Hierópolis: o sagrado, o profano e o urbano

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questões em que busco analisar, compreender e problematizar o papel político que as imagens têm efetivado na relação das pessoas com os lugares, com as coisas e com elas mesmas, numa perspectiva que toma a Geografia como uma Grafia, uma escrita, uma linguagem que dá a ver, dá existência a algo, nesse caso, uma imaginação espacial. Esse é o termo que nos interessa. O vi pela primeira vez no livro “Pelo Espaço”, da geógrafa inglesa Doreen Massey. Massey está preocupada com as novas políticas da espacialidade, e argumenta que os modos de imaginar têm papel fundamental para o pensamento espacial e para as políticas no território, problematizando as “conexões entre a imaginação do espacial e a imaginação do político” (MASSEY, 2008, p.30). Tomei emprestado o caminho pelo qual a autora realiza suas reflexões. Ela parte de três considerações (o que chamei de consequências), na qual se realiza um diagnóstico das estruturas imagéticas que configuram uma dada imaginação espacial estabelecida. Massey faz proposições a essas constatações, espécie de alternativas para aquelas imaginações que foram verificadas antes, o que denominei nas nossas pesquisas de problematizações. Nossas pesquisas, portanto, sempre partem de uma imaginação espacial hegemônica, onde realizamos num primeiro grande movimento reflexivo – diagnóstico – a seguinte trajetória: consequências-problematizações, na análise 1; e a imagem que se repete, na análise 2 (ver Fig. 1 e Fig. 2). PROBLEMATIZAÇÃO 1 CONSEQUÊNCIA 1 IMAGINAÇÃO ESPACIAL HEGEMÔNICA

ANÁLISE 1

CONSEQUÊNCIA 2 CONSEQUÊNCIA 3

Figura 1 – Mind Map Analítico: análise 1 Fonte: elaborado pelo autor

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! ANTONIO CARLOS QUEIROZ FILHO

PROBLEMATIZAÇÃO 2 PROBLEMATIZAÇÃO 3


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