Alguns aspectos associados à vulnerabilidade para as substâncias psicoativas Os problemas decorrentes do uso de substâncias psicoativas são complexos e têm origem multifatorial, envolvendo muitos fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos e culturais1. As taxas para a maioria dos transtornos por uso de substâncias são influenciadas por variáveis demográficas como sexo, idade, escolaridade, estado civil e renda5-7. Variáveis psicológicas como certos tipos e traços de personalidade e transtornos mentais também parecem influenciar o uso e a dependência de drogas8-10. Outros aspectos se associam a fatores biológicos e genéticos11,12 (Figura 1). Figura 1: Aspectos associados à vulnerabilidade para os transtornos do uso de sustâncias psicoativas
Pré-experimentação Disponibilidade Percepção de segurança Permissividade social Estruturação familiar Pressão dos pares
Idade 1º uso Renda Raça Escolaridade Vulnerabilidade social
Disponibilidade Fragilidade orgânica Comportamento de risco
Experimentação
Abuso
Uso
Dependência
Potencial da droga Idade de uso regular Genética Vulnerabilidade social
Impacto Qualidade de vida Doenças mentais Doenças orgânicas Violência Vulnerabilização
A compreensão das características que podem tornar certos grupos mais vulneráveis que outros depende, muitas vezes, da avaliação do nível de associação dessas variáveis. Detalham-se, a seguir, alguns exemplos dessas características. Fatores sociodemográficos Idade A idade é uma das características sociodemográficas mais importantes a ser analisada quando se estuda a questão da vulnerabilidade no uso de substâncias. No Brasil, levantamentos realizados entre 2003 e 2012 descreveram que a prevalência de experimentação de álcool entre adolescentes tem aumentando (Figura 2)13,14 e que a idade de experimentação vem diminuindo, de maneira mais significativa entre as mulheres.
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