Monografia de André B de Almeida

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Santo, mais pronta a corresponder-lhe. Dessa mútua colaboração brotam frutos abundantes de santificação. (CTAM 260, B, b)

Um membro da comunidade assumia a responsabilidade (apadrinhava) sobre um convertido ou simpatizante da fé ao apresentá-lo à autoridade: um Bispo, presbítero ou diácono. Tornava-se responsável pelo seu acompanhamento e preparação para receber os sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Essa prática era denominada "catecumenato". O tempo de preparação variava de um a três anos. Na Quaresma, iniciava-se a preparação imediata. E na Vigília Pascal, recebiam-se os três sacramentos. Havia a oração de santificação sobre as águas batismais, invocando o Espírito Santo; logo após, a afirmação de uma renúncia ao demônio; depois, um tríplice interrogatório e a profissão de fé, com as suas submersões e imersões. Após o Batismo, havia a unção com o óleo do Crisma, selo com a cruz e a imposição das mãos, pedindo e invocando o Espírito Santo para uma bênção. Após a Confirmação, o neófito (renascido) recebia a Eucaristia.

3.1 O Batismo

O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa a descida do cristão ao túmulo e seu sepultamento com Cristo na morte, afim de que com Ele também ressurja para uma vida nova. O Batismo é, de maneira especial, a porta de entrada da vida da fé, da vida cristã. Assim como todos os outros sacramentos, é vínculo sagrado que o une a todos e o incorpora a Cristo. Toda a vida cristã traz a marca do amor esponsal de Cristo e da Igreja (CCE 1617). Chamado também de Santo Batismo, ele é o fundamento dessa vida cristã. É a regeneração do homem como filho de Deus, libertando-o do pecado e da morte. É denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar significa mergulhar. Portanto, o Batismo é o mergulho inicial no Mistério de Deus, que é plenamente vivido e experimentado na Eucaristia. Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Jesus Cristo: a travessia do Mar Vermelho é um sinal da vitória de Cristo, e também do Batismo (CCE 117); a circuncisão de Jesus, no oitavo dia depois de seu nascimento, é sinal de sua inserção na descendência de Abraão; este também é um sinal do Batismo. O dilúvio e a arca de Noé também prefiguram a salvação pelo Batismo, a renovação ou regeneração, vida nova pela água. Desde a origem do mundo, a água é a fonte da vida e da fecundidade. O Batismo também é prefigurado na travessia do Jordão, pela qual o povo de Deus recebe o dom da terra prometida


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