Sofia Coelho Silva Diretora da Revista H
EDITORIAL
FICHA TÉCNICA
DÊ TEMPO À SUA SAÚDE!
Seis em cada dez mulheres diz não ter tempo para se manter saudável, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Ginecologia. A família, o trabalho e os imprevistos do dia a dia são os principais motivos que fazem com que as mulheres negligenciem a sua saúde. Os exames preventivos ficam postos de parte, o exercício físico também e nunca há tempo para uma alimentação regrada e sadia! A juntar a esta falta de tempo para cuidar de si, juntam-se as doenças cardiovasculares, a Diabetes, a hipertensão e a obesidade. Parece que somos uma bomba relógio! Já em 2019 foi publicado o estudo “As mulheres em Portugal, hoje”, que refere que as portuguesas estão demasiado cansadas e que uma em cada dez toma diariamente medicação para a ansiedade, distúrbios do sono ou antidepressivos. Continuamos a assistir a um enorme desequilíbrio no lar, com o peso do trabalho doméstico e o cuidar das crianças pequenas a recair muito mais sobre a mulher. A assimetria de género continua, infelizmente, a ser evidente. Por outro lado, um estudo da Direção-Geral de Saúde, 2014, denominado “PORTUGAL – Saúde Mental em Números” revela que as mulheres sofrem uma maior incidência de doenças emocionais e psicológicas do que os homens. As oscilações hormonais e as pressões sociais acabam por explicar, em parte, por que estão mais predispostas a sofrer de ansiedade e de depressão. Para alterar este ciclo, Manuel Carrageta, cardiologista e presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), defende que as mulheres devem «adotar um estilo de vida saudável mais rigoroso e informar o seu médico de família sempre que existir um histórico da doença na família, de forma a reforçar a vigilância dos fatores de risco – excesso de peso, hipertensão arterial e colesterol». Saiba mais no nosso artigo “EM FOCO” e conheça alguns dos exames que pode fazer para prevenir uma série de doenças. Aprenda a cuidar de si, faça um check-up anual e, acima de tudo, dê tempo à sua saúde!
• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: apoio.cliente@holon.pt
• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Carla Mateus (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Gonçalves, Anabela Cruz, Andreia Palma, Carla Campos Correia, Luís Antunes, Mafalda Lopes, Manuela da Silva Quartau, Rute Toito, Vânia Soares • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: SALVY • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13
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>INDÍCE
10 HOLON CUIDA
O QUE DIZEM OS ESPECALISTAS
ENDOMETRIOSE: A DOENÇA QUE É CONFUNDIDA COM DORES MENSTRUAIS
COVID 19 – INFORMADO E PROTEGIDO
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DERMOFARMÁCIA HOLON ATENÇÃO: A SUA PELE DÁ SINAIS
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ATUALIDADE
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OPINIÃO
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PONTO DE VISTA
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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
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SER MAIS HOLON
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NA PRIMEIRA PESSOA
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FARMÁCIA ATUA
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EM FOCO
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HOLON CUIDA
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BEBÉ E MAMÃ
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PODOLOGIA HOLON
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PÉ DIABÉTICO
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PREVENÇÃO SAÚDE
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NUTRIÇÃO HOLON
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RECEITA SAUDÁVEL
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VIVA MAIS
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DERMOFARMÁCIA HOLON
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ENTREVISTA ESPECIAL
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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
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MONTRA EM DESTAQUE
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SAÚDE ANIMAL
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H JÚNIOR
ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.
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> ATUALIDADE ADULTOS PORTUGUESES DORMEM MAL
NUNCA É TARDE PARA DEIXAR DE FUMAR
O sono é um processo complexo durante o qual decorrem múltiplas ações que são benéficas para o corpo e a mente. A falta de sono, por norma, traduz-se no aumento do cansaço, dificuldades de concentração e outras consequências que assumem um impacto negativo na nossa qualidade de vida. De acordo com um questionário realizado online, a 643 portugueses, pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e a Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, 46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dorme menos de 6 horas por dia. Já 21% diz que demora mais de 30 minutos para adormecer, enquanto 32% considera ter um mau sono e 40% reporta dificuldade em manter-se acordado durante a condução e outras atividades diárias. Dormir num quarto confortável, com temperatura adequada e sem luz ou ruído, manter uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico regular e evitar a exposição à luz azul, proveniente dos ecrãs antes de dormir, são algumas recomendações para ter um sono de qualidade.
Um estudo conjunto do Wellcome Sanger Institute e da University College London, publicado na revista Nature, revela que deixar de fumar “acorda” umas células saudáveis que ajudam os pulmões a regenerar. Mais boas notícias: As células têm um efeito regenerador mesmo em pessoas que fumaram durante mais de 30 ou 40 anos. Para chegar a estas conclusões, os investigadores procuraram mutações no ADN de um público alargado (crianças, adultos que nunca fumaram, fumadores e ex-fumadores). Após a observação de 16 pessoas, a equipa verificou que todas as células analisadas apresentavam um aumento das mutações. Qual o responsável? O envelhecimento. Porém, no caso dos ex-fumadores, foram ainda identificadas células com níveis de mutação idênticas às dos não fumadores. Sem grandes explicações sobre como nascem e resistem as células às mutações ou mesmo por que razão estas aparecem em pessoas que deixam de fumar, e não nos atuais fumadores, o estudo apenas reforça que deixar de fumar tem impacto imediato no seu aparecimento.
BOAS NOTÍCIAS: CURA DE SEGUNDO INFETADO COM VÍRUS DA SIDA Na última edição da revista médica The Lancet HIV, um grupo de investigadores do Reino Unido anunciou a cura de uma segunda pessoa infetada com o vírus. O tratamento recorreu ao transplante de células estaminais de um dador com um gene resistente ao VIH. Ao se substituir as células imunitárias por outras, resistentes ao vírus, este deixou de se multiplicar no organismo da pessoa infetada. Paralelamente, o tratamento também recorreu à radioterapia e quimioterapia para eliminar vestígios do vírus. Segundo o estudo, o “doente de Londres” - como ficou conhecido -, deixou de ter infeção viral ativa ao fim de dois anos e meio sem medicamentos antirretrovirais. Mesmo com estes resultados positivos, o homem em causa continuará a ser monitorizado. A remissão da infeção pelo VIH foi reportada em 2019. Os investigadores também salientam no estudo que o tratamento com células estaminais é de «risco elevado e só poderá ser usado, como último recurso, em doentes com cancro no sangue».
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MANUELA DA SILVA QUARTAU Farmácia Beato Nuno Fátima
> OPINIÃO
SER HOLON, ESTAR MAIS ALINHADO NO QUE É ESSENCIAL «Nas Farmácias Holon sentimos que estamos a cumprir a nossa missão e constituímos uma mais-valia para os seus utentes, ajudando-os no controle das suas patologias e na resolução dos seus anseios». Em 2010, aderimos às Farmácias Holon com a convicção que iríamos gostar da experiência. Confesso que não estou arrependida, antes pelo contrário. A conceção do projeto foi, desde logo, do meu agrado, pelas várias vertentes que o abrangia. No plano profissional, um farmacêutico numa Farmácia Holon sente-se deveras ligado à sua profissão, pois vê a possibilidade de implementar vários serviços, como a consulta farmacêutica, a preparação individual da medicação e a cessação tabágica. Sente, mais do que nunca, que está a cumprir a sua missão e que constitui uma mais-valia para os seus utentes, ajudando-os no controle das suas patologias e na resolução dos seus anseios. Para além dos serviços atrás referidos, existem outros, como o de Nutrição, de Podologia, de Dermofarmácia e do Pé Diabético, prestados por técnicos altamente credenciados, que acrescem valor ao nosso serviço. Se trabalhássemos individualmente não conseguiríamos aportar tanto valor aos nossos serviços. Sempre que solicitado sentimos, por parte das estruturas do grupo Holon, um enorme apoio. Nas vertentes do negócio e comercial, a Farmácia tem fortes e variados parceiros, que garantem uma boa sustentabilidade económica, o que é uma enorme
mais-valia. Na área do marketing, sinto que o apoio que nos é prestado é altamente profissional. Ao nível da Formação e Qualidade, os temas apresentados são sempre bem estruturados e respondem às constantes necessidades formativas das farmácias. Durante estes dez anos, houve períodos de alguma turbulência, nomeadamente em 2019. Felizmente foi um período ultrapassado com benefícios para a consolidação do grupo, tornando-o mais unido, mais focado e alinhado com o projeto. Mais ainda nos tempos que estamos a atravessar, por efeito da pandemia pelo novo coronavírus. As incertezas que esta doença transmite a todos, exige que estejamos ainda mais atentos e prontos a ser profissionais mais ativos, disponíveis e, quantas vezes, um ombro amigo dos nossos utentes. E aqui, mais uma vez, o grupo Holon demonstra ser capaz de apresentar e responder com as soluções que precisamos de forma célere e objetiva. Para a Farmácia Beato Nuno é um enorme orgulho, pertencer ao grupo Holon. Para toda a estrutura, o nosso reconhecimento e o nosso muito obrigado, pelo apoio profissional e humano que nos tem dado ao longo destes anos.
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MANUEL FRANCISCO Presidente da Associação de Transplantados Pulmonares de Portugal (ATPP)
> PONTO DE VISTA
MISSÃO: COLMATAR AS FALHAS NO PROCESSO DE TRANSPLANTAÇÃO PULMONAR A Associação de Transplantados Pulmonares de Portugal é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, registada em março de 2017, com sede no Hospital de Santa Marta, fundada por um grupo de transplantados pulmonares. As doenças pulmonares graves, a referenciação para transplante, a integração numa lista de espera, o tempo de espera, a cirurgia e os pós-transplante são fases da vida do doente que o marcam profundamente, com um impacto fortíssimo nas famílias e nos profissionais de saúde responsáveis pelo seu tratamento e recuperação. Na ATPP temos um público-alvo muito variado, já que existe uma panóplia de patologias que podem levar um paciente a necessitar de um transplante pulmonar. Já para não falar de uma necessidade constante e indispensável de recorrer a um regime medicamentoso complexo durante todo o processo de doença, inclusive após o transplante pulmonar. Nesse sentido, procuramos colmatar as falhas encontradas no processo de transplantação pulmonar, nomeadamente ao nível da divulgação, apoio e esclarecimento de todos, por exemplo, quanto aos procedimentos a seguir no âmbito dos protocolos de cooperação com outras entidades parceiras. Neste sentido, entendemos que a nossa abordagem tem de ser abrangente e inclusiva, pelo que definimos como objetivos principais: a) Disponibilizar informação, prestar ações de esclarecimento, apoio (psíquico e social), defesa e orientação com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pré e pós-transplantados
pulmonares, bem como às suas famílias, cuidadores e amigos; b) Colaborar na informação aos doentes pulmonares crónicos, que ainda não são candidatos a transplante, bem como os seus familiares, relativamente aos procedimentos a cumprir; c) Garantir, junto das entidades competentes, a manutenção dos direitos já adquiridos e a aquisição de novos direitos aos transplantados pulmonares e candidatos a transplante, nomeadamente ao nível medicamentoso, logístico e mobilidade; d) Estimular, apoiar e promover ações de autoajuda que visem a partilha de experiências e a troca de informação entre transplantados e candidatos ao transplante pulmonar; e) Sensibilizar a opinião pública relativamente ao transplante pulmonar e às diversas doenças que podem levar à necessidade de um transplante pulmonar; f) Impulsionar parcerias e intercâmbio com entidades que permitam a obtenção de informação, vivências e questões técnicas relativas ao transplante pulmonar – onde já alcançamos um grande objetivo de ser membro da European Lung Foundation (ELF). Para a realização dos nossos projetos, elaborámos um plano de atividades bastante ambicioso. Destacamos a criação de um banco de equipamentos de ajudas técnicas, uma bolsa de voluntários, um roadshow pelos principais hospitais do país com o intuito de difundir não só o que é um transplante pulmonar, mas também informar acerca dos cuidados imprescindíveis a ter num contexto hospitalar com um doente já transplantado.
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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
FÁTIMA FAUSTINO Coordenadora do Centro Especializado em Endometriose do Hospital Lusíadas Lisboa
ENDOMETRIOSE: A DOENÇA QUE É CONFUNDIDA COM DORES MENSTRUAIS Há mulheres que sofrem durante anos, sem um diagnóstico, até serem confrontadas com situações de infertilidade de difícil resolução. A endometriose é uma doença ginecológica que afeta entre 10 e 15% das mulheres em idade reprodutiva. Muitas vezes confundida com as “normais” dores menstruais, há que deixar claro: “Dor intensa, muitas vezes incapacitante e progressiva, não é normal!”. REVISTA H - QUAIS OS SINTOMAS MAIS COMUNS DA ENDOMETRIOSE? FÁTIMA FAUSTINO (FF) - Antes de mais, para perceber a sintomatologia é importante perceber a doença. A endometriose é uma doença crónica, benigna que se carateriza pela presença de tecido endometrial fora do seu local habitual, a cavidade uterina. Como tal, todos os meses, quando ocorre a menstruação, não só sangra dentro do útero, como também sangram esses focos, o que desencadeia um processo inflamatório crónico que, por sua
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vez, vai causar fibrose e aderências. Poderá haver focos de tecido endometrial nos ovários, no intestino, na bexiga ou noutros órgãos, resultando em quistos ou tumores que, apesar de benignos, podem ter repercussões graves. H - A DOR É UMA DAS CAUSAS QUE LEVA AS MULHERES À CONSULTA? FF - A dor é um sintoma que vai, progressivamente, deteriorando a sua qualidade de vida. As queixas mais frequentes são dores
durante a menstruação (dismenorreia) que impedem a mulher de fazer a sua vida normal, dor pélvica crónica, dor nas relações sexuais (dispareunia) e dor cíclica quando menstrua, quer a nível intestinal (disquesia), quer a nível da bexiga (disúria). Também está demonstrada a associação da cessação da toma da pílula contracetiva com o agravamento progressivo da dor. H- QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA DOENÇA E O SEU IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DAS DOENTES? FF - A endometriose pode condicionar alterações significativas na anatomia do aparelho reprodutor e órgãos vizinhos, nomeadamente no intestino, na bexiga e nos ureteres. Estas alterações além de desencadearem dor crónica, podem potenciar disfunções nestes órgãos vizinhos. Importa salientar que um terço das mulheres com endometriose sofre de infertilidade. Daí se consegue avaliar o impacto negativo desta doença na qualidade de vida destas mulheres. Não só passam anos e anos da sua vida com queixas dolorosas, cuja causa demora a ser diagnosticada, como se confrontam, por vezes, com situações de infertilidade de difícil resolução. H - QUAL A PERCENTAGEM DE MULHERES QUE SOFREM DESTA PATOLOGIA? FF - A endometriose afeta cerca de 10 a 15% das mulheres em idade fértil. H – AS MULHERES NÃO ESTÃO ATENTAS AOS SINAIS DO SEU CORPO? FF - As “normais dores da menstruação” são habitualmente limitadas aos dois ou três primeiros dias e melhoram com a tomada de analgésicos ou anti-inflamatórios. Quando há um agravamento progressivo da dor e a mesma deixa de responder aos medicamentos habituais, convém estar atento. Infelizmente, há casos de mulheres que procuraram mais de cinco ou seis médicos, sem que algum valorize estas dores. H - HÁ ENTÃO UMA DESVALORIZAÇÃO DA DOR POR PARTE DOS MÉDICOS? FF - Durante muitos anos a patologia foi quase ignorada. Só recentemente é que aumentou a sensibilização para esta doença, em parte, também devido ao aumento do número de casos referenciados. H – QUE RAZÕES PODEM ESTAR NA ORIGEM DA ENDOMETRIOSE? FF - Não se conhece a causa específica da endometriose. Sabemos que existem múltiplos fatores que podem estar implicados, nomea-
damente os fatores genéticos. A evidência diz-nos que a história familiar – a mãe ou irmã terem endometriose – aumenta até seis vezes a probabilidade de a mulher vir a desenvolver a doença. Porém, os fatores genéticos são potenciados por outros fatores, nomeadamente hormonais, imunológicos e ambientais, os quais parecem também ter algum peso. No plano hormonal, sabemos que nas mulheres com menarca mais precoce e menopausa mais tardia - isto é, que estão sob a influência dos estrogénios durante um longo intervalo temporal - têm maior propensão para a doença, sobretudo no caso das mulheres com fluxos menstruais muito abundantes. Daí a pílula contracetiva ter um efeito benéfico neste contexto. H - O DIAGNÓSTICO PRECOCE É FUNDAMENTAL PARA ATENUAR ESTA DOENÇA? FF – Sem dúvida. É fundamental para evitar as consequências mais graves da endometriose. O diagnóstico da doença é, em primeiro lugar, clínico. Não é difícil perceber que algo está errado se fizermos o exame físico, se dermos atenção às queixas da doente. Se existir uma suspeita de estarmos perante um caso de endometriose e se a observação clínica não der os elementos suficientes, o primeiro exame a pedir é uma ecografia pélvica, de preferência por via transvaginal. Segue-se uma ressonância magnética, que nos permite mapear as lesões e detetar o envolvimento dos órgãos vizinhos. H - A ENDOMETRIOSE TEM CURA? FF - Infelizmente não se pode falar em cura na endometriose. Da própria definição de doença crónica se deduz que, mesmo após o tratamento cirúrgico com remoção das lesões, possa haver uma recidiva da doença. H - EM QUE CASOS É ACONSELHADA A CIRURGIA? FF - As terapêuticas médicas que existem para controlar a sintomatologia da doença são as que inibem a menstruação, como por exemplo as pílulas contracetivas tomadas de forma contínua. Com estas terapêuticas hormonais conseguimos tirar a dor a estas doentes e elas permanecem assintomáticas, mas a doença poderá continuar a evoluir de forma silenciosa. Porém, sendo uma terapêutica hormonal, não está indicada quando uma mulher quer engravidar e é precisamente nesta altura que a cirurgia se apresenta como incontornável. Uma intervenção que se pretende que seja o menos invasiva possível. Ainda assim, falamos de cirurgias muito complexas e não desprovidas de riscos. Por isso, cada caso deverá ser analisado individualmente.
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SER MAIS HOLON
CONSTANÇA VAZ Diretora Técnica Farmácia Almeida Vaz
AS MAIS-VALIAS DE SER HOLON «Pertencer à Holon, mais do que fazer parte de um grupo, é integrar um conceito inovador e adequado às exigências do atual consumidor das farmácias». A relação da farmácia com o seu utente deverá gerar uma experiência positiva na qual este se sinta bem recebido por uma equipa disponível, empática e competente, que analisa as suas necessidades e propõe soluções integradas de saúde que vão desde a determinação de parâmetros bioquímicos, aconselhamento farmacológico e não farmacológico, atuando de forma preventiva e potenciando uma melhor qualidade de vida. Para chegar a um nível de qualidade elevado é imprescindível a existência de uma estrutura a nível central competente, atenta, atuante e dinâmica. Igualmente, as diferentes farmácias que integram o grupo e os elementos da equipa de cada farmácia devem ter um profundo conhecimento da marca e estar alinhados pelos objetivos definidos. Atingir estes objetivos é mais fácil quando, através de reuniões mensais, há uma partilha de co-
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nhecimentos da área de responsabilidade de cada colaboradora que permite uma boa organização da atividade da farmácia, tal como explicado pelas nossas colaboradoras: «A mais-valia de pertencer às Farmácias Holon é fazer parte de um conceito de saúde inovador, focado no utente como um todo, sem esquecer um dos principais objetivos: melhorar a saúde da comunidade envolvente» - Carolina Trincão. «Ser Holon é ser uma equipa motivada, organizada, disponível, capaz de fidelizar o cliente e acompanhar os doentes crónicos para que estes vivam mais e melhor. É ter uma equipa focada para atingir os objetivos» – Deolinda Teixeira. «Ser Holon é estar focado no utente/cliente de forma a satisfazer e superar as suas necessidades» – Rosa Henriques. É nestes pressupostos que trabalhamos todos os dias.
NOME: DANIEL RAMOS IDADE: 35 ANOS LOCALIDADE: ALDEIA NOVA DO CABO, FUNDÃO OBJETIVO: PERDER PESO E SER MAIS SAUDÁVEL
> NA PRIMEIRA PESSOA
«REAPRENDI A COMER! A MINHA AUTOESTIMA AUMENTOU E ARRANJAR ROUPA JÁ NÃO É UM PROBLEMA.» Daniel Ramos vive na Aldeia Nova do Cabo, no Fundão, e aos 34 anos atingiu os 130 Kg de peso. A ideia de ter excesso de peso nunca o incomodou: gostava de comer e a imagem parecia não ser um problema. Mesmo assim, incentivado pela família e amigos, inscreveu-se em ginásios e frequentou algumas consultas de Nutrição. Mas acabava sempre por desistir e fugir às dietas. Só em julho de 2019, durante as férias, surgiu o alarme: sentia sempre muito cansaço e uma simples caminhada representava um grande sacrifício. Após uma ida ao médico, e de algumas análises clínicas, foi informado de que, se não fizesse nada, poderia desenvolver graves problemas cardíacos. O susto fez com que tomasse consciência de que teria de mudar alguns comportamentos. Inscreveu-se num ginásio, fez uma avaliação física inicial e percebeu que, com o peso que tinha, os problemas não ficariam resolvidos apenas com a prática de exercício físico. Numa das suas idas à Farmácia Diamantino foi aconselhado pela Dr.a Natália Oliveira a complementar a prática de exercício físico com o aconselhamento da nutricionista Patrícia Gabriel. Daniel Ramos refere que: «Inicialmente foi complicado cumprir o plano. Passei a comer de 3 em 3 horas, algo que para mim era impossível, pois estava habituado a fazer apenas 3 refeições por dia». Para além do número de refeições, na consulta de Nutrição Holon, a nutricionista Patrícia também alterou as quantidades
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e a qualidade das mesmas. Em 4 meses e meio, perdeu 33 Kg com efeitos que se fizerem logo sentir ao nível físico e psicológico. GANHOS PARA A SAÚDE Quando iniciou a consulta, Daniel Ramos apresentava uma obesidade de grau II. Gradualmente, conseguiu evoluir da situação de “obeso” para “pré-obeso” e reduzir 22 cm no seu perímetro abdominal. Em relação à sua composição corporal, reduziu 11,3% de massa gorda, aumentou em 4,4% a massa muscular e diminuiu, quase para metade, a sua gordura visceral, localizada na zona da barriga. Ao fim desse período repetiu os exames médicos e os resultados apontavam para uma redução significativa dos valores de colesterol, de ácido úrico e triglicéridos. «A minha autoestima aumentou consideravelmente. Consegui passar do tamanho 52 para o 42», conta com entusiasmo. Do ponto de vista físico, «o cansaço diminuiu e a resistência aumentou». Os ganhos para a saúde foram gerais: as crises de ansiedade, as dores na coluna e nos joelhos diminuíram significativamente, assim como o risco de doença cardiovascular. Hoje, o seu principal objetivo é «não voltar à forma física em que me encontrava anteriormente». E se no início seguir o plano alimentar era um «sacrifício», hoje, admite «faz parte da rotina diária e é um bom hábito, que vou manter».
> FARMÁCIA ATUA
SABER MAIS SOBRE ALIMENTAÇÃO ONCOLÓGICA
VIVER COM A DIABETES SEM RECEIOS
No âmbito das ações de sensibilização decorrentes do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, a Farmácia Oeiras Figueirinha organizou duas ações sobre a importância da Alimentação na Doença Oncológica. A primeira contou com a participação de alunos da Universidade Sénior de Oeiras, sendo que a segunda foi orientada para o público em geral e decorreu na Biblioteca Municipal de Oeiras. O Serviço de Nutrição tirou todas as dúvidas aos mais de 30 participantes, curiosos por saber mais sobre o tema. FARMÁCIA NOVA DOS OLIVAIS: DIA DOS NAMORADOS DIFERENTE Para desmistificar a ideia de que a pessoa com Diabetes não pode comer doces, a Farmácia A Medicinal desafiou o Serviço de Nutrição Holon, na pessoa do nutricionista Vitor Guerra, a criar uma receita saudável de mousse de chocolate! Durante todo o dia, os utentes – diabéticos e não diabéticos – tiveram a oportunidade de experimentar a receita especial, com menor teor de açúcar. Ao mesmo tempo, ficaram a conhecer mais sobre o Serviço de Nutrição Holon e foram convidados a marcar, gratuitamente, uma sessão de esclarecimento. FARMÁCIA ALMEIDA VAZ PROMOVE WORKSHOP SOBRE ALIMENTAÇÃO INFANTIL
No Dia dos Namorados (14 de fevereiro), o Serviço de Nutrição da Farmácia Nova dos Olivais quis fazer a diferença e presenteou os seus utentes com uma receita saudável. A equipa de nutricionistas preparou e disponibilizou uma receita de bolas energéticas de cacau e amêndoa e demostrou que os doces podem ser saudáveis, mas com menos açúcar. Uma boa ideia para partilhar com a cara metade.
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A Farmácia Almeida Vaz, através do Serviço de Nutrição Holon, conduziu um Workshop sobre Alimentação Infantil para os pais das crianças que frequentam a Creche e Jardim de Infância Tempo de Crescer. A iniciativa pretendeu consciencializar os pais para a importância de uma alimentação saudável ao mesmo tempo que disponibilizou informação nutricional e exemplos de refeições, lanches e pequenos snacks saudáveis. Os 25 participantes tiveram ainda oportunidade de tirar dúvidas sobre comportamentos, tais como a resistência a experimentar alimentos novos.
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Seis em cada 10 mulheres dizem não ter tempo para se manter saudáveis, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Ginecologia. A família, o trabalho e os imprevistos do dia a dia são os principais motivos que fazem com que a saúde feminina seja negligenciada. Na verdade, com o passar dos anos, o corpo fica mais vulnerável às doenças e infeções pelo que, por vezes, os diagnósticos acabam por chegar um pouco tarde e comprometer a saúde a longo prazo. A autovigilância da própria saúde, a identificação precoce de hábitos nocivos – físicos e psicológicos – e a adoção de hábitos saudáveis são por isso essenciais para garantir qualidade, em todas as fases da vida. Os bons hábitos alimentares – dieta equilibrada e variada -, assim como a prática de atividade física desde os primeiros anos de vida são fatores que permitem reduzir os fatores de risco para algumas patologias, como a Diabetes, o excesso de peso, o aumento do colesterol e contribuir para uma boa saúde mental.
com os fatores ambientais, genéticos ou por causas desconhecidas, por aumentar a predisposição para desenvolver algumas patologias como os fibromiomas, os pólipos, as infeções vaginais, entre outras. Por vezes assintomáticas, algumas destas patologias apenas se manifestam em fases muito avançadas: «O cancro do colo do útero evolui de forma silenciosa e só apresenta sintomas em estados avançados, numa fase em que a doença poderá não ser curável. Se for detetado precocemente, a cura é de 10 por cento», afirma o ginecologista-obstetra João Luís Silva Carvalho. O mesmo acontece com o cancro dos ovários, que «é igualmente silencioso, muitas vezes hereditário e tem uma elevada taxa de mortalidade, se não for detetado precocemente», explica a ginecologista-obstetra Lisa Ferreira Vicente.
APOSTAR NA PREVENÇÃO
Não é segredo que os exames preventivos permitem o diagnóstico precoce de doenças graves. Porém, o check-up anual ainda está um pouco esquecido da rotina das mulheres portuguesas. Na verdade, apesar de elas se preocuparem mais com a saúde do que os homens, acabam por procurar um médico apenas quando sentem algum incómodo. Talvez isto explique por que razão as doenças cardiovasculares atingem mais mulheres do que homens, e por que motivo elas estão mais predispostas a outros fatores de risco como a hipertensão, o colesterol ou a Diabetes. Para alterar este ciclo, Manuel Carrageta, cardiologista e presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), defende que as mulheres devem «adotar um estilo de vida saudável mais rigoroso, e informar o seu médico de família sempre que existir um histórico da doença na família, de forma a reforçar a vigilância dos fatores de risco – excesso de peso, hipertensão arterial e colesterol». E dá o exemplo: «No caso de ser hipertensa, a vigilância deverá ser feita de quatro em quatro meses», sublinha.
Mais vale prevenir, do que remediar. A velha máxima também se aplica nas questões da saúde no feminino. Desde cedo, a consulta ao ginecologista está recomendada. Em causa está saúde do corpo e a reprodutiva, pelo que a primeira consulta está indicada entre os 13 e os 15 anos, altura em que se inicia a menstruação. A toma de consciência sobre o seu corpo, é também o momento certo para contactar com informação sobre o planeamento familiar – sexualidade e métodos de contraceção. A saúde dos órgãos reprodutores é fulcral para a saúde total da mulher. Por isso, as consultas desta especialidade acabam por se tornar uma rotina nas suas vidas. Nestas consultas, normalmente, são realizados exames de rotina como, por exemplo, a citologia, uma colheita vaginal e uma ecografia pélvica, exames que permitem detetar a existência de células anormais (pré-cancerígenas) no colo do útero. A fisiologia do aparelho reprodutor feminino acaba, juntamente > 20
BATE, BATE CORAÇÃO!
EXAMES NO FEMININO A prevenção da saúde no feminino passa também pela vigilância médica. Em diferentes fases da vida estão indicadas medidas preventivas e alguns exames clínicos que ajudam a garantir o bem-estar físico. Conheça quais não pode falhar: Vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV): Inserida no Plano Nacional de Vacinação, a vacina é composta por 3 tomas e está indicada entre os 10 e os 25 anos. Visa a prevenção do HPV, infeção transmitida por via sexual, a qual, na maioria dos casos, é assintomática; Citologia ou Papanicolau: Deverá ser feito até um ano após o início da vida sexual, sendo depois recomendada a realização a cada três anos. Consiste na recolha de células para identificar eventuais infeções e é um método de diagnóstico do cancro do colo do útero; Autoexame da mama: Deverá ser realizado a partir dos 20 anos, mensalmente, no 3.º ou 5.º dia após a menstruação. Consiste na palpação da mama, para deteção de eventuais nódulos; Mamografia: Recomendado a partir dos 40 anos ou antes, em caso de existência de antecedentes familiares diretos (mãe ou irmã) de cancro da mama. A repetir a cada dois anos. A partir dos 50 anos deverá ser anual; Ecografia mamária: Geralmente, é indicado como exame de primeira linha para mulheres jovens ou mulheres grávidas, ou como complemento da mamografia em mamas de elevada densidade. Permite identificar eventuais alterações no tecido mamário, nomeadamente nódulos ou quistos. Realizar a cada dois anos;
Testes de perfil hormonal: Aconselhado aos primeiros sinais de menopausa, estes testes informam sobre os níveis de produção de hormonas. Desta forma, é possível antecipar a evolução do ciclo de fertilidade e prevenir os efeitos associados à menopausa. Realizar na faixa etária dos 50 anos; Estudos de densidade óssea: Recomendados quando a mulher entra na menopausa, uma vez que o fim da produção de estrogénios desencadeia uma perda abrupta de massa óssea, deixando os ossos fragilizados. Após os 65 anos, repetir a cada dois anos; Colonoscopia: Permite diagnosticar precocemente o cancro do cólon e deverá ser efetuada aos 50 anos e repetida a cada 5 anos, caso não seja detetada nenhuma alteração.
Para além da hipertensão, existem outros fatores de risco a ter em conta como o sedentarismo, o tabagismo, a Diabetes e a obesidade. Para todos eles, a adoção de um estilo de vida mais saudável e o reforçar da atividade física acabam por ter um papel importante enquanto medida de prevenção das doenças cardiovasculares. MAIS VULNERÁVEIS A DEPRESSÕES Um estudo da Direção-Geral de Saúde, de 2014, denominado “PORTUGAL – Saúde Mental em Números” revela que as mulheres sofrem uma maior incidência de doenças emocionais e psicológicas do que os homens. As oscilações hormonais e as pressões sociais explicam, em parte, porque estão mais predispostas a sofrer de ansiedade e de depressão. Não existem dados concretos em relação à sua frequência em Portugal, mas as estimativas referem valores de 2 a 3% para os homens e de 5 a 9% para as mulheres para as formas mais graves de depressão e valores superiores a 20% para formas mais ligeiras da doença. Por isso, é importante estar atenta aos sinais – perda de interesse e prazer nas atividades diárias, perturbação do sono e do desejo sexual, sentimentos de culpa e de autodesvalorização. É que uma depressão detetada a tempo é um passo fundamental para ser feliz e aproveitar a vida!
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COVID-19: INFORMADOS E PROTEGIDOS! Seguir as medidas de prevenção e estar atento aos sinais e sintomas da COVID-19 são a chave para contrariar a propagação do vírus. E agora, que cuidados devemos ter? O ano de 2020 ficará para a História, como o ano da pandemia da COVID-19. Esta designação - COVID-19 - é o nome atribuído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV2. Os coronavírus são uma família de vírus que se manifestam sob a forma de infeção respiratória, semelhantes à gripe que, em casos mais graves, evoluem para uma pneumonia. Em 2002 e 2012 foram identificados os primeiros surtos de coronavírus, com origem na China e na Arábia Saudita,
que se manifestaram através da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV) e da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV), respetivamente. O novo coronavírus, denominado SARS-CoV2, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 também na China, na cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido identificado em humanos, sendo a sua fonte de infeção ainda desconhecida.
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após o regresso de alguma das áreas afetadas ou do contacto próximo com um doente infetado. A existência de um período de incubação tão variável, acaba por explicar a importância do período de quarentena, ou seja, promover o afastamento social e restringir a deslocação de pessoas que possam ter estado em contacto com alguém infetado. A implementação da quarentena durante este surto acaba por ser crucial, já que protege a população por via da quebra da cadeia de transmissão da doença entre pessoas. SE VIAJAR, PROTEJA-SE! Devido ao ainda elevado risco de infeção, evite viajar para locais com áreas de transmissão ativas. Antes da viagem, consulte as recomendações atuais, informe-se sobre a situação do país de destino e da existência de epidemias ativas, nomeadamente a da COVID-19, para tomar as respetivas precauções. Algumas recomendações como a lavagem frequente das mãos e as medidas de etiqueta respiratória, devem continuar a ser adotadas mesmo em viagem! Antes de viajar, sobretudo, para zonas com doenças endémicas ou com condições sanitárias precárias, procure aconselhamento através da Consulta de Aconselhamento ao Viajante. Fale com o seu Farmacêutico Holon e conheça as medidas preventivas que deverá adotar, antes e depois da viagem.
COMO PROTEGER-ME?
TODO O CUIDADO É POUCO! O que se conhece são os meios de transmissão: O contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus ou através de superfícies e objetos contaminados. A contaminação ocorre através de gotículas libertadas pelo nariz ou pela boca de uma pessoa infetada, quando tosse ou espirra. Uma das dificuldades de travar o vírus relaciona-se com o período de incubação, ou seja, o tempo desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas, que varia de 2 a 14 dias. De acordo com a OMS, os principais sintomas da infeção por SARS-CoV2 são febre, tosse seca e dificuldades respiratórias. Mas apresentar algum sintoma não é sinónimo de estar infetado. É importante realizar um primeiro rastreio médico, principalmente
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• Lavar as mãos, regularmente, com água e sabão durante, pelo menos, 20 segundos (o tempo que demora a cantar os “Parabéns”) ou utilizar uma solução base alcoólica com, pelo menos, 70% de álcool; • Evitar contacto próximo com pessoas, em especial com quem tem sintomas de problemas respiratórios; • Evitar tocar na boca, nos olhos ou na cara sem que antes tenha lavado ou desinfetado as mãos; Evitar deslocações desnecessárias; • Sempre que possível, ficar em casa.
> BEBÉ & MAMÃ HOLON
RECÉM-NASCIDO
BEBÉ COM FEBRE! E AGORA? O aumento da temperatura corporal é sempre um motivo de apreensão para os pais e um dos principais sintomas que levam as crianças às urgências. Mas nem sempre é sinónimo de doença. Saiba como agir e quando deverá levar o seu bebé ao médico. A febre nas crianças é um problema de saúde muito comum. No entanto, apesar de ser um motivo de preocupação e ansiedade para os pais, na maioria das vezes não representa um risco para a saúde. Ainda assim é um sinal de alerta a que se deve estar atento, sobretudo nos bebés. Como explica o médico pediatra Hugo Faria, a febre «é um aumento da temperatura corporal em relação à temperatura basal e corresponde a uma resposta do organismo a um processo inflamatório (uma inflamação sistémica de qualquer causa)». No caso do bebé recém-nascido, a causa mais frequente são as infeções. Geralmente, são causadas «por uma bactéria ou um vírus, e a gravidade subjacente tem grande variedade - desde simples infeção viral autolimitada até a uma infeção bacteriana grave”, esclarece
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o médico do Hospital CUF Descobertas. O problema é que, quando se trata de um recém-nascido, o sistema imunitário é ainda imaturo e está particularmente vulnerável a agentes infeciosos, motivo pelo qual Hugo Faria diz que «a febre é sempre um sinal de alarme e deverá motivar uma avaliação médica». SINAIS DE ALERTA É aqui que começa a fórmula para o stress e angústia dos pais: bebé recém-nascido - pior, se for o primeiro filho - e temperatura alta. O que poderá ser, então, considerada temperatura elevada? Hugo Faria assume que esta definição «não é simples, uma vez que depende do método de avaliação. Porém, considera-se, habi-
to físico significativo ao bebé, o pediatra afirma que esta «poderá ser tratada com paracetamol - seguindo as dosagens indicadas -, salvo indicação médica em contrário». Contudo, se a criança estiver confortável e não existirem outros fatores de risco, não é obrigatório administrar antipiréticos quando a temperatura alcançar os 38ºC ou 38,5ºC. AS TEMIDAS CONVULSÕES
tualmente, febre no recém-nascido, quando a temperatura retal é superior a 38ºC». Em caso de dúvidas sobre a melhor forma para medir a temperatura do bebé e, apesar de os aparelhos que fazem a medição no ouvido serem adequados, o pediatra esclarece: «No recémnascido deverá ser avaliada temperatura retal com termómetro digital». Mais do que nunca, é importante usar um instrumento de medição fiável, sempre o mesmo, e fazer a medicação de forma correta em intervalos regulares: 3 a 4 vezes por dia e a cada 3 ou 4 horas durante a noite. Entre os sintomas de febre que o recém-nascido poderá manifestar destaca-se a prostração ou irritabilidade, gemido, recusa alimentar, extremidades frias e tronco quente, bem como a pele marmoreada. O QUE FAZER? Nestes momentos, nada melhor do que manter a calma. Embora «qualquer bebé recém-nascido com febre deva ser avaliado pelo médico, com urgência», uma vez que «há um risco acrescido de se tratar de uma infeção grave», Hugo Faria explica que, quando o bebé tem febre, os pais devem «despi-lo, colocá-lo num local fresco da casa e evitar agasalhá-lo, pois isso aumentará a temperatura corporal ainda mais». Se, ainda assim, a febre não ceder, «podem aplicar-se compressas molhadas com água tépida no tronco». Em caso algum se deverá recorrer ao banho frio, pois diminuir a temperatura da pele engana os recetores de temperatura do corpo e poderá gerar um aumento da temperatura corporal - exatamente o contrário do pretendido nesta situação. Nos casos de febre alta ou de temperatura que cause desconfor-
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Quando se fala de febre, é inevitável não pensar nas temidas convulsões febris, que muitas pessoas associam a temperaturas mais elevadas. José Manuel Aparício, pediatra do Hospital Lusíadas Porto, revela que a maior parte das convulsões surge na chamada «subida térmica». Ou seja, «o início do pico febril - entre os 38 e os 39ºC - em que o organismo está ainda a começar a elevar a sua temperatura para combater a infeção». Conforme sublinha, «só em alguns casos as temperaturas febris elevadas poderão traduzir em situações clínicas de maior gravidade, como infeções no sangue, pulmão, rim ou do sistema nervoso central». Estas situações não são por norma comuns, segundo o pediatra, e quando surgem costumam ocorrer em quadros de crianças «geneticamente suscetíveis ou com patologia de base».
QUANDO IR AO HOSPITAL? Ainda que os pais possam ligar para a Linha Saúde 24 para esclarecer dúvidas, um bebé recém-nascido, que tenha febre, deverá ser sempre observado em regime de urgência/ atendimento permanente. Leve o seu filho ao hospital se este tiver: • Idade inferior a 3 meses e a temperatura retal for superior a 39°C; • Choro fraco sob a forma de gemido ou se for muito agudo e persistente, apresentando, além disso, a pele pálida ou arroxeada e grande prostração; • Sonolência excessiva ou vómitos abundantes; • Dificuldade em respirar; • Convulsão causada pela febre; • A febre persistir mais de 48 horas, sem sintomas associados que apontem para a causa.
ANABELA CRUZ Podologista RUTE TOITO Podologista
> PODOLOGIA HOLON
PREPARAR OS PÉS PARA AS CAMINHADAS Antes de iniciar uma caminhada, qualquer que ela seja, saiba como proteger os seus pés e evitar bolhas e lesões desconfortáveis. Aprenda a manter os seus pés saudáveis. Pôs os pés a caminho! Antes de iniciar uma jornada a pé tenha em atenção o essencial: o calçado, as meias, a hidratação e o descanso. Mas não só. Há outros cuidados a adotar de forma a manter os seus pés saudáveis e livres de lesões.
hidratação do pé também é importante. Aplique um creme hidratante nas zonas com maior tendência para criar bolhas e que mais sofrem com o impacto da deslocação. DURANTE E DEPOIS DA CAMINHADA
ANTES DA CAMINHADA A escolha do calçado é fundamental! Opte pelo que melhor se adapta aos seus pés, tendo em consideração que este deverá ser leve e resistente. É importante que seja impermeável, para impedir a entrada de água, mas transpirável, permitindo que a transpiração seja eliminada. Durante a caminhada, os nossos pés sofrem muitas mudanças, principalmente devido aos diferentes tipos de terreno. O calçado deverá permitir que os pés se adaptem ao longo do percurso. A > 30
Ao longo do percurso, caso sinta necessidade, faça pequenas paragens para recuperar energia. Idealmente, leve vários pares de meias e troque-as sempre que as sinta húmidas. Uma vez terminada a caminhada, tome um banho quente, lave e seque bem os pés, sobretudo nos espaços entre os dedos. Se apresentar dores em algum local, massaje com gelo. Coloque o calçado utilizado a arejar ao ar livre. Antes de se deitar, aplique um creme hidratante em todo o pé, à exceção dos espaços entre os dedos. Boas caminhadas!
MAFALDA LOPES Enfermeira
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GRAVIDEZ COM A DIABETES Um dos maiores receios de uma grávida é desenvolver Diabetes Gestacional. Em caso de diagnóstico positivo é essencial mudar alguns comportamentos para garantir que tudo corre bem. Durante a gravidez, a mulher sofre muitas alterações no seu corpo, entre elas o aumento da produção de hormonas que pode originar alterações na glicemia (nível de açúcar no sangue). A Diabetes Gestacional surge quando as hormonas, geradas durante a gravidez, comprometem a ação da insulina, que transporta o açúcar para os tecidos, repartindo-os entre a mãe e o feto, conduzindo ao aumento dos níveis de açúcar no sangue (hiperglicemia). Se a mãe apresentar alguns fatores de risco, como excesso de peso, sedentarismo e consumo excessivo de açúcar, a probabilidade de um diagnóstico positivo aumenta. O aparecimento da Diabetes Gestacional aumenta os riscos para a saúde do bebé: no momento do parto e depois no pós parto, com o risco de os níveis de açúcar no sangue do bebé poderem diminuir muito depressa. Estes bebés estão também mais propensos a ter excesso de peso (macrossomia) e a desenvolver Diabetes tipo 2. O mesmo se passa com as mães, que ficam mais
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predispostas a desenvolver a patologia. CONTROLAR OS VALORES O diagnóstico da Diabetes Gestacional é feito através de exames específicos ao sangue: medição da glicemia em jejum, logo na primeira consulta de vigilância pré-natal, e realização de uma Prova de Tolerância à Glicose Oral (PTGO). A confirmação do diagnóstico implica a adoção de um estilo de vida mais saudável – alterar a alimentação e ajustar a atividade física -, assim como a monitorização regular dos seus valores de glicemia através de testes de autocontrolo, com a supervisão da sua enfermeira e do seu médico. Se os valores de glicemia não normalizarem, poderá ser necessário tomar medicação. Em caso de dúvida, o Enfermeiro Holon está sempre disponível para a acompanhar!
> PREVENÇÃO SAÚDE
CONSULTA DO VIAJANTE
O QUE COMER EM VIAGEM? Planear uma viagem implica escolher o destino e o que visitar. Mas também informar-se sobre os cuidados de saúde a ter, para evitar imprevistos que comprometam as férias. Durante meses sonhamos com as férias, com a vontade de sair da rotina em busca de destinos longínquos ou, mesmo que próximos, que permitam descansar. Entre tantos detalhes a preparar há um que não pode faltar: conhecer a alimentação. Diogo Medina, médico de Saúde do Viajante, partilha uma dica simples que poderá fazer a diferença na altura de escolher o que comer: «basta fixar a frase ‘descascar, desembalar, aquecer ou esquecer’». A explicação para cada um destes verbos é simples: «Descascar» porque «devemos preferir as frutas e os vegetais descascados e lavados por nós e evitar os buffets de fruta e as saladas que se ingerem, em geral, fora de casa». Depois o «desembalar», acaba por
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ser uma boa alternativa, uma vez que «os alimentos embalados, desde que dentro do prazo de validade e mantidos em boas condições de conservação são, genericamente, seguros». Neste contexto, Diogo Medina explica, por exemplo, que é mais seguro optar pelos gelados de preparação industrial embalados, em detrimento dos gelados de bola servidos em cone. Da mesma forma, é mais seguro consumir leite embalado do que leite não pasteurizado ou até mesmo «evitar molhos que não estejam embalados», indica. Já no que concerne ao «Aquecer», o perito em Saúde do Viajante diz que se «deve dar preferência aos alimentos bem cozinhados, que tenham sido servidos quentes». Há ainda que evitar «car-
nes mal passadas, peixes crus ou alimentos que estão expostos em buffets ou em mercados, os quais não sabemos como ou há quanto tempo foram confecionados». Por fim, no caso do verbo «Esquecer» a situação é mais simples: «se os alimentos não cumprirem estas três simples regras (descascar, desembalar ou aquecer), então são para esquecer!». ÁGUA ENGARRAFADA É A MAIS SEGURA Uma das principais preocupações de muitos viajantes está relacionada com a água que se pode consumir. É seguro ou não beber água que não esteja engarrafada? Em vários locais do mundo - particularmente no continente africano e em alguns países da Ásia e da América do Sul -, a água da torneira não é segura para beber, mesmo quando é filtrada. Porquê? «Ao consumirmos água contaminada, corremos o risco de contrair doenças transmitidas por bactérias, vírus e parasitas. Por isso, nestes locais, reserve a água da torneira, mesmo se for filtrada, apenas para a higiene pessoal, a limpeza da casa e para cozinhar», explica Diogo Medina. Assim, a recomendação vai para se beber e lavar a fruta e os vegetais sempre com água engarrafada e devidamente selada. Se estiver fora de casa, não se esqueça: evite beber bebidas com gelo, uma vez que não sabe com que água este foi feito. Caso não haja água engarrafada ou a possibilidade de tratar a da torneira, tenha em atenção que «os filtros apenas eliminam as bactérias e os parasitas, mas não alguns vírus», alerta. Nestes casos, o perito em Saúde do Viajante deixa instruções para tratar a água com segurança: «É necessário colocá-la a ferver e mantê-la em ebulição durante 1 minuto ou, em alternativa, deitar 2 gotas de lixívia pura por cada litro de água a tratar, misturar bem e deixar repousar durante 30 minutos». PERIGOS ESCONDIDOS Os cuidados com a alimentação em viagem são iguais para todas as pessoas, mas, em alguns casos, podem ser especiais ou acrescidos. «No caso de viajantes muito jovens, cuja alimentação depende dos pais, é importante que estes se assegurem que controlam os alimentos e bebidas dadas aos mais pequenos», salienta Diogo Medina. Isso poderá passar, por exemplo, por utilizar exclusivamente água engarrafada na preparação dos alimentos dos bebés e crianças mais pequenas. E embora muitos acreditem que os riscos são maiores nos países das regiões tropicais, não se deve negligenciar os cuidados nos países fora dessa faixa do globo, como é o caso do Nepal ou
da Mongólia, ou de países centro-asiáticos. Por essa razão, até prova em contrário, «fora de Portugal, particularmente em viagens inferiores a um mês, é boa ideia não beber água da torneira e ter os cuidados mencionados com a alimentação», adverte o perito em Saúde do Viajante. Se permanecer no destino por mais do que 30 dias, Diogo Medina recomenda que se informe junto das autoridades locais sobre a qualidade da água da rede pública, pois certamente terá influência na qualidade da alimentação disponível no país que vai visitar. Um outro aliado a não esquecer e que ajuda a prevenir as infeções é a vacinação. Antes de viajar, não esqueça, marque uma Consulta do Viajante e informe-se sobre a recomendação de vacinação no destino que escolheu. Consulte ainda a página da internet www.consultadoviajante.com ou fale com o seu Farmacêutico Holon. *O artigo foi redigido antes da declaração do Estado de Emergência, que proíbe as viagens
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CARLA CAMPOS CORREIA Nutricionista VÂNIA SOARES Nutricionista
> NUTRIÇÃO HOLON
COMER BEM, TREINAR AINDA MELHOR A prática de exercício físico é uma peça fundamental de um estilo de vida saudável. O que consome é determinante nos resultados do seu desempenho desportivo e na sua qualidade de vida. Quando praticamos uma atividade desportiva, a ferramenta de trabalho é o nosso próprio corpo e o desempenho desportivo é influenciado pelo nosso estado nutricional. Uma alimentação equilibrada, diversificada e adaptada aos nossos objetivos torna-se fundamental, em todas as faixas etárias, para satisfazer as necessidades nutricionais de quem pratica exercício físico. Conheça as mais-valias dos nutrientes, para retirar os máximos benefícios: HIDRATOS DE CARBONO: A NOSSA PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA Os hidratos de carbono são a principal fonte de energia do > 36
organismo e a glicose é a molécula que resulta da sua digestão. É graças a ela que o nosso corpo obtém a energia de que necessita. A glicose encontra-se em circulação no sangue ou armazenada sob a forma de glicogénio nos músculos e no fígado, constituindo uma reserva energética de rápida utilização. Num desportista é essencial garantir que estas reservas estão disponíveis durante a prática do exercício para otimizar o seu desempenho e assegurar uma maior resistência à intensidade do treino. Os hidratos de carbono dividem-se em dois grupos - simples e complexos - sendo que a quantidade a consumir depende da intensidade e da duração da atividade física. Os hidratos de carbono simples são moléculas de pequenas dimensões e de
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ALIMENTAÇÃO ANTES E APÓS O TREINO Antes de iniciar o treino, lembre-se que o que ingerir tem por objetivo melhorar o seu desempenho, fornecer-lhe energia e manter o seu estado de hidratação. Estas refeições devem ser pobres em gorduras e fibras, para facilitar a digestão, ricas em hidratos de carbono complexos e moderadas em proteínas. Não experimente alimentos novos e estranhos, para evitar uma resposta digestiva durante o exercício. Ingerir bebidas com sais e açúcares só se justifica em exercícios de longa duração e elevada intensidade. A refeição antes do treino deverá ser adaptada à sua tolerância individual e ocorrer, pelo menos, uma hora antes da prática de exercício físico. O consumo de hidratos de carbono complexos, como o arroz e as massas, e de proteínas de alto valor biológico, como a carne e o peixe, são essenciais após o exercício para repor as reservas de glicogénio e recuperar o dano muscular. As gorduras polinsaturadas presentes nos frutos gordos, como as nozes, as amêndoas, os cajus ou as avelãs, e nos peixes gordos, como o salmão, o atum, a sardinha, ou a cavala, podem ser benéficas para a recuperação muscular e prevenção de lesões.
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absorção rápida que constituem uma fonte de energia rapidamente disponível. Por essa razão, para os desportistas, sobretudo em treinos superiores a 1h30m, ingerir uma pequena dose de frutas secas, passas de uva e figos, é uma boa opção para repor energia em qualquer momento do treino. No caso dos hidratos de carbono complexos, o seu papel é o de garantir a energia de forma prolongada. Devido às suas dimensões, exigem um maior trabalho digestivo, o que torna a sua degradação um processo demorado. Assim, o arroz, o pão, a massa, a batata e as leguminosas, como o feijão, o grão e ervilhas, devem ser privilegiados em todas as suas refeições. Contudo, evite consumilos na hora que antecede os seus treinos ou, até mesmo, durante o treino. PROTEÍNA: O NUTRIENTE REPARADOR DO MÚSCULO As proteínas têm como função garantir o bom funcionamento de todo o organismo. Estas moléculas, compostas por aminoácidos, garantem o crescimento e manutenção dos tecidos, auxiliam na recuperação do tecido muscular, fornecem rigidez aos órgãos e tecidos, entre outras funções essenciais. Apesar de existirem cerca de 20 aminoácidos, alguns só conseguimos obter por via dos alimentos: os aminoácidos essenciais. Assim, encontramos proteínas de alto valor biológico, que
contêm todos os aminoácidos essenciais, em alimentos por norma de origem animal (a carne, o peixe, os ovos e o leite). Já os alimentos de origem vegetal (o feijão, a soja ou o grão) são considerados de baixo valor biológico. Adicione estes alimentos nas suas refeições, ao longo de todo o dia. A idade, o género, o tipo, a intensidade e a regularidade do treino influenciam as nossas necessidades nutricionais, pelo que a ajuda de um Nutricionista é fundamental. O aconselhamento personalizado poderá ajudá-lo a adequar a sua alimentação às suas necessidades, nomeadamente a recomendação, ou não, de suplementos alimentares, como a proteína whey, um derivado do leite. GORDURAS: A CAMADA PROTETORA A recomendação diária para o consumo de gorduras é igual para os desportistas e para a população em geral. As gorduras são armazenadas no nosso organismo e utilizadas para manter a temperatura corporal e proteger-nos contra agressões externas. Quando ingeridas em excesso, estas ficam armazenadas no tecido adiposo e nos vasos sanguíneos, provocando um aumento de gordura corporal e problemas cardiovasculares. É o caso dos ácidos gordos saturados que devem ser evitados (produtos de charcutaria, como chouriço e farinheira, e produtos processados, como batatas fritas). Nem todas as gorduras são “vilãs” da nossa alimentação. As gorduras polinsaturadas, nomeadamente os ómegas 3 e 6, são importantes para a prevenção de problemas cardiovasculares, participam na estrutura das nossas células e têm caraterísticas anti-inflamatórias. Como não são sintetizadas pelo nosso organismo, devem ser obtidas por via dos alimentos. Naturalmente, consumimos produtos ricos em ómega 6 (carne e ovos), mas é também importante valorizar e reforçar o consumo de ómega 3, presente em peixes gordos (salmão, sardinha e atum), frutos gordos (nozes, amêndoas, cajus e avelãs) e sementes (linhaça, girassol, chia e sésamo). MICRONUTRIENTES: VITAMINAS E MINERAIS MULTIFUNÇÕES Estes micronutrientes assumem funções importantes no transporte do oxigénio, na saúde óssea, no sistema imunitário e na recuperação muscular, pelo que a sua ingestão deverá ser diária
e frequente. Assim, temos as vitaminas do complexo B e o ferro, por exemplo, presentes em alimentos de origem animal e cereais; o ácido fólico, disponível em vegetais de folha verde escura; antioxidantes, como a vitamina C e o selénio, presentes nas frutas e vegetais; e o cálcio e vitamina D, presentes nos laticínios.
A TOMA DE SUPLEMENTOS É SEMPRE NECESSÁRIA? Existem muitos suplementos alimentares disponíveis no mercado, mas poucos têm a sua eficácia comprovada. Os suplementos devem ser adequados aos objetivos do atleta, salvaguardando não só o rendimento, mas também a sua saúde. Dos suplementos existentes no mercado, os agentes alcalinizantes (bicarbonato de sódio), a β-alanina, a cafeína, a creatina, a proteína, os nitratos e os alimentos desportivos (bebidas, géis, barras) apresentam efeitos positivos no rendimento e na performance, consoante o desporto e as necessidades do atleta. Atualmente, existem inúmeros suplementos no mercado, de diversas marcas e com um grande número de formulações diferentes. A análise do rótulo e da informação nutricional reveste-se de extrema importância. Em caso de necessidade, a escolha do suplemento alimentar deverá ser realizada em conjunto com o seu nutricionista. O uso de suplementos alimentares não substitui uma alimentação completa, variada e equilibrada, sendo que a sua utilização não deve ser encorajada em crianças e jovens.
HIDRATAÇÃO: A CHAVE PARA A RECUPERAÇÃO É essencial que o atleta se mantenha hidratado antes, durante e após o exercício. Contudo, as necessidades de hidratação variam consoante a composição corporal do atleta, o clima, a perda de água pela transpiração e a intensidade do exercício. Por isso, é importante estar atento aos sinais. Por exemplo, a sensação de sede já é um sinal de desidratação! Monitorize o seu estado de hidratação através de outros métodos, como a cor da urina e o peso perdido durante o exercício. Conte sempre com o apoio do seu Nutricionista Holon para um aconselhamento especializado e personalizado!
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> RECEITA SAUDÁVEL
INGREDIENTES (4 panquecas) 1 CHÁVENA DE CAFÉ DE FLOCOS DE AVEIA 1 BANANA MADURA 2 OVOS CANELA Q.B.
Informação Nutricional por uma panqueca: Calorias (kcal) 86,2 | Lípidos (g) 2,7 | Hidratos de Carbono (g) 11,5 | Açúcares (g) 3,9 | Proteína (g) 1,6 | Fibra (g) 1,3
SNACK PÓS-TREINO: PANQUECAS DE AVEIA E BANANA Modo de preparação: Coloque num recipiente a aveia, a banana cortada em rodelas e os ovos. Triture tudo com uma varinha mágica até homogeneizar. Junte canela em pó, a gosto, à mistura. Numa frigideira em lume brando, adicione 3 colheres de sopa da mistura de cada vez e vire a panqueca até ficar cozinhada. Dica: Se não tiver uma frigideira antiaderente, adicione azeite em pouca quantidade e espalhe-o utilizando papel absorvente, removendo assim o excesso de gordura adicionada.
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AVEIA A aveia é o cereal preferido por excelência dos adeptos de um estilo de vida mais saudável e que praticam exercício físico de forma regular. Rica em fibras alimentares solúveis, e com algum teor de proteína, é um cereal de absorção lenta com ação reguladora do trânsito intestinal. Os βglucanos são as fibras solúveis mais presentes neste alimento e o seu maior composto ativo. Estes apresentam um efeito regulador dos níveis de colesterol e de glicemia.
> VIVA MAIS
CAMINHADA
TODOS OS PASSOS FAZEM-LHE BEM Faça frio ou calor, uma caminhada é sempre uma boa aposta. Além de não requerer grande preparação física, é uma atividade que aporta benefícios da cabeça aos pés. Preparado para calçar uns ténis confortáveis e juntar alguma disposição? Ótimo! Parece estar pronto para a marcha. Não é segredo para ninguém que caminhar regularmente faz bem à cabeça e ao corpo. Sem restrições de idade, na verdade, é o exercício mais natural que existe. Para além de não requerer grande preparação física, tem custos baixos e aporta benefícios a todas as pessoas. Outra vantagem é o facto de poder ser realizada em qualquer espaço – num jardim, num passeio – o que garante uma maior disponibilidade para a sua prática. Pedro Asseiceira, (PT) e formador na EXS Exercise School, não tem dúvida de que a caminhada é o exercício físico mais indica-
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do para quem quer manter-se ativo, enquanto, sem se dar conta, combate o sedentarismo, fomenta o contacto com a natureza e melhora o humor. Mas há mais vantagens! Uma caminhada diária, no mínimo de 30 minutos, previne o desenvolvimento de inúmeras doenças e promove a saúde mental. MAIS PASSOS, MENOS DOENÇAS «São inúmeros os estudos que atestam a redução dos sintomas de stress, depressão, ansiedade e doença mental», ressalva. Mesmo para as pessoas com doenças crónicas, a caminhada é uma
das atividades recomendadas: «Do ponto de vista cardiovascular, existem evidências que falam da prevenção de cardiopatias e melhoria das funções cardiovasculares. Ou seja, uma simples caminhada promove o controlo do colesterol e a diminuição de triglicéridos no sangue, enquanto potencia a diminuição da pressão arterial, fortalece os músculos e as articulações. O mesmo se aplica quando se tem Diabetes e osteoporose, entre outras patologias», atesta Pedro Asseiceira. As recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselham os adultos, entre os 18 e os 64 anos, a duas horas de atividade física de intensidade moderada por semana ou 75 minutos de atividade física vigorosa ou a combinação das duas. Em relação às crianças, as recomendações apontam para um mínimo de uma hora de atividade física. «Estes dados são tidos como o tempo mínimo para que a atividade física tenha benefícios nos vários parâmetros de saúde», explica. Contudo, se pretender «ganhos a nível de composição corporal, recomenda-se que a caminhada seja complementada com treino de força, orientada por um profissional devidamente qualificado, assim como um acompanhamento nutricional com um nutricionista». ANTES DE COMEÇAR, PREPARE-SE! Para tirar os máximos benefícios desta atividade, Pedro Assei-
ceira lembra que há cuidados a ter antes, durante e depois da caminhada. A primeira medida passa por uma avaliação médica prévia para perceber até onde poderá ir o esforço no desempenho da atividade física escolhida. «As recomendações variam em função da pessoa. Por exemplo, as mais idosas, as que sofrem de patologia cardiovascular ou lesão articular requerem mais cuidados prévios à prática da caminhada», salienta. Aptos para começar, o personal trainer ressalva a importância da utilização do equipamento adequado, nomeadamente o uso do uso de calçado confortável, para evitar lesões nos pés. Antes de iniciar a caminhada, as regras são iguais para todos: «Preparar o corpo, com alguns exercícios estáticos e dinâmicos, de alongamento, para preparar os músculos». Durante a caminhada, é importante estar atento aos sinais de fadiga, à desidratação, aos batimentos cardíacos e a alguma dor nas articulações. Se se sentir demasiado cansado, abrande o ritmo. No final da caminhada, as recomendações são semelhantes às do início: pequenos exercícios de alongamento para ajudar a recuperação dos músculos. Inclua as caminhadas na sua rotina diária ou faça um plano semanal, que o motive a cumprir o plano. Se possível junte alguns amigos, vai ver que custará menos e fará melhor. Lembre-se: Ao caminhar, a passada não deverá ser intensa ou que cause dor, mas não tão leve que não estimule a respiração. A intensidade ideal é aquela que permite manter uma conversa sem falta de ar e sem desconfortos.
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Sara Patrício Farmacêutica
> DERMOFARMÁCIA HOLON
A SUA PELE DÁ SINAIS Quando detetado e tratado precocemente, o cancro cutâneo tem uma elevada taxa de recuperação. Aprenda a fazer um autoexame regular e esteja atento aos sinais suspeitos. Embora todas as queimaduras solares possam aumentar o risco de desenvolver cancro cutâneo, não são apenas os dias na praia ou na piscina que constituem um risco. Atividades diárias que envolvem uma exposição solar repetida como conduzir, fazer caminhadas ou trabalhar ao ar livre também provocam danos na pele que podem conduzir ao envelhecimento precoce, manchas e cancro cutâneo.
todo ABCDE! Este método, desenvolvido por dermatologistas, ajuda-o a distinguir os sinais saudáveis de sinais atípicos que podem ser suspeitos de cancro de pele, tendo em conta cinco critérios: A - Assimetria. Ao dividir o sinal ao meio, poderá encontrar dois lados idênticos, ou simétricos, ou as metades do sinal podem não coincidir. A maioria dos melanomas são assimétricos.
QUEM SÃO OS GRUPOS DE RISCO? B - Bordo. Vigie os sinais que têm bordos irregulares e recortados. Deverá estar particularmente atento se tem: • Pele ou olhos claros; • Muitos sinais atípicos e/ou mais de 50 sinais; • História pessoal ou familiar de cancro de pele; • Fotossensibilidade solar e/ou dificuldade em se bronzear; • Queimaduras solares frequentes; • Elevada exposição solar durante todo o ano; • Mais de 50 anos. Os sinais ou nevos melanocíticos podem apresentar várias cores e aparecer em qualquer zona da pele. Alguns, nomeadamente os nevos atípicos, têm características irregulares e uma evolução imprevisível, pelo que as pessoas com estes sinais apresentam um risco acrescido de desenvolver cancro cutâneo. COMO IDENTIFICAR SINAIS ATÍPICOS? O primeiro passo para prevenir e detetar precocemente o cancro cutâneo poderá ser feito em casa. Basta colocar em prática o Mé-
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C - Cores. Várias cores ou tonalidades diferentes são um sinal de aviso! Deverá estar atento a qualquer sinal que, independentemente do tamanho, seja mais escuro do que outros. D - Diâmetro. Fique atento a sinais com diâmetro igual ou superior a 5 milímetros. E - Evolução. Qualquer alteração no tamanho, na forma, na cor ou na textura de um sinal, bem como qualquer sintoma como sangramento, descamação, dor ou comichão, constitui um sinal de alerta, devendo, por isso, consultar o dermatologista. Quando detetado e tratado precocemente, o cancro cutâneo tem uma elevada taxa de recuperação. Para além da realização do autoexame regular, evite a exposição desnecessária à radiação UV e aplique diariamente protetor solar. Estas medidas permitem reduzir o risco de desenvolvimento de danos cutâneos e da maioria dos cancros de pele.
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> ENTREVISTA ESPECIAL
Fotografia: Rita Carmo
CAROLINA LOUREIRO «A NAZARÉ FOI, SEM DÚVIDA, UM DOS GRANDES DESAFIOS DA MINHA VIDA. SENÃO MESMO O MAIOR». Aos 27 anos, a atriz vive o maior desafio da sua carreira como protagonista da novela da noite da SIC, “Nazaré”. Aventureira e lutadora por natureza, é no ioga e na meditação que Carolina Loureiro busca o equilíbrio e a harmonia de que necessita para o seu dia a dia. H – COM APENAS 17 ANOS VEIO PARA LISBOA PARA LUTAR PELO SONHO DE SER ATRIZ. COMO NASCEU O GOSTO PELA REPRESENTAÇÃO? CAROLINA LOUREIRO – O gosto nasceu desde pequenina. Sempre quis ser atriz desde que me lembro. À medida que fui crescendo esse sonho manteve-se. Quando me senti prepara-
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da, decidi rumar a Lisboa e tentar a minha sorte. H – EM 2019 ESTREOU-SE COMO PROTAGONISTA EM “NAZARÉ”, A NOVELA DA SIC. COMO TEM VIVIDO ESTE DESAFIO? CL – Foi um grande desafio. Sinto-me muito agradecida à SIC
e em especial ao Daniel Oliveira pela oportunidade que me deram. Foram 6 meses de intensas gravações, mas que valeram muito a pena. Aprendi muito. Foi um privilégio trabalhar com toda aquela equipa. O José Mata. O Afonso Pimentel. O núcleo mais experiente, no qual se encontrava, por exemplo, o Ruy de Carvalho. Foi inesquecível. H – A CAROLINA É PARECIDA COM A NAZARÉ? TÊM CARACTERÍSTICAS EM COMUM? CL – Sim. Acho que em termos de força, garra e determinação somos muito parecidas. A Nazaré faz mais asneiras do que eu [risos]. Mas o amor que temos pela família e a vontade de fazermos tudo pelas pessoas que mais gostamos, esses são iguais.
vou começar a gravar a segunda temporada da novela em breve. O resto virá com o tempo. Mas quero continuar pela representação. H – DO QUE PRECISA PARA SER FELIZ? CL – Preciso da minha rotina. Dos meus amigos e da minha família. Dos meus gatos. Do meu pôr do sol. Do meu ioga. De saúde e do meu trabalho.
H – TRABALHAR EM TELEVISÃO E CONCILIAR UMA ROTINA DE VIDA SAUDÁVEL COM AS GRAVAÇÕES PODE NÃO SER FÁCIL. SEGUE ALGUM TIPO DE REGRAS QUANTO À SUA ALIMENTAÇÃO E IMAGEM? CL – Os meses de gravações foram bastante intensos, como já referi, o que me fez ter uma especial atenção com o meu corpo pois precisava de estar a 100%. Não tenho grandes regras no que toca à alimentação, mas gosto muito de praticar ioga e meditação. Ter o meu espaço e equilibrar o meu corpo. Assim tenho a certeza de que estou a cuidar tanto da minha imagem, como da minha cabeça. H – É UMA PRATICANTE DE IOGA ASSUMIDA. COMO É QUE ESTA MODALIDADE ENTROU NA SUA VIDA? MUDOU-A DE ALGUMA FORMA? CL – Na verdade, foi entrando gradualmente. Fui experimentando, porque sempre tive curiosidade pelo mundo das energias e assim que comecei nunca mais parei. Tento praticar um bocadinho todos os dias, até porque ajuda-me a ver o mundo de uma forma mais calma. Sinto que sou uma pessoa mais consciente e equilibrada desde que o ioga e a meditação entraram na minha vida. H – O QUE MAIS GOSTA DE FAZER NO SEU DIA A DIA? CL – Gosto de estar com os meus amigos. De ler um bom livro. Beber uma cerveja a ver o pôr do sol - privilégios de quem vive perto da praia. De fazer o meu ioga e de estar com os meus gatos. H – A NÍVEL PESSOAL, NESTE MOMENTO QUAL É O GRANDE DESAFIO QUE PRETENDE ATINGIR? CL – A Nazaré foi, sem dúvida, um dos grandes desafios da minha vida. Senão mesmo o maior desafio até ao momento. Agora quero tentar investir em alguma formação e também
Carolina Silva Loureiro Idade: 27 Onde nasceu: Coimbra Filme preferido/que a tenha marcado: “Into the Wild”, realizado por Sean Penn Livro preferido/que esteja a ler: “O Poder do Agora”, de Eckhart Tolle Música: “Song”, de Bob Marley, e “Society”, de Eddie Vedder Viagem (que já tenha feito ou que gostasse de fazer): Patagónia Comida preferida: Sushi
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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE
MÁRIO SILVA Presidente da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (APCOI)
APCOI
COMBATER A OBESIDADE INFANTIL «À DENTADA» Há dez anos que estão no terreno, junto dos jovens estudantes, a ensinar-lhes hábitos alimentares mais saudáveis. Para Mário Silva, presidente da APCOI, o próximo desafio é convencer a indústria a adotar um sistema gráfico universal para os produtos alimentares embalados, de fácil leitura para todos. A história da Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (APCOI) nasceu de uma espécie de epifania. Há cerca de 10 anos, Mário Silva estava na fila do supermercado e à sua frente encontrava-se uma criança claramente obesa a tentar convencer a mãe a comprar-lhe um pacote de batatas fritas que prometia um brinde
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no seu interior. A mãe tentava contra-argumentar, mas acabou por não resistir à pressão do filho e fez-lhe a vontade: comprou o snack. «Nesse dia tomei a decisão de me despedir da agência de marketing infantil onde trabalhava e onde tinha sido responsável pelo desenvolvimento daquela campanha de promoção».
Daí até fundar a APCOI foi um pequeno passo, conta Mário Silva. «O que me move, e a todos aqueles que se juntaram a esta luta, é defender o direito universal de todas as crianças à saúde, capacitando-as para combater as diversas causas desta doença», explica. PROGRAMA PIONEIRO E INOVADOR Com os objetivos bem definidos, em 2011, a APCOI implementa o programa escolar de reeducação alimentar - «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável». Desde então, e até aos dias de hoje, o projeto conseguiu melhorar os hábitos alimentares de mais de 350 mil alunos de todas as regiões do país, sendo atualmente «considerada a maior iniciativa escolar gratuita de reeducação alimentar a nível nacional», indica o responsável. Desenhado por uma equipa multidisciplinar que inclui especialistas em saúde e educação infantil, a eficácia do programa é validada continuamente por investigadores do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e surpreende com os seus resultados: «No ano letivo 20182019, por exemplo, verificou-se um aumento da ingestão de frutas e legumes em 41,9% das crianças participantes e uma melhoria significativa no estado nutricional», constata Mário Silva. NÚMEROS DIMINUEM, MAS NÃO O SUFICIENTE META GLOBAL: ZERO Dados divulgados pelo COSI Portugal - Sistema de Vigilância Nutricional Infantil, integrado no estudo da OMS/Europa, e coordenado em Portugal pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), revelam que, na última década, se tem verificado uma consistente redução da prevalência do excesso de peso e de obesidade infantil em Portugal. De 2008 a 2019, os dados portugueses revelam que a prevalência de excesso de peso infantil diminuiu 8,3% (37,9 para 29,6%). Os números da obesidade também caíram 3,3 pontos percentuais (15,3 para 12%), mas subiram, em comparação com 2016. No entanto, este decréscimo não tranquiliza a APCOI que assume como um dos seus objetivos facilitar o acesso a informação proveniente de fontes credíveis, com as melhores evidências e recomendações científicas de especialistas nacionais e internacionais. Por essa razão, o presidente da associação assegura que vão continuar «a investir na atualização de materiais educativos e em novas campanhas de sensibilização focadas na luta contra a má nutrição, contra o sedentarismo e contra a discriminação».
Perante o elevado número de crianças com excesso de peso em Portugal, o presidente da APCOI assume que a sua tarefa só estará terminada quando, em todo o mundo, se fizerem esforços para alcançar a meta global de «zero por cento de aumento». Um resultado que a OMS espera alcançar até 2025. Para que isso aconteça, será necessário, de acordo com o dirigente, que todos os países do mundo reconheçam a obesidade como doença crónica e apostem acima de tudo na prevenção. Neste sentido, a APCOI defende a adoção de um sistema gráfico universal para todos os produtos alimentares embalados, que facilite a literacia e capacitação das crianças e das famílias para a leitura de rótulos. «Não é necessário inventar a roda, apenas copiar boas práticas baseadas em evidências científicas de países como o Peru ou o Chile, onde a utilização de selos obrigatórios de advertência para produtos com excesso de sal, açúcar e gordura, conseguiu diminuir consistentemente em mais de 35% o consumo destes produtos em menos de um ano», conclui.
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> SAÚDE ANIMAL
ANTÓNIO MIEIRO Médico Veterinário
CORONAVÍRUS: TRANSMISSÍVEL A ANIMAIS DE COMPANHIA? A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirma que não existem evidências de que os animais possam estar infetados com o coronavírus! Por isso não há razão para os abandonar! Subitamente, algo invisível chegou e colocou toda a população mundial em choque. A doença Covid-19 - que apareceu pela primeira vez em dezembro do ano passado na cidade de Wuhan, na China - fez parar tudo e todos e, nos últimos meses, temos vivido num misto de medo e ansiedade sobre o futuro. Entre notícias verdadeiras e falsas, comunicados oficiais e mensagens sem qualquer fundamento científico nas redes sociais, há algumas dúvidas que permanecem, nomeadamente quando o assunto são os animais de companhia. As consequências foram imediatas: O aumento exponencial do abandono dos animais de estimação. No entanto, é preciso esclarecer: A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que não existem evidências de que animais, como cães ou gatos, possam estar infetados com o coronavírus!
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A Covid-19 transmite-se especialmente através de gotículas de tosse, espirros, saliva ou corrimentos nasais. Contudo, existem barreiras significativas para que o vírus salte dos humanos para os animais e vice-versa. Os Laboratórios de referência IDEXX anunciaram que, até ao momento, não se registou qualquer resultado positivo em animais de estimação da estirpe Sars-CoV2, responsável pela doença Covid-19. As amostras utilizadas foram submetidas para testes PCR (polymerase chain reaction). Os resultados vieram reforçar a informação inicialmente veiculada pela OMS: O vírus é apenas transmitido de pessoa para pessoa. Assim sendo… Não abandone o seu melhor amigo! Ele não tem culpa do que se está a passar e muito menos irá perceber o porquê de tal decisão!
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