a composição desse projeto de objetivos pontuais, tais como: Eliminação das causas do trabalho infantil que, principalmente com a pandemia, agravou a pobreza, a vulnerabilidade, o desemprego, a informalidade, a migração, a fome; Fomento aos direitos humanos de proteção às crianças; Identificação das empresas que estavam empenhadas na prevenção do trabalho infantil de maneira a demonstrar exemplos práticos para as demais empresas que ainda não aderiram aos Programas de Aprendizagem como forma de Erradicação do Trabalho Infantil ; Direcionamento a apren-

dizagem profissional com inclusão no ambiente de trabalho para os adolescentes oriundos da região litorânea; e ainda, identificação de iniciativas locais referentes as políticas públicas dos municípios. Registrou-se a Justificativa Legal, qual seja, de que a Organização das Nações Unidas (ONU) pronunciou em Assembleia Geral, por unanimidade, o ano de 2021, como sendo o ano internacional de eliminação do trabalho infantil, e o compromisso com os adolescentes e jovens que mais precisam de apoio e de um olhar sensível a sua situação de vulnerabilidades de todas as ordens, principalmente em se tratando daqueles oriundos do trabalho infantil e que residiam no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Impondo-se a necessário direcionamento a esse público jovem de 14 a 24 anos, egressos do trabalho infantil. Alinhavou-se também a metodologia de trabalho, com reuniões do grupo para definir estratégias com uma audiência final, envolvendo prefeituras e empresas visando mobilização e conscientização da precariedade social e a gama de benefícios gerados com a aprendizagem profissional. Por fim destacou-se no esquema do projeto, a abrangência territorial, quais seja, os Municípios do litoral norte: Arroio do Sal, Balneário Pinhal,

Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Mampituba, Maquiné, Morrinhos do Sul, Mostardas, Osório, Palmares do Sul, Tavares, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três Forquilhas, Xangrilá. Fator importante a destacar nesse projeto foi o engajamento das entidades FOGAP, FEPETI, SIT, MPT-RS, FAMURS e COREDE LITORAL NORTE.

só acessar: www.youtube. com/watch?v=Ac6ZniWJtlo&t=286s

Finalizado a criação do projeto chegamos no dia da Audiência Coletiva do Litoral Norte. Ocorreu no dia 16 de junho, as 19hs, com transmissão pelo canal youtube do FOGAP, direcionada para os empresários e lideranças dos 23 municípios que integram a Associação de Municípios do Litoral Norte AMLINORTE. Contou-se com a presença dos idealizadores do evento e a participação, ainda, de vários convidados que deram depoimentos esclarecendo a importância de inclusão dos jovens mercados de trabalho. Na oportunidade as empresas tiveram a possibilidade de buscar a relação dos jovens a serem contratados junto as Secretarias Municipais identificadas e com os respectivos contatos.

Para os jovens apresentou-se um início de nova vida, uma porta aberta para o mundo, seu mundo, e de alguns, de suas famílias também.

A cereja do bolo, foi a reapresentação do Videoclipe “Lugar de Criança é na Infância”. Para recordar é

Um grande sucesso! Momento impactante, regado de conhecimento para todos nós apoiadores (cada dia se aprende mais), em cultura e conhecimento humano. Tivemos a certeza que estávamos conseguindo ofuscar a linha da pobreza de uma parcela da sociedade gaúcha e ao mesmo tempo salientar a obrigatoriedade do cumprimento da lei da Aprendizagem.

E assim caminhamos, com alguns tropeços, mas sempre levantando e prosseguindo, alcançando com dedicação e suor de todos os integrantes, participantes e colaboradores, realizar em um ano tão difícil o grande sonho, o nosso desafio, planejado, almejado, nosso sonho, nossa utopia, individual ou coletiva, de viver e trabalhar em prol da sociedade. Podemos relembrar fatos, situações e pensar em muitas possibilidades, do sucesso, da alegria, da emoção, da tristeza e até da parceria. Mas certamente uma se destacará, a maior de todas, o grande vencedor – que é a criança e o jovem protegidos por nossas ações coletivas. Parabéns pelo sucesso!

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Atualidade e avanços

Ação em rede pelo trabalho digno: uma necessidade Gerson Soares Pinto Coordenador-Geral de Fiscalização do Trabalho

A Aprendizagem Profissional é a principal política pública de inclusão de adolescentes e jovens no mundo do trabalho, pois possibilita formação técnico profissional sistemática, garante direitos trabalhistas e previdenciários, e promove elevação da escolaridade formal. Os aprendizes integram, em sua grande maioria, famílias de baixa renda, sendo o seu trabalho uma necessidade, não uma opção, o que torna a Aprendizagem Profissional um importante instrumento de combate ao Trabalho Infantil e uma oportunidade real para o rompimento do ciclo da pobreza e da desigualdade social que assolam nosso País, atualmente agravados com a Pandemia.

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Nesse sentido, a Inspeção do Trabalho tem realizado esforços para garantir a inserção na Aprendizagem Profissional dos adolescentes e jovensresgatados do Trabalho Infantil. São maneiras de possibilitar novas perspectivas de vida a esses jovens e de garantir a eliminação do Trabalho Infantil de forma sustentável.

Um fator relevante para que essa sustentabilidade se estabeleça é a atuação em rede. A articulação com as instituições e atores responsáveis pelos direitos e garantias desses adolescentes é crucial para um resultado efetivo. Na Inspeção do Trabalho, algumas unidades da federação se destacam nesse sentido, como a Superintendência Regional do Rio Grande do Sul, exemplo na articulação de inclusão de jovens em medida socioeducativa na Aprendizagem Profissional. Hoje, o desafio é tornar experiências exitosas como essa, espalhadas pelo país, em projetos nacionais. Recentemente, teve início uma ação nacional direcionadaa grandes empresas para estimularo cumprimento da obrigação legale o exercício da responsabilidade social. Como fruto dessa iniciativa, foram estabelecidos

Termos de Compromisso com a Petrobrás Petróleo Brasileiro S.A. para a contratação de aprendizes, alcançando 18 localidades em diversos estados da Federação, com a destinação de 20% das vagas para adolescentes e jovens egressos do Trabalho Infantil e 10% das vagas para pessoas com deficiência. No primeiro semestre de 2021, ocorreram 236 contratações de aprendizes, sendo destinadas 51 vagas para egressos do Trabalho infantil e 28 vagas para pessoas com deficiência; e para o segundo semestre de 2021 estão previstas 335 contratações de aprendizes, sendo 72 vagas para egressos do Trabalho Infantil e 31 vagas para pessoas com deficiência. Para o sucesso das contratações, foi necessária a ação conjunta da Inspeção do Trabalho, da Assistência Social,

da Petrobrás e do Senai, como entidade formadora. A experiência foi extremamente ricae gratificante porque foi possível identificar as diversas dificuldades envolvidas nesse fluxo: desde problemas de documentação dos jovens, dificuldades de acesso a meios eletrônicos para efetivar inscrições, até a permanência no Programa, dadas as dificuldades cotidianas e os desafios por que passam esses jovens para conseguirem se adaptar a essa nova dinâmica. E, como forma de garantir a implementação dessa dinâmica de forma mais perene, a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e o Ministério da Cidadania estão em parceria na elaboração deum plano que possibilitará, além de fluxos de trabalho mais uniformes, a capilaridade necessária ao êxito dessas ações. Entre os objetivos está a inserção de jovens em situação de acolhimento institucional e em medidas socioeducativasna Aprendizagem Profissional.


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Breves linhas sobre a erradicação do trabalho infantil e a aprendizagem sob a ótica da Lei Federal nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Artigos

Carlos Luiz Sioda Kremer* O Estatuto da Criança e do Adolescente (L.8.069/90), acolheu a Doutrina da Proteção Integral em oposição à Doutrina da Situação Irregular, policialesca e higienista, então vigente à época do já revogado Código de Menores de 1979. A Doutrina da Proteção Integral, elevada às galas constitucionais no artigo 227 da Constituição Federal, cujo dispositivo foi regulamentado pela Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), estendeu à Criança e ao Adolescente, agora sujeitos de direitos (art. 15 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA), os Direitos Fundamentais dos Cidadãos, dentre os quais se destaca o que trata do Direito à Profissionalização e à Proteção do Trabalho, localizado entre os artigos 60 e 69 do Estatuto da Criança e do Adolescente, como veremos logo mais. Mas é no artigo 4º, acima mencionado, que o Estatuto faz o chamamento a todos, tseja à família, à comunidade, à sociedade e ao poder público, para assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos seus Direitos Fundamentais ali relacionados. É mais que uma orientação é um DEVER de todos. Considerando a Criança e o Adolescente como pessoa em condição peculiar no seu desenvolvimento (arts. 6º, 69, I - ECA), a au-

“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. (Art. 4º da Lei nº 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente). tonomia do exercício de seus Direitos, lhes conferem uma progressividade, na medida em que avançam na idade. Explico. Com relação à Criança (0 a 12 anos – art. 2ª do ECA), a lei estabelece um sistema de proteção aos seus direitos para um desenvolvimento harmonioso e integral (nos aspectos dimensionais bio-psico-social), não respondendo, nesta fase, pelos seus atos praticados em desconformidade com a lei, exatamente por não a compreender nesta fase de desenvolvimento, salvo com a aplicação de uma medida de proteção (art. 105 ECA). Nesta fase da criança, desde a primeira infância (0 a 6 anos – Lei 13.257/16 - Marco legal da Primeira Infância) até a adolescência (12 anos), também lhes é garantida a proteção e/ou reparação dos seus Direitos violados ou em vias de serem violados. Na medida que avança para a adolescência (12 a 18 anos) começa a ter maior autonomia e responsabilidade pelos seus atos. Exemplos. Com apenas 12 anos, já responde pelo ato infracional (contravenção ou crime

– art. 103 - ECA) praticado, podendo receber uma medida socioeducativa que vai da advertência à internação (art. 112 - ECA), com a possibilidade de restrição da sua liberdade por até 3 anos (art. 121 - ECA). Com 12 anos, deve, obrigatoriamente, consentir na adoção em audiência (art. 28, par. 2º. – ECA); Tem direito a ser ouvido pessoalmente pela autoridade competente (seja em conflito com a lei – art. 111, V - ECA ou na aplicação da medida de proteção – art. 100, § 1º, inc. XII - ECA); Tem direito a peticionar a qualquer autoridade (art. 124, II, ECA); Tem, ainda, Direito a constituir advogado de sua preferência mediante indicação (art. 207, § 1º., ECA). Com 14 anos pode trabalhar como aprendiz (art. 60 - ECA); Com 16 anos pode viajar para fora da comarca que reside, dentro do território nacional, desacompanhado dos pais ou responsável, sem expressa autorização (arts. 83/84 – ECA); Com 16 anos pode votar, se quiser – art. 14, § 1º, II, “b”, CF. Como se vê, estes são alguns exemplos da progressividade dos seus Direitos na medida do seu crescimento e amadurecimento. No campo do trabalho, o primeiro contato pode se dar a partir dos 14 anos, com certas restrições para sua proteção no trabalho e respeitando a sua condição peculiar de pessoa ainda em desenvolvimento (art. 69, ECA). Qualquer trabalho antes desta idade e sem os devidos cuidados de proteção previstos por lei, não é desejado e deve ser erradicado para que não implique em prejuízo ao seu desenvolvimento como pessoa. Neste primeiro contato com o trabalho, o adolescente aprendiz está apto a desenvolver uma formação técnica-profissional

*Advogado, Especialista em Direito da Criança e do Adolescente pela Escola Superior do Ministério Público do RS - FMP/RS, Conselheiro Seccional da OAB/RS, Presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/RS, Membro da Comissão Nacional de Defesa do Direito da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB, Coordenador do Projeto OAB vai à Escola da OAB/RS

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Artigos

Coragem e determinação: o caminho para a transformação da sociedade Diego Willian Francisco* sem abdicar da educação, com frequência obrigatória no ensino regular, compatível com o seu desenvolvimento, preservando-se horário especial para o exercício das atividades (arts. 62, 63 – ECA), sendo-lhe assegurado todos os Direitos Trabalhistas e Previdenciários (art. 65 – ECA). Estabelece a lei, ainda, que não poderá exercer trabalho noturno, perigoso, insalubre ou penoso, realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola (art. 67 – ECA). Finalmente, é permitido ao adolescente aprendiz que exerça o trabalho educativo oriundo de programa social para capacitar-se ao exercício de atividade regular remunerada (art. 68 - ECA). É, pois, dever de toda a sociedade no seu mais amplo espectro, a fiscalização e observância destes direitos, a fim de evitar a exploração do trabalho infantil, contribuindo para a sua erradicação, priorizando o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes em ambiente escolar, ressalvada, excepcionalmente, a sua condição de aprendiz, e obedecidos os parâmetros legais. Estas são as breves considerações que teço acerca do Direito ao trabalho de adolescentes como aprendiz, sob a ótica do Estatuto da Criança e do Adolescente, orientado pela Doutrina da Proteção Integral, onde o que se busca, além da igualdade de direitos, também o seu cuidado, com certa parcimônia, deste sujeito de direitos em peculiar condição de desenvolvimento. “Sozinhos iremos mais rápido, juntos iremos mais longe”.

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“A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.” A frase é do brilhante Guimarães Rosa e faz parte de uma de suas mais célebres obras. Estou aqui me referindo ao livro “Grande Sertão: Veredas”, um dos mais conhecidos e renomados da literatura brasileira. Digo a você, que está dedicado neste momento ao que estou trazendo aqui, sem medo de errar, que as palavras do escritor mineiro representam muito à minha trajetória pessoal e profissional. Sendo um pouco mais audacioso, arrisco a cravar que dizem muito sobre a forma com que procuro enfrentar as adversidades. Se tivesse deixado o medo prevalecer às convicções que possuo, talvez, boa parte das conquistas que obtive não teriam se concretizado, como, por exemplo: formar uma família linda; ser o vereador mais votado de Estância Velha em 2016 - aos 26 anos - e; no pleito seguinte vencer as eleições municipais que disputei para o cargo de prefeito, aos 30 anos de idade. Receber 10.624 votos de confiança - no dia 15 de novembro de 2020 - me encheram de orgulho, mas trazem luz à responsabilidade confiada em mim por uma parcela expressiva dos estancienses. Os desafios são diários, amplos e diversos, por isso, procuro seguir os ensinamentos e lições de Guimarães Rosa à risca. Entendo que o diálogo liberta, a conversa estreita os laços e rompe resistências, quebrando qualquer tipo de resistência que não tenha por finalidade o bem comum. Desta forma, atuo para liderar minha equipe de trabalho, na qual, tenho profunda admiração seja no primeiro, segundo ou terceiro escalão. Não importa o nível ou grau do cargo ocupado. Foram escolhas eminentemente técnicas e sem nenhuma influência política. Entendo que os caminhos apenas serão diferentes daqueles trilhados anteriormente, quando temos coragem de inovar e quebrar

Entendo que construímos o futuro com respeito ao legado do passado e por quem deixou sua marca em prol da sociedade, pois o presente concretizamos com a base alicerçada por quem nos antecedeu. paradigmas. Logo, sem a coragem de tomar as decisões que viabilizem as mudanças, não conseguiremos alcançar as melhorias esperadas pela população e nem teremos um governo equilibrado, plural e que tenha condições de cumprir com a missão disruptiva de extinguir um ciclo vicioso enraizado nas administrações públicas. Focar em metas, resultados e vitórias para planejar uma cidade, Estado e País são a essência para alcançarmos a justiça social, o desenvolvimento econômico e o crescimento sustentável pensando na qualidade de vida desta e das próximas gerações. Este conjunto de ações e conceitos guiam a administração de Estância Velha que, aliás, tem como lema o “Diálogo, Trabalho e Transparência”. Uma trinca de preceitos os quais considero bastiões no cumprimento da missão de gerenciar o dinheiro público oriundo dos impostos cobrado dos cidadãos, a maior parte deles trabalhadores que lutam com dificuldade por uma vida melhor, e a quem devemos o mais profundo respeito. Sendo assim, cada centavo do erário deve ser empregado de forma certeira. Nós, ao ocuparmos estas funções, não temos o direito de errar. Entendo que construímos o futuro com respeito ao legado do passado e por quem deixou sua marca em prol da sociedade, pois o presente concretizamos com a base alicerçada por quem nos antecedeu. A participação que desempenhei desde cedo em movimentos sociais e orgânicos do Município acabaram por forjar minha personalidade e o foco em servir ao próximo, na forma mais singela


e pura dessa expressão. Acredito, ainda, que isto tornou mais latente em mim o desejo de transformar todo meu entorno em um lugar melhor. Não canso de repetir, seja nas manifestações que faço à comunidade ou em encontros nos quais participo, que “o sonho que sonhamos juntos, nós transformamos em realidade”. Isto, sem dúvida, foi uma das mais belas lições que aprendi - e sigo nutrindo - no Rotary Club de Estância Velha, do qual faço parte como membro integrante desde 2015. A participação num dos clubes de serviço mais relevantes e com enormes conquistas, tendo relevância internacional, mostra como a união é capaz de transformar. Em 2021, ano no qual assumi o cargo de prefeito, fui agraciado com a missão de figurar como vice-presidente da entidade. Em paralelo às atividades do Executivo, me desdobro para estar sempre presente aos compromissos rotarianos e, com absoluta certeza, estar engajado nestas atividades são um combustível à alma e ao espírito. Nada é mais dignificante do que ver o sorriso de um pequeno estanciense ao ganhar um pacote de doces, como no último dia 12 de outubro, quando visitamos pelo Rotary as zonas periféricas da cidade na tradicional ação em prol do Dia das Crianças. Por ter uma origem humilde, sendo filho de pedreiro e empregada doméstica, entendo a importância deste tipo de iniciativa. Como filho mais velho, já que quando tinha 7 anos de idade nasceu minha irmã mais nova, a pouca idade trouxe desde logo mais responsabilidades. Sempre estudei em escola pública, fato este que tenho imenso orgulho, e lá tive meu primeiro envolvimento efetivo com a política, quando fui eleito presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual 8 de Setembro - o maior de Estância Velha - durante o período no qual estudava no Ensino Médio. Ainda nesta fase da adolescência, para que tenham ideia, fui aluno do Projeto Pescar, em 2006. Aliás, ter feito parte deste programa mudou positivamente minha história. A lógica de “não dar o peixe, mas ensinar a pescar” foi fundamental na consolidação da minha trajetória. A vida me fez entender, ainda muito moço, que as dificuldades não são um problema. Pelo contrário, elas devem servir como estímulo para superá-las com galhardia, raça

e muita força de vontade. Claro, sempre valorizando os ensinamentos de quem está próximo e quer ver o nosso bem. As lições compartilhadas durante as aulas, o convívio saudável em ambiente de mútua troca e evolução constante são elementos nos quais tive a felicidade de aproveitar intensamente naquele momento. E, hoje, posso afirmar que colho a recompensa daquela interação virtuosa. Agora, com a parceria formalizada com auxílio do Município e da Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) da cidade, o Colégio CNEC de Estância Velha passa a ofertar o Programa de Aprendizagem Profissional, através do qual será oportunizado a participação dos jovens no curso de Assistente Administrativo. Sem dúvida, tenho a convicção de que a oferta do jovem aprendiz será um importante passo para inserção dos jovens estancienses no mercado de trabalho e, ainda, mais próximo de casa. Como projetou o brilhante Jaime Lerner, lendário prefeito de Curitiba e governador do Paraná por duas oportunidades, devemos pensar em trabalho, cultura e lazer próximo de onde moram nossos cidadãos. E este passo estamos concretizando na cidade! Além disso, foi na adolescência quando comecei a trabalhar como garçom, aos 14 anos. Diariamente, deixava Estância Velha para laborar em Novo Hamburgo, município vizinho à minha cidade natal, com objetivo de auxiliar a família nas despesas da casa. Logo após esse período, em 2009, iniciei minhas atividades na Prefeitura de Estância Velha e, aqui, encontrei minha vocação: servir o próximo. Passei por vários setores e funções até chegar ao cargo de coordenador municipal da agência do Sine Municipal, onde encaminhei ao primeiro emprego milhares de jovens e ajudei outros tantos estancienses a conquistar o sonhado primeiro emprego ou, ainda, a buscar recolocação no concorrido mercado de trabalho. Nesta fase da minha vida conheci minha companheira e maior incentivadora, a Martiele, que alguns anos mais tarde veio a me presentear com o bem mais precioso de nossas vidas: o Vicente, que veio ao mundo em maio de 2020.

Imaginem, dois pais inexperientes e enfrentando uma pandemia, mas vencemos. O nosso pequeno e amado filho, não à toa, tem como significado de seu nome: vitorioso. De fato, ele foi um guerreirinho. Superamos uma gravidez delicada e difícil, mas, com a graça e a bondade de Deus, está conosco alegrando nossos dias com saúde e nos brindando de amor. Este sou eu, Diego Willian Francisco, 31 anos. Pai, marido da Martiele, amigo, prefeito e um idealista que acredita ser possível transformar o mundo em um lugar melhor para viver.

*Prefeito de Estância Velha.

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Artigos

Aprendizagem Profissional uma alternativa estruturante Paula Ioris* “Quatro em cada dez jovens deixam de estudar para trabalhar. A necessidade de trabalhar é o principal motivo apontado por jovens de 14 a 29 anos para abandonar os estudos, de acordo com pesquisa do IBGE.” “Quase metade dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos (47%) pensa em sair do país para ter estabilidade e melhores condições de vida. É o que mostra o Atlas das Juventudes e de novos estudos da FGV Social.” “Os estudos mostram que 27,1% dos brasileiros entre 15 e 29 não estudam e também não trabalham e 70% têm dificuldade de encontrar emprego. Com a chegada da covid-19, a desocupação de jovens nessa faixa etária saltou de 49,4% para 56,3%.” “O problema da evasão escolar muitas vezes é refletido no aumento da criminalidade entre os jovens brasileiros, e esse aumento foi de aproximadamente seis vezes em pouco menos de quinze anos, segundo dados do IBGE.” Estas manchetes retratam a realidade em relação aos jovens do nosso país, especialmente agravadas quando tratamos de jovens em vulnerabilidade social. Crianças e jovens são vítimas da desestruturação familiar, da violência doméstica, da desigualdade social e do agravamento do uso e tráfico de drogas no nosso país. Políticas públicas consistentes para nossos jovens são uma necessidade premente, esta responsabilidade fica mais intensa para os municípios, pois é onde de fato a vida ocorre. Temos essa consciência, e muitas são as nossas frentes de trabalho. Desde a promoção da saúde física, mental e emocional, a melhoria na qualidade da formação, a geração de oportunidades socioculturais e de profissionalização. Muitos são os desafios com a juventude, o maior deles é enfrentar e reduzir a evasão escolar. Uma realidade que só aumentou ao longo dos anos. Parar de estudar para trabalhar tem sido o “plano de vida” de uma infinidade de jovens. O afastamento da escola já foi identificado como a principal causa de jovens en-

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Acreditamos que as cotas profissionais financiadas pelas empresas podem se tornar meios de formação qualificada de jovens. volvidos com o uso de drogas e a com a criminalidade. E assim, perdas de uma gravidade incalculável. Consideramos a aprendizagem profissional uma política estruturante pois, além de exigir a permanência na escola, é uma oportunidade de profissionalização, de remuneração, oportunidade de convivência e experiências em ambiente de trabalho que proporcionam relacionamentos e aprendizados formadores. A oportunidade da aprendizagem profissional amplia a percepção de mundo, alcança a remuneração que muitas vezes pode significar o sustento da família, ou a alternativa para adquirir o boné ou tênis que a galera já tem e ele não, sem ter que aderir a alternativas que podem ser um caminho sem volta. Concretamente, iniciamos no mês de julho, um projeto piloto Ser Jovem Cidadão, contemplando a formação de 30 jovens em situação de vulnerabilidade Social. A entidade formadora será o SENAC. Como a empresa patrocinadora das cotas não oferece condições para as aulas de práticas profissionais, os aprendizes serão acolhidos na prefeitura e na FAS – Fundação de Assistência Social,

(em consonância com artigo 66 do decreto no 9.579 de 22 de novembro de 2018) devidamente acompanhados por monitores. Mais dois projetos estão sendo encaminhados, os três projetos vão envolver 75 adolescentes. Preservar jovens na escola é assegurar continuidade dos estudos, a vivência de estímulos e experiências que elevam a perspectiva de planos apropriados para esta etapa tão importante da vida. Acreditamos também que as cotas profissionais financiadas pelas empresas podem se tornar meios de formação qualificada de jovens que estarão integrando a força de trabalho ao invés de serem ameaças na sociedade. Desta forma estamos desenvolvendo um ciclo virtuoso, com certeza estruturante para os jovens e para todos.

*Vice-prefeita de Caxiasdo Sul - RS.


Educação e profissionalização via esporte: realidade distante? Felipe Gremelmaier* O bom resultado do Brasil nos Jogos de Tóquio, com aumento de conquistas no quadro de medalhas, deve ser valorizado como incentivo a quem vive e a quem deseja viver do esporte. A cada Olimpíada, quando surgem heróis como o surfista Ítalo Ferreira e a skatista Rayssa Leal, a expectativa é que mais crianças e jovens despertem para modalidades esportivas. Surge a esperança de que essa garotada enxergue a atividade física como oportunidade de vida. Daí a importância de o Poder Público oferecer verbas para implantação e manutenção de projetos no segmento. Em Caxias do Sul, o auxílio é proporcionado pelo Financiamento Municipal de Desenvolvimento do Esporte e Lazer, o Fiesporte, regido pela Lei nº 7.696, de 2013. Para ser beneficiado, o pretendente deve apresentar um projeto, que será analisado pela Prefeitura e, caso seja aprovado, executado com dinheiro público. Neste ano, 56 propostas foram aceitas e terão aporte financeiro de R$ 4.138.800, divididos entre as pessoas físicas e jurídicas contempladas. Mas o benefício não se limita ao esportista ou à entidade. Indiretamente, estende-se a toda uma cadeia de profissionais e serviços ligados ao esporte, lazer e prática de educação física. São beneficiados gestores da área, professores, fisioterapeutas e tantas outras pessoas envolvidas no projeto. Além do financiamento, o Fiesporte contribui para a educação e profissionalização. Caxias do Sul tem uma série de exemplos de projetos que beneficiaram crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

Incentivos públicos para desenvolvimento esportivo geram emprego, estágios, educação, cidadania, entre tantas outras vantagens à sociedade. Envolvida na atividade física, a meninada tem ocupação no turno inverso ao escolar e, consequentemente, menos risco de marginalização. Incentivos públicos para desenvolvimento esportivo geram emprego, estágios, educação, cidadania, entre tantas outras vantagens à sociedade. Vale ressaltar a inclusão social de deficientes físicos por meio das Paralimpíadas e, com destaque para Caxias do Sul, as Surdolimpíadas, marcadas para maio de 2022. Graças aos jogos olímpicos dos surdos, com 21 modalidades previstas, a cidade e arredores deverão receber 10 mil pessoas, sendo 4 mil surdoatletas de 100 países. Os jogos ocorrerão em Caxias do Sul, a cidade-sede, Flores da Cunha, Bento Gonçalves e Farroupilha. Portanto, pode-se imaginar o quanto o esporte fomentará a economia regional, gerando trabalho, renda e movimentando o comércio, os serviços e o turismo. No entanto, apesar de haver financiamentos para área e a realização desse evento internacional, o Brasil investe quase nada no esporte em comparação a outros países. Ainda assim, nossas Rayssas e nossos Ítalos se superam e sobem ao pódio. Lamento que tanto o governo quanto o público valorizem de verdade nossos atletas de quatro em quatro anos, em época de jogos olímpicos.

A formação de novos esportistas e o atingimento do alto desempenho dependem de investimentos constantes, como os próprios representantes do nosso país declararam ao final dos Jogos de Tóquio. Sonha-se com o dia em que o surgimento de novos heróis olímpicos brasileiros ocorra ao natural, fruto dos investimentos em educação e profissionalização do esporte. Infelizmente, ainda estamos longe dessa realidade.

*Vereador. Mestre em Turismo e Hospitalidade.

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Pessoa com deficiência e o mundo do trabalho: para que não haja mais retrocessos Eloide Marconi* Pertencer ao mundo do trabalho requer enfrentar lutas diárias independente do momento em que vivemos. Desafios e superações têm sido palavras de ordem desde que fomos obrigados a nos reinventar, por conta de algo que não está visível, mas que deixa marcas refletindo no acesso ao mundo do trabalho, também, para as pessoas com deficiência (PcD). Se, neste momento estamos sentindo a necessidade de nos reinventar, imaginemos que, desde sempre, as PcD vêm enfrentado situações semelhantes. Anteriormente, elas próprias tinham que dar conta do ingresso nos locais de trabalho. Não havia a inclusão efetiva, mas sim um simples cumprir de legislação. Com o advento do paradigma da inclusão, vemos a importância do envolvimento das pessoas com deficiência, família, colegas, empresários, sociedade, enfim, com comprometimento de todos, caminha-se para um rumo onde todos, tenham as mesmas con-

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Assim como evoluímos no tocante aos equipamentos tecnológicos neste período, por outro lado, regredimos nas questões relativas à inclusão das PcD no mundo do trabalho. dições de participação social e econômica. A Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146/2015, nos Artigos 34 ao 38, discorre sobre a importância de efetiva inclusão no mundo do trabalho, que é motivo da mais alta importância para comemoração. Entretanto, para que haja efetivação, é imprescindível o comprometimento de todos. Quando falamos no segmento PcD, é importante trazermos todas as lutas e conquistas para a vivência em sociedade de forma igualitária. Para que, de fato, haja o ingresso nesta maravilhosa engrenagem, que se chama trabalho, foi e ainda é indispensável adapta-

ções, acessibilidades, comportamentos e legislações para que seja perfeitamente possível o desenvolvimento das atividades. Caso contrário, o movimento de acesso ao mundo do trabalho pode tornar-se capacitista. A inclusão efetiva ainda precisa percorrer caminhos e ocupar espaços. Hoje, com a crise sanitária e econômica instalada, principalmente por conta da Covid-19, o lutar está permeado de outros significados, não menos importantes. Na verdade este ato precisa ser continuado, forte e coeso, para que não haja absolutamente nenhum retrocesso das conquistas até aqui efetivadas. Todavia, os movimentos de luta devem ser de todos, uníssonos, em uma direção única. Este problema de saúde pública deixa ainda mais complexa a situação dos trabalhadores com deficiência, além do risco à saúde, existe a ameaça do desemprego. Assim como evoluímos no tocante aos equipamentos tecnológicos neste período, por outro lado, regredimos nas questões relativas à inclusão das PcD no mundo do trabalho. Diferentes desafios foram lançados: adaptação ao trabalho remoto, acesso às tecnologias no home office, além da adesão aos protocolos, como uso de máscaras e álcool em gel, bem como as demais normas sanitárias no retorno ao ambiente de trabalho. Na pandemia da Covid-19, os desafios da PcD no mundo do trabalho se tornaram mais evidentes. Muitas lutas e conquistas ainda estão por vir, ainda assim, não se pode esquecer ou deixar de ressaltar o que até aqui se efetivou para que não haja mais retrocessos e a esperança se renove. Lei 13.146/2015. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/ lei/l13146.htm, acesso em 25 junho 2021 às 15:30.

*Assistente Social - FADERS.


Projetos na EFASERRA: um estímulo à aprendizagem e a um novo tempo Rosa Ana Bisinella* Vania Marta Espeiorin* O ensino e a aprendizagem por meio de projetos evocam uma palavra que valoriza o encontro, a união, a troca... Essa palavra é interdisciplinaridade. E estamos nos referindo ao que ela oportuniza em termos de encontro entre docentes de diferentes áreas, de união entre estudantes de distintos ritmos de aprendizagem e de troca de saberes e vivências entre educadores e alunos e alunas tanto presencial quanto virtualmente. Pois, este novo tempo em que vivemos, o qual exige enfrentamento a um vírus que não enxergamos e precisamos evitar aglomerações para que não se dissemine, a educação teve que se adaptar a sistemas híbridos, envolvendo o real e o universo on-line. Nesse contexto, quando o assunto é projeto de ensino-aprendizagem, interdisciplinaridade caminha abraçada a outra palavra: interação. Vasconcellos (2002, p. 103) ressalta que “um projeto será tanto melhor quanto mais estiver articulado à realidade dos educandos, à essência significativa da área do saber, aos outros educadores (trabalho interdisciplinar) e à realidade social mais geral". Na Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha (EFASERRA), com cerca de 150 estudantes e uma equipe qualificada de quase 20 monitores, há projetos que têm aproximado conhecimentos e reflexões. Os educandos se envolvem e aprendem muito sobre o mundo agrícola por meio dos conteúdos e práticas interdisciplinares que esses projetos viabilizam. Na EFASERRA, cuja base é a Pedagogia da Alternância e o ensino é voltado, principalmente, ao jovem do campo, com formação de Ensino Médio concomitante ao curso de Técnico em Agropecuária, o tra-

Quando o assunto é projeto de ensino-aprendizagem, interdisciplinaridade caminha abraçada a outra palavra: interação. balho final é em forma de projeto e se assemelha à proposta da Base Nacional Comum Curricular/BNCC (BRASIL, 2018, p. 473). O documento nacional realça que é “papel da escola auxiliar os estudantes a aprender a se reconhecer como sujeitos, considerando suas potencialidades e a relevância dos modos de participação e intervenção social na concretização de seu projeto de vida”. E é por esse caminho que o Projeto Profissional do Jovem (PPJ), trabalho de final de curso na EFA, é construído. Todo estudante do terceiro ano o elabora, pensando nos próximos passos que sonha dar à sua vida no âmbito rural. Ao mesmo tempo que desenvolvem o projeto, seguem frequentando as aulas do Programa Jovem Aprendiz, iniciativa fundamental para a juventude. Na prática, projetos e Programa Jovem Aprendiz dialogam no percurso de ensino ofertado na EFASERRA. Em conversa com estudantes, ficam nítidos essa relação e os benefícios do Jovem Aprendiz no dia a dia da garotada. Segundo os alunos, é uma chance de aprendizado técnico sem precisarem abandonar a escola ou o campo, “e que mostra possibilidades de trabalho e de mercados disponíveis e reais para aperfeiçoarmos a atuação ali em frente”. Enquanto absorvem novos saberes, ainda recebem um valor que auxilia na independência financeira, e ampliam o convívio entre colegas. “O Jovem Aprendiz olha para

nossa autoestima e para as relações humanas que nos constituem como cidadãs e cidadãos”, entendem os estudantes. Esse diálogo entre projetos e entre as diversas disciplinas que o Ensinos Médio e Técnico preveem fortalece o aprendizado. E seu resultado acaba sendo um convite aos estudantes da EFASERRA continuarem se qualificando para que o campo e também a cidade sejam ambientes melhores para todos viverem. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2002

*Monitoras na EFASERRA.

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Artigos

A Socioaprendizagem profissional da ACM-VRO: por um olhar permeado de perspectivas Márcia Costa Rodrigues Martins* A ACM-RS criou em 2001 uma unidade para auxiliar na transformação da comunidade: A ACM Vila Restinga Olímpica busca a inserção social por meio do esporte. Atendemosa crianças e jovens em situação de vulnerabilidade no turno inverso ao da escola, com realização de atividades recreativas, desenvolvimento cognitivo e motor, para íntegrar os que frequentam a instituição, aproximar a comunidade e estreitar os laços com as famílias. Procuramos garantir a todos, sem distinção, tenham as OPORTUNIDADES necessárias para desenvolver suas potencialidades, com isso, mudar suas realidades e perspectivas. A partir dessa transformação, um FUTURO MELHOR é possível, e essas pessoas passam a ser AGENTES DE MUDANÇAS também em suas famílias e comunidades. As atividades são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de esportes, nutrição, pedagogia, psicologia e serviço social, entre outras em umas das regiões de maior exclusão social de Porto Alegre. Em 2018 visando à inserção dos adolescentes e jovens no mercado formal de trabalho a ACM VRO implementou o programa de Socioaprendizagem profissional compreendendo os inumeros desafios e perspectivas que atravessam este período da vida, as relações que se estabelecem e o impacto do coletivo na construção do indivíduo.

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No bate papo com a nossa Aprendiz yasmim, foi possível ver toda a motivação e o brilho nos olhos, esses cheios de esperanças de dias melhores. ACM-Restinga tem como objetivo preparar espaços para o desenvolvimento integral do Aprendiz com foco no primeiro emprego, possibilitando a inclusão social, transformando vidas através da qualificação cidadã e profissional. Pensando um pouco sobre esses jovens e o programa, chamamos para um descontraído bate-papo a aprendiz Yasmin Torres Nascimento, de 15 anos, que está fazendo o curso Vendedor de Comércio e Varejo e a prática no Super Kan Supermercados. Márcia Martins - Quais eram suas perspectivas em relação ao curso? Yasmin Torres - Eu pensava na Aprendizagem como um espaço que valorizasse os jovens, porque não somos apenas números, somos pessoas que desejam oportunidades para aprender e crescer, poder olhar para o futuro com mais segurança e autoestima, sabendo que depois do curso vou ter habilidades para praticar o que aprendi em outros espaços de trabalho. Como está sendo sua experiência como Jovem Aprendiz? Tenho vivido muitas situações que me fazem aprender todos os dias. Fazer a práti-

ca no comércio e estar junto à teoria na ACM tem me auxiliado a me entender melhor, lidar com as pessoas, organizar minha vida, meu dinheiro e meus planos para o futuro. Quais seus maiores aprendizados como Aprendiz? O principal aprendizado que levo comigo é que os exemplos de outras pessoas podem mudar nossa visão de futuro, criando em nós a vontade de fazer parte de projetos e histórias de vida. Aprendi que também quero ser um exemplo positivo para outras crianças e adolescentes. Aprender com as outras pessoas e saber que eu também posso ensinar. Estar aprendiz em meio à pandemia do coronavírus te afetou? De que forma? Sim, afetou a todos nós. Fazer a prática no comércio me fez perceber como as pessoas estão sofrendo devido ao aumento dos preços, principalmente da comida, mas a situação que mais me afetou foi assistir ao relato de um colega em que uma idosa chorou na fila do mercado porque não tinha dinheiro para levar todas as compras. Penso em quantas pessoas estão sem alimentos, sem água e sem luz devido ao desemprego e a pandemia. Como você está lidando com os protocolos sanitários e distanciamento social nos espaços de teoria e prática do curso? Está sendo um aprendizado, porque sou uma pessoa que é afetuosa e gosta de tocar nas pessoas, mas por causa da pandemia não posso mais ter essas atitudes, então penso primeiro na saúde, minha e das outras pes-


soas. Sigo todos os protocolos uso máscaras, muito álcool em gel e distanciamento social, mas sinto muito a falta de estar com meus amigos e de ter vida social. Mas tenho esperanças que se nos cuidarmos, logo vamos superar essa pandemia. O que te chama à atenção na rotina das pessoas e no comércio desde o inicio da tua prática? Com certeza a economia, as pessoas estão pagando preços mais caros e recebendo menos, muita gente desempregada vivendo do auxilio emergencial. Pessoas que compravam e saiam com o carrinho cheio, hoje usam uma cestinha. Isso é muito triste, porque sabemos como nossa comunidade é carente. Hoje, fazendo uma avaliação durante tua trajetória na aprendizagem, quais as principais mudanças tu percebe em relação ao teu desenvolvimento? Muitas (risos) percebo que amadureci enquanto jovem, consigo me relacionar melhor com as pessoas, mas o mais importante é que consigo planejar meu futuro, já estou me organizando para quando terminar o curso de ter meu próprio negócio, estou economizando para isso. Tudo aquilo que tenho aprendido no curso, quero colocar em prática na minha vida pessoal e profissional, já estou (risos). Quais dicas você daria para aqueles que desejam acessar o Jovem Aprendiz? Que o princípio de tudo somos nós, precisamos confiar em nós e em nossa capacidade de aprender, não desistir, se uma porta fecha, temos que tentar de novo, até acontecer. É importante aproveitar as oportunidades para aprender e conhecer, valorizar quem acredita na gente. No bate papo com a nossa Aprendiz yasmim, foi possível ver toda a motivação e o brilho nos olhos, esses cheios de esperanças de dias melhores. Dentro do contexto da Socioaprendizagem da ACM, procuramos desenvolver o protagonismo juvenil e lideranças que possam de alguma forma, compartilhar conhecimento, competências e habilidades e é através destes objetivos que acredita-

Yasmin APDZ1

mos na transformação social e oportunidades de direitos. Conforme Paulo Freire: “Educar é um ato de amor, por isso, um ato de coragem”. Nós, enquanto unidade da ACM nos sentimos privilegiados por auxiliar na construção de cidadãos críticos e humanizados.

*Márcia Costa Rodrigues Martins, graduada em Pedagogia, graduanda em Filosofia/Licenciatura e Educadora Social.

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Artigos

Um novo olhar um novo começo Uilian Jonson Ribeiro* É certo afirmar que todos os setores em todas as áreas foram afetados pela pandemia da COVID19, este fato não seria diferente nas comunidades que claramente foram impactadas em suas estruturas; financeira, psicológica e educacional. Nestas comunidades residem nossos adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, destaco à Zona Norte de Porto Alegre, que mesmo em período de pandemia não parou de crescer em sua população, loteamentos e assentamentos surgem todos os dias e claramente as políticas públicas não dão conta desde crescimento frenético. A ACOMPAR - Ação Comunitária Participativa exerce há 54 anos um trabalho social nesta região voltado a crianças e adolescentes. No entanto, foi na década de 1990 que a instituição deu início ao Programa de Aprendizagem, na época com dois cursos, Serviços Administrativos e Bancários. Hoje proporciona os cursos de Auxiliar de Escritório, Assistente Administro, Serviços Bancários e Auxiliar de Cartório. Os principais objetivos da ACOMPAR são; desenvolver a aprendizagem profissional com adolescentes de 14 a 17 anos e 11 meses, visando oportunizar espaços de qualificação pessoal e profissional, proporcionando uma formação dentro dos conceitos da aprendizagem profissional, com conteúdo teóricos e práticos. Assim possibilitando o ingresso no mercado formal de trabalho após a conclusão

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Toda crise tem um tempo e por isto devemos nos preparar para quando a crise passar, com um olhar de esperança e a certeza de um futuro melhor. do programa de aprendizagem. O programa é desenvolvido também com mediação das relações entre adolescente, empresa e família com o intuito de motiva los a cumprir o programa, apoiando o processo de desenvolvimento do adolescente, fortalecendo a autoestima, o vínculo familiar e a permanência na escola com o objetivo de um bom rendimento escolar. Por ter esta relação direta com as famílias. A ACOMPAR entendeu que por mais que a situação estivesse difícil para muitas famílias de nossos aprendizes, sua missão também é alimentar um olhar de esperança, para fortalecer as expectativas quanto ao futuro. “Nós enquanto educadores, além de estarmos passando por todas estas “incertezas” precisávamos nos reinventar para que pudéssemos manter os atendimentos de forma mais acolhedora, sendo assim intensificamos os contatos com os adolescentes, através das redes sociais e contatos telefônicos, buscamos parcerias com atendimento psicológico para os aprendizes que assim desejassem, foram feitas doações de cestas básicas e em

Coordenador Uilian na distribuição de refeições às familias dos aprendizes

muitos casos fomos até as casas fazer pessoalmente as entregas, fizemos atendimentos individualizados de escutas e acompanhamento dos aprendizes e suas famílias de modo que se sentissem mais acolhidos, e conseguíssemos manter o foco da perspectiva de um futuro melhor”. Relata a Orientadora de cursos, Elisandra Ramos. Entendemos que neste período de dificuldade devemos transmitir um olhar de esperança preparando-os para um novo começo. Por este motivo á Acompar disponibilizou seu laboratório de informática ao qual os adolescentes poderiam utilizar em horários agendados para realização das atividades da aprendizagem e também escolares sendo observados os protocolos da saúde. A empresas parceiras; TMSA, VICTOS, UNISUPER, entre outras, também aderiram a esta visão cooperando com inúmeras doações, que serviram amparo e alivio para as famílias atendidas. “O meu contrato terminou em maio de 2020, em meio a pandemia e aprovada no vestibular de uma faculdade particular, muitos sonhos e novas conquistas, mas com o término do contrato da aprendizagem e a mãe autônoma a renda familiar baixou muito, e não teria como pagar a faculdade; a busca por estágios e emprego era diariamente mas as respostas eram sempre as mesmas “devido a pandemia o número de vagas reduzido”

Doações de cestas basicas TMSA


até que em março de 2021 veio a oportunidade de voltar para a empresa a qual fui aprendiz em uma vaga temporária no RH, onde fiz as atividades práticas da aprendizagem, mesmo sendo temporário era a oportunidade de recomeçar, e ter um salário certo para manter eu e minha mãe; permaneço na empresa até hoje, julho 2021, fui contratada e com o meu salário consegui ajudar financeiramente em casa e manter as mensalidades da faculdade, o que parecia impossível hoje está se tornando uma feliz realidade”. Mayra Antunes do Livramento Pinnow. Os aprendizes assim como todos nós, se depararam com momentos desesperadores. Mas em meio estas densas nuvens a ACOMPAR assumiu o compromisso de preparar os aprendizes para um novo tempo. Formou parceria com Associação Riograndense de Propaganda - ARP e com a Liga Digital, para oferta do curso digital de E-Commerce, foram comtemplados 16 adolescentes do Programa de aprendizagem, o curso iniciou em 20 de maio de 2021 e encerrou dia 24 de julho de 2021 com a realização da formatura dia 04 de agosto de 2021. Esta formação capacita os jovens ao marketing digital, administração de redes sociais, programação e e-ecommerce. “Entrei na aprendizagem em janeiro de 2020 e fui contratado pela empresa como funcionário em maio de 2021, quando me chamaram para perguntar se queria ser contratado quase nem acreditei, pois no meio de tanto desemprego e está enfim no tão sonhado mercado de trabalho, de carteira assinada e com todos os meus direitos garantidos, pra mim e minha família fez muita diferença esta oportunidade”. Samuel Coproski Martins - 17 anos. A ACOMPAR mantem um de olhar de esperança em todas suas ações e transmite aos seu atendidos que toda crise tem um tempo e por isto devemos nos preparar para quando a crise passar, com um olhar de esperança e a certeza de um futuro melhor.

Coordenadora Geral da ACOMPAR Nerina Aguiar Camargo

Novos aprendizes um olhar de esperança

REFERÊNCIAS

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama http://www.observapoa.com.br/default. php?reg=536&p_secao=17

*Licenciatura em história pela IERGS, Coordenador Aprendizagem da Acompar.

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Artigos

Tecnologia garante bons resultados na Aprendizagem Gustavo Calabria Etcheverry* Como em tantas situações do dia a dia, a pandemia mudou exponencialmente a forma de se realizar as atividades do Programa de Aprendizagem. Esta ação, fundamental para o futuro dos jovens e a produtividade das empresas, jamais poderia ser interrompida, e, portanto, foi objeto de uma série de adequações para se manter a qualidade dos cursos, do acompanhamento e das dinâmicas em grupo de forma remota. Graças à tecnologia, o Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS) manteve a proximidade com os jovens e garantiu a sua preparação para seguirem trabalhando com saúde e segurança. Ao acessarem ferramentas digitais, via computador ou celular, os aprendizes puderam continuar participando de qualificações, de reuniões e das interações com instrutores e colegas. As ferramentas digitais também foram essenciais para a disponibilização de material didático e de recursos audiovisuais, o que abriu novas frentes metodológicas para reforçar o aprendizado. Uma boa notícia é que a adequação foi muito bem recebida. Uma pesquisa do CIEERS junto a 5 mil participantes do programa no Estado verificou que 79% deles estão satisfeitos com suas atividades remotas. Os dados foram revelados no início de julho.

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Ao acessarem ferramentas digitais, via computador ou celular, os aprendizes puderam continuar participando de qualificações, de reuniões e das interações com instrutores e colegas Nos feedbacks enviados aos pesquisadores, muitos reforçaram como esta metodologia têm contribuído para o desenvolvimento de competências essenciais para o mundo de trabalho. Chega a 82% o total de jovens que consideram que a aprendizagem remota possibilita o aprimoramento da Criatividade; 87% acham que este formato desenvolve a Proatividade; 83% veem ganho para competências relacionadas a Interpretação de Texto; e 71% avaliam que o formato estimula o Trabalho em Equipe. Fica claro, portanto, que o desenvolvimento 100% online tem se revelado cada vez mais promissor para adequar os participantes do programa aos desafios trazidos pela tecnologia. A inovação também tem sido importante para assegurar as contratações de Aprendizes. Com método ágil para seleção e treinamento, amparado em ferramentas digitais, o CIEE-RS tem auxiliado as organizações de diversas regiões do Estado a preen-

*Bacharel em Administração de Empresas (UFRGS). Especialista em Gestão Empresarial (Fundação Getúlio Vargas). Gerente de Aprendizagem e Desenvolvimento Social do CIEE-RS.

cherem as vagas de Aprendizagem com celeridade, obtendo todos os benefícios que a modalidade possibilita e adequando-se ao que determina a Lei. Outra preocupação do CIEE-RS no atual contexto foi o da preservação das oportunidades - é sabido que, em razão da crise trazida pela pandemia, o fechamento de postos para os mais novos passou a alcançar níveis elevados. Foi lançada em junho a segunda edição da campanha “Todo o Futuro Importa”, movimento que tem por objetivo conscientizar as organizações sobre a importância em se manter as vagas aos jovens. Mais de 80 empresas assinaram a campanha, que teve manifesto, depoimentos e ampla divulgação na mídia tradicional e nas redes sociais. Ou seja, com tecnologia, empenho e solidariedade, tem sido possível manter a régua alta nos bons resultados do Programa de Aprendizagem.


Perspectivas de um novo cenário na aprendizagem profissional gerado pela pandemia COVID-19 Tiago Moroni de Souza* Marisia Hoffmann** A Aprendizagem Profissional, conforme Cartilha da Aprendizagem, do Ministério da Economia, representa um dos principais meios de inserção qualificada de adolescentes e jovens de 14 a 24 anos de idade no mercado de trabalho. Garante um contrato formal de trabalho, de até dois anos, com a principal finalidade de propiciar aos jovens o acesso à formação técnico-profissional metódica organizada em programas que combinam aulas teóricas e atividades práticas, e contribuem assim, para o ingresso do jovem no mundo do trabalho, segmento etário que historicamente tem dificuldades em obter uma ocupação formal. O contexto da pandemia demanda ações de proteção e garantia de permanência dos contratos, para impedir que a primeira experiência o mercado laboral seja marcado por efeitos traumáticos vinculados à pandemia da COVID-19. A partir das paralisações provocadas pela Pandemia do vírus Covid-19, em 17 de março de 2020 e com a perspectiva de implementar metodologias de ensino remoto para os programas de aprendizagem vinculados a Cooperconcórdia, na unidade de trabalho Aprendiz se adaptou, trazendo inovação e agilidade nos processos internos e externos dos programas.

A pandemia ao mesmo tempo que impôs restrições e expos a disparidade social em nosso país, também proporcionou oportunidades de evolução. A Cooperconcórdia percebendo a gravidade do momento, tal de deixar o aprendiz sem orientações e com seu vínculo contratual relativamente fragilizado, resolveu propor o desenvolvimento voluntário de atividades de formação assíncronas aos seus instrutores para os aprendizes. A equipe de coordenação administrativa dos programas criou e inseriu os aprendizes em salas em ambientes virtuais de aprendizagem, utilizando para tanto a plataforma Classroom. Nas mesmas, já na segunda semana de paralisações, as turmas estavam recebendo atividades voluntárias, voltadas a manutenção da sua autoestima e desenvolvimento pessoal e profissional. Semanalmente, cada turma recebia uma atividade relacionada a um tema específico, o qual servia de base para um processo assíncrono de aprendizagem. O programa se manteve interrompido ou suspenso, conforme legislação vigente, até que em meados de junho recebemos a autorização para ministrar atividades do programa

regularmente, mas de forma síncrona, desde que não houvesse qualquer prejuízo ao acesso às aulas, por parte dos aprendizes. Nesse momento, o engajamento da coordenação em proporcionar o retorno às atividades do programa aos aprendizes resultou na viabilidade de 22 das 28 turmas em andamento. A pandemia ao mesmo tempo que impôs restrições e expos a disparidade social em nosso país, também proporcionou oportunidades de evolução. As tecnologias digitais de informação e comunicação, proporcionaram um novo modelo de aprendizagem remota síncrona sem prejuízos sociais e técnicos e oportunizaram a promoção do desenvolvimento integral do aprendiz em um novo modelo de mundo, adaptados a uma nova visão, entendimento, clareza e agilidade na tomada de decisão.

*MBA em Gestão de Cooperativas da UNIJUÍ. Formado em Física pela Unijuí. Diretor do Programa Aprendiz Cooperativo da Cooperconcórdia. Vice-presidente da Cooperconcórdia. **MBA em Gestão de Pessoas e Marketing, pela Celer Faculdades. Especialista em Metodologias do Ensino da Matemática no EM pela UFSM. Graduada em Matemática Unijui. Analista de Negócios na Unidade de Trabalho Aprendiz10 e na unidade de Trabalho Capacita da Cooperconcórdia.

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Artigos

A resiliência veio para ficar: reflexões sobre o cenário pandêmico e o futuro Matheus Levandowski* É fato que a pandemia de COVID-19 impactou diversos segmentos da sociedade, entre eles a educação, de acordo com relatório do Banco Mundial publicado em fevereiro de 2021 “o impacto no Brasil pode ser ainda mais brutal já que temos um nível de desigualdade maior que outros países da América Latina”, o relatório aponta que já estamos vivendo a “crise da aprendizagem” que impactará as próximas gerações no que se refere a aquisição do conhecimento e preparo para o mundo do trabalho. Muito jovens e professores brasileiros não tem acesso a internet e dispositivos de qualidade, além disso, não foram preparados para tal transformação que foi imposta pelo cenário pandêmico o que impactou negativamente o processo de ensino aprendizagem. Além de alguns não possuírem tecnologias adequadas, conforme Dresch (2020) não se trata apenas disso, já que estudar e trabalhar no mundo digital também se refere a aquisição de competências digitais, a literatura sobre o assunto afirma que “ Saber buscar e tratar a informação em rede, transformar informação em conhecimento, produzir textos em várias linguagens e suportes são saberes fundamentais para a integração e autoria na cibercultura”. (SANTOS, 2019, p. 83). Com o passar do tempo, percebe-se que as entidades educacionais foram preparando alunos e docentes com treinamentos direcionados para essas novas práticas, as metodologias ativas estão sendo utilizadas de forma

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Todos nós precisamos em algum momento seguir em frente absorvendo as nossas dores e com isso, favorecemos o treinamento da habilidade socioemocional da resiliência. constante na aprendizagem a distância colocando o jovem como protagonista do conhecimento e preparando-o para se perceber um aprendiz digital, essa prática fomenta as competências digitais e integra com as necessidades das empresas parceiras do programa de aprendizagem nesse momento. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas ao longo da pandemia, a habilidade socioemocional da resiliência, que conforme (COIMBRA et al. 2015) pode ser compreendida como “um processo pelo qual as pessoas são capazes de se recuperar das adversidades experimentadas e seguir em frente com suas vidas”, nunca foi tão vislumbrada como no cenário pandêmico, todos nós precisamos em algum momento seguir em frente absorvendo as nossas dores e com isso, favorecemos o treinamento dessa competência que continuará essencial no retorno das atividades. Com o avanço da vacinação, estamos vivenciando uma fase de esperança e expectativas quanto ao retorno presencial, o desafio agora será fomentar o preparo emocional de colaboradores e jovens para o retorno já que muitos precisa-

rão reaprender a socializar presencialmente. O preparo emocional dos profissionais e alunos é tão importante quanto o cumprimento das normas de segurança sanitárias e as instituições de aprendizagem devem estar preparadas para acolher receios e angústias que certamente farão parte desse retorno tão esperado por todos, portanto, a resiliência será peça chave nessa engrenagem. REFERÊNCIAS

COIMBRA, Renata. M.; MORAIS, NORMANDA. ARAUJO. D. A resiliência em questão. Artmed: GRUPO A, 2015. ROCHA, Daiana. GARIBALDI. D.; OTA, Marcos. A.; HOFFMANN, Gustavo. Aprendizagem digital: curadoria, metodologias e ferramentas para o novo contexto educacional. Artmed: GRUPO A, 2020. HTTPS:// WWW.WORLDBANK.ORG Acesso em: 15/10/2021

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*Supervisor de Educação e Acompanhamento ESPRO. Graduado em Recursos Humanos, Especialista em Psicologia organizacional, Gestão e tutoria para EAD, Docência para o ensino superior, graduando de Psicologia.


Fundação Tênis: um olhar para futuros possíveis Ana Madruga* Os recomeços fazem parte da trajetória da humanidade, de como nos constituímos enquanto indivíduos, nossos sonhos e aspirações. Desde nosso nascimento, adolescência, vida adulta e posteridade, embarcamos na maior viagem terrestre, nossa vida. Feita de muitos desejos e realizações. Nem todos temos a oportunidade de acreditar ou de experimentar as próprias aspirações, por vezes somos condicionados a viver em nossa humilde existência, desconectados de outras e maiores experiências. Por mais que queiramos e busquemos novos caminhos, eles se mostram distantes demais para que tenhamos condições de os percorrer. Para alguns, estas condições são factíveis, para outros inviáveis. Mas sabemos que todos os recomeços são necessários, eles nos mobilizam. Passamos por tempos difíceis, mas empáticos. Olhar o outro é olhar a si por meio de lentes. Quando ampliadas, detalham um a um vidas cheias de esperanças. A Fundação Tênis, com seu olhar atento, por duas décadas conta cada uma destas histórias vividas. Meninos e meninas que, integrados a estas experiências, puderam sonhar realidades possíveis. Em seus próprios territórios, reconheceram novas oportunidades e possibilidades que os levaram aos mais diferentes lugares. É difícil mirar um jovem e explicar que certas competições não são justas. No abismo social em que vivemos, muitos iniciarão a corrida do sucesso quilômetros a frente. Quem estiver atrás, precisará batalhar triplamente. Reconhecer que, de fato, estão muito distantes, mas com foco e determinação poderão alcançar os times de elite. A história da Fundação Tênis ganhou novas páginas, novos horizontes e desafios. Há três anos nos propusemos a fazer diferente. Compreendemos que, o mundo passa por grandes transformações. Mais rápidas e exponenciais. A Era dos dados e da informatização superou todo e qualquer volume de informações já consumidas pela sociedade. Vivemos tempos líquidos, voláteis, incertos, complexos e ambíguos.

Necessitamos de juventudes que compreendam cenários e esbocem hipóteses conectadas a realidades. Sejam criativos e resolvedores de problemas. Exatamente o que estamos vivendo? Esta é a pergunta que mobiliza a mudança. Todos precisam compreender e ter acesso ao glossário dos tempos pós contemporâneos. Há espaço e necessidade de qualificação profissional. Necessitamos de juventudes que compreendam cenários e esbocem hipóteses conectadas a realidades. Sejam criativos e resolvedores de problemas. Trabalhem na intermitência e sejam flexíveis para mudar sempre que o ambiente se mostrar apto a isto. E, nesta linha de pensamento, criamos o Programa de Jovem Aprendiz da Fundação Tênis. Uma proposta que mira o novo, sem perder de vista as capacidades do agora. Acredita na potencialidade de todos os jovens, independência de suas trajetórias e histórias de vida. Capacitar nossas adolescências para que tenham oportunidades reais de empregabilidade, possam concorrer às melhores posições e, no espectro das igualdades, tenham condições de competir em âmbito universal.

Entendendo as mudanças, nossos cenários, transformações e necessidades de emprego, a Fundação Tênis criou dentro do Programa de Aprendizagem Profissional, dois cursos de capacitação com duração de dois anos: Curso de Ciência de Dados e Desenvolvimento Ágil de Software. Conectados a grandes players de TI, busca garantir a excelência aliada às melhores práticas de ensino. Nosso recomeço começa aqui: estamos indo muito além das capacidades cognitivas e socioemocionais, estamos preparando agora os profissionais do futuro.

*Coordenadora do Programa Jovem Aprendiz

Equipe Técnica FT

Jovem Aprendiz FT

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Artigos

Instituto HERC - Programa Transformar Rita de Cássia Martins* Desde março de 2020 o mundo todo se viu diante de uma crise sanitária e mesmo, humanitária. A pandemia da corona vírus impôs mudanças repentinas no cotidiano, nos hábitos e na vida das pessoas. Uma nova rotina foi instituída a partir daí, e com o período de quarentena, novos desafios se apresentaram. Muitos de nossos hábitos antigos vêm mudando por consequência do atual cenário. Contudo, é hora de trocar as lentes e enxergar o mundo com outros olhos, o olhar de esperança. O PRESENTE

Em 2020, ano em que eclodia a pandemia, o Instituto HERC completou 10 anos de existência, cumprindo sua missão de prestar atendimento em defesa e garantia dos direitos a crianças, adolescentes e jovens, promovendo, assim, o desenvolvimento humano e social. No pilar educação o Instituto continua intensificando as ações de desenvolvimento com os adolescentes e jovens atendidos. Mesmo com o cenário atual, gradualmente comemora-se a inserção de novos aprendizes ao mercado de trabalho. O Programa de Aprendizagem Transformar tem se mostrado efetivo, mesmo diante dos desafios oriundos do período de pandemia. No ano de 2020, apesar de um futuro um tanto incerto, o Instituto manteve-se firme em seu propósito de, através do voluntariado, investir na formação desta nova geração. Formamos 20 jovens aprendizes no curso de Iniciação Profissional em Produção Industrial, que se somaram aos mais de 100 jovens já formados pelo programa desde 2014. O começo do recomeço pode

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Ao longo destes dois últimos anos os jovens adaptaram-se a tantas mudanças (rotina, tecnológicas), mostrando o verdadeiro significado da palavra protagonismo.

aprenderam a partir da pandemia. O que mais foi citado: adaptação, autoconhecimento, autocontrole, aprendizagem, amor, cuidado, empatia, esperança, gentileza, gratidão, paciência, resiliência, respeito, sabedoria, solidariedade, transformação e união. Ao longo destes dois últimos anos os jovens do Programa de Aprendizagem Transformar, do Instituto HERC, adaptaram-se a tantas mudanças (rotina, tecnológicas), mostrando o verdadeiro significado da palavra protagonismo, pois no meio de toda calamidade poderiam ser coadjuvantes, mas resolveram ser protagonistas, atuando como agentes de transformação na sociedade.

ser exatamente por aí. E do ponto de vista dos jovens, como este cenário se apresenta? Fazendo um recorte da situação e analisando sob esta perspectiva, no programa de aprendizagem a turma migrou para o modelo on line, sem aviso prévio e preparação alguma. Educadores e jovens reinventando-se, aprendendo juntos. Muitos questionamentos se iria funcionar, se haveria participação. E a mesma aconteceu, mas não veio sozinha, já que muitas famílias aproveitaram para dar aquela espiadinha nas aulas, e aprender junto. A transformação se potencializou. E a formatura on line? Talvez per*Psicóloga, gerente de RH e voluntária desse a emoção neste formato! Não. Emoção do Instituto HERC duplicada, pois pessoas importantes para os jovens puderam participar, elogiar e interagir no chat. Falhas? Sim, de conexão, internet, nervosismo diante do que não era habitual, mas que foram coadjuvantes, pois estávamos com o olhar disposto a valorizar o mais importante e belo do momento. Os jovens do Programa Transformar, do Instituto HERC, resumiram algumas palavras o que mais 5ª Turma de Aprendizagem do Instituto HERC- 2018

Certificação da 1ª Turma de Aprendizagem do Instituto HERC2014

Roda de conversa com diretores da empresa - 2014


O ensino híbrido e sua perspectiva de retomada ao ''novo normal'' Evelise Kerkhowe* Estamos vivendo de reinvenções... são elas na vida, no trabalho, na escola, na família e consequentemente, nos ambientes de aprendizagem, locais que englobam todas as vertentes, pois a eles cabem a incumbência de centrar o jovem em seu papel enquanto cidadãos responsáveis pela reinvenção desta nova sociedade a que estamos sendo introduzidos. Intitulando muitas vezes como “novo normal”, vamos identificando novas formas de ser e de agir socialmente. Nesse contexto, as aprendizagens que agora se cercam de novas formas, são reinventadas na tentativa de retomar os processos, deixados um pouco de lado, por consequência das diversas dificuldades vividas nestes tempos de pandemia. A esperança de um novo contexto, foi ofertada a partir da ascendência da curva de vacinação aplicada na população e o declínio de hospitalizações e números de contágio, desta forma as entidades qualificadoras, as quais são incumbidas de um importante papel social, precisam se reconfigurar para receber novamente os jovens aprendizes em seus espaços de teoria e compartilhar de novas possibilidades de aprendizagem, possibilitando um desenvolvimento de qualidade, dentro da proposta de ensino híbrido, onde as metodologias tem que ser adequadas aos grupos de trabalho, respeitando a capacidade

As entidades devem investir no acolhimento dos instrutores de aprendizagem, capacitando-os e refletindo sobre suas ansiedades e dúvidas de ocupação das salas de aula, transcendendo sempre as paredes institucionais. Este retorno precisa ser acompanhado de um acolhimento único, porque o distanciamento causou perdas irreparáveis em muitos dos nossos jovens, então esses espaços precisam, apesar de ainda dentro dos protocolos, transbordar calor, amor, compreensão... a tal humanidade, um pouco perdida com a transição para este “novo normal”. Pensando em acolher as ansiedades, as diversidades emocionais e transtornos ocorridos no período pandêmico, juntamente com isto, deverá ocorrer o resgate às lacunas de aprendizagem que se formaram, mesmo com todo o suporte ofertado pelas entidades, o distanciamento não pôde conter que algumas delas se formassem e agora teremos que agir contra o tempo para equiparar essas defasagens e seguir em frente.

Enfim, o ensino híbrido deve nos transportar à novas realidades deste “novo normal”, com muita calma, pensando em um passo de cada vez, acreditando que é possível criarmos um novo contexto social nesta retomada híbrida, sem perdermos as esperanças em um novo amanhã, com melhores expectativas de vida para nossos jovens adolescentes aprendizes e oportunidades igualitárias no mercado de trabalho. Para isto, as entidades devem investir no acolhimento dos instrutores de aprendizagem, capacitando-os e refletindo sobre suas ansiedades e dúvidas, pensando que todos passam pelos transtornos da pandemia e precisam ser compreendidos para compreenderem, precisam ser acolhidos para acolherem e assim criarem juntamente com os seus jovens esse novo contexto, baseado em esperanças, equilíbrio e projeção de sonhos possíveis. Pois seguiremos ainda por algum tempo, entrando dentro dos lares uns dos outros.

*Pedagoga, Psicopedagoga, Coord. Pedagógica da INTEGRAR/RS, Supervisora Educacional E.M.E.F. Emília de Oliveira, Especialista em Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho e Escolas.

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Artigos

Sede de esperança Nilmar Carlos Gatto* A pandemia externou com nuanças as veias das vulnerabilidades que a humanidade escondia em propagandas de neon, onde os humanos eram estimulados ao consumo sem olhar os que não tinham suas imagens no Facebook, no Instagram e nem o pão de cada dia para pôr na mesa e partilhar com a família. Os tempos ante pandêmicos, igualmente, punham em risco o viver da humanidade e a Mãe Terra. Todo o acúmulo é peso, sufoca, seja em qualquer momento da vida. Dificulta, assim, o caminhar, a agilidade para mudar, criar e recriar. Os jovens aprendizes, com a pandemia, reduziram o convívio com outros jovens, onde se aprendia junto, além de uma prática profissional, a convivência e as amizades. A pandemia roubou-lhes o olhar, o respirar, o toque da convivência que alimenta o humano nas suas diferenças. Isso faz lembrar Harari: “Não só nossas mãos, olhos e cérebros são distintamente hominídeos como também nosso amor, nossa paixão, nossa raiva e nossos vínculos sociais. Dentro de um ou dois séculos, a combinação da biotecnologia e a Inteligência Artificial poderá resultar em traços, físicos e mentais que se libertem completamente do molde hominídeo” (Y.N. Harari. 21 lições para o século 21, 2018, pg.158). Será que a existência da pandemia teria outro efeito se já não fossemos mais hominídeos? Futuristas a parte. Os jovens seguem e sempre serão hominídeos, mesmo com o avanço da biotecnologia que favorecerá a vida e não criará um outro “ser”, mas fará deste que existe, mais solidário, mais participativo e mais comunitário. A isso chamamos de esperança ativa. A pandemia, que jogou muitos sonhos e muitas vidas para a incerteza, poderá trazer em seu bojo esta sede de esperança? O poeta francês, Charles Péguy, escreveu sobre as virtudes: Fé, Esperança e Caridade a seguin-

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Que a esperança pós-pandêmica coloque no centro o humano e não o poder do dinheiro. te narrativa que poderá auxiliar para alimentarmos a esperança de um mundo onde o humano será valorizado em sua integralidade e não pelo seu consumo desenfreado. Ele conta que viu as três irmãs caminhando de mãos dadas. Segundo o poeta, a primeira - a Fé - é a irmã “casada”, cujo andar discreto pelo caminho evoca fidelidade esponsal. A terceira - a Caridade - caminha ao seu lado, é a irmã “mãe” de muitos filhos, afetuosa, de corpo generoso, que dá frutos e cujo andar é amoroso e fecundo. A segunda - a Esperança - que vai entre as duas, é a “irmã menor”, menos visível e, talvez, mais esquecida. E citando o poeta: “no caminho áspero da salvação, na estrada interminável, entre suas duas irmãs, a pequena esperança toma a dianteira”. A irmã menor, que está no meio, é quem conduz suas irmãs grandes. Sem ela - as irmãs grandes seriam apenas duas mulheres já idosas, enrugadas pela vida. É ela, a pequena, a esperança, que conduz tudo. Nós, os adultos, os que tentamos motivar os jovens aprendizes, somos também, movidos pela Esperança que desperta nos jovens a serem humanos integrais e resilientes diante das adversidades da vida. Que a esperança pós-pandêmica coloque no centro o humano e não o poder do dinheiro. E que estes jovens, se tornem homens e mulheres de esperança, tonando-se assim, capazes de compreender e enfrentar os problemas que se apresentam cada vez mais complexos na vida privada, social e profissional.

*Provincial da Ordem dos Frades Menores Franciscanos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Formação acadêmica filosofia, teologia e psicologia.


Aprendiz profissional: os artistas da linha e da agulha! Associação Murialdinas de São José A Associação Murialdinas de São José com Sede em Caxias do Sul - RS, mantem e administra o Programa de “QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA CIDADANIA”, na modalidade de Aprendizagem Industrial, na área Têxtil, destinado a adolescentes e jovens. No ECA - O Estatuto da Criança e do Adolescente no Art. 69. Diz que: “o adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros: I – respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento; II – capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho”. Para garantir o direito à profissionalização tem-se o objetivo de proporcionar uma formação dentro dos conceitos de

Além do aprendizado na área da costura, os aprendizes apreendem também a conjugar alguns verbos referentes à vida e ao futuro aprendizagem profissional, com conteúdos teóricos e práticos que promovam o desenvolvimento pessoal e profissional do adolescente, possibilitando o ingresso no mercado de trabalho com qualificação profissional, favorecendo a sua promoção e integração social. Possibilitamos aos 60 aprendizes, atendidos, anualmente, a oportunidade de inclusão social com o primeiro emprego e desenvolvendo neles as competências necessárias para o atual e exigente mercado de trabalho.

Desenho de moda.

Dentre tantos verbos que norteia o curso alguns são constantes no dia a dia: conhecer, conviver, aprender, planejar, desenhar, bordar, cortar, costurar, descosturar, passar, revisar, avaliar e comercializar! Além do aprendizado na área da costura, os aprendizes apreendem também a conjugar alguns verbos referentes à vida e ao futuro como afirma Marilene A. Branquinho: “Aqui reformam-se sonhos, remendam-se corações, alinhava-se otimismo, costuram-se desilusões. Borda-se carinho, pregam-se esperanças, confecciona-se amor, presponta-se ternura, remodelam-se almas”. Dentro da vasta programação de conteúdos há o desenho de moda (Croki) que exige do aprendiz o entendimento da figura humana, estudo da cor e escolha do modelo. O desenho de moda é o primeiro passo para a criação das coleções de moda. O desenho de moda propicia o desenvolvimento das capacidades pessoais de autoconhecimento, concentração, liberdade de criação e expressa traços da personalidade de cada um. Segundo a aprendiz Janaina V. P. (18 anos) “o desenho para mim é arte, é expressão, é meus sentimentos e palavras atuais, um lápis e um papel juntos formam um espelho que refletem o ser humano que sou. O desenho foi e sempre vai ser a liberdade da prisão do meu corpo”.

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Artigos

Pandemia: tempo de crise e de oportunidades Edilene Souza Santos* Valmir Chiarello** A vida do ser humano, em qualquer tempo ou idade é sempre permeada por desafios e conquistas, derrotas e vitórias, momentos de crises e de superações. O tempo em que vivemos, marcado pela Pandemia do coronavírus apresenta-se como um tempo de grandes sofrimentos e de muitas perdas, não só de vidas, cujo valor é imensurável, mas também, perdas de emprego, de renda, de condições dignas. Os adolescentes e jovens aprendizes foram diretamente atingidos pelas dificuldades advindas da crise generalizada. Neste período complexo e desafiador, por vezes, nos deparamos com adolescentes e jovens desmotivados, ansiosos, muitos deles realizam a prática no modo home office, outros estão com contratos suspensos e aulas online, infelizmente, tudo isso desestabiliza o psicossocial dos aprendizes, pois, as consequ-

Espaço reflexão

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Precisamos dar as mãos e proteger o público juvenil que mesmo sofrendo os impactos tão devastadores, ainda continuam sendo o terno, o novo e a leveza tão necessários no momento. ências do afastamento social não favorecem e tão pouco fortalecem os vínculos tão importantes na formação e integração no processo de aprendizagem. É importante ressaltar o grande valor da Internet e redes sociais (comunicação virtual), porém, mesmo diante dos avanços tecnológicos e ferramentas valiosas temos a convicção que nada substitui o olhar atento do professor, o contato e presença física entre os colegas e professores e o diálogo presencial. Tudo isso faz muita falta, há uma grande lacuna a ser preenchida assim que tudo passar. A Revista Crescer aponta que o contexto atual levou inúmeros jovens à depressão e aumento do número de tentativas de suicídios. “As regras de isolamento da pandemia são eficazes para evitar a contaminação pelo coronavírus, enquanto a maioria da população não está vacinada. No entanto, há um outro lado da moeda: elas contribuíram para o aumento nos casos de ansiedade, depressão e transtornos mentais em várias faixas etárias, desde o início de 2020. Os dados são registrados no mundo todo e, na última sexta-feira (11), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos revelaram que as tentativas de suicídio aumentaram 50% entre jovens de 12 a 17 anos, especialmente meninas.” Disponível em https://revistacrescer. globo.com/Criancas/Saude/noticia/2021/06/

tentativas-de-suicidio-entre-adolescentes-aumentaram-mais-de-50-na-pandemia.html), acesso em 15 de julho de 2021. Com esta crise, pergunta- se, de fato há espaço para aprender com tudo isso? O que é realmente importante em nossas vidas? É consenso da maior parte da população que acredita profundamente que depois desta pandemia “o mundo não será mais o mesmo”. Neste prisma, muitos estão aproveitando para refletir sobre o sentido último da vida, muitos estão aprendendo a valorizar o outro e a convivência humana. Outros continuam seus caminhos como se nada estivesse acontecendo, isto é, preferem o negacionismo factual; outros ainda, aproveitam para obter vantagens indevidas na área da política ou da economia aumentando assim a desigualdade social. Seriam os adolescentes e jovens mais que todos, atingidos por essa crise, até por conta da fase da vida ainda em construção e mais expostos às dificuldades? Aprendemos a ter maior cuidado com a vida e com a própria saúde, a valorização do contato direto com o outro e principalmente que não somos ilhas, mas seres relacionais que vai se construindo e crescendo com o outro. Mais do que nunca precisamos dar as mãos e proteger o público juvenil que mesmo sofrendo os impactos tão devastadores, ainda continuam sendo o terno, o novo e a leveza tão necessários no momento.

*Coord. Geral da Ação Social Murialdo. ** Coord. do Programa Jovem Aprendiz.

Comunicação virtual 2


Aprendizagem Socioprofissional, atividades remotas e transformação social Sílvia dos Santos* Juliana dos Santos Rocha** APesquisa "A Formação Socioprofissionalizante na Fundação Projeto Pescar (FPP) durante a Pandemia da COVID-19 em 2020”, que contou com 52 Educadores e 400 jovens de todo o Brasil, foi de extrema relevância para a análise de uma nova metodologia de aprendizado que foi, e está sendo, o ensino remoto: ela apontou desde as plataformas e ferramentas digitais mais utilizadas até aspectos positivos e negativos do ensino remoto. A realização da pesquisa contou com a colaboração da professora Dra. Isabel Siqueira, desde o processo de construção do instrumento até a análise dos dados coletados. O resultado foi tão positivo que, até o momento, muitos processos estão sendo aprimorados a partir de apontamentos, tais com a importância dos vínculos e da interação para o desenvolvimento dos jovens, aprendizagens relacionadas a tecnologias digitais e as possibilidades que se apresentam a partir da vivência do ensino remoto. Nos itens “vínculo” e “interação”, ficou evidente a importância da interação entre diferentes Unidades como um dos princi-

Esses dados estão sendo fundamentais para nos prepararmos rumo às transformações que o mundo atual tem exigido. pais pontos positivos do ensino remoto: 95% dos Jovens que tiveram interação com outras Unidades, de diferentes regiões do país, destacam essa importância. Um outro ponto importante é que a pesquisa evidenciou o quanto os jovens se sentiram acolhidos pelos educadores em suas necessidades, destacando-se a importância do contato, do vínculo e da atenção personalizada. No que se refere às ferramentas, o WhatsApp liderou os percentuais de preferência. Ele é considerado uma das mais utilizadas por Educadores (68%) e Jovens (79%) para a interação durante as atividades remotas, juntamente com o Google Meet Educadores (73%) Jovens (70%), e o Zoom Educadores (58%) Jovens (57%). Os jovens destacaram a importância da vivência das tecnologias digitais durante esse período, que apesar dos desafios, permitiu que aprendessem na prática como utilizar ferramentas e se desenvolver no ambiente virtual. No que diz respeito ao relacionamento junto às par-

ceiras e mantenedoras, a pesquisa apresentou um dado que sempre foi muito valorizado e reconhecido na nossa dinâmica de ensino: para praticamente todos os jovens (95%), a Unidade estar relacionada a uma empresa parceira/mantenedora é um grande diferencial, pois dá concretude aos conhecimentos construídos no decorrer do curso. Esta visão também é compartilhada pela maioria dos Educadores (83%). Esses dados estão sendo fundamentais, não só para seguirmos em frente certificando turmas em todo o País, mas para nos prepararmos rumo às transformações que o mundo atual tem exigido. Para tanto, estamos conectados e cada vez mais engajados, investindo em capacitações e tecnologias digitais para atender milhares de jovens que nos procuram todos anos no Brasil. A partir da pesquisa e dos muitos momentos de diálogo com toda a nossa rede, compreendemos que com as Novas Jorna-das, que incluem aprendizagem na modalidade híbrida, sem perder o vínculo, a participação e o sen-timento de pertencimento dos jovens na Comunidade Pescar, teremos a capacidade de transformar a sociedade a partir da transformação de vida de milhares de jovens.

*Especialista em Educação, Pedagoga/Gerente do Programa Social Pescar. ** Dra. em Educação - PUCRS/Pedagoga Fundação Projeto Pescar.

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Artigos

Oficina Mundo do Trabalho: o início de um sonho Andrieli Rodrigues* Eleni Freitas** Patrícia Faleiro*** A Associação Pestalozzi de Canoas, entidade formadora no programa de Aprendizagem Profissionalizante, tem em seu processo de capacitação do jovem com deficiência a Oficina Mundo do Trabalho, esta consiste em turmas de até 15 alunos, com deficiência intelectual e/ou múltiplas deficiências, que buscam a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho ou recolocação profissional. Ao longo do ano de 2020 e 2021, devido às restrições impostas pela COVID-19, realizamos encontros virtuais uma vez na semana, a participação dos alunos foi ampla, os jovens acompanharam as atividades tanto no grupo de WhatsApp quanto aulas virtuais através do aplicativo Zoom. As aulas foram acompanhadas pela

Percebemos a importância que o contato faz para o jovem, ele é fundamental para se estabelecer vínculos e colher frutos de desenvolvimento das habilidades do aluno. equipe de profissionais da Pestalozzi, contando com educador social, pedagogos, assistentes sociais e psicólogos, foram ministrados em duplas, onde cada profissional tinha um cronograma alinhado previamente com os demais profissionais, colaborando assim, para que os alunos da oficina pudessem ter um desenvolvimento real de suas habilidades, mesmo a distância. Graças ao bom desempenho apresentado ao longo dos últimos meses e também

à possibilidade de retorno de atividades presenciais, no mês agosto de 2021, a Associação Pestalozzi de Canoas retomou as aulas da oficina na modalidade presencial, dividindo as turmas de acordo com as normas estabelecidas no município de Canoas e mantendo todos os cuidados sanitários. Percebemos, nesse período, a importância que o contato faz para o jovem, ele é fundamental para se estabelecer vínculos e colher frutos de desenvolvimento das habilidades do aluno, mesmo que seja à distância. A oficina Mundo do Trabalho tem como objetivo promover a autonomia e o protagonismo dos jovens, dando incentivo para tornar-se um futuro aprendiz.

*Psicóloga. **Pedagoga. ***Educadora Social.

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Full Stack Social Centro Social Marista Em meio a um momento crítico marcado por fechamento de empresas e recessão econômica, é que nasceu o projeto Full Stack Social, do Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). Um dos lemas que usamos como inspiração no nosso fazer junto aos jovens e à comunidade é justamente o de “transformar as dificuldades em oportunidades”, e é nessa filosofia que buscamos inspiração para nos reinventarmos também como instituição formadora. A tecnologia da informação é a área que mais cresce e, em meio à pandemia, esse crescimento segue sendo exponencial. Conforme informações do Banco Nacional de Empregos (BNE), as vagas para o setor de tecnologia da informação cresceram 63% em 2020. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), as empresas demandam 70 mil novos profissionais de TI por ano, porém o Brasil forma, em média, 46 mil por ano. Devido à evolução do conhecimento científico e tecnológico, amplia-se a necessidade de formar jovens capazes de lidar com tais avanços e prepará-los para que estejam aptos a participar de forma proativa na sociedade e no mundo do trabalho. O projeto Full Stack Social tem como finalidade ofertar qualificação profissional

Aprender programação é um ótimo diferencial para qualquer pessoa e proporciona inúmeros benefícios para além do sucesso profissional do programador no mercado de trabalho, pois desenvolve habilidades cognitivas, sociais e pessoais para a área de desenvolvimento web (arco ocupacional 3171-10 e 3171-05), destinado a jovens em situação de vulnerabilidade social e está alicerçado no Programa Jovem Aprendiz. É desenvolvido pelo Cesmar, uma das 15 Unidades Sociais da Rede Marista. O termo fullstack é utilizado na área do desenvolvimento de sistemas para elucidar profissionais completos, com amplo aspecto de atuação nesta área que é bastante segmentada e especializada. O termo traduzido do inglês significa “bateria completa”. Qual a ligação dessa expressão ao projeto? O projeto é uma inciativa de formação integral de jovens para o mundo do trabalho nos aspectos técnicos e comportamentais, tendo como foco a área da tecnologia. O projeto deseja ser fullstack em inclusão social, em formação comportamental, em qualificação técnica e em network com as empresas do ramo. O curso aportará uma

formação com especialização por carreira, podendo o jovem optar por front-end, back-end ou produtos. Hoje, o mundo está cada vez mais tecnológico e conectado e, com a internet e os smartphones, a tecnologia digital se tornou onipresente, chegando cada vez mais cedo às novas gerações. Existem diversos artigos e pesquisas acadêmicos que defendem, nesse contexto atual, que aprender programação é um ótimo diferencial para qualquer pessoa e proporciona inúmeros benefícios para além do sucesso profissional do programador no mercado de trabalho, pois desenvolve habilidades cognitivas, sociais e pessoais, tais como: desenvolvimento do raciocínio lógico, estímulo da aprendizagem escolar, em especial em matemática e física, melhora na produção textual e previne a evasão escolar. Também estimula a busca por aprender inglês, melhora a criatividade, auxilia na organização pessoal, aprimora o trabalho em equipe e aumenta a clareza, a rapidez e a fluidez dos pensamentos. O novo curso está sediado no Tecnopuc, e teve sua primeira turma iniciada em 17 de maio de 2021. Uma segunda turma está sendo montada com previsão de início ainda no segundo semestre de 2021. Nessa iniciativa - mais de 800 jovens se inscreveram - contamos com nove empresas parceiras (Base Digital, ON2, DBServer, True Technology, Tag Livros, Zallpy, Web Global, Banrisul e PUCRS), quatro grandes alianças (Alura cursos, Edufy, Tecnopuc, Produtora Eyxo) e mais de 60 voluntários. A malha curricular foi construída de maneira colaborativa por meio de pesquisas com empresas deste setor, com apoio de consultores voluntários, técnicos da área, e foi aprovada pelas empresas com índice satisfatório de 98%.

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Artigos

Fortalecendo os vínculos com o uso das tecnologias Andrea Brzeski* Idala Mello** Há mais de um ano e meio, o planeta mudou completamente e isto é inegável. A pandemia da Covid-19 assolou todos os cinco continentes, dizimando famílias, empregos e, sobretudo, sonhos. Contudo, como em todas as adversidades que aconteceram na sociedade, sempre é possível buscar novos entendimentos, novas experiências e ressignificar o momento em que vivemos. A Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), entidade formadora na parte teórica do programa de aprendizagem, também enfrentou as dificuldades impostas pelo novo coronavírus. Todavia, apesar de todas as limitações constatadas desde o início de 2020, a instituição precisou se adaptar, bem como diversos setores espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Ou seja, a entidade necessitou se adaptar para manter o vínculo com os jovens de uma maneira até então desconhecida pela empresa, mas muito familiar pela chamada “Geração Z”, também conhecida como a geração dos que nasceram no início dos anos 1990 até a primeira década dos anos 2000. Se para grande parte dos jovens o mundo digital e as tecnologias já estão presentes há alguns anos, para a Renapsi algo precisou ser realizado a fim de estreitar os laços adquiridos no período pré-pandêmico. E foi neste sentido que, sem os atendimentos presenciais, nasceu o Chat Online de Escuta Humanizada. O canal de apoio psicossocial é uma

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Integração online

Identificamos uma baixa f­ requência na aprendizagem, ­evasão e inclusive casos de ­desistências por parte do jovem. forma da empresa atender de forma ágil, oferecendo conforto e orientações para milhares de famílias espalhadas pelo país. Com sensibilidade, dedicação e qualidade, psicólogos e assistentes sociais da entidade vêm trazendo suporte aos jovens e suas respectivas famílias com a ferramenta virtual na qual permite avaliar as necessidades e preocupações que os jovens trazem por meio da escuta qualificada, oferecendo nesse primeiro momento conforto, orientação e de certa forma tenta reduzir os efeitos do isolamento social. Na Plataforma de Formação Conectada identificamos uma baixa frequência na aprendizagem, evasão e inclusive casos de desistências por parte do jovem. Os instrutores de aprendizagem conseguiram imaginar os jovens sozinhos em seus respectivos lares, rodeados de dúvidas e angústias sobre sua aprendizagem. Nessa perspectiva, a entidade seguiu se esforçando para resgatar o vínculo com os jovens que, desde o início do ano passado, veio se distanciando e, consequentemente, repercutiu no desenvolvimento profissional dos mesmos. Seja com lives, aulas online, auxiliando com cestas básicas, atendendo jovens e famílias via chat e vídeo chamada, a Renapsi pre-

cisou se reinventar e se inserir em um mundo até então dominado pelas novas gerações. A psicóloga da entidade Fernanda Prylucki ressalta que “a afetividade e o vínculo são partes importantes do processo de aprendizagem” e que juntos “precisamos nos ressignificar e compreender que o avanço tecnológico no qual a pandemia nos propiciou, não irá regredir.” A profissional ainda acrescenta que “usar diferentes tipos de abordagem e estarmos conectados tecnologicamente é o que neste momento tem trazido resultados para a reconstrução da conexão.” Afinal, nada se compara às relações humanas e interpessoais, que fazem total diferença no dia a dia na vida de milhares de aprendizes espalhados por 23 estados, incluindo o Distrito Federal.

*Gerente Renapsi RS. **Analista Educacional Renapsi RS.

Live Arraiá Online


Aprendizagem, pandemia e competências socioemocionais Claiton Costa* Os programas de Aprendizagem Básica se revestem de importância fundamental em relação a seu potencial de reduzir as assimetrias sociais de nosso país. É lícito afirmar que um jovem aprendiz (vinculado a um curso profissionalizante e com contrato de trabalho celebrado com uma empresa) terá melhores oportunidades de se inserir no volátil mundo do trabalho do que um indivíduo de mesma faixa etária que não tenha passado pela experiência da educação profissional. No entanto, muito mais do que política pública de inclusão social por meio do acesso ao emprego, a Aprendizagem Básica existe para atender a demandas específicas a fim de incrementar o desempenho das organizações. Um aprendiz com competências profissionais bem desenvolvidas, além de ter aumentadas as suas possibilidades de acesso, permanência e ascensão no mundo laboral, influi decisivamente nos indicadores de produtividade e competitividade de uma empresa. Entretanto, percebe-se que este am-

Maior importância ainda precisamos atribuir às competências socioemocionais durante e após a pandemia. biente tem mudado de forma cada vez mais intensa, abrangente e rápida. Sintonizar suas ofertas aos desafios do mundo do trabalho tem sido um grande desafio para as instituições formadoras, principalmente em relação aos aspectos comportamentais. Segundo o WORLD ECONOMIC FORUM (2020), as principais habilidades exigidas pelo mercado de trabalho para o ano de 2025 serão: pensamento analítico e inovação; aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem; resolução de problemas complexos; pensamento crítico e análise; criatividade, originalidade e iniciativa; liderança e influência social; uso, monitoramento e controle de tecnologia; projeto e programação de tecnologia; resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade; raciocínio, resolução de pro-

blemas e ideação; inteligência emocional; solução de problemas e experiência do usuário; orientação de serviço; análise e avaliação de sistemas; persuasão e negociação. Estas habilidades, mais voltadas a aspectos comportamentais e atitudinais do que relacionadas a técnicas ou a operação de recursos tecnológicos, são as chamadas competências socioemocionais. Neste novo contexto, os conteúdos serão mais voláteis e terão obsolescência mais rápida. Portanto, é necessário que capacidades mais focadas em comportamentos e atitudes possam ser o suporte para que os profissionais desenvolvam seus caminhos cognitivos fundamentais. Se já vínhamos há algum tempo preocupados com essas temáticas em nossos programas de Aprendizagem, maior importância ainda precisamos atribuir às competências socioemocionais durante e após a pandemia. Se entendíamos que essas habilidades (aprendizagem ativa, resiliência, tolerância ao estresse, criatividade, originalidade e iniciativa) seriam necessárias no trabalho, agora sabemos que elas são mais do que necessárias já nos ambientes de aprendizagem. Atingidos pelas mudanças provocadas pela pandemia, os aprendizes de 2020-2021, por força das situações que enfrentaram para manter o progresso de seu aprendizado, puderam desenvolver de forma mais consistente e significativa as competências socioemocionais requeridas pelo mundo do trabalho. REFERÊNCIA

WORLD ECONOMIC FORUM. The future of jobs report. Genebra: WEF, 2020. Disponível em: https://www.weforum.org/reports/ the-future-of-jobs-report-2020. Acesso em: 28 out. 2020.

*Gerente Técnico da Gerência de Desenvolvimento Educacional - SENAI/RS, graduado em Educação e pós-graduado em Intervenção Cognitiva e Mediação da Aprendizagem.

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Experiências pedagógicas 44

Perspectivas de autonomia e desenvolvimento através do Programa de Aprendizagem, no âmbito do acolhimento institucional Michelle Pimentel* Valéria Nascente** Paula Moura***

Esta adesão aconteceu a partir da construção coletiva entre as equipes técnicas dos serviços envolvidos, e, sobretudo com as juventudes em atenção ao seu desejo, vontade e necessidade. A parceria entre o Ministério Público do Trabalho, Promotoria da Infância e Juventude de Porto Alegre - Proteção e o Instituto Cultural São Francisco de Assis CPCA, tem como objetivo, a criação de oportunidades para inclusão no mundo do trabalho, através do Programa de Aprendizagem, em especial atenção a acolhida e inclusão de jovens em situação de acolhimento institucional no município de Porto Alegre/RS. Estas ações vêm sendo realizadas a partir da ampliação do Programa de Oportunidades e Direitos Centro da Juventude da Lomba do Pinheiro, parceria do CPCA com a Secretária de Justiça Cidadania e Direitos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul, através do Termo de Cooperação 2241/2019, que realiza a oferta de atividades e cuidado integral de jovens com idades entre 15 e 24

anos, moradores do território da Lomba do Pinheiro e bairros adjacentes. 60 jovens dos equipamentos de acolhimento institucional, foram inseridos em diversas atividades tais como: Oficinas livres de dança, teatro, esportes, cursos de qualificação profissional e os atendimentos técnicos do Plano Individual de Realização (PIR). Esta adesão aconteceu a partir da construção coletiva entre as equipes técnicas dos serviços envolvidos, e, sobretudo com as juventudes em atenção ao seu desejo, vontade e necessidade. No decorrer desse período, a equipe do PIR - juntamente com a equipe técnica dos abrigos, construíram com os jovens a inserção dos mesmos na Aprendizagem Profissional. Atualmente 5 jovens do acolhimento foram contratados e realizarão as atividades práticas junto a instituição executora. Os técnicos do CJ vem realizando reuniões de articulação e discussão de casos com os técnicos do acolhimentos institucional, a fim de articular as ações e estratégias que viabilizem o desenvolvimento dos/ das jovens nas atividades teóricas e práticas, pensando a trajetória destes jovens junto ao programa, bem como estratégias pedagógi-

cas que minimizem os impactos decorrentes da defasagem escolar ou outras fragilidades e vulnerabilidades que os mesmos possam apresentar. Diante do cenário de imprevisibilidades que se configura, em decorrência da pandemia da Covid-19, desenvolvemos um Plano de Ações a fim de melhor organização e orientação das atividades em período peculiar de atendimento. As atividades em geral aconteceram de forma remota, presencial ou híbrida, sem que houvesse prejuízo em relação aos conteúdos e participação das juventudes. Algumas dificuldades em relação à participação nos cursos e oficinas, no que tange a oferta em modo remoto, considerando a falta de estrutura dos espaços de acolhimento institucional, para que os/as jovens pudessem realizar e participar, não atrapalharam o andamento das atividades, ficando evidente o empenho e dedicação tanto dos/das jovens quanto das equipes para que tudo acontecesse da melhor forma possível. É perceptível que estas ações estão oportunizando a inclusão dos /das jovens acolhidos no mundo do trabalho e, possibilitando perspectivas diferentes que os promovem e os desenvolvem socialmente e profissionalmente.

*Bela. em Direito, Técnica Social Programa de Aprendizagem **Bela. em Direito, Técnica Social Centro da Juventude ***Assistente Social - Coordenação Geral Centro da Juventude.


Um novo modelo de aprendizagem Iro Schünke* Depois de fazer ajustes significativos no formato do curso de Gestão Rural e Empreendedorismo em razão da pandemia, as atividades presenciais realizadas no contraturno escolar foram retomadas pelo Instituto Crescer Legal. O formato híbrido, intercalando atividades remotas e presenciais, foi articulado para as turmas sediadas nos municípios gaúchos de Canguçu, Cerro Branco, Herveiras, Sinimbu, Boqueirão do Leão, Passo do Sobrado e Santa Cruz do Sul, seguindo todos os protocolos sanitários exigidos. Em 2021, mais de 130 adolescentes foram contratados como jovens aprendizes junto às indústrias associadas do Instituto. Eles são oriundos dos sete municípios que renovaram a parceria e oferecem apoio logístico e de alimentação, bem como a cedência de espaço para a realização das atividades. O apoio dos municípios e das associadas foi fundamental para a continuidade dos trabalhos. Em 2020 e nos primeiros meses de 2021, o atendimento foi remoto, com atividades realizadas em casa de acordo com planos de estudos mensais. E aos poucos, com as atividades presenciais seguindo todos os protocolos, um novo mundo se apresenta. O diferencial está na possibilidade de vivenciar novas oportunidades e interagir de forma coletiva, discutindo as temáticas com os colegas e desenvolvendo competências comportamentais.

Para nossa equipe de educadores, voltar aos encontros presenciais foi gratificante e muito positivo, pois esse momento de retorno era esperado com ansiedade e expectativa tanto para eles, quanto para os jovens. Mesmo com uma nova rotina, importante para o aspecto sanitário, como a medição de temperatura, o distanciamento em sala, o uso de máscara e do álcool em gel, o trabalho de forma presencial, olho no olho, faz uma grande diferença para o aprendizado. Retornar ao curso de forma presencial também significou aos nossos jovens aprendizes uma esperança de que as coisas estão se normalizando, como relata Jainara da Rosa, 16 anos, de Passo de Sobrado-RS: “A expectativa é de que até o final do ano estejamos com a sensação de missão cumprida e é importante frisar que, mesmo com a pandemia, o curso sempre se manteve vivo e a nossa aprendizagem nunca parou. Desde o ano passado consegui evoluir muito o meu pensamento sobre o meio rural e tenho certeza que este ano vou evoluir ainda mais”. Além do Programa de Aprendizagem Profissional Rural, o formato híbrido também está sendo utilizado para o Programa Nós Por Elas – A voz feminina do campo, com a participação de egressas da aprendizagem em atividades presenciais realizadas de agosto até outubro na Universidade de Santa Cruz do

Aprendiz Jainara da Rosa, de Passo do Sobrado (RS)

Em formato híbrido, Instituto Crescer Legal retoma atividades presenciais seguindo os protocolos de segurança nos sete municípios parceiros. Sul, local onde também são produzidos os boletins de rádio sobre temas relacionados ao universo feminino no meio rural. SOBRE O INSTITUTO

Iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e suas empresas associadas, o Instituto Crescer Legal tomou forma em 2015 com o apoio e adesão de pessoas envolvidas com a educação e com o combate ao trabalho infantil, em especial em áreas com plantio de tabaco, na Região Sul do País. As ações já beneficiaram mais de 500 jovens rurais, de 11 municípios gaúchos.

*Engenheiro Agrônomo, Diretor Presidente do Instituto Crescer Legal.

Protocolos de segurança fazem parte da nova rotina do Instituto_na foto, o educador André Skolaude e a jovem aprendiz Késia, de Cerro Branco.

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Experiências pedagógicas

Novos desafios no Ensino da Aprendizagem à Distância Cristiane Menezes*

O que imaginamos para alguns anos à frente tornou-se imperativo no presente. Planejar para este “novo futuro” é significativamente diferente e mais desafiador do que planejar para aquele “velho futuro”. Desde o início do ano de 2020, vivemos tempos mundialmente atípicos, pois enfrentamos uma pandemia, onde o desconhecimento sobre a ação do vírus, a crise econômica, o desemprego, a necessidade de isolamento, o medo da morte, os lutos, tudo isso gerou estresse, ansiedade e pânico. Este cenário nos levou a ter que nos adaptar a um novo modo de viver e nos relacionar, mas aos poucos fomos criando novos métodos de trabalho, nos adaptando e conseguindo manter nossos propósitos pedagógicos. A Pandemia veio para nos fazer refletir sobre comportamentos, emoções e prioridades na vida de cada indivíduo, o que realmente importa. A Covid 19 certamente irá deixar os seres humanos mais fortes, pois a incerteza é uma palavra-chave nos dias atuais. O Isolamento trouxe sofrimento, inseguranças e o medo do desconhecido, verdade, mas muitos benefícios também, pela primeira vez ficamos mais próximos da Família, valorizando o que realmente importa e nos fez entender que devemos "viver um dia de cada vez". Este cenário trouxe muitas mudan-

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ças na aprendizagem, pois todos Educadores e Educandos tiveram que se reinventar nestes tempos difíceis. Na Associação Reviver estamos atentos à necessidade de renovação na sua forma de ensino com o uso de novas ferramentas para a capacitação teórica que se tornaram indispensáveis para o aprendizado. Como instituição formadora, atualmente diante da situação que enfrentamos com a Covid 19, foram adaptados o nosso ensino para a modalidade não presencial, assim os jovens tiveram que ser preparados para a aprendizagem de forma remota, onde os exercícios e materiais de estudo estão sendo disponibilizados através da plataforma EAD, com os grupos de whatsapp e através de videoconferência, no qual os educadores estão dando o suporte necessário para todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. O Educador tem a missão de estimular o educando para que ele seja autônomo na construção do conhecimento que desenvolva o pensamento crítico e a capacidade de solucionar problemas complexos não só no ambiente de aprendizagem, mas também na área profissional, aprimorando as suas competências profissionais através de um trabalho voltado à preparação para o mercado de trabalho de forma mais dinâmica tais como projetos sobre empreendedorismo, profissões do futuro, competências profissionais, orientação profissional, as atividades são apresentadas por

Reunião on line com os Jovens Aprendizes

videochamada ou postadas na plataforma de Ensino à distância. Como Educadores tivemos que construir caminhos com resiliência, criatividade, solidariedade e empatia, que com certeza tem sido fundamental neste momento tão delicado e tão incomum. Concluindo este momento tão crítico, caberá a todos nós como Instituições formadoras novas estratégias e a inserção do mundo digital para a realidade de todos os Educandos, na sua vida profissional, acadêmica e pessoal. Dito em outras palavras: o que imaginamos para alguns anos à frente tornou-se imperativo no presente. Planejar para este “novo futuro” é significativamente diferente e mais desafiador do que planejar para aquele “velho futuro”. Um novo começo requer paciência, ousadia e esperança.

*Educadora Social Associação Reviver. Pedagoga Empresarial.

Capacitação teórica Jovem aprendiz Sogal


Senac-RS: inovação em práticas pedagógicas Ariel Berti* A pandemia impactou diretamente a forma de aprender e ensinar. De um dia para outro, docentes e alunos tiveram de se reinventar. A expertise do Senac-RS, que já atuava com o ensino a distância e com tecnologias educacionais, facilitou a adaptação as aulas remotas. Com o objetivo de desenvolver as competências propostas nos cursos, pautadas no Modelo Pedagógico Senac, os docentes do Senac-RS utilizaram metodologias ativas, nas quais o estudante se envolve no processo, somadas às mais diversas tecnologias educacionais, que facilitam o aprendizado remoto. Empenhada em motivar os seus alunos, a docente Patrícia Windstein da Silva, do Senac Carazinho, sugeriu a criação de uma Revista Digital, com o seguinte mote: #Sou Jovem Aprendiz e faço a diferença. O objetivo foi evidenciar as competências dos aprendizes, demonstrando o excelente trabalho desenvolvido nas aulas remotas. Foram testadas várias ferramentas para a produção da revista e, ao longo do processo, os alunos se apropriaram em diferentes ferramentas tecnológicas. O trabalho envolveu muita dedicação e foi realizado de forma coletiva e integrada aos conhecimentos do curso. A revista, intitulada “O Mercado de Trabalho e o Jovem da Atualidade”, foi apresentada para outras turmas e enviada para as

empresas contratantes. Foi possível perceber o quanto os alunos foram protagonistas participando nas decisões da composição das matérias. Além disso, a criatividade e inovação marcas formativas do Senac - ficaram muito evidentes. A docente destaca: “foi um trabalho desafiador, mas o resultado trouxe a certeza de que temos infinitas possibilidades de práticas pedagógicas no sistema híbrido ou remoto”. No Senac Comunidade, em Porto Alegre, a docente Julliana Cunha Alves percebeu o surgimento do sentimento de insegurança entre os aprendizes. Nas interações em ambiente virtual, os aprendizes relatavam medo frente aos desafios do mundo do trabalho e a dificuldade de participar ativamente das aulas remotas. Sendo assim, com a intencionalidade pedagógica de considerar a realidade e os desafios atuais de cada um, ela idealizou o projeto pedagógico “Reinvente-se”. A proposta envolveu o desenvolvimento de uma solução inovadora frente aos problemas que trabalhadores e empreendedores enfrentaram após o início da pandemia da COVID-19. Ressalta-se que as “situações problema” foram baseadas nos relatos iniciais que cada um dos alunos trouxe no começo das aulas. Com muita criatividade, os jovens prototiparam soluções acessíveis para resolução

Apesar de imposta pela pandemia, a educação por meio de tecnologias na aprendizagem permitiu aos estudantes o desenvolvimento de novas habilidades e atitudes, além das previstas nos planos de curso de seus desafios como, por exemplo, o compartilhamento de rede wi-fi nas comunidades, lojas virtuais de doces e estratégias de vendas e marketing com o público-alvo direcionado. Além disso, aplicaram os conhecimentos na construção, inspiraram os familiares a encontrar saídas para as questões e geraram impacto positivo e esperança para quem estava ansioso frente a pandemia, ou seja, se reinventaram. Apesar de imposta pela pandemia, a educação por meio de tecnologias na aprendizagem permitiu aos estudantes o desenvolvimento de novas habilidades e atitudes, além das previstas nos planos de curso para o desenvolvimento das competências. Dentre elas, podemos citar autodisciplina, autonomia, organização, administração do tempo, reflexão crítica, trabalho em equipe e tantas outras que irão contribuir na formação para o mercado de trabalho e para a vida.

*Gerente de Educação Profissional Senac-RS.

Capa da revista elaborada pelos aprendizes do Senac Carazinho

Aprendizes do Senac Comunidade apresentaram soluções criativas para os desafios do cenário atual

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Experiências pedagógicas

PCD - novos horizontes em tempos de pandemia Dentre os cursos oferecidos pela UCS, destacamos o curso Assistente Administrativo Adaptado a PCD Intelectual A Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), por intermédio da sua mantida, a Universidade de Caxias do Sul (UCS), busca constantemente parcerias com empresas das cidades de abrangência da UCS a fim de qualificar jovens para o mundo do trabalho, contando com a possibilidade de tornarem-se futuros colaboradores das empresas contratantes. O ano de 2020 foi desafiador para todos nós em decorrência da pandemia por COVID-19 e o ano de 2021 não iniciou de forma diferente. A necessidade de adaptarmos nossa rotina diante das situações impostas pela pandemia nos proporcionou grande aprendizado e, mesmo com algumas dificuldades, foi possível dar início a novos projetos de cursos de aprendizagem. Dentre os cursos oferecidos pela UCS, destacamos o curso Assistente Administrativo Adaptado a PCD Intelectual, iniciado em 2020 e interrompido pela pandemia, mas que teve continuidade a partir da liberação de au-

Nilcéa Luz Mondadori* Adão Simon dos Santos Garcez** las presenciais em maio de 2021. O objetivo principal desse curso é atender jovens com deficiência intelectual a partir de 14 anos de idade, visando à inclusão social por intermédio da formação técnico-profissional e da inserção no mundo do trabalho. O curso, de 1.280 horas, acontece dentro das dependências do campus sede da UCS, onde as aulas são ministradas por profissionais habilitados a trabalhar com jovens com deficiência intelectual. A organização curricular do programa do curso contempla as disciplinas básicas previstas na Portaria MTE 723/12, com conteúdos voltados, por exemplo, a temáticas como drogadição, cidadania, conhecimentos básicos em informática, comunicação oral e escrita, serviços administrativos, entre outros. Além das disciplinas básicas, os alunos têm aulas de arteterapia, dança e experiências corporais terapêuticas, nas quais desenvolvem aspectos como a coordenação motora, o fortalecimento da identidade pessoal, a autoestima, trabalham com as emoções e com a autoconfiança, ampliam o contato com a realidade e experienciam a convivência em grupo. Assim, muito além de aprimorar a capacitação técnica-profissional dentro do programa “assistente administrativo”, o curso tem como ob-

jetivo propiciar as condições favoráveis para estimular e desenvolver, nos jovens PCDs, os sensos de iniciativa, autonomia, proatividade, criatividade, cidadania e profissionalização. Em tempos de crise e em meio à pandemia e à instabilidade econômica – momentos em que, muitas vezes, esse público têm as portas fechadas para oportunidades de emancipação financeira e autonomia pessoal - a UCS proporciona aos aprendizes e aos seus familiares uma maneira eficaz para contornar essas dificuldades através da aprendizagem profissional. Acompanhar o desenvolvimento dos estudantes aprendizes e receber o relato das famílias sobre a evolução de cada um na comunicação, na formação de novas amizades, na melhoria da sua autonomia e desenvoltura, nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Acreditamos no potencial de cada jovem e assumimos o compromisso de auxiliá-los, através desse programa, a construírem seu caminho pessoal e profissional com confiança, alegria e esperança em dias melhores.

*Professora, UCS Aprendizagem Profissional. **Coordenador, UCS Aprendizagem Profissional.

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Aula expressão corporal UCS

Aula informática UCS


Experiências de Projetos

Matheus Levandowski* A pandemia de COVID-19 alterou a forma como as Instituições de socioaprendizagem realizam treinamentos, capacitações e projetos socioeducacionais, e com o Espro Ensino Social Profissionalizante - não foi diferente. Nossa Instituição precisou se adaptar a essa nova realidade através da criatividade, aquisição de novas tecnologias, colaboração, troca de boas práticas entre instituições e, principalmente, investimentos no preparo tecnológico e emocional dos profissionais envolvidos para que nossos aprendizes não sofram impacto em seu preparo para o mundo do trabalho. O Espro entendeu que os projetos desenvolvidos no presencial podem ser adaptados para a modalidade a distância, sem que houvesse perda de qualidade e aproveitamento, por isso, de 12 a 16 julho de 2021 realizamos a 12ª edição do projeto De Olho no Futuro, que visa valorizar o protagonismo juvenil disponibilizando aos aprendizes encontros on-line com profissionais de mercado de diferentes segmentos e formações. Neste ano, o evento quebrou paradigmas e forneceu aproximadamente 50 talks através de plataforma interativa para todos os aprendizes Espro do Brasil. A filial Porto Alegre contribuiu de forma significativa na organização, preparo e escolha de profissionais com larga expertise de mercado e que fazem parte da nossa carteira de parceiros, de forma a estimular nossos jovens a continuarem se desenvolvendo e acreditando em seus potenciais. Um de nossos convidados especiais foi Evandro Luis Moraes, profissional com mais de 30 anos de experiência nas áreas de ­supply chain e alta gestão estratégica de grandes organizações, superintendente do Hospital Moinhos de Vento. Ele apresentou o talk “De olho em quem fará o meu futuro”, onde contou para os aprendizes as dificuldades e desafios da sua trajetória pessoal e profissional. Um dos momentos mais marcantes para o nosso público foi saber que Evandro iniciou a sua carreira como estagiário e precisou utilizar de competências profissionais e emocionais para

chegar ao patamar em que hoje se encontra. Ele falou, ainda, sobre a importância de habilidades em idiomas e multiconhecimento para o mundo do trabalho atual. Outra convidada de peso da carteira de parceiros da filial Porto Alegre foi Camila Spindler, que possui 11 anos de experiência na área administrativa e atualmente trabalha no setor financeiro da DRT Logística de Alimentos. No talk “Segredos para um futuro melhor”, nossa convidada falou sobre a importância de trabalhar dia a dia, dando um passo por vez, reconhecendo o valor que as dificuldades do cotidiano podem gerar para o aprendizado. Ela estimulou a leitura na vida do jovem aprendiz e valorizou a importância do ensino profissionalizante para adquirir co-

Em sua 12ª edição, evento online oferece aos aprendizes encontros com profissionais de mercado de diferentes segmentos e formações. nhecimento em diversas áreas, além de falar sobre como lidar com as distrações do mundo digital, evitando a procrastinação para a máxima eficiência. O evento contou com a adesão de todos os jovens vinculados à filial Porto Alegre, além daqueles espalhados por todas as nossas filiais do Brasil, totalizando mais de 4.000 jovens por dia de evento e lives com média de mil espectadores, proporcionando diversos aprendizados para os participantes.

Experiências de Projetos

De Olho no Futuro valoriza protagonismo juvenil

*Supervisor de educação e acompanhamento Espro e Especialista em Psicologia Organizacional

Tela da palestra de Evandro Luis Moraes, superintendente do HMV, que ocorreu dia 14/07, às 13h, no evento De Olho no Futuro, do Espro. (Crédito: Reprodução/Espro)

Jovem aprendiz Espro retira livro da biblioteca em uma das unidades da instituição (foto tirada antes da pandemia). (Crédito: Divulgação/Espro)

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Experiências de Projetos

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Profissionalização da comunicação nas redes pós pandemia Leticia Lopes da S. da Silva* Débora Severo M. Porto** Os desafios da pandemia nos fazem questionar de como nos conectar de forma assertiva com os aprendizes, e contribuir para o seu desenvolvimento profissional, sendo que muitas vezes o EAD, afastou as interações no processo de aprendizagem; por outro lado aprender e ensinar a nos reinventar abrange o know-how. A pedagogia na instituição consiste em conceber mudanças instigar a capacidade do aprendiz, permitindo a autonomia e elevação de seu cerne, minimizando as frustrações pré-existentes e trazidas pela pandemia. O período da adolescência é uma fase de amadurecimento, transformações psicológicas e físicas e modificando as funções cognitivas, o trabalho com adolescentes e jovens é sempre uma tarefa árdua, compreender os fatores que afetam o seu crescimento, é permitir a possível concepção de um prodígio para um resultado satisfatório dentro da aprendizagem, principalmente no que tange o desenvolvimento de técnicas profissionais ao indivíduo. O conteúdo programático estruturado específico a área da empresa direciona o educador social na construção conjunta com o aprendiz suscita impulsão de ambos tanto ao formador como ao formando. O programa Jovem Aprendiz do MOCOCA - Movimento Comunitário Cachoeirense, considera a hipossuficiência um agravante em sua totalidade, os jovens que se encontram em situações complexas, de famílias desestruturadas, em que muitos vivendo na informalidade, nesta constância não visionam a oportunidade profissional que está a saída da modificação, e utilizando reviravolta digital, foi possivel apresentar inumeras ferramentas digitais, trazendo um novo olhar, por muitos desconhecidos, principalmente a profissinalização do ambiente da interação descontradido da juventude. A busca da aproximação com aprendizes estreitando o relacionamento nas mídias digitais focando na capacitação ao utilizar o

aplicativos de celular, e profissionalizando essa comunicação, hoje mais informal, principalmente por abreviações, e palavras criadas pela linguagem do internetês, conforme Gomes (2013, p. 27) cita que “[...] essa nova cultura social, que surge em consequência de transformações tecnológicas, acaba por oportunizar novas formas de comunicação que moldam a vida ao mesmo tempo em que são moldadas por ela [...]”, transpor e administrar as transformações tecnológicas tem sido uma das ferramentas para o crescimento do desempenho dentro do programa de cada jovem. Dentro dos objetivos da instituição formadora na exploração do desenvolvimento de seus pupilos, a comunicação é uma das barreiras que precisa ser transposta no processo de aprendizagem, utilizando as práticas pedagógicas, instigando a expansão e transformação do conhecimento, e orientação de como os comportamentos nas redes sociais influenciam na carreira, e usar de forma positiva dentro da aprendizagem, tornando, um recurso social e educativo, é a consequência da pandemia, que permanecerá é a abordagem com as interações virtuais e a profissionalização do seu uso.

REFERÊNCIAS

GOMES, Fabrícia Cristina. Projeto um computador por aluno em Araucária – UCAA: investigando a pratica dos professores. 2013. 147 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná – Curitiba, 2013.

A comunicação é uma das barreiras que precisa ser transposta no processo de aprendizagem, utilizando as práticas pedagógicas, instigando a expansão e transformação do conhecimento

*Graduada em Pedagogia, Pedagoga e instrutora do curso de aprendizagem do MOCOCA. **Graduada em Serviço Social, CRESS-RS 15030 Assistente social do MOCOCA.


Projeto Capacitar para Incluir: o jeito La Salle de realizar a inclusão

O projeto proporciona, por meio do aprendizado formal com contrato especial, aprimoramento profissional, tornando viável a inserção e permanência no mercado de trabalho.

Equipe Rede La Salle* Equipe Fundação O Pão dos Pobres**

Pensando em aliar inclusão com aprendizagem profissional, a Rede La Salle implementou, em 2015, um projeto diferenciado para pessoas com deficiência (PcDs) em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa trouxe aos participantes qualificação para o trabalho, elevando-os à condição de cidadãos economicamente ativos, despertando sua autonomia e contribuição na renda familiar. De acordo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008. Pela Convenção, pessoas com deficiência são aquelas que têm impe7ª turma do projeto capacitar para incluir, dezembro 2020

Atividade de aula aprendendo tabelas 8ª turma, maio 2021

Formatura da turma em 2020

dimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas1. Batizado de Capacitar para Incluir, o projeto proporciona, por meio do aprendizado formal com contrato especial, aprimoramento profissional, tornando viável a inserção e permanência no mercado de trabalho. Pessoas com deficiência representam quase 24% da população de Porto Alegre. Entretanto, é pequeno o número de cursos para esse público. Exigências legais criam cotas a serem cumpridas por instituições públicas e privadas, mas a didática e a estrutura necessárias para dar conta de qualificar essa parcela significativa de cidadãos não se desenvolve na mesma medida. Esse paradoxo foi uma das principais motivações para a iniciativa lassalista, além de buscar alternativas ao senso comum de que pessoas com deficiência não possuem qualificação e, por isso, não são contratadas. O projeto “Capacitar para Incluir” já formou, em 5 anos, 65 aprendizes. Destes alguns foram efetivados na Rede La Salle; contudo, o impacto social tem-se mostrado ainda mais abrangente. Muito mais do que apenas buscar cumprir com a exigência de cotas de vagas destinadas por lei a pessoas com deficiência, a Rede La Salle mobiliza recursos materiais e financeiros próprios, além do capital humano por

meio de um Programa estruturado de padrinhos para ressignificar o papel social de dezenas de pessoas. Por meio de aulas teóricas e práticas, o curso, desenvolvido em parceria com a Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio, é gratuito e tem a duração de um ano. Além da capacitação profissional na área administrativa, o curso proporciona lanche, uniforme e equipe técnica multidisciplinar que inclui, além da educadora, assistente social, psicóloga social e psicopedagoga ao aprendiz, oportunizando o conhecimento de rotinas de empresas e o desenvolvimento de capacidades pessoais e também do trabalho em equipe. As famílias também são acompanhadas por meio de reuniões sistemáticas e, dependendo da necessidade, pode receber cesta básica e auxílio para aquisição de medicamentos, além de todo o suporte psicossocial, possibilitando ao aprendiz a permanência no curso. Destacamos que os anos de 2020 e 2021 vêm sendo desafiadores. Assim, foi necessário adequar a aprendizagem da 8ª turma para a modalidade híbrida, sendo parte on-line e parte presencial com frequência de duas vezes na semana e seguindo os protocolos de biossegurança e prevenção à Covid-19. Com tais ações, garantimos o atendimento dos 11 aprendizes para que possam ser encaminhados à inserção no mercado pós-curso como egressos e profissionais qualificados. NOTA

Disponível em:<http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/ d6949.htm.> Acesso em 29/07/2021. 1

*Adriana Castro (Coordenadora de Recursos Humanos). Leticia Silva Neves (Analista de Recursos Humanos). Marília de Moura da Silva (Assistente Social). ** Simone Ledesma de Quadros (Coordenadora da Aprendizagem Profissional). João Batista Soares da Luz (Assistente Social). Debora Nuñes Almeida (Pedagoga). .

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O sentir-se pertencente: estratégias de vinculação dos aprendizes junto às empresas parceiras Sabrine de Jesus Ferraz Faller* A Associação Canoense de Deficientes Físicos - ACADEF - é uma organização não governamental filantrópica que há mais de 37 anos articula assistência social, inclusão social e reabilitação, que desenvolvem as potencialidades da pessoa com deficiência e outras minorias. Sendo uma Instituição que atua e concretiza ações sob a luz da sua missão: “Desenvolver, capacitar e ocupar o potencial da pessoa com deficiência (PCD), na perspectiva da inclusão, da cidadania e qualidade de vida”, a ACADEF propõe, como um de seus projetos, a aprendizagem profissional, mantendo o foco nas pessoas com deficiência, oportunizando através do Programa Aprendiz a inserção destas no mundo do trabalho. Ao estabelecer parcerias para a realização do Aprendiz, a ACADEF busca uma atuação de proximidade efetiva entre Instituição e as empresas, para que dentro das nossas articulações, busquemos, em conjunto, um ambiente de inclusão e pertencimento naquele espaço profissional para os alunos. No artigo da Revista de Aprendizagem na edição de 2020, ao tratarmos das atividades

a distância, já havíamos mencionado a manutenção do vínculo por parte dos aprendizes durante o curso, devido isolamento social imposto pela pandemia: “Um ponto forte da interação virtual foi conseguir o estabelecimento e o fortalecimento do vínculo entre todos participantes do curso”. E com a decisão das contratantes, ainda, do afastamento presencial das nossas 02 turmas de aprendizes, respeitando as legislações vigentes decorrentes da pandemia, surgiu um novo desafio para o ano de 2021: criar vínculo entre os aprendizes e as empresas parceiras, pois não houve possibilidades de atuarem de forma presencial dentro dos seus locais de trabalho. O sentimento de pertencimento nessa fase de construção profissional é muito importante para os aprendizes, sentir-se parte da empresa é fundamental no processo de aprendizagem, e para pessoas com deficiência é um fator decisivo na inclusão profissional. Dentro dessa percepção, da necessidade de vinculação dos aprendizes com as organizações, estabelecemos a estratégia de realizarmos atividades síncronas com a participa-

Sensibilizacao - atividade sincrona

Sentir-se parte da empresa é fundamental no processo de aprendizagem, e para pessoas com deficiência é um fator decisivo na inclusão profissional. ção dos responsáveis, dentro da empresa, pelos programas de aprendizagem e inclusão e/ ou colegas de setores, onde foram realizadas sensibilizações e reuniões para que os aprendizes trocassem ideias, sugestões, e externassem seus anseios e expectativas. Os colaboradores das empresas parceiras buscaram estabelecer, durante as atividades, relações com os aprendizes, incentivando-os a participar através de suas falas, escutando-os de forma efetiva e trazendo-os mais para dentro do meio corporativo. Para a aprendiz Paola Silveira, dialogar com os colegas da empresa foi importante, pois ao realizar determinada tarefa já os conhecia e “foi supertranquilo, pude agir com naturalidade” (SIC). Essa interação de modo virtual, nesse período de distanciamento em que os alunos não tiveram a oportunidade de experienciar o dia a dia dentro de uma empresa, foi essencial para estabelecer os vínculos necessários entre aprendizes e empresas, fortalecendo o sentimento de pertencimento dentro do espaço profissional.

*Graduada em Dança, pósgraduada em Educação de Surdos; Administração, Supervisão e Orientação Escolar; Políticas e Gestão em Serviço Social; pós-graduanda em Antropologia Brasileira; Mestre em Educação. Atua na gestão do Serviço Social - ACADEF.


Evolução dos aprendizes da Escola de Formação Profissional Marcopolo durante a pandemia

Priscila Cattuzzo Marchioretto*

Foi uma série de aprendizados desde a tecnologia que seria utilizada para participar das aulas até qual melhor recurso celular ou computador? A Escola de Formação Profissional Marcopolo - EFPM, possui mais de 30 anos de história, já formou e empregou mais de 2000 alunos e é uma parceria de sucesso entre Marcopolo e SENAI, onde oferece curso profissionalizante para jovens da comunidade, que têm a possibilidade do primeiro emprego, e contam com os mesmos benefícios dos colaboradores da empresa, além da possibilidade de construção de carreira. Nossos principais objetivos são facilitar o ingresso dos jovens ao mercado de trabalho e oferecer formação técnica voltada aos processos, produtos e serviços da Marcopolo. O curso é realizado nas dependências da empresa, e tem duração de dois anos, com aulas práticas e teóricas, a escola possibilita que os jovens vivenciem o dia a dia da empresa e desenvolvam, além das competências técnicas, competências comportamentais como trabalho em equipe, comunicação, relacionamento, administração de conflitos e negociação. Com duração de dois anos, o curso tem sua carga horária em período integral, sendo meio período de estudos e outro aplicando o conhecimento na prática.

Durante o período de isolamento social os desafios foram gigantes, pois a turma que está agora finalizando o curso, no momento do início da pandemia tinham apenas quinze dias de empresa, ou seja ainda não tinham vivido a rotina diária de atividades com as aulas do Senai e também não conheciam a empresa, imaginem administrar de uma hora para outra aulas no formato online e os seus compromissos pessoais como escola e faculdade tendo os encontros realizadas no mesmo formato, pois bem essa foi a realidade que essa turma vivenciou, começando cheia de incertezas e permanecendo nelas por um período que todos se questionavam quando iria terminar. Foi uma série de aprendizados desde a tecnologia que seria utilizada para participar das aulas até qual melhor recurso celular ou computador? Puxa muitos não tinham nem internet para tudo isso, esses eram os desafios que todos precisaram resolver para minimamente poder dar continuidade na realização do curso. Olhando por outra perspectiva, como alterar as aulas que tinham uma dinâmica de olho no olho e toda interação que uma sala de aula permite que aconteça para um modelo que o professor não consegue nem saber se a turma está de fato conseguindo acompanhar o raciocínio proposto? E a parte prática como trazer esses conteúdos com todas essas limitações? Pois bem essa foi a nova realidade.

*Gestora de Educação Corporativa da Marcopolo, possui Graduação em Administração de Empresas, MBA em Gestão Empresarial.

No entanto, agora que conseguimos retomar os encontros presenciais tivemos uma rica surpresa, temos uma turma madura, que cresceu muito com todos esses desafios, que estudou muito e está mostrando todo o seu conhecimento agora nesse retorno, tendo visão crítica, voltada para melhorias do negócio aliando o que aprenderam no curso e o que tem de desafios na prática. Eles têm sido disputados pelas áreas da empresa pois todos querem ter um talentoso aluno da escola para contribuir junto de suas equipes, estamos convictos que EFPM é um tesouro da Marcopolo, pois os alunos que são formados geram um diferencial no mercado.

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Experiências Empresariais

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Um ecossistema que potencializa a socioaprendizagem Aptidão, estímulos, ambiente e oportunidades transformam realidades. Há cinco anos, a Vocação tem qualificado adolescentes e jovens e os aproximado de empresas parcerias que entendem que o Programa Jovem Aprendiz é uma forma de dar a oportunidade do primeiro emprego para jovens que precisam trabalhar desde cedo sem ter que deixar de lado a educação formal, fundamental para quebrar o ciclo de pobreza familiar em que muitas vezes estão inseridos. O objetivo principal do programa é combater a desigualdade no acesso ao trabalho decente, seguindo as diretrizes da Agenda 2030 da ONU a partir do objetivo 8 (Trabalho decente e crescimento econômico) que busca promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Neste âmbito, para combater as desigualdades no acesso ao Mundo do Trabalho, a Vocação atua por meio de um ecossistema de transformação social que tem como proposta uma jornada formativa para crianças,

Marcela Toledo* adolescentes, jovens e o fortalecimento de vínculos com suas famílias. Esse ecossistema é articulado pela equação: aptidão, estímulos, contexto e oportunidades, em que pessoas são capazes de transformar suas realidades, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Três pilares sustentam esta iniciativa: Gestão do Conhecimento, Formação e Inclusão Produtiva de Jovens. O primeiro pilar se refere ao desenvolvimento e disseminação de Metodologia, por meio de processos formativos de profissionais de serviços socioassistenciais, além do atendimento de crianças e adolescentes em duas filiais da Vocação: Icaraí e Cidade Júlia, ambos na cidade de São Paulo. No segundo pilar, adolescentes e jovens têm a oportunidade de aperfeiçoar e potencializar suas habilidades para acessar melhores oportunidades, por meio de programas como: Preparação para o Trabalho, Mentoria Corporativa, que são complementados com Trilhas de Conhecimento e um Banco de Talentos gamificado. No último campo desse ecossistema, a inclusão produtiva, ocorre por meio de en-

tradas do Programa de Socioaprendizagem, o Programa de Estágio e Empreendedorismo. Além dessas etapas formativas, o fortalecimento familiar e o trabalho em rede com outras organizações parceiras espalhadas pelo Brasil, de forma transversal, qualificam todo o trabalho realizado pela Vocação para potencializar as vocações dos jovens e de suas famílias. O trabalho em rede com Organizações Sociais fortalece ainda mais o Programa de Aprendizagem; e o MDCA - Movimento pelos Direitos da Criança Adolescente, é um dos parceiros dessa rede da Vocação. O propósito desse trabalho em parceria é não deixar ninguém para trás e adequar as estratégias de inclusão a partir das particularidades de cada contexto social. Fortalecer o potencial de pessoas e famílias, gerando oportunidades em rede, é o caminho para combater as desigualdades sociais existentes; e o Programa Jovem Aprendiz Vocação concretiza esse sonho, incluindo vocações para transformar o mundo.

*Gestora de Empregabilidade e Inclusão Produtiva. Treze anos de vivência no Terceiro Setor na promoção e inclusão de adolescentes e jovens no Mercado de Trabalho. Especialista em Gestão de Projetos Sociais e em Administração de Empresas. MBA em Gestão de Negócios. Membro voluntária do Grupo Mulheres do Brasil e do Porto Social. Embaixadora do Instituto Recomeçar.


Lugar para desenvolver habilidades e traçar o futuro profissional Experiências capazes de transformar vidas. Muito mais do que inserir jovens no mundo do trabalho, o objetivo do Programa de Aprendizagem da Sociedade Educacional Três de Maio – Setrem é desenvolver nos aprendizes habilidades pessoais, as quais serão decisivas para a escolha de seu futuro profissional. E isso se torna possível com a ajuda das empresas parceiras durante o processo. Na Lactalis do Brasil, por exemplo, os aprendizes estão presentes em todas as áreas de atuação da empresa, nas funções administrativas de manutenção, produção, qualidade e recursos humanos. Desta forma, eles conseguem visualizar onde desejam trabalhar futuramente. “Os jovens têm desenvolvido sua capacidade de relacionar-se com outras pessoas no ambiente de trabalho, ter responsabilidades, aprender a comportar-se de maneira adequada e ter uma visão bem ampla das características de um bom profissional, através da atuação das equipes na empresa”, destaca Ana Camila Ludvig, do setor de Recursos Humanos da Lactalis. Na São José Industrial, outra empresa parceira da Setrem, os aprendizes recebem capacitação em todas as esferas, tanto pessoal quanto profissional, desenvolvendo questões relacionadas à entrada no mundo de trabalho, ética, conduta, autoconhecimento e cultura organizacional. “Os jovens aprendizes contribuem como fonte de desenvolvimento dentro das

Aprendiz Lactalis

Eduardo Erthal* áreas, onde dispomos da possibilidade de eles realizarem uma rotação a cada semestre, um processo chamado de ‘job rotation’, propondo a oportunidade de conhecerem novos setores e adquirirem uma gama maior de aprendizagem e aproximação junto às áreas”, explica Charline Reidel, analista de Recursos Humanos da São José Industrial. Neste processo, todos saem ganhando. Por um lado, a empresa, que conquista um colaborador qualificado, em sintonia com os valores da organização e com potencial de crescer dentro dela. “O Programa de Aprendizagem é visto como muito importante pela São José Industrial e temos como objetivo possibilitar que o aprendiz entenda a cultura e os processos da empresa de forma efetiva, preparando-o para que após o término do contrato ele possa assumir um posto de trabalho, conquistando um nível pleno de crescimento e galgando novas oportunidades profissionais”, enfatiza Charline. A Lactalis caminha na mesma direção. “Os jovens são vistos como os nossos sucessores, o futuro da empresa, o que os torna muito importantes para nós. Sempre estamos de olho no desempenho e performance dos aprendizes para as nossas oportunidades de trabalho”, acrescenta Ana.

Do outro lado há um jovem com experiência, que já possui certo grau de maturidade profissional e conhecedor das suas potencialidades. “Esta oportunidade de aprendizagem oferecida aos jovens da nossa comunidade proporciona a eles uma visão abrangente de seu futuro profissional em uma grande empresa e pode auxiliar na decisão de qual rumo pretendem seguir tanto na escolha da faculdade, quanto na carreira profissional”, aponta Ana. É esta soma das atividades teóricas desenvolvidas pelos aprendizes em sala de aula, com suas tarefas diárias na empresa que possibilitarão as experiências capazes de transformar suas vidas.

*Jornalista. Assessoria de Comunicação e Marketing - Ascom Setrem.

Aprendiz São José Industrial 1

Aprendiz São José Industrial 2

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Eterno Aprendiz

Jovem aprendiz na ASBEM, muitas possibilidades

A ASBEM localizada em Novo Hamburgo, é uma organização que atua e acredita na aprendizagem como estratégia para o enfrentamento da violência e vulnerabilidades. Apresentam-se relatos de dois jovens que passaram pela asBem:

Emily R. de M. Manchado,18 anos “Por meio do programa, os jovens podem ter mais facilidade em conseguir seu primeiro emprego. Além disso, as funções exercidas no cargo de jovem aprendiz são dadas por meio de treinamentos e cursos diversos, para que os mesmos sejam capacitados e tenham mais facilidade a encontrar a sua profissão. Hoje eu agradeço a ASBEM que me deu uma oportunidade. Saí da ASBEM com muita informação de como posso me inserir no mercado de trabalho. E eu cresci muito na ASBEM.” wwwww

Vicente de Souza, 20 anos “A ASBEM junto a seus parceiros e colaboradores proporcionaram uma oportunidade para que os jovens tivessem seu primeiro emprego nesse momento tão difícil, isso foi muito importante não só para mim, mas para todos os jovens. Pois muitos pais com essa pandemia acabaram perdendo seus empregos, perdendo a base de sustentação de uma família, com o programa Jovem Aprendiz houve uma nova oportunidade a essas famílias inserindo os jovens no mercado de trabalho e passando grandes conhecimentos. O Programa Jovem Aprendiz nos proporcionou uma segunda chance de nos mostrarmos do que somos capazes de fazer e criar”.

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"Eu era um dos únicos alunos do curso que não sabia absolutamente nada sobre design"

Wendel de Souza Farias, 22 anos - aprendiz no curso de Design Digital na Rede Calábria

Wendel de Souza Farias, hoje com 22 anos, foi educando e aprendiz no curso de Design Digital na Rede Calábria ao longo do ano de 2019. Foi neste ano que a sua jornada criativa no mercado do design foi iniciada com o auxílio do educador Renan Trindade. No curso de Design Digital, os educandos tiveram a oportunidade de trabalhar com identidade visual, planejamento de campanhas digitais para mídias sociais e desenvolvimento de websites. Relato do educando: É engraçado dizer isso mas eu acho que eu era um dos únicos alunos do curso que não sabia absolutamente nada sobre design, havia escolhido o curso porque achava que poderia ser legal e o resultado que eu obtive no decorrer do curso foi excelente. Carrego comigo até hoje toda base que tive nesses 11 meses de aprendizado. Em termos humanos os profissionais do Calábria foram incríveis, cada troca de experiência, cada ensinamento que me foi me dado me ajudou não só como profissional, mas como pessoa também e já posso dizer que estou colhendo frutos disso. Hoje eu estou no segundo semestre do curso de Design da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e já consegui um estágio onde atuo como UI/UX Designer. Estou adorando essa experiência e para ser sincero, não sei aonde eu posso chegar, mas sei que posso ir muito longe! Agradeço ao Calábria por ser o começo de tudo isso.

Transformação: do tênis sujo de barro à caneta na mão Warley Souza, 27 anos, acadêmico de História, aprendiz entre 2013 e 2014

Reprovando de ano no 5º, 7° e 8°, logo no ensino fundamental, percebi que não respeitava os limites daquela instituição, mas graças aos meus pés que circularam por calçadas e marquises na madrugada para dizer à sociedade que estou vivo, por mais que ela não queira. Esses mesmos pés, durante o mesmo período, andaram por outra escola, a Escola Técnica Mesquita. Para chegar nela, agora em um ônibus e dentro dele alguns iam trabalhar ou procurar, eu ia escrever poesia, além de falar sobre história e sociedade, ter uma formação e começar a ter outras perspectivas, começar a me colocar no mundo e ver o mundo de outra forma. Toda raiva e frustração por não estar dentro dos limites impostos pela minha antiga escola, esse ódio que era antes descarregado na pixação, começava a ser trabalhado e canalizado e hoje passa a ser estudado. Os meus pés me levaram a segurar sprays para me fazer um indivíduo consciente dos meus direitos e valores, para as rodas de slam, para a UFRGS, onde componho o PET Ciências Humanas, estagiar no Centro Histórico-Cultural Santa Casa, estudar vídeo/fotografia. Outros pés, como os meus, que também não conseguiram se adequar as instituições, tiveram outros fins, alguns deles, ex-colegas, caminharam para o fim de suas vidas. Sempre fui e serei um jovem aprendiz, mas é inegável a transformação que o Programa Jovem Aprendiz, aplicado pela Escola Mesquita me causou, fico feliz em saber que ainda podem transformar vários outros jovens. Janove

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Marcante experiência

Luiz Renato Podgaiski, 16 anos - Pequena Casa da Criança

Olá! Meu nome é Luiz Renato Podgaiski, tenho dezesseis anos e me considero uma pessoa de sorte, pois tive a oportunidade de começar minha carreira profissional na Pequena Casa da Criança como Aprendiz, no Setor de Comunicação, com atividades administrativas e de registro dos eventos da instituição, onde me acolheram com carinho e sempre vou levar comigo as lições e aprendizados que adquiri na instituição.

cimento como iniciante na carreira profissional da área administrativa, quanto para acervo das informações que obtive neste tempo de um ano, e levarei para as próximas experiências que ainda irei vivenciar futuramente.

Das diversas atividades que realizava, o que mais gostava de fazer eram os registros fotográficos, me divertia muito e aprendia em dobro, chegava a perguntar se tinha mais alguma coisa para fazer, pois adorava ajudar e me envolver nas tarefas diárias. Muitas coisas vou lembrar com enorme carinho, coisas simples, mas que marcaram de uma forma muito forte. Era tão bom sair da minha escola e esperar o ônibus para chegar até o meu local de realização da prática, ver o sorriso nos rostos das pessoas, poder ter boas Muitas vezes chegava a ser impressionante o quão aconhistórias para contar sobre meu dia na escola e sobre meu chegante e prazeroso era realizar minhas atividades diárias dia de trabalho como Aprendiz. Isso tudo pode ter certeza de que vou guardar com a maior satisfação dentro do meu dentro da Pequena Casa. Todas as demandas que eu me coração. envolvi me ajudaram a crescer, tanto para o meu conhe-

Aprendizado Cooperativo

Felipe Bergmann e Vinício Dierings - Aprendizes SESCOOP

Felipe Bergmann - Ingressei no projeto Aprendiz Cooperativo do Campo no começo do segundo semestre de 2019. Minha trajetória começou na minha cooperativa, onde hoje faço parte como associado, mas desde pequeno sempre acompanhei os trabalhos da mesma junto com meus pais e familiares. Meu objetivo é filtrar cada conteúdo aprendido durante o curso, para assim associar à minha propriedade onde faço parte de grande escala de trabalho, pensar o que eu já melhorei ou ajudei, e o que ainda eu posso melhorar, fazer, elaborar, e apresentar aos meus familiares. O conhecimento principal que eu levo é que o cooperativismo faz o mundo andar, se não houver a junção de sabedorias de um grupo de pessoas, não terá um acordo, ou uma ideia melhor aproveitada. Outro privilégio que tive durante o curso foi a troca de culturas com professores de diferentes cidades, diferentes regiões, o que aperfeiçoa muito mais entretenimento e conhecimento. O programa, disponibilizado para mim e para meu grupo de colegas pela Coagrisol e pela Cooperconcórdia, cooperativa de ensino, colaborou e continua colaborando a cada dia que passa, de uma forma ou outra, desde as aulas presenciais até as virtuais.

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Vinício Dierings, 18 anos Espumoso, RS. Em 2019, me inscrevi para vaga de Jovem Aprendiz Cooperativo, no qual fui selecionado e comecei minha carreira no mercado de trabalho. Fiz cursos de empreendedorismo, matemática comercial e financeira, informática, linguagem e comunicação, introdução à administração, auxiliar administrativo, entre outros. No começo, tudo para mim era novo, seria um desafio que eu iria dar o meu melhor, com objetivo de agregar todas as coisas do curso em minha vida pessoal e profissional. Fui me adaptando melhor a cada dia e observando a equipe que estava comigo, dando todo o suporte e ajuda sempre em minhas dificuldades do dia a dia. Minha trajetória foi marcada por muito aprendizado, respeito, dedicação, união, motivação de minha família e força de vontade para dar o melhor de si e auxiliar tomando boas decisões para que as coisas fluíssem da melhor maneira possível. O programa foi uma grande oportunidade para mostrar meu potencial, para mostrar que posso ser um bom profissional, mostrar evolução na vida pessoal também. Sempre busquei dar meu melhor, com acima de tudo, vontade de aprender coisas novas. O curso foi uma porta que se abriu para mim e consegui agarrar firme essa oportunidade de ser contratado pela Cotriel e ajudar a cooperativa a crescer junto comigo. Hoje, ocupo o cargo de Auxiliar Administrativo no setor de Obras e Manutenção no qual sou muito grato a Deus, a minha família e ao programa Aprendiz por me auxiliarem nesta caminhada que tudo está valendo a pena e ser feliz.


Registro

Revista Aprendiz Uma conquista coroada Com histórias e depoimentos A Revista Aprendiz destaca A Aprendizagem nesse difícil momento.

Fazer parte dessa equipe Que teve dezenas de reuniões virtuais As idéias e o planejamento Foram de momentos especiais.

A luta de cada entidade Com brio e muita coragem Para não perder o foco Da inclusão pela Aprendizagem.

Obrigado a cada entidade Em nome da Coordenação Mesmo em meio a Pandemia Lutou sempre pela inclusão.

Cada entidade relatando Como enfrentou a Pandemia Um histórico emocionante Vivido a cada dia.

Obrigado Dra Denise Por tua luta pela Aprendizagem Que Deus guie os teus passos Dando-lhe Fé e Coragem.

Foi um ano bem difícil Mas de muita emoção E poder ver a Revista Aprendiz Coroa um trabalho feito com muita superação.

A todos que fazem parte Em especial os jovens aprendizes Que pela Aprendizagem Profissional Se qualificam e são jovens mais felizes.

Parobé, 23 de janeiro de 2021, em comemoração pela 6a edição da Revista Aprendiz. GERALDO ANTONIO BOTH Membro da Comissão de Coordenação do FOGAP - Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional

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Em comemoração

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Jovem aprendiz na ASBEM, muitas possibilidades

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Lugar para desenvolver habilidades e traçar o

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Evolução dos aprendizes da Escola de

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O sentir-se pertencente estratégias de vinculação dos aprendizes junto às empresas parceiras

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Um ecossistema que potencializa a socioaprendizagem

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Projeto Capacitar para Incluir: o jeito La Salle de realizar a inclusão

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De Olho no Futuro valoriza protagonismo juvenil

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Profissionalização

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PCD - novos horizontes em tempos de pandemia

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Senac-RS: inovação em práticas pedagógicas

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Um novo modelo de aprendizagem

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Full Stack Social

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Novos desafios no

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Fortalecendo os vínculos com o uso das tecnologias 43Aprendizagem, pandemia e competências socioemocionais

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Perspectivas de autonomia e desenvolvimento através do Programa de Aprendizagem, no âmbito do acolhimento institucional

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Oficina Mundo

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Perspectivas de um novo cenário na aprendizagem

5min
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Pandemia: tempo de crise e de oportunidades

5min
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Sede de esperança

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O ensino híbrido e sua perspectiva de retomada ao ''novo normal''

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Tecnologia garante bons resultados na Aprendizagem

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Projetos na EFASERRA: um estímulo à aprendizagem e a um novo tempo 26A Socioaprendizagem

7min
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Pessoa com

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2021, o ano ímpar 18Ação em rede pelo trabalho digno: uma necessidade

9min
pages 16-18

Educação e

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O papel fundamental da Auditoria Fiscal do Trabalho na retomada das contratações de aprendizes

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Denise Brambilla González

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Coragem e determinação: o caminho para a transformação da sociedade

11min
pages 20-22

Entidades integrantes do Fórum Gaúcho de

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Breves linhas sobre a erradicação do trabalho infantil e a aprendizagem sob a ótica da Lei Federal nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente)

3min
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Egressa do Programa de Aprendizagem

2min
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