Em 2011, anos depois da revolução digital, criou-se a expressão “quarta revolução industrial”, referindo-se à atual convergência de grande quantidades de dados acumulados durante as décadas passadas, velocidades de processamento mais rápidas e capacidades de armazenamento sem precedentes para dar vida às novas tecnologias digitais em que se fundem os mundos físicos, digitais e biológicos (World Economic Forum, 2019). Esta revolução está a mudar os modelos de produção, os mercados e a criação de novos produtos, provocando um impacto em todos os setores, desde a agricultura até aos governos (GovTech). Atualmente os dados são sinónimo de potencial de criação e de captura de valor, sendo, por exemplo, a base da inovação tecnológica e do uso da inteligência artificial. Os dados permitem que as empresas e os governos entendam melhor os seus clientes ou cidadãos, identificando novas oportunidades para a prestação de serviços privados e públicos que, por sua vez, se traduzem em informações estratégicas para a tomada de decisões (BID, 2020). Graças ao impacto da inteligência artificial, em 2030 a IberoAmérica terá podido aumentar o seu PIB em mais de cinco pontos. A maior parte da América Latina já definiu as bases para aproveitar esta tecnologia, através de planos e estratégias nacionais em 70% dos países da região.