O Molde n.º 126 - julho 2020

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O MOLDE N126 | 07.2020

DESTAQUE HIGHLIGHT

É por isso que considera que o teletrabalho pode surgir como opção das empresas no futuro. “Permite angariar trabalhadores e técnicos localizados a qualquer distância. A geografia deixa de ser um problema. Passa a estar tudo mais próximo e isso tem vantagens evidentes”, defende, sublinhando mesmo que “o teletrabalho, parece-me uma opção natural das empresas”. Até porque, acrescenta, as organizações têm feito um investimento enorme e estão, hoje, adaptadas para isso. “A velocidade da ligação à distância é, hoje, igual a estar na empresa. Essa é uma das vantagens da Internet 5G. As reuniões são, até, mais fáceis com pessoas que estão a milhares de quilómetros de distância”, considera. E para acontecer essa mudança, defende, “é preciso trabalhar a mentalidade das pessoas que, na maior parte dos casos, ainda não está preparada para isto”. É que, no seu entender, “a produtividade ainda está, para muitos, associada a estar dentro da empresa. Mas isso não é verdade. As empresas estão bem apetrechadas para trabalhar com estes modelos”. Como desvantagens, destaca o que é essencial entre pessoas: a socialização. “Falta o contacto físico com os colegas, a partilha do espaço e isso, psicologicamente, acaba por afetar, mas mesmo o trabalhador em situação teletrabalho, não impede de poder deslocar de vez em quando á empresa para ter reuniões físicas, o que vai permitir é mais flexibilidade com menor custos, porque desobriga a presença física diária e os custos associados a ela. MP TOOL: TELETRABALHO COMO RECURSO E NÃO POR SISTEMA A MP Tool introduziu, pela primeira vez na sua história, o teletrabalho. Dos 63 trabalhadores, 26 trabalharam a partir de casa entre o dia 16 de março e o mês de maio, quando começaram, gradualmente, a regressar aos seus postos de trabalho. “Foi a primeira vez que a empresa implementou esta medida. Já tinha softwares que teve de incrementar, como, por exemplo, a escolha de plataformas para poder continuar a realizar as reuniões diárias (entre as chefias) e os colaboradores”, conta Nuno Vieira. Nuno Vieira, MP Tool

O grupo Vangest criou um gabinete de crise que frequentemente ajustava o nosso plano contingência, acompanhando as restrições, conforme diretivas da DGS, e o desenvolvimento diário da pandemia. E destaca que o que foi verdadeiramente desafiante neste processo foi a velocidade com que todo o sistema teve de ser implementado, devido ao avanço rápido que a pandemia de Covid-19 estava a ter no nosso país. “Em dois, três dias, tivemos de adaptar tudo. Investimos em licenças e equipamos a empresa para essa possibilidade”, conta, salientando que, “os técnicos de informática trabalharam em ritmo alucinante durante esses dias para conseguirmos. E, em uma semana, estava o teletrabalho a funcionar”.

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