Fleet Magazine #50 (Setembro 2021)

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M E R CA D O

Arval Mobility Observatory

Retrato da mobilidade empresarial em Portugal

—— Avaliação às frotas e ao comportamento das empresas em época de pandemia: transição elétrica é uma realidade cada vez mais evidente mas procuram-se também novas soluções de propriedade e alternativas ao uso do automóvel. E parece haver vontade de investir e retomar a trajetória económica pré-COVID

O

estudo anual elaborado pela Arval revela sinais económicos muito otimistas. Embora o inquérito que determinou as conclusões do barómetro tenha decorrido numa fase crítica de incerteza quanto ao desenrolar da COVID-19, entre 5 de novembro e 21 de dezembro de 2020,

as respostas obtidas indicam a vontade de prosseguir a aposta na mobilidade elétrica, com as preocupações com o ambiente no topo dos motivos para a tomada de decisões. Detalhe curioso: em Portugal, a importância dos incentivos fiscais ficou atrás da intenção de redução dos custos dos combustíveis e, como se referiu, da redução do impac-

to ambiental da empresa, além de uma parte muito significativa dos entrevistados antecipar também futuras restrições à circulação de veículos. As restrições à circulação assumem uma importância ainda maior na análise dedicada aos veículos de mercadorias, possivelmente devido ao crescimento da logística urbana. O quadro seguinte classifica as razões consideradas pelas empresas que já utilizam ou que consideram utilizar viaturas com tecnologias alternativas nos próximos 3 anos.

(Base: empresas que já utilizam ou consideram utilizar viaturas híbridas, híbridas plug-in e 100% elétricas nas suas viaturas ligeiras de passageiros e/ou comerciais)

Penetração da mobilidade elétrica O Arval Mobility Observatory indica que 28% das empresas

Europeia. Porém, Portugal ultrapassa a média europeia no

A tendência crescente de viaturas 100% elétricas no

que participaram no estudo já fazem uso de viaturas

que respeita à intenção de fazê-lo ao longo dos próximos

parque das empresas será mais uma vez liderada pelas

equipadas com tecnologias alternativas.

três anos, esperando-se que oito em cada dez empresas

empresas de maior dimensão, que ambicionam poder

Este valor é inferior aos 42% das empresas da União

nacionais utilizem alguma viatura deste tipo.

ter uma penetração próxima dos 50%, tanto de viaturas ligeiras de passageiros como de viaturas de mercadorias (48% e 49%, respetivamente), acima da média europeia. A média nacional revelada pelo estudo fica também acima da média europeia: 38%, face aos 35% da UE no que respeita aos ligeiros de passageiros. Como se verifica através deste quadro, embora as empresas de menor dimensão pratiquem uma política de frota mais conservadora no que se refere à mobilidade verde, no geral, mais de 50% afirma que pondera utilizar algum tipo de viatura mais ecológica (híbrida, PHEV ou 100% elétrica) ao longo dos próximos três anos.

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