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Exemplo de poesia social: Não há Vagas O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão O funcionário público não cabe no poema com seu salário de fome sua vida fechada em arquivos. Como não cabe no poema o operário que esmerila seu dia de aço e carvão nas oficinas escuras – porqu o poema, senhores, está fechado: “não há vagas” Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço O poema, senhores, não fede nem cheira Ferreira Gullar Exemplo de Poesia Marginal, também chamada de Geração Mimeógrafo, que “foi um movimento sociocultural que atingiu as artes (música, cinema, teatro, artes plásticas) sobretudo, a literatura. Esse movimento surgiu na década de 70 no Brasil e influenciou diretamente na produção cultural do país. (Daniela Diana, do site Toda Matéria) ”. Paulo Leminski, um dos grandes representantes dessa geração, define o termo marginal: “Marginal é quem escreve à margem, deixando branca a página para que a paisagem passe e deixe tudo claro à sua passagem. Marginal, escrever na entrelinha, sem nunca saber direito quem veio primeiro, o ovo ou a galinha”. FONTES: https://pt.wikipedia.org/ https://www.educamaisbrasil.com. br/ https://www.todamateria.com.br
magazine 60+ #36 - Julho/2022 - pág.70