É de suma importância entender que o ensino a ser proposto para crianças e jovens na contemporaneidade tem que fazer sentido para os/as estudantes, em todos os seus aspectos, do pessoal ao tecnológico, deve ser proposto por meio de práxis que sejam instigantes e transformadoras. ORGANIZAÇÃO DO ENSINO - DIVISÃO DOS CICLOS/ANOS E CARGA HORÁRIA Assim como na própria vida, na educação também estamos em constantes transformações, modificações que brotam de experimentações que vivemos a todo instante, e que nos levam a produzir conhecimentos, determinados saberes que não tínhamos antes daquela experiência vivida. Relativo à divisão em ciclos, carga horária e outras informações pertinentes à organização em um sistema de ensino continuaremos com o exemplo do como está sendo experimentado o trabalho realizado nas ETIs Municipais de Teresina, para o ensino de Dança. Temos, atualmente, o tempo de 01 (uma) hora aula por semana, com os encontros de Dança sendo realizados em apenas alguns dos anos que compõem os ciclos de aprendizagem, nas duas fases do Ensino Fundamental – propostas pelas diretrizes do referencial curricular de Teresina. Inicialmente o ensino de Dança se dá nos seguintes anos: 1º, 2º e 3º anos – 1º bloco da 1ª fase (ver capítulo introdutório da proposta curricular de Teresina); e, 6º e 7º anos – anos iniciais da 2ª fase (TERESINA, 2018, p. 35). Não significando que não se possa avançar nessa questão, podendo vocês, observando o contexto de cada escola bem como da comunidade em que esta está inserida, encontrar formas de melhorar o tempo de estudos/pesquisas em Dança, tal como a interdisciplinaridade prevista nesta perspectiva rizomática que, em um dos movimentos possíveis, ao pensar em conexões entre diferentes áreas, pode-se começar com as componentes Arte (Dança como linguagem expressiva) e Educação Física (práticas coreográficas), que também terão o ensino de Dança imbricado em suas propostas, e ainda, Ciências (estudos do corpo humano) e Português (Leituras de mundo), dentre outras. É possível refletir que 01 (uma) hora aula por semana concorre para não se ter tempo suficiente para amadurecer as atividades necessárias ao bom desenvolvimento desta proposta, mas, sendo esta a realidade que se apresenta não nos furtamos a possibilidade de experimentar este caminho, no intuito de entender como se dará este desenvolvimento e a que pontos iremos conseguir avançar. Talvez os próprios resultados que se apresentem comprovem que, quanto mais tempo de aula tivermos mais conquistas poderão ser atingidas, aqui pensando prioritariamente no sentido da formação de crianças e jovens, em uma Educação Integral. Outro caminho que pode reforçar esta perspectiva para o ensino de Dança, e que já vem sendo realizado em muitas instituições de ensino, observando o contexto de cada escola, é a criação de grupos para produção artística, grupos de Dança, que podem ser aproveitados para aprofundar conhecimentos ao mesmo tempo em que se produz ações poéticas, laboratórios de criação/experimentação, que podem suprir as possíveis necessidades de apresentações artísticas sem perder o foco educativo dos estudos propostos. Esta iniciativa chama a atenção para outro fator importante a ser destacado que é a necessidade de um ambiente adequado para as práxis que serão propostas, pois, em geral, a maioria dos prédios das escolas não possuem uma sala de Dança, e, muitas vezes, quando tentam adaptar uma, o fazem de maneira não satisfatória, como, por exemplo, sem um tamanho e/ou piso apropriado.
35