Economia Regenerativa As questões relativas a como criar uma nova economia regenerativa, baseada nas dinâmicas dos ecossistemas naturais, inspiraram líderes e inovadores na configuração e economia ecológica durante várias décadas. Agora estas perguntas estão a ser formuladas por instituições financeiras globais, pela Comissão Europeia e por empresas líderes e consultoras convencionais, alcançando uma massa crítica na resposta cultural e económica transformadora para a presente situação. Mesmo o Fórum Económico Mundial afirma que se as empresas derem prioridade aos ecossistemas naturais, serão criados 395 milhões de empregos antes de 2030 e que as soluções baseadas na natureza podem chegar a alcançar um volume de 10 mil milhões de dólares em oportunidades de negócio (WEF, 2020). Sobre as oportunidades de regenerar os ecossistemas naturais, a economia regenerativa vai mais além, pois procura apoiar os seus benefícios materiais e financeiros, tendo como principal objetivo a geração de ganhos em termos de outros capitais, tais como o social, cultural e natural (Fullerton, 2019). Tal como na Agenda 2030, na economia regenerativa a colaboração está muito presente, já que aqueles que forem mais capazes de colaborar em vez de competir terão mais capacidade para se adaptarem. Além disso, mantém-se uma abordagem sistémica na qual todas as economias humanas estão profundamente integradas nas sociedades e na biosfera, pelo que caso se prejudique uma das partes, todas sofrerão. Por último, existe um enorme trabalho de configuração e análise dos materiais e recursos, dando-se prioridade aos que se podem chegar a regenerar e utilizando moderadamente os que não. Numa economia regenerativa, as empresas energéticas mudam para modelos renováveis e investem em eficiência; a agricultura passa a ser orgânica; e os ecossistemas degradados do planeta recuperam-se até à sua máxima funcionalidade (Fullerton, 2015). O Capital Institute realizou um guia que ajuda a tomar decisões de planificação e investimento na economia regenerativa, com casos que já estão a funcionar na IberoAmérica.
INOVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA IBERO-AMÉRICA 2021
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