Os estudos acerca da Universidade no Brasil sempre foram temas de debates, e a partir do processo de (re) democratização do Estado Nação brasileiro, tornaram-se acirrados e polêmicos, ou seja, mais do que nunca, o desempenho da universidade como um agente educacional começa a ser discutido e questionado quanto ao seu comprometimento e sua funcionabilidade na sociedade brasileira. [...] Embora se fale muito de universidade brasileira, o que se predominou sob essa designação foi apenas um conglomerado de faculdades, escolas e institutos superiores. Sob a designação de universidades encontramos, a partir de 1920 até hoje, desde modestas instituições de ensino até enormes organizações constituídas de dezenas de unidades estanques (FÁVERO, 1980, p.9).
As primeiras tentativas de criação e consolidação do ensino superior no Brasil datam do início do século XX, buscando o aprimoramento intelectual da elite brasileira. Nos primeiros anos da República observa-se a necessidade de organização quanto ao ensino superior, isto é evidenciado nos estudos de Cunha (1986, p.147): “surgiram os primeiros estabelecimentos de ensino superior do Brasil com o nome de universidade, sendo a do Rio de Janeiro (1920) e a de Minas Gerais (1927) as que vingaram”. Segundo Fialho (2005, p.28), torna-se relevante apontar que o plano de consolidação da universidade brasileira alicerça-se em ambientes hostis e de inabaláveis relutâncias: “datam dessa mesma época, iniciativas de criação de instituições de ensino superior em outros Estados (Amazonas, São Paulo, Paraná)”. [..]fora e à revelia do poder central(p.198), a exemplo de: Universidade de Manaus (criada em 1909, reorganizada em 1913), dissolvida em 1926, fragmentando-se em três estabelecimentos isolados, dois dos quais posteriormente extintos, restando a Faculdade de Direito,
AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DESBRAVANDO A FLORESTA
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