cinco minutos. Mas se, a cada dez segundos, levantarmos rapidamente a tampa para observar se ela já ferveu, demora um tempo muito maior para ferver. O que ocorre é que nossa observação interfere no sistema e altera sua evolução. A chave para entender o efeito Zenão quântico é lembrar que a cada observação ou medição, ocorre um colapso da onda quântica. Os sistemas em questão envolvem uma lenta transição de um estado para outro. Ao observar constantemente um sistema, provocam-se colapsos constantes para o estado inicial e ele nunca completa a transição para outro estado. Quando você deseja algo deve apenas desejar e sentir que já conseguiu seu intento. Isto é, você deve acreditar que aquilo já existe, sem nenhum traço de dúvida da sua parte. A dúvida paralisa o processo de manifestação. Apenas solte o que deseja. Deixe que se manifeste, na forma de matéria, aquilo que você já criou na forma de onda. Se conferir insistentemente se os resultados estão chegando, você produz o efeito Zenão, “congelando” o que desejou, retardando ou impedindo que se manifeste.
O Átomo de Bohr e o Salto Quântico: Descontinuidade Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr (Nobel de Física em 1922) propôs um modelo para o átomo de hidrogênio, o elemento químico mais leve da tabela periódica e cuja estrutura era aparentemente a mais simples. O modelo postulava a existência de órbitas estáveis para os elétrons em volta do núcleo, quantizadas, isto é, só absorvendo (ou emitindo) energia na quantidade suficiente para saltar para outro nível de energia maior (ou menor). Ou seja, a energia não existia em quantidades contínuas como se pensava na física clássica, mas sim em “pacotes”, ou quantizadas. Bohr também declarou que o momento em que um elétron salta de uma órbita para outra não pode ser determinado. É uma questão de probabilidade. Além disso, quando um elétron salta de uma órbita atômica para outra inferior, emite uma discreta quantidade de energia luminosa (fóton). Faz isso de forma descontínua, sem passar pelo espaço intermediário entre as órbitas. Isto é, ele desaparece de um lugar e aparece em outro, instantaneamente. Esse movimento descontínuo foi chamado de salto quântico. Segundo o físico indiano Amit Goswami, nossos pensamentos são objetos quânticos. Eles também se ampliam em possibilidades, 238