a da luz, desvelando o paradoxo quântico da não localidade, isto é, da causalidade instantânea, fundamental em nossa visão holoinformacional do universo e da consciência. A informação passa então a ser compreendida como um processo fundamental da natureza, capaz de atuar modificando a estrutura do universo, pois qualquer partícula elementar se encontra unida, por meio de um potencial quântico a todo o cosmos. Conclui-se com este modelo que a consciência, desde os primórdios da criação, já estaria presente nos diversos níveis de desdobramento e recolhimento da natureza.
O Idealismo Monista O físico quântico Amit Goswami defende a tese de que a consciência humana pode influenciar as probabilidades do mundo quântico. Segundo ele, as ondas quânticas são ondas de possibilidades em potencialidade transcendente, e precisam da consciência para reduzir a possibilidade a uma realidade, colapsando a função de onda, o que é feito exercendo sua liberdade de escolha15. A consciência seria o agente que causa o colapso da função de onda dos objetos. Assim, o ser humano colapsa a função de onda a todo o momento quando faz uma escolha (observa), criando sua própria realidade. Goswami propõe um modelo baseado em uma nova ciência fundamentada na Mecânica Quântica e no primado da consciência (filosofia do Idealismo Monista), segundo o qual a consciência é o fundamento do Universo e não a matéria. Tanto o mundo material quanto o mental (pensamento e sentimento), são criados pela consciência. A consciência – considerada a base do ser e não um epifenômeno do cérebro – media as ações paralelas da mente e do cérebro. Na interpretação da Mecânica Quântica baseada na consciência, reconhece-se que a consciência é tanto necessária quanto suficiente para realizar a tarefa de colapsar a onda de probabilidade. Nenhuma máquina material pode precipitar um colapso. Goswami propõe que a consciência deva ser a base do ser no qual a matéria existe como possibilidade e que a consciência deva ser unitiva, isto é, nossa individualidade é um fenômeno ilusório. Como o cérebro físico, a mente também consiste de ondas de possibilidades, embora de uma substância não material diferente. Devido a sua experiência, a consciência não só colapsa as ondas de possibilidade material no cérebro, mas também as ondas de possibilidade mental na mente “não localmente correlacionada”. 15 GOSWAMI, Amit. O Universo Autoconsciente: São Paulo: Editora Aleph. 293