Hierópolis: o sagrado, o profano e o urbano

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no século XX, três movimentos fundamentam o pensamento Geo-histórico: a Geografia Histórica e Cultural, a Nova Geografia e a Geografia Radical ou Crítica, que deram suporte para a valorização da história nas análises dos processos espaciais. Conforme o pensamento de Braudel (1996b), era preciso quebrar a dialética tempo/espaço, visão que recebeu apoio de Vidal de La Blach, o qual agregou sua concepção e essa aliança propiciou novas compreensões sobre espaço, haja vista a ideia de “comunicação”, que, em suas teorias torna-se fundamental para o desenvolvimento científico, cristalizando-se na sua maior temática a da “circulação”, a que são agregadas às várias concepções sobre espaço e tempo, e, definitivamente, contribuem para a formação dessa nova ciência, a Geo-história, pois todas as contribuições que se propõem a analisar o espaço necessitarão do tempo, visto que, desde os primórdios das ciências geográficas já se utilizava o tempo para se entender o espaço, mesmo sem uma precisão real sobre ele. Nesse sentido, várias tentativas foram feitas pela ciência no intuito de quebrar essa dicotomia tempo/espaço, mas só tivemos essa quebra com maestria em Braudel (1996b). Essa evolução no pensamento da Geo-história torna visível que a História é uma das ciências mais próximas da Geografia, em que esta precisa daquela para entender os tempos passados para a construção do espaço, porquanto o espaço é resultante de diferentes períodos históricos. E, para conhecer o espaço, é necessário o entendimento de seu processo histórico, e esses fatos demonstram a relação intrínseca da ciência geográfica com a História, levando a várias discussões e contribuições como a do historiador Lucien Febvre que, através da Escola de Analles, fortalece a Geografia moderna e contribui para as inovações dentro do conhecimento geográfico. Assim como outros teóricos que produziram contribuições

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DA IGREJA CATÓLICA NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA CIDADE DE TERESINA-PI

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