Magazine 60+ #40

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Ano IV | Formato A4 | internet livre | Novembro-Dezembro/2022 - #40 #40 60+magazine A PRESENTE REVISTA TEM COMO FINALIDADE PASSAR INFORMAÇÕES PARA O PUBLICO 60+, SEM CONFLITOS DE INTERESSES E SEM FINS LUCRATIVOS. Variedades - Cultura - Informações Argentina - Brasil - Portugal Astronomia e Astrologia na Mitologia II Páginas 21 a 32

Editoriais

seja bem-vindo

Ufa, não dá para acreditar que 2022 passou... e que estamos vivos. Realmente foi um ano difícil, além das diferenças climáticas, as enormes áreas queimadas nas florestas, a inflação, o preço dos alimentos, principalmente da nossa carne do churrasquinho de domingo, combustível que sobe e desce, mudanças e mais mudanças em ministérios, secretários de governos estaduais, etc.

A guerra entre Rússia e Ucrânia chega ao ponto de ser um absurdo tamanha desgraça causada a milhares e milhares de civis inocentes.

Falando mais notícias internacionais 2022 foi marcado pela morte da Rainha Elizabeth, a mais longeva da história, aos 96 anos, a venda, depois a devolução e depois a compra do twiter.

A Covid 19 foi do alto para baixo número de mortes e foi um tal de usa máscara, não precisa mais usar, usa de novo, não precisa mais, credo viu... eu passei até a usar dentro da minha casa para não esquecer mais.

A mesma coisa aconteceu e continua acontecendo com o dólar e outras moedas. Sobe, depois desce, tivemos momentos que aconselhavam a comprar Bitcóins (que eu nem sei se é assim que escreve) e com tudo isso, acho que a maioria que investiu em bolsa e moedas acabou perdendo.

Tudo começou em janeiro com o desastre do Capitólio em Minas Gerais quando uma enorme pedra caiu sobre vários barcos de turismo, em 5 de junho o indigenista Bruno Araújo Pereira, bem como o jornalista britânico Dom Phillip, foram assassinados na floresta amazônica, depois veio a Varíola dos macacos quando a Covid estava caindo um pouco, a festa dos 100 anos da independência não teve o merecido brilho, mas de certa forma ocorreu em paz.

A política quase nos enlouqueceu, perdemos amigos, brigamos com parentes, grupos se desfizeram e muito mais. Fakenews foi praticamente a palavra do ano. Para encerrar essa triste matéria gostaria de ressaltar que perdemos tempo, perdemos milhares de vidas (670 mil) por motivos políticos.

Nos deixaram na saudade, Milton Gonçalves, Jô Soares, Claudia Gimenes, Arnaldo Jabor, Elza Soares, Rolando Boldrin, Éder Jofre, Erasmo Carlos, Gal Costa, Pedro Paulo Rangel, Danusa Leão e pouco antes de fechar esse Editorial o céu levou Pelé. Com certeza muitos outros que não me lembrei agora.

Que mais falta para contarmos nos dedos as horas que faltam para 2022 acabar. Mas será que isso adianta? É uma esperança de um novo tempo.

Feliz 2023! Saúde para todos nós!

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Poder, fama e dinheiro mudam a pessoa?

“Quem é fiel nas pequenas coisas, também será nas grandes e quem é desonesto nas coisas pequenas, também será nas grandes” Lucas, 16: 10-18

A teoria do Triângulo do Crime afirma que o delito resulta de 3 fatores combinados: Indivíduo Motivado, Técnica e Oportunidade. Para que um crime ocorra é preciso agente (criminoso), vítima potencial e oportunidade de ação. Bancos, indústria, comércio de eletrônicos, cigarros, joias, transporte de cargas e valores, etc. gastam fortunas com equipamentos, softwares e pessoas para proteger o patrimônio. Segurança é dever do Estado, mas a vítima potencial se previne, inclusive o cidadão, com tranca a porta, alarme, cerca elétrica, cão de guarda e vigilância. Mas e quando a vítima é Estado, os cofres públicos?

Ninguém assalta o Ministro da Economia, o Secretário da Fazenda ou o tesoureiro da Estatal. Ninguém invade a Casa da Moeda ou o Banco Central. O crime contra os cofres públicos acontece pela corrupção e envolve corruptos e corruptores. A oportunidade é criada pelos próprios agentes públicos, que por vezes também comandam a vigilância, pois têm poder sobre a vítima (Estado). As técnicas variam: fraude em concorrência, pagamento de propina, presentes caros e outras formas mais ou menos sofisticadas.

Isso não acontece apenas no Executivo, federal, estadual ou municipal. Há inúmeros casos comprovados de corrupção no Judiciário, no Legislativo, autarquias e órgãos da administração. Além dos famosos Mensalão e Petrolão, estão na memória os Anões do orçamento, Máfia das ambulâncias, Venda de sentença, Prédio do TRT/SP, Respiradores e Hospitais de campanha durante a pandemia, dentre outros. Corrupção não é fenômeno recente e nem exclusivo deste ou daquele país ou partido político. Existe desde que o mundo é mundo.

Nesses crimes não tem “pobre vítima indefesa”. A Administração Pública é cercada de cuidados como Tribunal de Contas, Ministério Público, Portal da Transparência, Controladoria, publicidade das licitações etc., fora a mídia, que noticia e dá ampla cobertura aos atos lesivos. Porém, como dizem os italianos, “ha fatto la lege, ha creato la truffa” (feita a lei, criado o golpe). Por mais que se aperfeiçoem a lei, a fiscalização e o controle, o corrupto sempre inventa golpes novos. Não “um corrupto”, um lobo solitário, mas quadrilhas organizadas para desviar muitos bilhões de reais em esquemas de dar inveja a Hollywood.

É impossível acabar a corrupção mas, uma vez descoberto o crime, o responsável será punido, certo? Errado! Tudo favorece o crime: investigação falha, justiça lenta, foro privilegiado, recursos, dificuldade em seguir o dinheiro, jurisprudência, prescrição, aparelhamento etc. Parece que o crime compensa!

Dá para reduzir a corrupção? Sim. Grande parte dos corruptos eleitos pelo

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povo. É por isso que o cidadão deve examinar o candidato antes de votar e a mídia tem de fazer o mesmo com os eleitos e os ocupantes de cargos públicos. E não apenas em época de eleição. É preciso atenção aos atos praticados ao longo do mandato. Às vezes temos a sensação de que passado o pleito o eleitor guarda o título e só volta a pensar no caso na próxima eleição.

Dizem que poder e dinheiro mudam a pessoa. Será verdade? O cidadão idôneo, honesto e probo que assume cargo importante numa empresa privada, estatal ou governo, ainda que tentado pelo capeta, tornar-se-á corrupto? Seu caráter muda porque ficou rico, importante ou poderoso? Não. Se ele é idôneo, honesto e probo, continuará assim, na riqueza, na fama e no poder. Canalhas, corruptos e desonestos, uma vez investidos de poder, continuarão canalhas, corruptos e desonestos, só que em patamar mais elevado. Fama, dinheiro e poder não mudam o caráter do indivíduo, apenas potencializam o que ele já é.

Quem é fiel nas pequenas coisas, também será nas grandes e quem é desonesto nas coisas pequenas, também será nas grandes. Todo corrupto, canalha e desonesto que se diz regenerado, jura que mudou e se tornou uma pessoa melhor, mente. O escorpião é pequeno, frágil e nunca será dócil, gentil. Na primeira oportunidade, pica a vítima. Jamais muda sua índole, assim como o tigre não muda de listras. Corruptos também não mudam. Fujamos de todos, corruptos e escorpiões.

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Infoescola
Foto:

Fica Presidente

A manifestação ocupa a maior parte das avenidas centrais da capital da república. A multidão aglomerada nas praças pega de surpresa boa parte dos políticos e da mídia conservadora. Os comícios se sucedem com a presença de líderes sindicais e populares. Querem que o presidente da república continue no cargo, mesmo tendo cumprido o seu mandato. Um golpe dentro do golpe clama a oposição. O que o mundo político espera é a realização de eleições livres, sem a interferência dos militares. Estes, como sempre, estão atentos às disputas e os rumos que o Brasil pode tomar. Vez por outra um general do exército dá declarações na imprensa e alerta para o perigo vermelho, ou seja da comunização do país, um fenômeno que assombra as elites de todo continente latino americano.

A economia não vai bem. A inflação atinge principalmente as camadas mais pobres da população. Nem mesmo os operários, com carteira de trabalho assinada, se sentem seguros diante das incertezas da economia mundial. As fontes de fornecimento de petróleo estão em ebulição, os mares não são seguros para o transporte de mercadorias e produtos agrícolas. A tensão internacional prejudica a economia brasileira e os investimentos estrangeiros simplesmente somem. Preferem o risco de investir na recuperação da economia europeia, uma vez que os Estados Unidos injetam lá bilhões de dólares. Segundo especialistas da geopolítica, é uma barreira para impedir a expansão da Rússia no ocidente. As exportações do café, há algum tempo, não seguram mais os saldos favoráveis na balança de pagamentos do Brasil. Nem mesmo a exportação de minérios e outros produtos estratégicos conseguem obter dólares no exterior para financiar as importações. Com isso a indústria não de moderniza, fica sucateada e muitos trabalhadores são demitidos. O exército de mão de obra disponível aumenta continuamente. O grito de ” fica presidente ” surge como uma tábua de salvação. É verdade que a constituição em vigor no país precisa ser renovada. Não serve mais para o ideal democrático-liberal sonhado pela burguesia industrial e os donos do agronegócio. Para tanto, é preciso convocar uma assembleia constituinte, com eleições

Foto: Governo Federal

do Brasil - Parece
é
Crônicas
mas não
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livres. Até aí todos concordam. Mas os movimentos sindicais e de esquerda, entre eles o Partido Comunista de Luis Carlos Prestes, são favoráveis que o ditador Getúlio Vargas continue no poder. Constituição com Vargas é o slogan que mais tarde fica conhecido como Queremismo. Queremos Vargas. Este por sua vez percebe que os ventos que sopram em 1945, fim da segunda guerra mundial, não sopram a seu favor. O nazi-fascismo é derrotado e com isso as ditaduras inspiradas neles estão com os dias contados. O mês de agosto é o mês da crise. Berlim cai nas mãos dos russos. A assembleia constituinte brasileira está convocada. E o ditador brasileiro equilibra-se no cargo. Tem o apoio inclusive de Prestes, a quem manteve preso durante vários anos do Estado Novo. Restam os militares. Liderados pelo ministro da guerra, General Dutra, depõem Vargas, que é desterrado para a sua fazenda no Rio Grande do Sul. Finda a ditadura, começa a era dos presidentes liberais.

60+ magazine

Nosso time de Colunistas

Editoriais 1 a 3

Herodoto Barbeiro 4 e 5

Silvia Triboni 7 a 12

João Aranha 13 a 15

Marisa da Camara 17 e 18 Thais Bento Lima 19 e 20 João T. Viana (CAPA) 21 a 32

Sandra Schevinsky 35 e 36 Malu Navarro 37 e 38 Fabio F. Sá 39 e 40

Ricardo Mesquita 41 a 44

Edson Covic 45 a 47 Cidália Aguiar 49 a 52

Norberto Worobeizyk 53 a 56

Anita Tarasiewicz 57 e 58

Marcelo Conti 59 a 61 Sonia Fernandez 63 a 66

Laerte Temple 67 e 68

Tony de Sousa 69 a 70 Marly de Souza 73 a 75 Katia Brito 77 e 78 USP 83 e 84

Liça Bonfin 85 e 86

Lenildo Solano 91 e 92 Ebe Fabra 93 a 96

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*Todas as colunas são de inteira responsabilidade daqueles que a assinam 29/12/2022 Fechamento desta Edição Periodicidade mensal USAMOS SOFTWARE LIVRE Distribuição Gratuíta pela Internet GENTIL GIGANTE jornalismo 60+magazine É representado por: 96.474.762|0001-07 Rua Viaza, 374 - 151 A São Paulo - SP (11) 9.8890-6403 Jornalista Responsável Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP Desde 1993 CONTATO - contihq@hotmail.com cel. (11) 9.88906403 NOSSOS PARCEIROS www.acrosssevenseas.com USP 60+ Saúde Única, sonhos coletivos FMVZ - USP Cada um tem sua história e a liberdade para decidir qual caminho quer seguir, se é hora de mudar de rumo ou continuar lutando pela melhor qualidade de vida possível. Está chegando ou passou dos 60 anos, ou mesmo tem interesse pelo assunto, entre em contato e sugira histórias, cursos, eventos. Fale com a gente! https://novamaturidade.com.br/ instagram@nova.maturidade / Facebook - NovaMaturidade

WEB SUMMIT 2022

Maior fonte de conhecimento e inovação da Europa

A Web Summit 2022 - a maior conferência sobre tecnologia, inovação e empreendedorismo da Europa - bateu todos os recordes de público e, mais uma vez fez de Lisboa o centro das atenções de empresários, investidores e novos empreendedores.

Esta edição da Web Summit em Lisboa, realizada de 1 a 5 de novembro de 2022, trouxe imensa alegria a seu co-fundador e presidente executivo, Paddy Cosgrave, que três semanas antes do evento anunciou terem esgotados os ingressos. Após prejuízos financeiros decorrentes das edições durante a pandemia que ameaçaram a realização do evento deste ano, Paddy pôde exibir o seu usual sorriso e celebrar o o lucro desta que foi a maior Web Summit de todos os tempos.

Os últimos dois anos foram difíceis para todos nós, mas enquanto empresa de eventos ao vivo, a Web Summit teve os seus momentos aterradores. Ao longo dos últimos dois anos corremos vários riscos para sobreviver. Paddy Cosgrave

A Web Summit deste ano contou com mais de 71 mil participantes que circularam no Altice Arena e em todos os 5 pavilhões da FIL (Feira Internacional de Lisboa) todos eles preparados para receberem as 2.630 startups e empresas, os 1.120 investidores, os 342 parceiros de 94 países e os 1.040 oradores os quais se apresentaram em quase 20 palcos lá instalados. A imprensa de todo o planeta lá estava presente totalizando mais de 2 mil integrantes no corpo de midia, do qual fiz parte pela quinta vez. Criada por Paddy Cosgrave, David Kelly e Daire Hickey, a Web Summit promove aprofundado debate sobre as questões de interesse mundial, em inúmeros aspectos como a tecnologia, política, sustentabilidade, música, moda, esportes, turismo, saúde, economia da longevidade e inovação e desde 2016 é realizada na região do Parque das Nações, em Lisboa e se manterá na capital portuguesa até 2028. Na sua essência, a Web Summit não é sobre os grandes nomes de hoje.

Mudança de Hábito
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Presidente da Câmara Lisboa, Carlos Fotos: Colunista

Pode ouvi-los no YouTube, no Spotify ou em qualquer uma das plataformas onde descarrega os seus podcasts. A Web Summit oferece uma plataforma à próxima geração. Penso que é por isso que muita gente vai à Web Summit.

Vão para descobrir o futuro, não para se maravilharem com o passado ou com a presença de heróis no palco.

É onde as pessoas vão para encontrar nomes que ainda não conhecem e que serão os grandes nomes do futuro. Muitas das estrelas da tecnologia que vieram à Web Summit nos seus primórdios, como Jack Dorsey e Elon Musk, não eram assim tão importantes na altura. Paddy Cosgrave para o jornal Diário de Notícias.

Desde 2018 faço parte do grupo de mídia desta icônica conferência e posso dizer que neste ano todas as expectativas foram ultrapassadas em exclusividade dos oradores, seus temas, empresas presentes, denúncias e novidades anunciadas. Neste post apresento sínteses de algumas apresentações que assisti e vídeos contendo um pouco desta eletrizante conferência.

ABERTURA

Na inauguração da edição de 2022, Paddy Cosgrave abriu a aguardada conferência saudando cidadãos de todo o planeta, interessados em acompanhar o panorama atual e as tendências mais relevantes em tecnologia, inovação e business. Como usual, avaliou a origem dos participantes no Altice Arena e, mais uma vez, os brasileiros dominaram a população nesta Web Summit. Veja a ovação no vídeo do dia da abertura abaixo.

Inaugurada a Fábrica de Unicórnios em Lisboa. Comemorando a concretização de seus projetos anunciados na WS 2021, Carlos Moedas, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa discursou de forma emocionada convidando os milhares de participantes para virem empreender em Lisboa.

“Venham para Lisboa. São vocês que vão mudar o mundo, quero que transformem a cidade num lugar onde o impossível encontra o possível”.

Relembrou os seus planos anunciados quando foi eleito, e que já se concretizaram como Transportes públicos grátis para jovens e idosos, um Plano de saúde grátis para maiores de 65 anos, e a ideia mais “ridicularizada” de todas, nas palavras do próprio presidente: a Fábrica de Unicórnios.

Muito $ para novos empreendedores em Portugal.

Por sua vez, o Ministro da Economia e do Mar, Antonio Costa Silva, subiu ao palco e anunciou que o Governo vai lançar um pacote de 90 milhões de euros para apoiar 3.000 startups que desenvolvam modelos de negócio digitais “amigos” do ambiente, nos próximos quatro anos. O apoio será atribuído apor meio de ‘vouchers’ (vales) “digitais e verdes”.

Primeira-dama da Ucrania sensibiliza os presentes para agirem em favor de seu povo vítima da guerra.

Olena Zelenska, a primeira-dama da Ucrânica foi uma das presenças mais esperadas no primeiro dia da Web Summit. Por razões de segurança, a sua presença só veio ao público no dia anterior à sua palestra, fato a provocar mais expectativa no público presente.

Ovacionada em vários momentos, a Sra. Zelenska afirmou que especialistas privados em tecnologia russos agora colaboram

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Câmara Municipal de Carlos Moedas

agora na guerra contra a Ucrânia e pediu ajuda aos empreendedores afirmando que “a tecnologia deveria ser usada para salvar e ajudar pessoas, não para destruir”.

“Vocês são a força que move o mundo”, disse ela.

“A Rússia põe a tecnologia ao serviço do terror e o que vemos hoje é resultado do uso dessa tecnologia”, e mostrou imagens da destruição deixada por um míssil na capital ucraniana, Kiev. A primeira-dama da Ucrânia lamentou que as escolas do país, invadido pela Rússia há oito meses, estejam a usar dinheiro para a compra de geradores em vez de investirem no ensino. Apresentou a Fundação Olena Zelenska que tem por objetivo a reconstrução do capital humano de seu país.

“Habitualmente, ouvimos que as inovações tecnológicas movem o mundo, mas eu acho que é mais do que isso. Têm o poder de determinar a direção para a qual esta guerra irá”, acrescentou, acusando a Rússia de colocar a “tecnologia ao serviço do terror”.

Para Olena Zelenska, as “pessoas deveriam ir a Marte, e não a se esconderem em porões”. “Não poderíamos acreditar que em 2022 crianças estariam escondendo-se de bombas”, acrescentou.

Mostrou um vídeo com um grupo crianças abrigadas e a cantar. “Não consigo acreditar que crianças estão em porões.”

O denunciante deste ano expôs os “Uber Files” que demonstram as más práticas da multinacional.

Como usual, um wistleblower esteve nesta edição da Web Summit. Desta vez foi Mark MacGann, denunciante dos “Uber Files”. Mark divulgou mais de 124 mil documentos, entre eles mensagens, ao periódico britânico The Guardian com o objetivo de expor práticas irregulares e antiéticas da multinacional Uber. “Era importante” trazer conhecimento às pessoas e transmitir a necessidade da existência de regulamentação”, disse Mark. Mark MacGann trabalhou durante anos para a Uber, na Europa, África e Médio Oriente, e provou que a Uber teve ao longo dos anos várias atitudes ilegais, enganou a polícia e ainda incentivou violência entre taxistas.

Depois de nos anos anteriores terem surgido nomes sonantes no mundo dos denunciantes, tais como: Frances Haugen em 2021, que denunciou documentos do Facebook, Edward Snowden em 2019, antigo operacional da NSA o qual divulgou o método de espionagem ilegal dos Estados Unidos perante a população.

“Não sabia se o conteúdo seria relevante, ou até se poderia haver interesse do público. O importante destas divulgações de ilegalidades era para que as pessoas ficassem cientes de que este tipo de serviços como a Uber, na sua perspectiva pessoal, precisavam de ter algum tipo de regulamentação. E os próprios clientes tinham de saber as condições a que os seus prestadores de serviços estavam expostos e sujeitos para garantirem as suas condições de trabalho.” Mark MacGann

Os governos estão perdendo a batalha para regular as grandes empresas de tecnologia e os membros da empresa devem avançar para expor “maçãs podres” no setor, de acordo com o denunciante da Uber.

“Atrair brasileiros para Portugal é uma das minhas prioridades”, diz Carlos Moedas, o prefeito de Lisboa. “Atrair brasileiros para Portugal é uma das minhas prioridades”, afir-

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Mark Nossa Colunista dente da Câmara Carlos Moedas

denunciante “Uber Files”. com o PresiCâmara de Lisboa, Moedas

mou Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na conferência de imprensa, na Web Summit.

sível de empresas e startups, bem assim assistir apresentações inusita das nos auditórios existentes em cada pavilhão.

• Vale a pena ver a programação de todos os dias, para se inspirar para a próxima edição da Web Summit.: https://websummit.com/schedule Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa ENCERRAMENTO

O Presidente de Portugal quer a Web Summit para além de 2028. No último dia de Web Summit, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal, Paddy Cosgrave, e afirmou que, em 2023, vai ser possível ver “o início de uma nova fase da Web Summit”.

“No próximo ano espero que possamos ver o início de uma nova fase da Web Summit, das novas estruturas para o futuro da Web Summit e que consigamos prepará-la além de 2028”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Citando a pandemia, a guerra que vivenciamos na Europa e uma crise socioeconómica a surgir em todo o mundo, Marcelo Rebelo de Sousa pediu à comunidade científico-tecnológica para se unir em torno de cinco eixos: “Temos de ter paz, temos de reconstruir a Ucrânia, temos de recuperar as imensas economias e sociedades que sofrem com a inflação, temos de acelerar a transição energética e nunca, nunca, nunca esquecer a ação climática.”

O “Metaverso não quer substituir o mundo real” afirma chefe de produto da Meta

Naomi Gleit, chefe de produto da Meta, a falar sobre o metaverso. A responsável indica que o objetivo deste novo mundo virtual não é substituir o mundo real, mas sim complementar, já que “o arco da tecnologia é para que ela exista de forma cada vez mais imersiva”. Para a responsável da dona do Facebook o metaverso é o futuro da internet, que será feito a três dimensões, não se limitando apenas aos videojogos e à utilização de óculos de realidade virtual. Para Naomi

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MacGann,

Gleit, uma delas é o uso desta nova realidade para treinar operações cirúrgicas, ou mesmo para uso do próprio cirurgião, tendo disponível mais informação, através do uso de óculos de realidade virtual.

Mas há ainda outra solução, o metaverso pode vir a criar novos espaços de trabalho. O exemplo dado pela chefe de produto da Meta são as reuniões por Zoom, que em vez de caixas com a cara das pessoas pode vir a ser uma realidade no próprio metaverso, criando uma noção de espaço e de proximidade entre as pessoas, principalmente com o áudio espacial.

O objetivo da Meta é em primeiro lugar fazer chegar “estas novas criações através dos produtos atuais, que têm mais de três bilhões de utilizadores”, tais como o Facebook ou Instagram. E o futuro para lá caminhará, explica, uma vez que o grande objetivo é que toda a população mundial venha a ter um dispositivo VR. Relativamente à questão se a Meta quer ser a “dona” do metaverso, Naomi Gleit, responde que “nenhuma empresa vai ser dona do metaverso e que o objetivo é que seja aberto” e possa ter a contribuição de todos. “Prevejo que 2023 seja o ano da primeira morte atribuível à Inteligência Artificial”, diz Noam Chomsky

O linguista, filósofo e ativista Noam Chomsky e Gary Marcus, cientista de inteligência artificial na Universidade de Nova Iorque, encerraram os painéis da Web Summit 2022 com uma visão crítica sobre certas tecnologias, que ameaçam subverter o processo democrático.

“A minha preocupação é a de que os sistemas não distinguem o que é o mundo real do que não é o mundo real”, declarou Chomsky, de 93 anos.

Gary Marcus notou que os sistemas até acertam de vez em quando, mas o problema ainda são os casos em que não têm um contributo correto. “As pessoas podem receber maus conselhos disto”, disse Gary Marcus. À pergunta se já há alguma contribuição dos modelos em IA para entender a linguística, Chomsky respondeu:

“Não consigo pensar numa única coisa”, disse Chomsky, algo que arrancou gargalhadas à plateia da Web Summit.

A Inteligência Artificial (IA) vai por maus caminhos. Pode ter boa engenharia, mas é má ciência. Pode ajudar a transcrever, mas não nos ajuda a compreender o que nos rodeia. Como não tem modelos do mundo, mente indiscriminadamente. Não o faz propositadamente e por maldade, mas assim produz desinformação.”

A startup Theneo, da Geórgia, foi a grande vencedora do Pitch da Web Summit de 2022. A empresa liderada por Ana Robakidze desenvolve uma plataforma de inteligência artificial (IA) dedicada a linguagens de programação. Superou as ideias de negócio da espanhola Gataca e da austríaca Biome Diagnostics.

VÍDEOS COM TRECHOS DA WEB SUMMIT

DIA 1 – ABERTURA https://youtu.be/n-UgUYodWgA

DIA 2 - https://youtu.be/xWIwDU-aypI

DIA 3 - https://youtu.be/YIC0cURSl50

DIA 4 - ENCERRAMENTO - https://youtu.be/EH8EOjqvD2Y

NIGHTS SUMMITS - Diversão e muito networking

Após cada dia da Web Summit os participantes são convidados à participarem de uma Night Summit. Em lugares de Lisboa especialmente escolhidos para a diversão dos participantes, temos drinks grátis, música e muito networking. Desde 2018 tenho tido experiências incríveis nas Nights Summits em Lisboa. Neste ano, as Nights Summits foram especiais. No dia 2.11 o famoso músico francês David Guetta, vencedor de 2 Grammy Awards, exibiu-se na Praça dos Touros, em Lisboa, em um evento só confirmado pouco tempo antes de sua realização. O evento exclusivo para participantes da Web Summit chamou-se The Moment Music

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Experience e a promotora, uma fintech chamada Rapyd. O evento foi anunciado como “the ultimate music experience in Lisbon” uma experiência imersiva, o que causou muita dúvida se seria um evento virtual ou em realidade virtual. Na verdade foi presencial e maravilhoso. Antecedido pelos músicos Armin Van Buuren e Asher Swissa, David Guetta levou o público ao delírio com a sua performance e show de luzes, hologramas e pirotecnias.

Professor Syiabulela Mandela PALESTRAS EM DESTAQUE

Participar da Web Summit é sempre uma experiência marcante em minha vida. Além do aprendizado conheço empresas, startups e empreendedores espetaculares que passam a fazer parte de minha rede de contatos e amigos. Nesta edição de 2022 não foi diferente. Sou grata a todas e todos oradores, autoridades e personalidades acima mencionadas que lá conheci, além das que abaixo destaco:

Ricardo Nunes - Prefeito de São Paulo - A route for doing business in Latin America

Siyabulela Mandela (Journalists for Human Rights) - Combating global inequality

Kim Smouter - Director General at European Network Agains Racism (ENAR) - Building structures for racial equity

Lucero Tagle (PitchNinjas) - Top 10 mistakes founders make when pitching (and how to avoi them)

Eugenie Nicoud (Sedimentum) - Ageing in place 2.0: Providing value to seniors and their caregivers

Lindsay Kaplan (Chief) - Want to change the face of leadership? Invest in women. Seth Sternberg (Honor) - Essencial, but invisible: Caring for our care professionals.

Vale a pena ver a programação de todos os dias, para se inspirar para a próxima edição da Web Summit.: https://websummit.com/schedule

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Projeto Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com

A lenda do Eldorado e das Amazonas

A humanidade sempre manteve nos mitos, esperanças, em grande parte ilusórias, que foram cristalizadas ao longo do tempo.

São terras que, no passado ou mesmo no presente, criaram utopias e ilusões pois foram muitos os que lhe deram e dão verossimilhança.

Este é o caso da mítica cidade de Eldorado que se localizaria na Amazônia.

Quando os colonizadores espanhóis e portugueses chegaram à América do Sul, depararam com as várias facetas de um mundo novo.

Enquanto os espanhóis encantaram-se com os objetos de ouro que os indígenas portavam, os portugueses estavam mais preocupados com a expansão territorial e com o chamado “ouro vermelho”, ou seja, o sangue indígena, fruto da captura de homens, mulheres e crianças, necessários como mão-de-obra escrava.

Esses lugares fascinantes chegaram aos ouvidos de aventureiros e caçadores de tesouros de vários países que procuravam desvendar os mistérios que essas histórias envolviam. Por outro lado, muitas dessas aventuras se tornaram relatos fascinantes que incendiavam a mente dos leitores europeus.

Em 1541, Gonzalo Pizarro, meio-irmão do conquistador e governante do Peru Francisco Pizarro - ao ouvir de indígenas capturados histórias que falavam de um rei nativo que possuía tanto ouro que pintava o seu corpo com ouro em pó (daí o nome de El Dorado) e depois lavava-se

Contos
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Fotos enviadas pelo colunista

nas águas de um lago que, por sua vezes, também retinha grande quantidade de ouro - resolveu, saindo da atual Quito, ir em busca da rica cidade, acompanhado de seu primo Francisco Orellana e Gaspar de Carvajal, capelão dominicano.

Gonzalo não tinha a menor idéia de onde ficaria Eldorado e sua expedição, como tantas outras, sofreu as agruras da selva e dos lugares desconhecidos, acumulando várias baixas, chegando ao ponto de se dividir em dois grupos que tomariam rumos diferentes.

Embora nada tenha sido encontrado, Carvajal dizia ter visto, e relata para a Europa, a existência de mulheres guerreiras muito similares ao mito das amazonas gregas e que acabaria por dar nome ao grande rio que ora ele atravessava.

Abrindo um parênteses, tanto a história das amazonas quanto do rei El Dorado estão muito relacionadas com o que já dissemos a respeito dos mitos gregos, pois a terra das mulheres guerreiras nunca foi encontrada e também com o mito do rei Midas que fora presenteado pelos deuses com a faculdade de transformar em ouro tudo que viesse a tocar. E, coincidentemente, ao se arrepender, o rei também ia a um lago onde se lavava e retirava o ouro de pessoas que havia tocado, como sua filha, e os dos seus próprios alimentos.

Sir Walter Raleigh, aventureiro inglês, afirmava que a verdadeira Eldorado ficaria na Guiana, numa cidadela chamada Manoa, local onde também existiria um grande lago salgado onde moravam as amazonas, mulheres brancas, altas e com longos cabelos trançados na cabeça, habitando, ao contrário dos indígenas, aldeias de pedras e com portas.

A busca pelo ouro continuaria a existir na irrefreada ambição humana, como atestam a corrida do ouro na Califórnia e na Serra Pelada aqui no Brasil.

Da mesma forma, em 1925, o explorador Coronel Fawcett, saiu em expedição pela amazônia mato-grossense em busca de uma cidade que os indígenas diziam que se iluminava à noite, uma cidade solar. Como se sabe, Fawcett desapareceu e seus restos mortais nunca foram encontra-

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dos.

Durante muito tempo houve, com relação à Amazônia, um certo determinismo ambiental onde um meio ambiente impiedoso levantava barreiras intransponíveis, para que seus habitantes pudessem evoluir. Hoje, graças ao desenvolvimento tecnológico e novas descobertas arqueológicas que permitem inclusive observar o que a mata densa esconde, sabe-se que a região amazônica foi densamente povoada, com cidades complexas e conectadas entre si.

O que se depreende de pesquisas recentes é que comprova-se que na região amazônica não existem impedimentos naturais maiores que tenham impedido e mesmo hoje em dia impeçam, a ocupação humana.

Sendo assim os antigos visionários poderiam não estar totalmente enganados e a permanência da lenda do Eldorado até nossos dias pode estar vinculada a criação do IHGB - Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - ainda nos tempos do império, cujas pesquisas sobre a Amazônia objetivavam não deixar o país ficar para trás de outros países sul americanos e da centro américa que se orgulhavam das adiantadas civilizações astecas,incas e maias que os precederam.

Os pesquisadores do IHGB, já diziam, desde os tempos do império - e hoje pesquisas recentes também comprovam - que o “inferno verde” pode ter sido o “paraíso verde” onde populações viviam em harmonia e com sabedoria e onde o ouro só tinha valor quando sua beleza o transformava em objetos. Não seria isso então o verdadeiro Eldorado?

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magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022
magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.16 Desde 1993 Diagramação, Reportagem, Fotografia, Desenho, Entrevistas, Propagandas, Folders, Folhetos, Identificação Visual, Montagem de livros e Revistas NOSSA REVISTA PRECISA SOBREVIVER PRECISAMOS DE DOAÇÕES de QUALQUER VALOR ENTRE EM CONTATO SE PREFERIR POR WHATSAPP COM NOSSO EDITOR MANOEL CARLOS (11) 9.8890.6403 Acordo Obsoleto, Durmo Atualizado www.durmoatualizado.com.br Seniors ativos, curiosos, empreendedores e eternos aprendizesUm blog com dicas fáceis e diversas desde cortar custo de aquisição de remédios, como tirar uma ideia da cabeça e tornar-se um projeto a aplicativos que facilitem o seu dia a dia. Desenvolvido por Marcelo Thalenberg colunista do Magazine 60+

Revelando a “MULHER INVISÍVEL”

Em 1968, durante o concurso de Miss América, ativistas feministas do Movimento de Libertação Feminina simularam a queima de sutiãs, em sinal de protesto ao uso da imagem feminina como símbolo sexual, além de outros motivos.

As mulheres lutam, há milênios, para vencer o preconceito que as privam de altos cargos profissionais, de postos políticos, de equivalência salarial e até mesmo de serem visíveis aos machistas de carteirinha.

A antiga luta por ‘um lugar ao sol’ me ficou muito clara ao assistir ao filme Maria Madalena, na Netflix. Uma mulher admirável, irreverente, corajosa, que se via como um ser humano com liberdade de ação, direitos e ousadia, completamente fora dos padrões daquela época. Sozinha, transitava como, quando e por onde queria. Hoje, apesar de haver muitas Marias Madalenas, o preconceito persiste porque ainda há muitos homens machistas, que insistem em querer colocar a mulher no mundo da invisibilidade. Enquanto deixamos para Freud explicar os motivos que levam esses homens a tentar menosprezar esse grande expoente, que é a figura feminina, vou relatar um fato que ocorreu comigo nos últimos dias.

Surgiu um vazamento no teto do meu banheiro, vindo do apto de cima. O genro desta vizinha veio em casa e disse-me que voltaria com um profissional para o conserto.

Os dois vieram em casa e agendamos o reparo do teto para 3a e 4a da semana seguinte.

Retirei toalhas, tapetinhos, sabonetes, lixinho, perfumes, enfeites, livros e revistas do ba-

A vida como ela é magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.17

Ilustração: M.Conti

nheiro.

Em contrapartida, coloquei escada, vassoura, pá, saco de lixo, detergente, sabonete e toalha de mão, além de panos diversos.

Larguei todos os meus afazeres externos e pus-me a esperar o profissional. A espera foi em vão, mas pior que isso foi a ausência de explicação, que sinalizava o desrespeito à minha pessoa.

No dia seguinte o fato repetiu-se da mesma forma. Indignada, liguei para a portaria e pedi contato com o profissional, que estava trabalhando no apartamento do tal genro da vizinha.

Ele disse-me que adiaram, porque decidiram reparar um problema antigo no esgoto do banheiro dela, através do teto do meu banheiro. Tudo isso, sem consultar-me ou avisar-me. Ainda assim, autorizei a realização dos serviços.

Agendamos para a 3a feira da semana seguinte, às 10:30h.

Na noite de 2a saí de São Paulo rumo à minha casa, em Santos, para cumprir o compromisso da manhã de 3a.

Como esperado, o relógio badalou 12 vezes e o profissional não havia chegado para o serviço.

A “mulher invisível”, aqui, decidiu pôr um fim àquela falta de respeito e mostrar que tinha limites e que mandava em sua própria casa. Saiu para almoçar e fazer compras de mercado.

O profissional tocou a campainha, todo cheio de risos, às 14:30h.

Eu lhe disse: “Sinto muito! Agora, só no ano que vem, em fevereiro ou março. A partir de hoje, ninguém mais entra em casa”.

Poucos minutos depois, o genro da vizinha interfonou em casa, “possesso” de raiva, como se tivesse razão e como se eu fosse a culpada da falta de cumprimento do serviço.

Não bastasse isso, o zelador conversou comigo no dia seguinte, o apoiando, mesmo tendo presenciado os três ‘canos’ que eu levei do pedreiro.

O triste de tudo isso é que tenho certeza que se aqui morasse um homem a história teria sido diferente.

Uma mulher, sozinha e idosa, não merece respeito, na percepção deles, mas fiz questão de deixar claro que eles estavam equivocados, embora saiba que ‘machistas de carteirinha’ não absorvem esse complexo conteúdo.

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.18

Você já ouviu falar em Declínio Cognitivo Subjetivo?

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

O Declínio Cognitivo Subjetivo (DCS) trata-se de uma mudança subjetivamente relatada no desempenho cognitivo (como memória, linguagem e orientação), não detectado objetivamente por meio de testes cognitivos. Além de ausência de comprometimento nas atividades de vida diária.

Todavia, vários termos e definições são utilizadas na literatura científica. Algumas terminologias mais comuns, além de DCS, são “comprometimento cognitivo subjetivo”, “declínio de memória subjetiva”, “prejuízo da memória subjetiva”, “queixas de memória”, entre outras.

A adoção do termo DCS tem como pressuposto que a palavra “declínio” se refere à ideia de deterioração progressiva ou uma mudança em relação ao nível anterior de funcionamento e não apenas a uma reclamação isolada. “Cognitivo” porque os sintomas não se restringem apenas à memória. Já “subjetivo” por se referir a autopercepção do desempenho cognitivo.

Diferentemente, o Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é uma condição sindrômica de transição entre a cognição normal e demência, detectado por meio de testes cognitivos. É uma fase sintomática, porém pré-demencial de várias condições neurológicas como a doença de Alzheimer (DA). Assim, a DCS apresenta um estágio anterior em uma trajetória de declínio cognitivo.

Vários estudos têm demonstrado que a prevalência de DCS é relativamente alta e comum na população idosa.Essa prevalência aumenta conforme se elevam as faixas etárias. O DCS é um sintoma inespecífico e pode estar relacionado à inúmeras condições como envelhecimento normal, traços de personalidade, condições psiquiátricas, distúrbios neurológicos e médicos, uso medicamentos e outras substâncias. Também pode ser afetada pelo histórico cultural individual.

Foi consolidado na literatura que o CCL precede as demências de diferentes etiologias (como a DA). No entanto, algumas pessoas antes de ter um desempenho menor em avaliações cognitivas já possuem uma queixa de memória

Benefícios
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subjetiva (DCS). Inclusive, alguns estudos têm demonstrado que os pacientes com DCS a doença têm risco aumentado de progressão para CCL e DA. Embora muitos indivíduos com DCS podem possam permanecer estáveis ou, mesmo em alguns casos, pode ocorrer reversão desse declínio subjetivo.

Como pode ser identificar o DCS?

Não há um instrumento padrão-ouro usado para caracterizar e mensurar o DCS. A variabilidade do método de avaliação é muito ampla entre os estudos e isso torna muitas vezes difícil a comparação entre eles. No Brasil, existem pouco questionários DCS traduzidos e adaptados para nossa língua e cultura.

Como intervir no DCS?

Paciente com DCS não deveriam ser negligenciados, pois isso se relaciona com os sintomas angustiantes que eles experimentam. A autopercepção das dificuldades cognitivas pode levar à raiva, aumento do estresse e medo da demência. Observa-se também que há evidências crescentes de que características de ansiedade e depressão são comuns em pacientes com DCS. Portanto, pacientes pessoas com DCS, independentemente da etiologia, se beneficiam de intervenções que melhorem o bem-estar psicológico.

Dada a falta de tratamentos baseados em evidências para oferecer aos pacientes com DCS na clínica, é preciso buscar soluções alternativas. A metacognição, a visão que um indivíduo tem sobre seu próprio funcionamento cognitivo, pode ser de relevância como alvo terapêutico. A superestimação do comprometimento cognitivo pode estar associada a dificuldades na avaliação do desempenho cognitivo (ou seja, dificuldades metacognitivas). Melhorar esta capacidade metacognitiva pode reduzir o comprometimento cognitivo subjetivo experimentado por essas pessoas.

Outra possibilidade são as intervenções psicoeducativas em grupo, pois estudos apontam para melhoria eficaz do bem-estar psicológico, relevante e importante, para pessoas com DCS.Por exemplo, a psicoeducação sobre o envelhecimento cognitivo e a ligação entre dificuldades cognitivas e estresse ou ansiedade, juntamente com o gerenciamento de metas e estratégias para melhorar o treinamento de metacognição e o relaxamento.Já as intervenções cognitivas, descritas em algumas literaturas, têm efeitos moderados na melhoria do desempenho cognitivo objetivo, com pouca relevância clínica para grande maioria dos pacientes com DCS.

Referências

Bhome R, et al. Interventions for subjective cognitive decline: systematic review and meta-analysis. BMJ Open,vol. 8, 7 (2018):e021610.

Jessen F, et al. “A conceptual framework for research on subjective cognitive decline in preclinical Alzheimer’s disease.” Alzheimer’s & dementia:the journal of the Alzheimer’s Association, vol. 10,6 (2014): 844-52.

Studart AN,Nitrini R. Subjective cognitive decline: The first clinical manifestation of Alzheimer’s disease?.Dementia &Neuropsychologia, vol. 10,3 (2016): 170-177

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Foto: Supera

Astronomia e Astrologia na Mitologia II

O CÉU URANO - AQUÁRIO

Independente do período histórico, o “Céu” sempre foi alvo de interesse do ser humano, e isso não era diferente na Grécia Antiga.

Na Mitologia Grega, o céu era personificado pelo Titã Urano. Ele foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra), e mais tarde casou-se com ela. Mas Urano odiava os próprios filhos, por receio de ser destronado por eles, por esse motivo, aprisionava-os no interior da própria Gaia (Na psicologia representa a eterna disputa entre Pais e Filhos). Revoltada, Gaia conspirou com os filhos de Urano (os chamados Titãs) para destruir o deus primordial. E assim, Urano foi castrado por seu caçula, Kronos, titã do tempo (por isso falamos cronológico, cronometro).

Tempos depois Kronos passou por uma situação bem parecida, como a do seu pai Urano. Agora Kronos também temia ser destronado pelos filhos e para que isso não ocorresse devorava os próprios filhos, essa barbárie do Titã não durou por muito tempo, Kronos foi derrotado pelo seu filho caçula, o deus Zeus. Por fim, ao destronar o pai e garantir a vitória dos deuses, Zeus se tornou o deus do céu e dos raios, e rei do Monte Olimpo, onde os deuses viviam.

Na Astronomia Urano é o sétimo planeta a partir do Sol e o terceiro maior do Sistema Solar. O astrônomo Johann Bode decidiu manter a tradição de batizar os planetas em homenagem aos mitos greco-romanos, e escolheu Urano por causa da tonalidade azul celeste que toma conta do planeta, já que Urano, na mitologia, é o deus do céu.

Falando sobre o Cosmos magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.21

Na Astrologia Urano rege o signo de Aquário, os nascidos sob essa influência desse planeta possuem facilidade para entender a religiosidade e as energias espirituais. São originais, criativos, independentes, intuitivos e idealistas. A principal característica da Influência Energética de Urano foi a forma como a “tecnologia avançou e modificou a vida de todos nós”.

O SOL APOLO - LEÃO

Na Mitologia o Sol foi representado por diversas divindades na mitologia grega: Hiperião, Éos, Hélio e Apolo.

O primeiro Sol foi Hiperião, um titã, filho de Urano. Mas foi preso por Zeus e pelos deuses depois que Kronos foi derrotado. Da união entre Hiperião e uma titânide, Teia, nasceram outras divindades relacionadas à astronomia. Dentre elas, a deusa Éos e o deus Hélio.

Éos é a personificação do amanhecer e do pôr do Sol. Na “prática”, essa divindade tem como principal função, abrir as portas do céu para a carruagem de fogo, do seu irmão Hélio passar. Hélio se tornou a personificação do Sol depois que Hiperião foi preso. O poeta Ovídio descreve o Sol como uma biga, puxada por quatro cavalos de fogo.

E por fim, o deus Apolo, filho de Zeus e um dos doze olimpianos (os deuses mais importantes). Personificou o Sol, e também, as profecias, a medicina, a música e a poesia.

Na Astronomia O Sol é a estrela que fica no centro do sistema solar, sendo que todos os corpos celestes deste mesmo sistema giram em torno dele. É por causa da luz solar e do calor irradiados por ele que temos alimento, fertilidade e saúde. Sem ele não haveria vida no planeta Terra.

Na Astrologia o Sol rege o Signo de Leão. remete à ideia de “centro”. É por esse motivo que o Leonino se torna o centro das atenções. A Influência Energética do Sol na Astrologia indica a área da vida em que despertamos uma maior consciência sobre quem realmente somos, e qual é a nossa verdadeira missão aqui na Terra. É atingirmos a Iluminação.

A LUA HÉCATE – CANCÊR

Na Mitologia passou por representações diversas, tais como: Selene, Ártemis e Hécate.

Inicialmente, a personificação da Lua é Selene, irmã de Hélio. Selene também foi sendo associada a outra deusa, até que ela de fato a substituísse, trata-se de Ártemis, a irmã gêmea de Apolo, também uma olimpiana. Diferente de Selene, que teve vários amantes ao longo

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de seu mito, Ártemis era uma caçadora virgem, que teve um único amor. É a deusa também da castidade, do parto, do arco e flecha e dos animais selvagens. Outra deusa associada à Lua é Hécate, principalmente ao brilho lunar, para ser mais exato. No entanto, era mais conhecida por ser a deusa da magia. Hécate era misteriosa e obscura, voltada a encruzilhadas, entradas, fogo, luz, bruxaria, o conhecimento de ervas e plantas venenosas, fantasmas, necromancia e feitiçaria.

Na Astronomia a Lua é o único satélite natural da Terra e o quinto maior do Sistema Solar. A forma como a luz solar incide sobre a sua superfície e como a enxergamos da Terra produz as diferentes fases da Lua. Além disso, ela interage com o nosso planeta e dá origem às marés e aos eclipses.

Na Astrologia a Lua rege o signo de Câncer – Elemento Água, possuem boa comunicação interpessoal, capacidade de agregar pessoas, independente, de grande beleza, emotivo, fértil, instintivo e intuitivo. O caranguejo (símbolo que o representa) vive em dois mundos e evita se expor por questões de adaptabilidade. A Influência da Lua nos remete a sentimentos e aspectos do inconsciente. Como a Lua tem poder sobre as marés, interferindo em grandes volumes de água, ela também influencia as águas do nosso corpo. Não só o nosso corpo é influenciado pela mudança de Lua, como também o nosso humor, nosso comportamento, nosso lado místico e o nosso estado de espírito.

MARTE ARES - ÁRIES

Na Mitologia Marte (Ares) era o deus da guerra, filho de Júpiter e Juno. Era um deus bárbaro e desprovido de cultura, era muito cruel, pois destruía a todos aqueles que se opusessem a seu caminho; impulsivo ao extremo, Marte dava vazão a seus instintos brutais, não poupando ninguém de sua sede de sangue. Essa sua costumeira precipitação, ao dar vazão a seus impulsos, quase sempre lhe tirava a vitória certeira. Marte apreciava a destruição, e a tinha como uma espécie de diversão. Tinha como companheiras deidades tão terríveis quanto ele: Fobos (o Medo), Deimos (o Terror), Éris (a Discórdia).

Minerva, a deusa da Sabedoria, também era uma deusa guerreira, porém suas características eram opostas ao seu irmão Marte: enquanto Marte era impulsivo, Minerva conduzia suas batalhas pela estratégia e aguçada inteligência. Numa luta entre esses dois Irmãos, Minerva saiu vitoriosa. Marte fora imortalizado também como o grande amante da insaciável deusa Vênus.

Na Astronomia Marte é um planeta rochoso com uma atmosfera fina, é o quarto planeta a partir do Sol, o segundo menor do Sistema Solar. Batizado em homenagem ao deus romano da guerra, muitas vezes é descrito como o “Planeta Vermelho como Sangue”, porque o óxido de ferro predominante em sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada.

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Na Astrologia Marte rege o signo de Áries - Elemento fogo - O Ariano vai direto ao ponto e não gosta de enrolação. É rápido e resolve logo o que precisa ser resolvido. Adora um desafio e ri da cara do perigo.

A Influência do Planeta Marte nas pessoas faz com elas ultrapassem barreiras. Marte nos motiva a utilizar a nossa força, coragem e forma de atacar, de se defender e conquistar, de como agir perante os desafios e resolver as questões. Marte também desperta a nossa motivação com relação aos desejos e atrações instintivas.

VÊNUS

Na Mitologia a deusa Vênus (Afrodite) nasceu das espumas do mar, fecundadas pelos testículos de Urano, caídos no mar após a castração imposta por Saturno (deus Kronos). Dotada de extraordinária beleza, logo atraiu a atenção de todos os deuses em sua chegada ao Olimpo, Júpiter (deus ZEUS) fez com que Vênus casasse com Vulcano, o deus coxo, de feições horríveis. Mas, devido a sua extraordinária beleza e encantos, traiu Vulcano com deuses, heróis e homens, mesmo porque possuía uma guirlanda que fazia com que nenhum homem resistisse a seus encantos. A deusa do Amor e das paixões ardentes, certa vez, teve um intenso relacionamento amoroso com o deus Marte (deus Ares), mas Vulcano descobriu a traição de Vênus, então, armou um plano para flagrar os dois amantes juntos: forjou uma rede mágica tão fina, que era praticamente indestrutível e imperceptível. Armou a rede no leito de Vênus e num dos encontros dos Amantes, assim que deitaram na cama a rede caiu sobre eles e os dois ficaram presos na armadilha. Vulcano, então, chamou todos os deuses do Olimpo a seu quarto, para verem a traição e assim envergonhar os amantes. Mas mesmo com o passar do tempo os dois Amantes não desistiram dos encontros às escondidas. Este Amor, imortalizado em tantas obras literárias, une dois seres, não somente para satisfazer seus apetites carnais, mas sim para que juntos vivam como se fossem um só. O Amor verdadeiro pode nascer da simples atração carnal, pois ele se apossa do homem como uma flecha que o atinge sem se aperceber, o que o faz se despir de seu manto maculado pelo desejo para se vestir com o manto puro do Amor verdadeiro. Assim, Vênus se apresenta também sublime, como a deusa do Amor em sua plenitude. Conforme relatou Platão, esta natureza dupla de Vênus, que mostra uma contradição concebida sob duas formas na mesma deusa, dava a impressão de que fossem duas deusas: Afrodite Urânia (deusa do Amor puro) e Afrodite Pandemos (deusa do amor carnal).

Na Astronomia Vênus é o segundo planeta mais próximo ao Sol e o segundo objeto mais brilhante no céu noturno, atrás apenas da lua. Por isso os romanos o nomearam em homenagem a deusa do amor e da beleza.

Ele foi o único planeta do Sistema Solar que recebeu o nome de uma figura feminina, fazendo com que fosse naturalmente associado ao amor, à feminilidade e ao romance ao longo da história.

Vênus é o planeta mais parecido com a Terra do nosso Sistema Solar, só que

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AFRODITE – TOURO E LIBRA

é muito quente, a Temperatura na superfície chega a 462 Graus. Os dois corpos são quase do mesmo tamanho e a composição de Vênus é basicamente igual ao do nosso planeta. A órbita de Vênus também é a mais próxima da Terra do que qualquer outro planeta do sistema solar. Um dia em Vênus dura mais que um ano no planeta.

Historicamente o Planeta Vênus atinge seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso, sendo por isso conhecido como a “estrela da manhã (Estrela-d’Alva) ou estrela da tarde (Vésper); também é chamada Estrela do Pastor”. você poderá visualizar Vênus na direção noroeste, aproximadamente 25 graus acima do horizonte.

Na Astrologia Vênus rege os signos de Touro e Libra: Vênus rege os dois signos porque taurinos e librianos costumam ser pessoas que prezam pelo amor, equilíbrio e a elegância. Apreciam a estética e a perfeição em tudo que fazem, expressam cordialidade e carinho para com quem convivem. Touro pertence ao Elemento Terra – O Taurino tem muitas virtudes... Inteligência, paciência, bom gosto, beleza natural, sensualidade, é persistente e trabalhador. O Taurino tem uma tendência natural para acumular bens materiais e muito dinheiro, além de um ótimo senso de organização financeira. Mas também é teimoso e as vezes pode ter um temperamento muito forte.

Libra pertence ao Elemento Ar – O Signo de Libra, em geral, se identifica com características como a cortesia, a delicadeza, a beleza e a busca constante pelo equilíbrio. Librianas e librianos típicos adoram viver relacionamentos e algumas vezes têm um pouco de dificuldade para tomar decisões, mas é conhecido por ser justo com tudo e todos.

A Influência do Planeta Vênus em todos nós colabora de forma positiva, na nossa força de vontade, coragem, forma de atacar, se defender e conquistar, de agir perante os desafios e resolver nossas questões do dia a dia. Vênus também influencia no despertar das nossas motivações. No amor, o planeta influencia nossos instintos e desejos mais profundos. Uma boa dica é observar Vênus a noite e se conectar com a energia desse planeta estrela.

MERCÚRIO HERMES – GÊMEOS E VIRGEM

Na Mitologia o deus Mercúrio era chamado de “Hermes” pelos gregos. Mercúrio é filho do deus Zeus e da ninfa Maia e irmão de Apolo. Por ter excelente gênio para a permuta desde o nascimento, Mercúrio é também o deus do Comércio, e também, a personificação da inteligência. Seu talento com as palavras rendeu-lhe o título de deus da comunicação e a função de mensageiro de Zeus. Era um deus que fazia o meio de campo entre deuses, heróis e humanos. Também é dada a ele a tarefa de conduzir as almas até o sombrio mundo dos mortos, pois lhe é conferido o direi-

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to de transitar livremente entre o mundo dos vivos bem como a morada de Plutão (deus Hades), o deus guardião dos mortos. Desde criança Mercúrio era um deus irrequieto, ágil e rápido, mas igualmente perspicaz, e com pouca idade já arquitetava travessuras e invenções fantásticas, um exemplo foi a invenção da lira, o instrumento musical de maravilhosa sonoridade, também é creditada a ele. Uma lenda diz que o jovem Mercúrio inventou a lira unindo tripas de reses ao casco de uma tartaruga; a maravilhosa invenção encantou tanto o deus Apolo que este perdoou Mercúrio por ter roubado suas novilhas. A inventividade do deus da velocidade não para por aí. Ele também é o primeiro a conceber a flauta que mais uma vez deslumbra Apolo que o recompensa com um cetro mágico (Caduceu) em troca. A aparência do deus Mercúrio é caracterizada pelas sandálias aladas, capacete com asas e o famoso caduceu, o cetro mágico ornado com duas serpentes.

Na Astronomia um dia em Mercúrio dura 59 dias na Terra. A velocidade de rotação desse planeta pode atingir 180 mil km/hora. Mesmo sendo o planeta mais próximo do Sol, sondas espaciais encontraram gelo em Mercúrio. A temperatura na superfície do lado de Mercúrio mais perto do Sol chega a 427 graus Celsius Positivos, uma temperatura quente o suficiente para derreter metais. No lado oposto, ou lado da noite, a temperatura desce a menos de 182 graus Celsius Negativos. Esse Planeta foi associado a Mercúrio (Hermes), o mensageiro dos deuses, justamente por causa da sua grande velocidade em toda a sua trajetória, igualmente ao deus Veloz... Tudo a ver com Gêmeos e Virgem.

Na Astrologia Mercúrio rege os Signos de Gêmeos e Virgem: Mercúrio rege os dois signos porque Gêmeos e Virgem são signos curiosos, “rápidos”, espertos, estratégicos e possuem facilidade em conquistarem bons relacionamentos.

Gêmeos pertence ao elemento Ar – O Geminiano são comunicativos, versáteis e sociáveis. Gostam de criar linhas de raciocínio e especulações na tentativa de entender diversos assuntos e conhecimentos.

Virgem pertence ao elemento Terra – Pessoas do signo de virgem são inteligentes, detalhistas, metódicas, organizadas, discretas e perfeccionistas. “Trabalham para ter segurança e estabilidade financeira. Como são regidas por Mercúrio, estão sempre em busca de conhecimento.

O Planeta Mercúrio influencia energeticamente a nossa inteligência emocional e a forma como nós nos comunicamos. Por ser o mais próximo ao Sol, tem forte influência nos nossos: Raciocínio lógico, senso de organização, comunicação e aprendizado.

PLUTÃO HADES - ESCORPIÃO

Na Mitologia, Plutão era chamado de deus Hades pelos Gregos. Hades era o deus do submundo para os gregos antigos. Ele era responsável por evitar que os mortos retornassem ao mundo dos vivos. Contava com a ajuda de Cérbero, um cão de três cabeças, para impedir que os mortos abandonassem o submundo. Era filho de Kronos e Reia e irmão de Zeus. O deus Hades costumava passear pelas profundezas do palácio ao lado de sua esposa Perséfone em uma carruagem.

O relacionamento do deus Hades com a deusa Perséfone aconteceu através de um golpe, no qual Hades enganou a deusa, oferecendo-lhe

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um fruto proibido (romã) para que fosse comido no seu submundo.

Hades, que também era tio de Perséfone, avistou a deusa no monte Olimpo colhendo narcisos e, como ela era muito bela, acabou chamando a atenção dele que logo a convidou para comer do fruto no Submundo.

A deusa não sabia, mas comer a romã no submundo era uma maneira de selar o seu casamento com Hades. Com isso, ela ficaria um terço do ano com ele e o restante do período retornaria à superfície.

Esse mito, durante muito tempo, foi usado para explicar as estações do ano a partir do humor de Deméter, deusa das estações do ano e “Mãe de Perséfone”. Pois, durante os meses de inverno Deméter ficava triste, já que sua filha estava ao lado de Hades no submundo, já nos meses de verão, outono e primavera a rainha ficava feliz por estar novamente ao lado de sua filha Perséfone. E para que Deméter pudesse ficasse mais tempo com a filha, Zeus e seu filho Hermes fizeram um acordo com Hades, pois se Perséfone permanecesse o tempo todo no submundo, a sua Mãe ficaria triste e seria Inverno o ano todo, isso faria com que os humanos não pudessem plantar e colher os alimentos, colocando um fim na vida do planeta Terra.

Na Astronomia Plutão é um planeta anão que está localizado a 5,9 bilhões de quilômetros distante do Sol.

Vale ressaltar que Plutão não é mais considerado um planeta do sistema solar desde 2006. Nesse ano, a União Astronômica Internacional o classificou como um “planeta anão” por conta das novas classificações que definiam um corpo celeste como planeta.

Assim, o grupo, formado por 2,5 mil cientistas, estabeleceu que para ser considerado um planeta, o corpo celeste deve:

• assumir a forma arredondada;

• ter gravidade própria a partir de sua volumosa massa;

• orbitar em torno de uma estrela;

• ser dominante na órbita.

Lá vem a Ciência novamente definir o que é e o que não é. Mas recentemente parece que com novos estudos sobre planetas, Plutão irá voltar a fazer parte da categoria de Planetas novamente.

Quando foi descoberto, por ser o planeta mais distante do Sol, recebeu o nome do mais obscuro de todos os deuses: o deus Plutão (Hades para os Gregos). Chega a ser hilário e misterioso... Como se não bastasse os acordos com os antigos deuses, Plutão ainda continua gerando intrigas e discussões até com a sociedade científica atual.

Na Astrologia Plutão rege o signo de Escorpião e a relação entre os dois é bastante interessante... Hades, o deus do submundo, é famoso por ter sequestrado Perséfone. Da mesma forma, escorpianos são conhecidos pelo ciúme e pela tendência à possessividade. Mas, assim como Hades, não são pessoas más, pois conseguem equilibrar a inteligência e a emoção, é uma companhia estimulante, amável e sensual. Sabe superar crises e evoluir nos tempos difíceis, aceitando que a vida é sinônimo de mudança. Associado à morte, ao dinheiro, ao sexo e à espiritualidade, os nativos de escorpião são profundos e intensos em tudo o que fazem.

A Influência Energética de Plutão nos ajuda a assimilar a dor como força contida nas profundezas (Submundo) do nosso ser, que, quando emerge, junto a ela vem a capacidade de superar toda e qualquer eventualidade. Estas forças ocultas (Sombras) viabilizam a metamorfose da vida, a competência de gerar, degenerar e regenerar. Quando conhecemos e fazemos as pazes com as sombras do nosso submundo (morada de Hades) nos tornamos mais fortes e inteiros novamente.

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.27

Na Mitologia Jupiter era o deus ZEUS para os Gregos. Era uma importante divindade da mitologia grega, considerado pelos gregos antigos o deus supremo do Universo. Era detentor do raio e era o deus dos céus, do raio e do trovão.

Era filho de Kronos e Réia. Kronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para que não tomassem seu lugar no trono. Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já cansada de tanto sangue e sofrimento deu a Kronos uma pedra embrulhada no lugar de Zeus, salvando sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o último filho e encerraria o reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai.

Assim que Kronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho saiu a procura de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque de Creta e foi alimentado com mel e leite de cabra. E assim quando cresceu foi a caminho do pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus obrigou seu pai a engolir uma bebida mágica, que vomitou todos os filhos que tinha devorado no passado. Foi então que Zeus conheceu seus quatro irmãos: Deméter, Poseidon, Héstia e Hades, faltou apenas a Hera, que assim como Zeus, foi poupada e não estava ali.

Zeus ainda liberou ciclopes, estes gigantes deram Raio a ele. Então após dez anos, que foi o tempo que durou a guerra, entre os deuses e os Titãs, Zeus subiu ao Olimpo junto com seus irmãos Poseidon e Hades que o ajudaram a destruir Kronos e os demais Titãs, por fim comandaram o Céu, a Terra, o Mar e os demais deuses.

Zeus tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e fazia relâmpagos e trovões e com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações.

Zeus casou-se três vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência e com ela teve sua filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da justiça. E sua terceira esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários herdeiros, mas o único que foi filho legítimo de Hera e Zeus foi Ares, o Deus da guerra. Hera era muito ciumenta e agressiva já que Zeus tinha muitas amantes, e que também acabou tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu poder de sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa.

Zeus é o deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro conhecimento é obtido apenas a partir da dor.

Na Astronomia Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, o quinto a partir do Sol e o quarto corpo celeste mais brilhante no céu – os demais são o Sol, a Lua e Vênus. A massa é 318 vezes superior à da Terra e maior que todos os planetas do Sistema Solar juntos.

ZEUS
SAGITÁRIO
magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.28 JUPITER
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Tem cerca de 143 mil quilômetros de diâmetro no equador, o que equivale a 11 vezes mais que o diâmetro da Terra. É orbitado por 67 satélites naturais, situando-se a uma distância média de 778,3 milhões de quilômetros do Sol.

Foi batizado com esse nome em homenagem ao governante do Olimpo, Júpiter (Zeus para os Gregos), o deus dos deuses. Júpiter, assim como Saturno, exibe um sistema de anéis, contudo são tênues e menos brilhantes, não observáveis a partir da Terra e que só foram descobertos em 1979 pela sonda Voyager 1.

Na Astrologia Jupiter rege o signo de Sagitário, está ligado ao elemento Fogo. Ele precisa se cercar de coisas e pessoas que sejam interessantes, por isso há uma maior vontade de viajar e conhecer locais e pessoas novas. Há uma maior curiosidade intelectual e sede por conhecimento com este posicionamento. E extrovertido e divertido por natureza, o sagitariano veio ao mundo para viver aventuras e se jogar nas novas experiências. (Semelhante ao deus Zeus).

Sua Influência Energética nas pessoas gera valores da alma e dos caminhos por ela trilhados. Assim, Júpiter também é muito associado às buscas espirituais, ao senso de que existe algo maior e que nos faz evoluir como pessoas. É o que vai muito além do palpável, como a fé, os estudos superiores e a filosofia. Através da sua energia, traçamos um caminho a seguir. Júpiter sinaliza esperança, nossa capacidade de perceber o valor das coisas e fazer relacionamentos e boas escolhas. Revela a facilidade em reconhecer e fazer valer as leis, de organizar a vida de acordo com as regras e de respeitar as normas sociais.

SATURNO KRONOS - CAPRICÓRNIO

Na Mitologia Grega Saturno era o deus Kronos, filho mais jovem de Urano e Gaia. Como os filhos de Urano eram terríveis e devastadores, Urano prendia todos no Tártaro, o mundo subterrâneo. E continuava fecundando a mulher, mas Gaia também está cansada de ter filhos. Então, a Titã e seu filho Saturno (Kronos) entram num acordo... Gaia dá uma foice, afiada para o filho. Saturno corta os testículos do pai. Mas Urano não morre, pois é imortal. O que morre é o seu reino, que passa a ser ocupado por Saturno. A foice é símbolo de morte e de colheita e uma nova esperança sempre nasce da natureza.

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Kronos quer dizer Tempo (deu origem ao Cronometro, a Cronologia): a fome devoradora da vida, o desejo insaciável de evolução.

Kronos une-se a Réia ou Cibele e faz seu próprio reino. Como um oráculo havia-lhe dito que seria, também, destronado por um filho, Kronos passa a devorar todos os filhos que nasciam, assim que nasciam eram devorados. Mas a evolução precisa continuar e ela só aparece com mudanças. Então, a profecia se cumpre e Zeus (Jupiter) derrota seu pai Saturno e cria outro reino, a geração de deuses mais evoluída.

Essas três gerações, de Urano, Saturno e Júpiter, mostram a evolução da humanidade. A última talvez corresponda ao Homo Sapiens, ou ao ser consciente, bípede, falante e criador.

Quando Júpiter (Zeus) derrotou Saturno (Kronos), prendeu-o por dez anos no Tártaro e dividiu o mundo com os irmãos. Deméter, Poseidon, Héstia, Hades e Hera.

Em Roma realizavam-se festas, chamadas Saturnálias, em honra desse deus, no mês de dezembro.

Na Astronomia Saturno recebeu esse nome em homenagem ao deus romano do tempo, que, na mitologia grega, atende por Kronos (é por isso que usamos termos como “cronologia”, “ordem cronológica”, “cronômetro”).

Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e é o segundo maior planeta do Sistema Solar, ficando atrás apenas de Júpiter. Suas dimensões são 9 vezes maiores que as da Terra. Devido à sua composição, é conhecido também como gigante gasoso e destaca-se pela beleza do sistema de 7 anéis que o circunda, os quais são formados a partir de fragmentos de rocha e gelo.”

Na Astrologia Saturno rege o signo de Capricórnio. Esse signo tem ambição sob medida e um bom gerenciamento de objetivos. Geralmente seus nativos focam seus esforços em suas carreiras e reconhecimento. Grandes organizadores e planejadores, facilmente assumem responsabilidades e são ótimos para cuidar dos negócios.

Saturno nos influencia para que tomemos consciência das nossas limitações e assumimos as nossas responsabilidades. Um chamado para o amadurecimento.

Saturno é o último planeta visível a olho nu. Simboliza, por isso, os limites possíveis e o reconhecimento da nossa realidade. A natureza saturnina é da disciplina, das responsabilidades, da observação e da organização. Trata da experiência adquirida com esforço e trabalho, mexendo também com as nossas estruturas. Ele nos fala de resiliência e restrições. É a experiência adquirida com dedicação e trabalho, conduzindo ao nosso caminho de aprimoramento.

Sua mensagem é persistir respeitando limites e acolhendo a realidade, ativando a nossa disciplina.

O Ensinamento do deus Saturno, por sua vez é muito interessante, pois muitas pessoas não vivem o Tempo de Kronos na sua Totalidade. Um exemplo: “Faz de conta que você conhece uma pessoa muito grossa e pessimista, e também, faz 10 anos que você não vê e nem conversa com ela. Mas por obra do destino, você dá de frente com ela numa festa de amigos, e sem mais nem menos ela resolve falar com você, e durante toda a conversa você percebe que ela não mudou absolutamente nada, ou seja, durante os 10 anos que se passaram ela não mudou em nada, a pessoa não amadureceu, ela não expandiu a consciência”. Esse exemplo mostra bem que tal pessoa não soube viver o Tempo de Kronos.

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Na Mitologia, quando os deuses derrotaram os Titãs, decidiram então que o governo do universo deveria ser dividido entre os vencedores. Coube a Netuno (correspondente ao deus grego Poseidon), ser o deus reinante dos mares, oceanos, rios e as manifestações de todas as águas.

A característica visual mais marcante desse deus é o tridente, poderosa arma que provocava terríveis maremotos e terremotos ao ser fincado no leito do mar. Uma lenda conta que foi Netuno que deu os cavalos aos homens, mas apesar do belo e útil presente, os homens o temiam por Netuno ser perigoso e ameaçador, capaz de causar catástrofes que poderiam dizimar aldeias ou até cidades inteiras. Netuno também deu muito trabalho na Odisseia do Herói Odisseu.

A característica visual mais marcante desse deus é o tridente, poderosa arma que provocava terríveis maremotos e terremotos ao ser fincado no leito do mar.

Na Astronomia Netuno é o oitavo planeta a partir do Sol. É um gigante gasoso, bem como Júpiter, Saturno e Urano. Está distante 4,5 bilhões de quilômetros do Sol e demora 156 anos terrestres para completar uma órbita. Foi descoberto em 1846 e recebeu o nome de Netuno, o deus dos mares, devido a sua cor azulada que resulta da elevada quantidade de metano na atmosfera.

O planeta Netuno é composto, principalmente, de água muito quente, amônia e metano no seu núcleo, que possui aproximadamente o tamanho da Terra. A atmosfera é formada por hidrogênio, hélio e metano. Assim como Urano, Por conta das peculiaridades do núcleo e atmosfera, Netuno também é chamado de gigante de gelo.

Na Astrologia Netuno rege o signo de Peixes. Esse signo possui sensibilidade, intuição e imaginação bem aguçadas. É o signo mais elevado e representa o último estágio de aprendizado da Escola da Vida. E existe algo muito interessante no fato de Peixes ser o último signo do ano zodiacal, ele é responsável pela síntese, representa a reconexão de todos os signos como iguais.

Peixes também está ligado às mais raras virtudes humanas, tais como a compreensão, humildade, filantropia, compaixão, empatia, sensibilidade superior e amor devocional.

O signo de Peixes é capaz de se doar totalmente a algum objetivo e de esquecer seus próprios interesses, até financeiros.

A Influência Energética do Planeta Netuno na humanidade aumenta a capacidade de sonhar, é o que vibra a alma de todos nós. ele nos lembra que é preciso

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POSEIDON
NETUNO
- PEIXES

olhar para dentro, escutar a nossa voz interior e entender que nem tudo é palpável, pois infinitos mistérios e tesouros estão escondidas nos abismos do mar do Inconsciente.

Como o deus Netuno é, capaz de provocar tempestades e calmarias com as águas. Trazendo isso para a Astrologia, o movimento do mar seria as ondas psíquicas, ou seja, as nossas emoções.

É tudo aquilo que pode causar um turbilhão interno, gerando “Nossas tempestades internas”, mas que quando é reduzido, permite a vivência em um mar interior tranquilo e sereno. Portanto, Netuno tem relação com todas as nossas emoções mais profundas. Também é importante pensar que o mar é um local onde todas as outras águas do mundo desaguam, é onde todas as coisas se encontram, nos proporcionando uma conexão cósmica com o Todo... “Somos todos Um”.

“Agora me digam!... Não é mais legal que os Conhecimentos formem um todo para o nosso entendimento?... Ficamos sabendo da sua Origem, do seu Significado e da sua influência em nossas vidas. Conclusão: Eis o porquê os Conhecimentos devem permanecer unidos, um complementando o outro”.

Fontes

https://canaltech.com.br/espaco/como-os-gregos-interpretavam-os-astros-165117/ https://espacoastrologico.com.br/2018/06/25/os-deuses-planetarios-da-grecia/ https://aminoapps.com/c/astronomo/page/blog/comparacao-dos-deuses-gregos-com-os-planetas/LzbB_zzh8uqYbdbb7m7G6W2RZg8QEYzog https://www.todamateria.com.br/deuses-do-olimpo/ https://brasilescola.uol.com.br/geografia/urano-2.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/lua.htm https://www.infoescola.com/mitologia-grega/zeus/

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O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção.

Livre Acesso voltará em breve

lawrencegnogueira@adv.oabsp.org.br

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GENTIL GIGANTE jornalismo
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Vamos dar as mãos

Querido leitor, tenho participado de vários eventos ultimamente e uma tônica que não me deixa, é pensar sobre as situações de vulnerabilidade.

Não me refiro apenas às questões de fragilidade econômica social, mas a toda possibilidade de alguém ser exposto, prejudicado ou atacado fisicamente ou emocionalmente.

Desde o ventre o bebê pode sofrer as consequências do que acontece com sua mãe, o hormônio do estresse pode influenciar seu funcionamento cerebral, criança negligenciada ou agredida, também carregará o pesado fardo do trauma.

A vida adulta não é fácil também. Quantos que sofrem discriminação por motivos pífios como racismo, preconceitos, condição social precária e até violência pela posição politica!

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.35
Divã

Em minha prática profissional vejo o quanto às pessoas sofrem em função de desavenças, dificuldades de comunicação efetiva, hostilidades gratuitas e distanciamentos de pessoas próximas. Os motivos muitas vezes são por “bobagens”, herança, falas incompreendidas e uma pré-disposição para a briga.

A vida já carrega em seu bojo o sofrimento natural, por doenças, acidentes, fatalidades, catástrofes e derrocadas. Não vamos sofrer e adoecer por questões irrisórias!

Na coluna anterior falamos sobre a importância da Empatia para um mundo melhor, agora quero pedir SOLIDARIEDADE. Esse ato de bondade e compreensão para com o outro que é fundamental para a evolução do ser humano.

Somos seres sociais, nosso cérebro só se desenvolve porque somos estimulados por outras pessoas e assim o é por toda a vida. Emoções como o amor e a alegria organizam nossa mente e nossos neurônios, produzimos neurotransmissores como a serotonina e oxitocina que dão a sensação de prazer e realização. Desta feita, quando fazemos o bem, o bem nasce primeiro dentro de nós. Indiscernível a sensação de ver outra pessoa encontrando seu caminho.

Mas, preciso alertar que a solidariedade deve começar em casa, com nossos familiares, parentes, amigos, colegas de trabalho, vizinhos e comunidade.

Se estivermos menos armados em nosso cotidiano, de forma fluida estamos construindo um mundo melhor.

Vamos dar as mãos, sem julgamentos e imposições de ideias e condutas. Querido leitor, como é bom estar com você!

Com amor, Sandra Schewinsky

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Freepik

Jóias preciosas

Quando criança gostava de ouvir histórias vividas pelos adultos. Meus pais, tios, outros parentes e amigos da família me encantavam com suas narrações.

Saber que os episódios que me contavam haviam ocorrido realmente e que o personagem principal era alguém “de carne e osso”, alguém que eu conhecia, me causava um misto de orgulho e admiração. Sentia como se tivesse sido presenteada por aquelas pessoas; como se elas, com suas narrativas, me dessem joias que até hoje guardo comigo. De forma muito particular me permitia, então sonhar com meu futuro, vislumbrando possibilidades de viver algo inusitado, alegre, de experimentar sensações diversas sobre as quais ouvia, interessada e curiosa, esses senhores relatar.

Foi assim, por exemplo, que fiquei sabendo que uma amiga de minha mãe foi a vencedora de um concurso promovido pela Gessy Lever, ao encontrar, em um sabonete, uma estrela dourada. Esse prêmio lhe conferia o direito de passar alguns dias em Nova York. Na ocasião, essa moça estava interessada em um rapaz que embarcava diariamente no mesmo bonde que ela usava para ir trabalhar. Percebia que ele também se mostrava interessado nela, mas não haviam tido, ainda, chance de se aproximarem.

Ela viajou para Nova York, foi entrevistada por inúmeras revistas, jornais e rádios e, ao retornar para o Brasil, foi procurada por aquele rapaz que costumava encontrar a caminho de seu trabalho. Durante sua viagem, este a acompanhara pelas reportagens. Namoraram, casaram e tiveram uma vida em comum por muitos anos.

Uma história real era muito melhor que histórias de fadas como Branca de Neve, Bela Adormeci-

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Aprendizagem na 3ª idade

da ou Cinderela! Eram histórias possíveis de se realizar...!

Recentemente um amigo muito querido deixou comigo um exemplar de um Almanaque “Vida Infantil”, datado de 1950. Eu ainda nem era nascida e ele, com oito anos e meio de idade se distraia lendo o Almanaque.

Conversei muito com ele sobre aquela época, pois havia uma história a ser lembrada em função daquela revista. Minha curiosidade de criança fora ativada com aquele material e eu precisava saber mais sobre o que ocorria no entorno do menino em 1950 e da importância depositada naquele Almanaque.

Fiquei sabendo que ele, filho único, havia aprendido a ler e escrever com a mãe, antes mesmo de ser matriculado na escola. Soube também que, desde cedo, ele lia fluentemente e que a família, por valorizar os estudos e os conhecimentos que ele demonstrava adquirir o incentivava dando de presente, em seus aniversários e no Natal, livros os mais diversos, que ele lia cada vez com maior prazer. Tanto que, nas reuniões familiares, seus parentes o desafiavam a ler textos cada vez mais longos e ele o fazia com muita satisfação.

Todos os dias seu pai ao voltar do trabalho para casa trazia um jornal, A Gazeta, que vinha lendo no bonde. Uma vez por mês trazia uma Revista “Vida Infantil” e a entregava ao filho. O Almanaque era publicado apenas uma vez ao ano, no mês de Dezembro.

Nenhum dos amigos que com ele brincavam na rua, mostrava interesse por leitura. Mesmo assim o menino não desanimou. Em certa ocasião ganhou de um tio uma escrivaninha usada – daquelas cujo tampo servia como mesa ao ser aberto e como porta do móvel, ao ser fechada. Ele então aproveitou um quarto de despejo que havia em sua casa, delimitou e organizou um espaço para ser o seu canto, transformou uma grande caixa de papelão em uma estante onde guardava as revistas, almanaques e demais livros e, juntando a escrivaninha, montou “seu escritório”. Ali ele passava boa parte do tempo estudando, fazendo as lições de casa – mesmo não gostando de fazê-las – lendo assuntos os mais variados e se preparando para viver uma vida como empreendedor e educador, conforme se tornou quando adulto.

Como reagiu meu amigo ao interesse que demonstrei sobre aquele Almanaque? Ele me respondia por escrito ou verbalmente. Nos encontros que tivemos ao longo de algumas semanas, muitas vezes exclamava: “Você está me fazendo relembrar situações que eu julgava esquecidas!” ou “Você está me ajudando a abrir um baú de recordações sobre minha infância! Que delícia!”. Apesar da nostalgia, meu amigo se refere tanto àquelas lembranças quanto ao interesse, anotações e comentários que acompanharam meu “trabalho exploratório” como algo que lhe deu muita alegria, bem estar e a sensação de momentos vividos desde a infância que foram se encadeando ao longo da vida e o remeteram a ser quem hoje ele é.

SOBRE A ACADEMIA DA FELIZ IDADE

Faz parte da programação da Academia Feliz Idade incentivar as pessoas idosas a registrar fatos, situações, lembranças que possuem desde sua infância até chegar à idade adulta e no envelhecimento. Isso tudo, para garantir significados às experiências vividas e uma coerência aos fatos vividos.

Falar sobre as próprias vivências dando sentido à sua história de vida é um exercício prazeroso, mesmo que situações negativas se façam presentes – afinal, não há história de vida sem sofrimento, sem acertos e erros, sem o acaso, sem iniciativas bem ou mal sucedidas. Poder resignificar os tempos vividos representa um trabalho que resulta em descobertas, prazer e aprimoramento das pessoas, autoras de sua história.

Que em 2023 esse mesmo espírito prevaleça e se torne uma constante na vida de todos nós

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.38

Amigo do Idoso

Volta do Bilhete do Idoso em São Paulo

Para fechar o ano de 2022, tenho uma ótima notícia: voltou a gratuidade no transporte coletivo regular para os idosos acima de 60 anos na cidade de São Paulo e Região Metropolitana que engloba 39 cidades, a partir de 15 de dezembro de 2022.

O Governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, aderiu à ideia e autorizou a gratuidade para Metrô e CPTM, a partir de 1 de janeiro de 2023.

No passado, a Lei Federal n° 10.741 de 2003, conhecida como Estatuto do Idoso, legado de Arnaldo Faria de Sá, garantiu gratuidade aos idosos acima de 65 anos no transporte público coletivo regular, para as regiões urbanas e semi- urbanas (regiões metropolitanas).

Mas, no Estado de São Paulo, o corte desse benefício aos idosos foi anunciado em dezembro de 2020 e aplicado a partir de janeiro de 2021, numa ação conjunta do, então, prefeito Bruno Covas e do governador João Dória na cidade de São Paulo e Região Metropolitana.

Aquela população mais idosa que tanto trabalhou e contribuiu para o crescimento econômico do Estado de São Paulo foi prejudicada. Grande perda e tristeza naquele momento!

Mas, vivemos um outro momento agora, reconquistando o direito e dignidade aos idosos!

Mais uma vitória do saudoso Arnaldo Faria de Sá, que, em vida, lutou tanto pelo retorno desse benefício à parcela da população que ele mais amou e lutou por seus direitos!

Na prática, significa que os passageiros da faixa etária beneficiária podem entrar pela porta dianteira ou traseira sem precisar passar pela catraca. Apenas, mostrando o RG que comprova a idade. Simples assim!

Infelizmente, já recebemos informações de passageiros idosos reclamando da falta de respeito de motoristas e cobradores com comentários denegrindo a imagem dos idosos. Gratuidade no transporte público regular já existe em outros países mundo afora!

Na Europa, por exemplo, países como a França e a Estônia já oferecem transporte gratuito à sua população, em geral.

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.39

STSP

Em Tallinn, capital da Estônia, em 2013, o governo decidiu oferecer transporte público grátis para todos os cidadãos, independente da idade, com o objetivo de diminuir a quantidade de carros circulando pela cidade para diminuir a poluição local.

Mas, a princípio, não deu muito certo, pois, somente as pessoas que já caminhavam a pé começaram a usar o serviço gratuito. A solução encontrada para atingir o objetivo inicial, foi aumentar as vias exclusivas para os ônibus e aumentar os valores dos estacionamentos numa tentativa de estimular o uso do transporte público gratuito.

Os ajustes deram certo e em 2019, já tinham diminuido em 10% (dez por cento) a circulação de carros particulares circulando pela cidade. Logo, diminuíram o índice de poluição também.

Os usuários emitem o cartão do serviço local e pagam uma taxa anual de apenas 2 euros.

A cidade de Dunkerque na Franca adotou o passe livre em 2018 e teve ótimos resultados desde a sua implantação.

Elevou para 60% (sessenta por cento), o índice de utilização do serviço de transporte público regular. Ótimos resultados!!!

A adesão ao serviço gratuito motivou os cidadãos a desistirem de circular em carros privados.

Muitos desejam vendê-los ou mesmo desistiram de comprar novos.

EUA também já operam a tarifa zero em cidades como Kansas e Olympia.

O Fare Free Public Transport, um portal colaborativo, não oficial, informou que, no Brasil, cerca de 15 municípios pequenos, do interior, já operam a tarifa zero.

Um exemplo é a cidade de Maricá no Estado do Rio de Janeiro.

Na gigante cidade de São Paulo, houve investimentos em nossos corredores de ônibus para agilizar e diminuir o tempo que os trabalhadores ficam no transporte público.

Mas, a tarifa zero voltou agora apenas para a população mais idosa, e sempre foi uma luta do nosso saudoso Arnaldo Faria de Sá que trabalhou, incansavelmente, pelo retorno desse benefício à população.

Se quiser conhecer mais sobre seus direitos sociais, venha conhecer o Instituto Arnaldo Faria de Sá – IOPREV, criado e idealizado por Dr Arnaldo, como era chamado, carinhosamente. E, eu, hoje, o dirigo com o mesmo carinho e cuidado. Informação qualificada, qualifica sua vida!

Estamos na cidade de São Paulo, pertinho do metrô Jabaquara!

Atendimentos presenciais às quintas-feiras, das 13 às 16h. Sábados, das 9 às 12h! É só chegar, nem precisa marcar!

Serviço:

Endereço - Av. Engenheiro George Corbisier, 1127 Metrô Jabaquara Contatos: 11 5015-0500 11 95879-1628 whatsapp nem precisa marcar!

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A natureza jurídica das calçadas urbanas e a responsabilidade primária dos Municípios quanto à sua feitura, manutenção e adaptação para fins de acessibilidade

Publicado em 08/2012. Elaborado em 07/2012.

As calçadas urbanas figuram como bens públicos municipais. São inconstitucionais as leis que imputam a responsabilidade precípua pela sua feitura, manutenção e adaptação aos particulares proprietários de imóveis urbanos.

1. INTRODUÇÃO

Nas vias públicas, existem, em regra, três segmentos de concreto apostos em paralelo, a saber, um caminho apropriado para o trânsito de veículos e dois passeios a ele adjacentes, destinados à circulação de pedestres. Estes últimos consistem nas calçadas, caminhos de uso público que têm, por objetivo fundamental, propiciar às pessoas de diferentes idades e condições físicas um translado seguro pelas ruas da cidade. Inobstante sua relevância social, as calçadas não têm sido construídas de maneira acessível, tampouco mantidas de forma adequada, situação que compromete o direito constitucional de ir e vir dos pedestres, especialmente no que concerne a idosos, crianças e pessoas com deficiência. Trata-se, pois, de situação que precisa ser remediada incontinenti, sob pena de afronta direta e contínua à liberdade fundamental de locomoção dos cidadãos.

Tomando por base esse contexto, o presente artigo pretende analisar, de maneira sucinta, a natureza jurídica das calçadas urbanas e aferir de quem é a responsabilidade precípua pela sua feitura e manutenção. Far-se-á, com base nisso, uma ponderação acerca da constitucionalidade das leis municipais que impõem essa obrigação aos proprietários dos imóveis, tomando-se por parâmetro as normas da lavra do Município de Natal/RN.

2. NATUREZA JURÍDICA DAS CALÇADAS URBANAS

O Código de Trânsito Brasileiro, em seu Anexo I, traz o conceito normativo de cal-

magazine 60+ #40
Arquitetura
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e Urbanismo Arquiteto e Urbanista Ricardo Tempel Mesquta CAU A78906-2 (41)3277-5299 / 98536-6059 (WhatsApp) arqmesquita@gmail.com

çada, definindo-a como “parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”. Constata-se, desde logo, que o legislador pátrio consagrou a calçada como parte integrante da via pública, esclarecendo a sua independência dos lotes em frente aos quais se instala, o que leva à inevitável conclusão de que figura a calçada como bem público por excelência. Nesse contexto, vale relembrar que, nos termos do artigo 98 do Código Civil, bens públicos são aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, id est, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, além dos respectivos entes integrantes da Administração Indireta[1]. Sob essa perspectiva, o professor José dos Santos Carvalho Filho ensina que “como regra, as ruas, praças, jardins públicos, os logradouros públicos pertencem ao Município”[2]. Levando-se em consideração que as ruas e logradouros consistem justamente nas chamadas vias públicas, bem como que as calçadas, por definição legal, são partes integrantes dessas vias, não há outra conclusão possível senão a de que são as calçadas bens públicos municipais[3].

Reconhecendo essa característica, o Município de Natal, em consonância com o disposto no Código de Trânsito Brasileiro, editou a Lei nº 275, de 12 de março de 2009, cujo artigo 2º dispõe que a calçada consiste na “parte da via pública não destinada à circulação de veículos, normalmente segregada e em nível diferente, destinada à circulação de pessoas, bem como à implantação de mobiliário urbano, equipamentos de infra-estrutura, vegetação, sinalização e outros fins quando possível”[4]. Nesse mesmo sentido, o artigo 3º, inciso XII, da Lei Complementar nº 55/2004 – Código de Obras e Edificações no Município de Natal – definiu a calçada como “o espaço existente entre o lote e o meio fio”. Inobstante haja, na referida legislação municipal, o reconhecimento de que são as calçadas bens públicos municipais, o artigo 11 da própria Lei Municipal nº 275/2009 atribui ao particular que detenha imóvel contíguo à calçada a responsabilidade precípua pela sua execução e manutenção, preceito cuja (in)constitucionalidade será analisada no próximo tópico.

3. INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL QUE IMPUTE AOS PARTICULARES ARESPONSABILIDADE PRIMÁRIA QUANTO À FEITURA, MANUTENÇÃO E ADAPTAÇÃO DAS CALÇADASURBANAS

Conforme elucidado no tópico anterior, as calçadas integram o rol de bens públicos municipais e, nessa condição, devem ser construídas e mantidas pelo Poder Público municipal. Ocorre, todavia, que as legislações municipais, em sua maioria, têm atribuído aos particulares proprietários dos imóveis que se alinham à calçada pública a responsabilidade primária pela execução e manutenção dessa parte da via. Traz-se, como exemplo nesse sentido, o disposto no artigo 11 da Lei nº 275/2009, referente ao Município de Natal/RN, in litteris: Art. 11. os responsáveis por imóveis nos termos do art. XX desta Lei, edificados ou não, situados em vias ou logradouros públicos dotados de calçamento ou guias e sarjetas são obrigados a construir as respectivas calçadasna extensão correspondente a sua testada e mantê-las em perfeito estado de conservação. (grifos acrescentados).

É de se questionar, pois, qual seria o fundamento jurídico dessa obrigação imputada ao cidadão.

Já podem ser excluídas, desde logo, as hipóteses de intervenção do Estado na propriedade privada, porquanto, conforme elucidado no decorrer deste texto, a titularidade das calçadas, assim como de toda a via pública, é do próprio Município. Não subsiste, também, o argumento de que se estaria falando em exercício do poder de polícia administrativa.

Com efeito, o poder de polícia consiste numa prerrogativa da Administração para

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interferir nas relações jurídicas privadas. Consoante os ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello, o poder de polícia pode ser compreendido em sentido amplo ou estrito. Na visão ampla, refere-se ao “complexo de medidas do Estado que delineia a esfera juridicamente tutelada da liberdade e da propriedade dos cidadãos” (destaques acrescidos). Em acepção mais estrita e específica, o poder de polícia consiste nas intervenções abstratas (normas) ou concretas (autorizações, licenças, injunções) do Poder Executivo na esfera particular, com o fito de prevenir e obstar o desenvolvimento de atividades colidentes com os interesses sociais[5]. Note-se, pois, que a esfera de atuação do poder de polícia administrativa delineia-se essencialmente pela possibilidade de se impor condutas ou restrições com o objetivo de impedir que os particulares, no âmbito de sua esfera privada – liberdades e propriedades –, atuem de modo nocivo aos interesses da coletividade. No caso específico de bens públicos de uso comum, como as calçadas, o poder de polícia pode servir de fundamento para a vedação do avanço da propriedade do lote para a área correspondente à calçada a ele contígua, como, também, pode proibir o particular de colocar obstáculos no local, como árvores, cadeiras ou mesas. Não legitima, entretanto, a exigência normativa para que o particular seja incumbido da obrigação primária de construção e manutenção dessas calçadas, porquanto, aqui, o Poder Público não está apenas restringindo o exercício prejudicial de uma liberdade pelo cidadão, mas, sim, está estabelecendo uma obrigação de fazer sem qualquer relação jurídica que a fundamente. É de se concluir, por conseguinte, que invocar o poder de polícia como embasamento para a exigência de que os particulares assumam o ônus originário pela execução e manutenção de um bem público, sem que lhes seja conferida retribuição específica, figura como abuso de poder por parte do Poder Público. Saliente-se, ainda, que essas normas abusivas afrontam diretamente o disposto no artigo 23, inciso I, da Constituição Federal de 1988, o qual, ao tratar da competência administrativa – também chamada material ou de execução –, atribui aos entes federados, de maneira expressa, a competência quanto à conservação do patrimônio público, in litteris:

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

Nesse quadrante, constata-se que lei municipal que disponha ser do particular a obrigação quanto à construção e manutenção de calçadas que porventura sejam contíguas aos seus imóveis, como é o caso da legislação do Município de Natal, padece de inarredável inconstitucionalidade, uma vez que a Constituição Federal de 1988 é expressa ao atribuir a competência do ente público, em cada uma das esferas federativas, para conservar o patrimônio público respectivo. Resta claro, portanto, que normas com esse conteúdo, por serem materialmente inconstitucionais, precisam ser afastadas do ordenamento jurídico, para que se possa exigir do Poder Público municipal, titular legítimo das obrigações pertinentes aos bens públicos municipais, a obrigação de construir e manter as calçadas urbanas de sua alçada.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme analisado no decorrer deste artigo, as calçadas figuram como bens públicos municipais e, sob essa perspectiva, mostra-se patente a inconstitucionalidade das leis que imputam a responsabilidade precípua pela sua feitura, manutenção e adaptação aos particulares proprietários de imóveis urbanos. Ressalte-se, ainda, que a atribuição de obrigações aos cidadãos quanto às calçadas que se situam em frente aos seus imóveis, além de ter como consequência jurídica uma afronta à Constituição, tem, como resultado prático, a absoluta ausência de padronização legal dessa parte da via pública, circunstância que inviabiliza a con-

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cretização da acessibilidade plena nas cidades. Repise-se, no ponto, que a ausência de acessibilidade acarreta, ainda, outra ofensa à Constituição, uma vez que impede o exercício da liberdade individual de ir e vir das pessoas com deficiência ou com dificuldade locomoção.

Constata-se, portanto, que os Municípios precisam ser formalmente incumbidos da responsabilidade pelas suas calçadas urbanas, de modo a se permitir que a sociedade e os órgãos de defesa dos interesses coletivos possam deles exigir tanto a construção das calçadas, quanto a sua manutenção e adaptação para fins de acessibilidade.

NOTAS

[1]Código Civil, art 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

[2]CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 23 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. p. 1243.

[3] De acordo com o inciso I do artigo 99 do Código Civil, os rios, mares, estradas, ruas e praças consistem em bens de uso comum do povo, de modo que essa também deve ser a classificação adotada quanto às calçadas urbanas no que se refere à destinação dos bens públicos.

[4]Destaque-se, ainda, que o inciso XXXIX do artigo 3º da Lei Municipal nº 275/2009 conceitua “via pública” como a “superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a calçada, a pista, o acostamento, a ilha, o canteiro central e similares, situada em áreas urbanas e caracterizadas principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão” - grifos acrescentados.

[5] MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 20 ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p. 772

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Foto: Prefeitura de S.José dos Campos

Conversando economia no trem

Durante uma viagem de trem, enquanto me entretinha na leitura de um caderno de economia, um adolescente sentou-se ao meu lado. Percebi que ele se sentia angustiado em descobrir o teor de minha leitura e buscava de soslaio ler parte do artigo.

Perguntei-lhe se estava interessado em Economia Política. Respondeu que não entendia nada de Política Econômica.

- Ôpa!!! Política Econômica e Economia Política são coisas diferentes, disse a ele.

- O Senhor é economista, não é?

- Sou, por que?

- É que economistas fazem muitos cálculos, cuidam de dinheiro e determinam os preços das coisas. Eu acho interessante, mas não sou bom de matemática. Talvez não fosse bom economista por causa disso, disse o rapaz.

- Em parte, você tem lá suas razões. As técnicas econômicas exigem cálculos intrincados de pesquisa de campo. A análise econométrica exige pensamento abstrato e lógico para variáveis dependentes e independentes em funções específicas. Muitas pessoas acreditam que economistas gostam de brincar de adivinhação porque a todo momento projetam um futuro previsível e inventam um futuro imprevisível. Será que é assim mesmo ou os economistas estudam as variáveis possíveis em função das manifestações humanas frente as novidades que acontecem ou ainda estão para acontecer no mercado?

- Ahhh! Isso eu não sei.

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.45 Conversando sobre economia
Foto:
www.uol.com.br

- Como você se chama, rapaz?

- Pedro, e o Senhor?

- Edson. Quanto tempo você tem de viagem, Pedro?

- Mais três horas. Trabalho na cidade e toda sexta-feira pego este trem para passar o final de semana em casa.

- Então temos tempo suficiente para trocarmos algumas ideias. Você se interessa por uma economia que despreza os números, Pedro?

- E existe uma economia sem cálculos?

- Bem Pedro... em algum momento os eventos econômicos devem ser quantificados, mas antes disso é importante que o economista entenda como os homens se comportam frente as suas necessidades.

- Como assim?

- Imagine Pedro, que neste mundo de Deus, ninguém precise trabalhar. É só erguer as mãos que você encontrará o que precisa, como frutos nas árvores para se alimentar. Basta estender as mãos e se servir. Os rios, são limpos, caudalosos e repletos de peixes.

- Isso não existe, todo mundo tem de trabalhar.

- Mas um dia existiu e essas pessoas são denominadas coletores/caçadores. Com o passar do tempo a população aumentou e a natureza deixou de ser pródiga em oferecer alimento para coleta sem esforço humano. A escassez de alimentos gerou uma necessidade a ser superada. Assim, as necessidades decorrentes da escassez obrigaram aos homens pensar em formas de produzir o que precisavam e desejavam. Essa é a primeira ordem do pensamento econômico. Bem econômico é necessariamente um bem escasso. Por ser escasso, a obtenção dele exige esforço, trabalho e técnicas. Com a organização social, essa produção foi realizada pelo trabalho escravo. O poder da propriedade passou a dar direito a um homem ser dono de outros homens subordinados à força para realização do trabalho.

- Nossa!!! Isso é muito ruim!

- Isso é péssimo, Pedro, mas durante muito tempo foi assim. E em muitos lugares do mundo esse tipo de poder sobre os outros ainda existe ou está disfarçado de uma liberdade discutível. Mas vamos continuar com a tarefa do economista sem cálculos. Você acha que aquilo que alguns homens produzem basta para o que eles precisam? Você não acha que para esses homens produzirem, eles também vão precisar de produtos feitos por outros homens? Aquele que planta a terra, não faz ferramentas. Aquele que produz ferramentas não corta as árvores e não trabalha a madeira. Aqueloutro que recolhe e trabalha os minerais não faz tecido e assim por diante, cada homem vai se especializando num tipo de trabalho que serve aos outros?

- Isso é bacana, para conseguir se desenvolver um homem precisa ajudar ao outro, disse Pedro.

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- Mais ou menos isso. O esforço desses homens gera produtos que interessam ao trabalho de outros homens. A realização desse esforço acontece quando os homens resolvem trocar produtos que um precise por produtos que sejam necessários aos outros. Esse ambiente de troca chama-se mercado. E a transação de um produto por outro produto sem envolver dinheiro chama-se escambo.

- Troca de produtos sem troco? Isso dá certo?

- Não demorou muito para esses homens descobrirem que não é fácil a troca de um bem por outro. Tem gente que deseja carne, mas só tem caneca. Eu acho que não devo trocar um boi por uma caneca. Foi para resolver essa dificuldade que se inventou a moeda. A moeda é um meio de troca, um facilitador de trocas que requer aceitação de todos, que possa ser quantificada em unidades monetárias e que mantenha uma reserva de valor para acumular poder de compra no futuro.

- Senhor, se os trabalhadores eram escravos, quem cuidava de decidir sobre o que comprar, o que vender, para quem vender e por quanto vender?

- Muito bem, meu rapaz. Você já está pensando como um bom economista. Para responder essas perguntas, você precisa pensar em Economia Política que estuda as relações sociais de produção, como os bens produzidos circulam na sociedade e de que maneira são apropriados pela sociedade para atender a satisfação das necessidades humanas. A Economia Política busca entender como acontece a apropriação de bens e do trabalho nas diversas classes sociais.

- Complicado isso, né? E a Política Econômica, o que é?

- São ações que os governos devem realizar no planejamento para atender as necessidades econômicas e o desenvolvimento de um país ou de uma região. A Política Econômica é realizada por meio de instrumentos macroeconômicos, próprios da gestão pública, quais sejam: Política Fiscal - que trata sobre as receitas de governo (impostos) e as despesas; Política Externa – são decisões com finalidade de manter o equilíbrio do balanço de pagamentos protegendo setores do comércio exterior; Política Monetária –trata da disponibilidade de moeda em mãos dos agentes econômicos que podem alterar a disponibilidade de crédito incentivando ou restringindo o crescimento econômico. Você compreendeu?

- Sim. Acho que mais ou menos eu entendi. Mas ainda preciso saber como todas essas coisas acontecem. Como o governo decide qual deve ser a melhor Política Econômica para uma adequada Economia Política?

- Ahhhh!!! Estou vendo que o bichinho das políticas o contagiou!!! Se você está interessado em saber como essas coisas acontecem, é bom pensar em fazer um Curso de Economia porque a nossa conversa mal começou e a estação está chegando.

- Tem mais, Senhor?

- Tem muito mais. Pense agora, que esses trabalhadores deixam de ser escravos e pretendem ir ao mercado oferecer seu trabalho e comprar parte do que produziram. Qual deve ser o valor do trabalho? Pense que os custos de produção podem ser reduzidos pela inovação tecnológica. O que a inovação tecnológica representa na relação de trabalho e renda? Pense também que quanto maior for a produção, maior será a extração de matéria prima que a exemplo da árvore frutífera, reduz a oferta dos bens “in natura” fundamentais a produção. Temos um problema novo que é a sustentabilidade, tanto do meio ambiente, da biodiversidade, do clima, mas também do uso equilibrado dos bens naturais.

- Quanto mais difícil, mais os homens brigam para se apropriar de parte dessas reservas. É isso? Perguntou Pedro.

- Também! Um pensador iluminista chamado Rousseau disse que os homens são bons por natureza, mas a luta pela propriedade do bem escasso os corrompe.

- Cheguei em meu destino, Senhor Edson. Obrigado! Eu gostaria de continuar essa conversa. Retorno no trem da próxima sexta-feira.

- Está bem! Nos encontraremos na próxima sexta-feira neste mesmo vagão. Até lá.

Até lá, Senhor. Bom fim de semana!!

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Uma sopa por uma pedra

Como a partir de uma simples pedra se pode originar uma substancial sopa? E que outros tesouros estão guardados numa cidade ribatejana de Portugal?

Cidália de Aguiar Bióloga, professora, repórter 60+

Viemos procurar as lendas e sabores guardados em Almeirim, na planície fértil do rio Tejo, de saborosos vinhos, belas praças e mansões esquecidas nas brumas do tempo. Terra com história e tradição, foi fundada em 1411 pelo rei D. João I. Há muito para descobrir nesta “Sintra de Inverno”, como foi apelidada no século XVI, devido às suas magníficas coutadas de caça, que se estendiam por uma grande extensão.

Estacionamos junto da Praça de toiros, parte do património cultural, de acordo com as grandes tradições taurinas da terra. Foi inicialmente construída em madeira, no ano de 1938 e demolida mais tarde para dar lugar a uma moderna construção, inaugurada em 1954. Desde 2019, este espaço pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Almeirim, sendo agora um polo comercial situado bem “no seio da Sopa da Pedra”.

Debaixo das bancadas nasceram 12 espaços comerciais com esplanadas. Na Arena de Almeirim poderão ter lugar touradas, concertos, feiras, festivais, assim como outros tipos de eventos. Em volta, numa pequena feira, pode adquirir ou simplesmente admirar produtos artesanais da região.

Perto do local, começamos a sentir o cheirinho gostoso dos restaurantes e, como não podia deixar de ser, da iguaria da região, a famosa “sopa da pedra”.

Mas antes, quisemos visitar alguns locais emblemáticos, enquanto se fazia o apetite para o almoço.

Jardim da República

À chegada, de carro, um frondoso jardim já nos tinha chamado a atenção. Voltamos, portanto, ao local agora num percurso a pé, onde foi em tempos o Terreiro do Paço Real.

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Caminhos de Portugal
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Desaparecido o Paço, o terreno foi então transformado em Praça do Comércio, onde se comerciava e se realizavam festas populares. As grades foram colocadas primeiro em muro de tijolo e grade de madeira em 1891, para depois serem substituídas por ferro forjado em 1896. A ideia de ajardinar o espaço nasceu em 1930, com o aparecimento do turismo. Admiramos as moradias elegantes e o seu revestimento de belos azulejos existentes neste espaço. Esta “sala de visitas” não nos defraudou as expectativas e a frescura da vegetação proporcionou-nos o descanso merecido, antes de novo percurso à procura da Igreja Mariz.

Uma igreja do século XVI Depois de alguns erros no percurso, avistamos finalmente a frontaria simples, de características barrocas da Igreja Matriz de S. João Baptista, encimada por uma cruz em ferro. Apresenta um belo baixo-relevo em pedra sobre a porta principal e uma única torre sineira. Já dentro, podemos contemplar, a famosa imagem do Senhor Jesus dos Passos, do século XVIII. Com uma única nave, e desprovida de abóbodas. O teto de madeira é em estuque pintado e apresenta uma fantástica pintura representando o Santo Orago da Freguesia, São João Batista, que se diz ser da autoria de Carlos Reis. Destaca-se o coro, feito em madeira e a fonte de água benta do século XVI. Pesquisas sobre o historial desta igreja indiciam que a sua construção remonta, pelo menos, ao ano de 1925.

Atendendo ao traçado arquitetónico da sua frontaria é de se considerar que sofreu alterações: durante as obras de recuperação feitas no século XVII e, posteriormente nos anos cinquenta do século XX, tendo as paredes laterais sido revestidas de azulejos em tons de azul e com motivos diversos.

Chama a atenção, no altar, o brasão real em madeira pintada e com a forma oval, sugerindo a época de D. João IV.

Um frade e uma sopa de pedra

Não podíamos deixar de procurar a estátua do frade sentado na frente de uma panela, atestando a lenda mais famosa de Almeirim. Lá está, ostentando na mão a famosa pedra, que “milagrosamente” originou uma saborosa sopa.

Reza a história que o frade, certo dia, chega a uma localidade, cansado e com a fome a apertar. Orgulhoso, não pretende simplesmente pedinchar comida e usa um estratagema.

Bate à porta de um de um lavrador, mostrando uma pedra, dizendo que gostaria de fazer uma sopa com ela. Incrédulos, os donos da casa perguntam:

— Com essa pedra? Sempre queremos ver isso.

Foi o que o Frade quis ouvir. Lavou a pedra muito bem e pede uma panela com um pouco de água.

— Não, para ficar melhor, deve levar um fio de azeite e deixarem-me pô-la ali naquele brasido.

Sempre pedindo os condimentos necessários, o frade vai compondo a sopa, que liberta um aroma delicioso.

Depois do frade a comer, os donos da casa, perguntam ao manhoso frade:

- Então e a pedra?

— A pedra lavo-a e levo-a comigo para a próxima sopa!

Na rota do vinho

Condutora responsável, o repasto foi acompanhado com água,

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um sacrilégio que mereceu o merecido reparo ao servirem-nos o almoço. Mas já lá vamos. É que Almeirim, com os seus solos aluviais junto ao rio Tejo e o seu clima quente, é uma das regiões do Ribatejo DOC, com os famosos tintos, brancos, rosés e espumantes.

Nem só de sopa vive o viajante

Tal como o frade da lenda, também já o nosso estômago ruminava por sustento, pelo que nos encaminhamos para o merecido almoço. O difícil é escolher porque há muitos restaurantes onde a sopa característica, e não só, são facultadas aos visitantes.

Atraídas pelos odores apelativos, podemos finalmente saborear, além da sopa, um prato de carne que correspondeu na totalidade às nossas exigências. Para sobremesa, resolvemos experimentar uma talhada/fatia do famoso melão de Almeirim, fresco, doce e suculento, produto tradicional e singular, que não nos desiludiu.

Melão com raça

Com a sua casca escura e de textura bem definida, cresceu temperado de sol e água nos campos férteis da lezíria ribatejana. Proveniente de técnicas tradicionais de cultivo, tem raízes na época islâmica e caracteriza-se por apresentar forma oval, casca intensamente alinhavada de cor esverdeada mesmo quando maduro. O peso médio é variável, entre 2 a 6 kg e de polpa carnuda, sumarenta e doce.

É plantado entre abril e junho e são utilizadas sementes de variedade própria, adaptadas às condições da região. O processo de melhoramento foi feito por produtores locais, que ao longo dos últimos anos têm vindo a selecionar as melhores sementes. O objetivo é conservar as caraterísticas regionais, preservando as variedades de qualidade tardia, com boa apresentação comercial e diferenciadora.

O método de obtenção desta iguaria exige o saber-fazer, acumulado em muitos anos de dedicação, pelo facto de o fruto ser sensível ao calor. As temperaturas elevadas que se fazem sentir na região podem, se não forem tomadas medidas preventivas, danificar o exterior. Para o evitar é necessário, a determinada altura do processo, tapar o melão com palha. A avaliação da necessidade e do momento de colocar a palha assim como a forma de a colocar são importantes.

Curioso/a para saber os ingredientes que o frade usou e como preparou este delicioso prato regional?

Saiba a receita da Sopa da Pedra e como prepará-lo passo a passo. Ingredientes

500g de feijão encarnado 600g de batata nova 800g de carne de porco (toucinho magro, orelha, pés) 60g de Chouriço de Almeirim 60g de morcela de Almeirim 1 farinheira 2 dentes de alho picados 1 cebola picada 1 folha de louro 1 ramo de coentros Sal, pimenta e calda de tomate q.b.

Lave muito bem o feijão, que de preferência deve ser novo (ou então se for seco, deve ser demolhado) e coza-o juntamente com o louro, a cebola e os alhos picados.

À parte coza as carnes e os enchidos (a farinheira deve ser cozida em separado).

À medida que as carnes vão cozendo, corte-as em pedaços pequenos. Descasque as batatas e corte-as em cubos, também pequenos. Depois de cozido, separe 1/3 do feijão e reserve, ao restante junte as batatas, leve a cozer o conjunto retificando de sal.

Usando a varinha mágica, reduza a puré o feijão cozido que separou. Junte o puré ao preparado já cozido, retifique o sal, adicione os coentros picados e um pouco de pimenta.

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Depois de frios, corte os enchidos em rodelas finas. Junte ao caldo, as carnes e os enchidos. Decore com coentros picados e sirva quente. Se preferir, siga o conselho do frade que, para enriquecer e apaladar o conjunto, juntou um seixo rolado, lavado e suficientemente grande para não passar despercebido.

Bom apetite e a pedra é reciclável, pode repetir! É o que tencionamos fazer. Fontes: https://www.cm-almeirim.pt/conhecer-almeirim/gastronomia/item/202-sopa-de-pedra-receitas https://melaodealmeirim.pt/melao-de-almeirim/ Blogues da autora: https://www.facebook.com/Aguiar.momentos https://www.instagram.com/aguiar.pela.arte/

Com quanto você deseja contribuir por mês? Seja qual for a forma, sua ajuda é mais do que necessária. Colabore! Central de Relacionamento com doador: 4000-2550 ou 0800 940 3585 De 2ª a 6ª das 9h às 19h exceto feriados nacionais doador@msf.org.br Avenida Rio Branco, 135, 11º andar, Rio de Janeiro-RJ magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.52

Qué es ser flexitariano

Qué es ser flexitariano? Es aquel que lleva una dieta semi-vegetariana o flexitariana. Es decir que la mayoría de las veces come vegetales, pero ocasionalmente puede ingerir carnes o derivados. Las razones más comunes para adoptar una dieta semi-vegetariana pueden relacionarse con la ética, con el bienestar y/o los derechos de los animales, el Medio Ambiente, el respeto por la naturaleza o con reducir el uso de los recursos. La diferencia está en la carne Mientras que los semi-vegetarianos pueden ver la carne o los productos animales como indulgencias ocasionales, los vegetarianos más firmes, en general, consideran esta postura como algo falso o la ven como un autoengaño. Aunque los argumentos esgrimidos por unos y otros, para justificar sus elecciones son exactamente los mismos.

Por otra parte, muchos defensores del veganismo abarcan el semi-vegetarianismo, como una manera de conseguir que una parte más amplia del público coincida con algunos de los principios del veganismo. Su idea es que el flexitarianismo evitará más sufrimiento animal y devastación ambiental, que el público no tiene por qué ver el tema del consumo de la carne, como un “todo o nada”.

Ello no significa que necesariamente la persona que se considera flexitariana deba comer obligatoriamente una cantidad de carne cada semana o cada mes, sino que, si bien la fuente principal de su alimentación es la verdura, ingiere carne cuando lo desea.

Muchas personas que se autodenominan «flexitarianos» o «semi-vegetarianos» han renunciado a la carne roja por razones de sa-

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lud, pero comen pollo, pescado o cerdo, mientras que otras, lo hacen por razones medioambientales y solo comen animales y productos de origen orgánico.

¿Es lo mismo que un pescatariano?

El flexitarianismo difiere del pescatarianismo, en que la segunda es una dieta que incluye únicamente carne de pescados, junto con alimentos vegetarianos. Por lo tanto, mientras que un pescatariano solo come pescado y lo hace sin limitaciones, un flexitariano puede comer cualquier tipo de carne, pero lo hace de vez en cuando.

Esto significa que un pescatariano podría considerarse un flexitariano, pero un semi-vegetariano no es necesariamente un pescatariano, puesto que puede comer Todo tipo de carnes (conejo, cerdo, ternera, etc.).

¿Cómo nació el término?

La premisa básica es que para que a una persona le gusten las verduras, no necesariamente se debe ser vegetariano. «Flexitariano» es un término muy recientemente acuñado, para describir a aquellos que comen mayoritariamente verduras, pero se permiten algún tipo de carne de vez en cuando.

La palabra «flexitariano» surgió como consecuencia de la publicación del libro, la dieta flexitiva en 2008, lo que le dio gran publicidad en EEUU y de ahí, conquistó a mucha gente en todo el mundo, que, según muchos vegetarianos: “se sentía culpable por comer carne ocasionalmente”.

Un ranking realizado por News & World Report en EEUU, con la participación de un panel de expertos, evaluó 32 dietas populares basadas en varias variables, incluyendo la salud, la pérdida de peso y la facilidad de seguimiento. En la lista de 2014, la dieta semi-vegetariana quedó en sexto lugar, por delante del veganismo y el vegetarianismo.

Los opositores a esta corriente, sostienen que: o se es vegetariano o no se lo es y que alguien que come carne. No es semi-vegetariano, sino omnívoro ocasional. Los veganos, sin embargo, consideran que, si la gente influida por la salud o por otros principios, reduce el consumo de pescado y de carne, eso ayuda a los animales y al Medio Ambiente. ¿Qué es ser flexitariano?

Que es ser flexitariano La entrada Qué es ser flexitariano se publicó primero en Noticias de Ecología y Medio Ambiente. Fuente: Redacción ECOticias – S

Fonte: www.sonoticiaboa.com.br

magazine
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Que é ser flexitariano

O que é ser flexitariano? É aquele que tem uma alimentação semivegetariana ou flexitariana. Isso significa que na maioria das vezes eles comem vegetais, mas ocasionalmente podem comer carne ou derivados. As razões mais comuns para a adoção de uma dieta semivegetariana podem estar relacionadas à ética, bem-estar e/ou direitos dos animais, meio ambiente, respeito à natureza ou redução do uso de recursos.

A diferença está na carne Enquanto os semi-vegetarianos podem ver carne ou produtos de origem animal como indulgências ocasionais, os vegetarianos mais firmes geralmente consideram essa postura falsa ou auto-engano. Embora os argumentos usados por cada um para justificar suas escolhas sejam exatamente os mesmos.

Por outro lado, muitos defensores do veganismo adotam o semivegetarianismo, como forma de fazer com que uma parte mais ampla do público concorde com alguns dos princípios do veganismo. Sua ideia é que o flexitarianismo evitará mais sofrimento animal e devastação ambiental, que o público não precisa ver a questão do consumo de carne como um “tudo ou nada”.

Isso não significa que a pessoa que se considera flexitariana deva necessariamente comer uma certa quantidade de carne toda semana ou mês, mas sim que, embora a principal fonte de sua dieta sejam os vegetais, ela come carne quando quer.

Muitas pessoas que se autodenominam “flexitarianos” ou “semi-vegetarianos” desistiram da carne vermelha por motivos de saúde, mas comem frango, peixe ou porco, enquanto outros o fazem por razões ambientais e só comem animais e produtos de origem biológica.

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.55 Caminhos
da Argentina

É o mesmo que pescatariano?

O flexitarianismo difere do pescatarianismo, pois este último é uma dieta que inclui apenas carne de peixe, juntamente com alimentos vegetarianos. Assim, enquanto um pescatarian come apenas peixe e o faz sem limitações, um flexitariano pode comer qualquer tipo de carne, mas o faz ocasionalmente.

Isso significa que um pescatarian pode ser considerado um flexitariano, mas um semi-vegetariano não é necessariamente um pescatarian, pois pode comer todos os tipos de carne (coelho, porco, boi, etc.).

Como nasceu o termo?

A premissa básica é que para uma pessoa gostar de vegetais não precisa necessariamente ser vegetariano. “Flexitarian” é um termo cunhado muito recentemente, para descrever aqueles que comem principalmente vegetais, mas se entregam a algum tipo de carne de vez em quando.

A palavra “flexitarian” surgiu em decorrência da publicação do livro, a dieta flexitariana em 2008, que lhe deu grande divulgação nos EUA e a partir daí, conquistou muitas pessoas ao redor do mundo, que, segundo muitos vegetarianos: “ sentia-se culpado por comer carne de vez em quando.”

Um ranking feito pela News & World Report, dos Estados Unidos, com a participação de um painel de especialistas, avaliou 32 dietas populares com base em diversas variáveis, incluindo saúde, perda de peso e facilidade de seguir. Na lista de 2014, a dieta semivegetariana ficou em sexto lugar, à frente do veganismo e do vegetarianismo.

Os opositores dessa tendência argumentam que: ou você é vegetariano ou não é e aquele que come carne. Não é semi-vegetariano, mas um onívoro ocasional. Os veganos, no entanto, acreditam que se as pessoas, influenciadas pela saúde ou outros princípios, reduzirem o consumo de peixe e carne, isso ajuda os animais e o meio ambiente. O que é ser flexitariano?

O que é ser flexitariano?

O verbete O que é ser flexitariano foi publicado pela primeira vez no Ecology and Environment News.

Fonte: ECOticias - S

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- Novembro-Dezembro/2022 - pág.56

Laços de família

A família no divã

Algumas vezes, o relacionamento entre os familiares pode ser bastante difícil.

A família inclui, não apenas o casal e os seus filhos, mas os avós, tios e cunhados, que compõem a árvore genealógica.

Os conflitos familiares podem ter muitas causas: falta de amor, heranças, falta de dinheiro ou pode surgir da diferença de opiniões e personalidade.

A terapia de família surgiu nos anos 1950, nos EUA, através de drs.Bateson e Ackerman, para identificar e conciliar os pontos de atrito no relacionamento e buscar soluções.

Num atendimento de família fazemos com que cada pessoa possa se manisfestar, enquanto os demais escutam “pacientemente”.

Na primeira entrevista, o terapeuta apenas explica como a terapia funciona e escuta os motivos da vinda de cada membro da família.

Em seguida, inicia-se o trabalho terapêutico, onde o terapeuta é um mediador de conflitos.

À medida que existe um ambiente acolhedor e seguro, a família poderá se abrir e compartilhar emoções, frustrações e desejos.

Para alguns, falar abertamente sobre os problemas é constrangedor.

Assim, a ansiedade e o medo da crítica podem se tornar empecilhos para o diálogo.

O principal objetivo da terapia familiar é auxiliar as pessoas a dialogarem entre si.

As pessoas se tornam capazes de assumir responsabilidades pelos erros cometidos, quando percebem o seu papel na estrutura familiar.

Qual é o objetivo da terapia familiar?

Porque lidar com os problemas na privacidade do lar pode ser extremamente desgastante, abalando emocionalmente os membros da família.

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As razões que levam uma família ao divâ do analista podem ser as mais diversas: - para fortalecer o relacionamento - para se libertar do passado - para aprofundar o autoconhecimento - para promover o trabalho em equipe

É comum os filhos guardarem segredos de seus pais e vice versa.

A terapia serve para fortalecer o relacionamento, para que ele se torne mais transparente.

As “dores” do passado podem ter grande impacto no presente, ainda que não seja visível.

Os filhos tendem a sentir mágoa pelos erros de seus pais na sua infância e adolescência.Percebem que não foram amadoscomo desejavam, ou compreendidos e protegidos em suas necessidades e isso gera conflitos.

A terapia permite elaborar as mágoas do passado e abre espaço para o bem estar.

O autoconhecimento que se almeja durante a terapia auxilia nas mudanças.

As famílias são,em última palavra, uma equipe ou um time. Para que os afazeres do lar e as relações interpessoais funcionem bem, o time precisa trabalhar junto e não remar, cada um, para um lado.

Quando as famílias passam por momentos extremamente dificeis, tais como crises financeiras, impasses no casamento, um filho usuário de drogas ou o alcoolismo de um dos progenitores, o terapeuta consegue aliviar o “stress” coletivo através do diálogo,da interpretação da realidade e propor soluções.

Outro aspecto importante, que leva à terapia de família, é quando um dos membros têm transtornos mentais ou deficiência física ou mental.

O terapeuta poderá auxiliar,explicando o que está acontecendo e trazer reflexões para a saúde mental dos familiares cuidadores.

É importante, para o sucesso da terapia familiar, que todos os membros da família se comprometam e estejam de acordo em fazer a terapia e cooperar com o terapeuta à medida que assuntos desagradáveis e desconfortáveis surjam.

As mudanças nos padrões de comportamento já “viciados” e que causam sofrimento, podem ser mudados lentamente, às vezes é preciso muita tentativa e erro, para haver mudanças positivas.

Se você tiver dúvidas,pode entrar em contato comigo-11(996346810)

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Foto: UOL

Um caso de vida e morte

Escritor, Gestor Cultural Sócio da SOLUÇÃO Gestão de Negócios e Cultura Ltda. www.solucao-gnc.com.br

COPA DO MUNDO!!!!!

Quem é, neste país, que não gosta de futebol? A minoria, talvez.

Somos uma imensa Nação - um “país-continente” como chamam alguns - temos diferenças sociais gritantes, carências. Mas, no futebol...

Todo mundo tem um time. E, a mania de ser um pouco técnico, aquele que escala e define os esquemas de jogo. Entra ano, sai ano e o cidadão ali, firme na convicção de que sua equipe do coração realmente é a melhor.

Copa do Mundo... Mesmo com deficiências técnicas, interesses e interferências pessoais, e as mudanças impostas pelo tempo, só quem vive por aqui é que sabe o que é um dia de jogo do Brasil pela Copa do Mundo. Fecha TUDO, e ai de quem se atrever solicitar a outro que o ajude em alguma coisa. Jogam problemas e soluções para depois do jogo. “Agora não dá, senhor...” é a frase mais ouvida nas horas que antecedem qualquer partida de futebol da “seleção canarinho” (nervosa, demorada, sofrida, mas, certamente, com um delicioso sabor de vitória no final).

Pois bem, foi num dia desses de Copa do Mundo que a rotina parecia ser normal lá no prédio onde mora o Virgílio. O sol da manhã fria de junho batia na fachada do edifício, iluminando as muitas bandeiras brasileiras penduradas nas janelas dos sete andares. O salão de festas, arrumado na véspera, tinha verde e amarelo espalhado pelas paredes, onde largas fitas de papel colorido davam um tom de festa ao lugar. As cadeiras e poltronas estavam arrumadas como se fosse uma platéia,

Viva Cultura
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de frente para ela: sua majestade a televisão. O aparelho HD estava em cima de uma mesa que, por sua vez, já estava em cima de outra mesa, maior e mais larga. Para dar um toque de patriotismo, uma enorme bandeira brasileira, linda, foi posta entre a televisão e a mesa que a sustentava de forma que os espectadores podiam vê-la aberta, imponente. O ambiente, enfim, estava pronto para receber seus alegres – e fanáticos - torcedores.

Era pouco antes das sete da manhã quando Virgílio desceu para comprar pão. Voltou e, ao entrar no saguão do prédio percebeu que o porteiro vinha atrás, tentando falar com ele, até que conseguiu: “Sr. Virgílio, o Dr. Pedro, do apartamento 312, faleceu nesta madrugada. Foi às 2 da manhã. Dona Dora (que era a viúva, no caso) pediu para que eu avisasse o pessoal... “

Coitado do velho Pedro pensou Virgílio. Mas, desculpe, aquilo não era dia de morrer gente! Exitou em fazer a derradeira pergunta, com medo da resposta. Mas, não havia outro jeito. “E... já marcaram o enterro?” Veio a informação fria, dura, que caiu como uma pedra em sua cabeça: “Marcaram, sim senhor. Será às 15:30h, lá em Carapicuíba, onde já estão enterrados os pais do falecido e...”

O resto Virgílio nem ouviu. Era o suficiente para deixá-lo numa “sinuca de bico”. Sr. Pedro, pessoa querida por todos, não merecia tal indelicadeza. Já pensou, entrar no elevador e dar de cara com D. Dora e ela, com aquela simplicidade ter de dizer; “Então, meu filho, não deu para se despedir do Pedro?”. Falta de educação!

Mas, e o jogo? O Brasil entraria em campo às 16 horas e, nem que fosse de helicóptero, Virgílio estaria de volta a tempo de assisti-lo. Sim, porque Carapicuíba não é aqui do lado, fora o trânsito desta cidade!

Subiu no elevador pensando no que fazer. Entrou em casa e a família percebeu a diferença. “O que houve?”, perguntou a mulher. Quando ficaram sabendo, todos se entreolharam com uma interrogação na testa. E, como eles, o prédio queria encontrar uma forma de solucionar a questão.

Antes que saíssem para o trabalho, alguns moradores se reuniram para uma tomada de posição. Ficou decidido que uma “comissão” representaria o edifício no velório. Essa alternativa atenderia a ambos os interesses, já que o corpo estava ali mesmo, ou seja, no apartamento. Então, uma grande parte dos vizinhos participou deste triste momento de despedida do Sr. Pedro.

O dia passava, os minutos corriam... Próximo à hora do enterro, veio o rabecão buscar nosso amigo para seu último passeio. A esta altu-

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Foto: facebook

ra, na sala do apartamento de D. Dora, uma televisão já mostrava lances de Copas anteriores, relembrando momentos de glória da nossa seleção. Muito embora o som estivesse quase ao nível zero, foi preciso um par ou ímpar entre os homens presentes para se definir quais deles carregariam o caixão até o carro. Sim, “até o carro” porque cortejo nem pensar!

E, por acaso, vocês imaginam como os dois funcionários do Serviço Funerário estavam vestidos? Bem, o motorista vinha num terno escuro (não dava para definir a cor) de fazer inveja a qualquer baile-fantasia. A gravata era meia-sola, ou seja, só ia até a altura do primeiro botão do casaco. Se abrisse o casaco, além da barriga, perceberíamos que o cidadão não usava cinto na calça. Agora, bem vestido mesmo estava o ajudante. Sabe aquele camarada que trabalha, trabalha e trabalha, mas não tem tempo para dormir? O rosto, deformado, parecia uma abóbora daquelas do “halloween” (a festa das bruxas americanas). Terno pra quê? Meteu uma calça cinza e uma camisa branca (?), porque afinal era com luto que ele tratava. E, claro, por baixo da camisa uma camiseta da seleção canarinho que, pela cor, deveria ser do ano de 1970, a do tri. O traje se completava com um eficiente aparelho de telefone celular “mostrando” as últimas do esporte. Uma lástima...

Bem, lá foi o velho Pedro para seu descanso eterno sem que ninguém o acompanhasse. Ninguém é modo de falar, porque a viúva e um abnegado amigo seguiram o rabecão até o cemitério.

Lá chegando, quatro valorosos funcionários aguardavam ansiosos o momento de enterrar o defunto. Levaram o caixão até a sepultura naquele silêncio característico da ocasião. Revezavam-se puxando o carrinho que os levaria ao túmulo da família do falecido. Eram três a conduzir e um a olhar o jogo numa pequena televisão, dessas de uns 5 cm2, comprada num camelô qualquer. Claro que o “telespectador” tentava disfarçar, mas isso era impossível. Como o caixão do velho Pedro, passavam o aparelho de mão em mão. Como a bola, que corria de pé em pé no campo de jogo...

Pararam diante do túmulo, e a viúva quis uma última despedida. Abriram o caixão e rezaram (a viúva e o amigo). A bola estava com Thiago Silva. Tocou de primeira para Casemiro... “Desce o caixão, Abel”, disse um dos coveiros. Veio o caixão. Casemiro enfiou para Neymar. O caixão descendo... Neymar entrou na corrida e fuzilou no gol do adversário. Lá se foi o caixão, e Pedro junto! Os coveiros quase se engalfinharam para rever o lance. Só que o juiz anulou o gol, alegando impedimento. Abel sussurrou um palavrão no ouvido de Clarindo, o outro coveiro.

“Pega o caixão e vê se presta atenção, Zé Carlos!”, disse Clarindo. Volta o caixão. Tampa-se o caixão, pois a tampa voou no momento do gol. Lá vem Neymar de novo, e o adversário quase corta sua coxa com a trava da chuteira. O juiz não fala nada; quem continua rosnando é Abel, o mais revoltado. “Segura! Apara! Desce devagar! Agora, isso!”, era o comando para terminar logo com a cerimônia. E assim se fez. Depois de terem rebocado três vezes a mesma parede, além de um túmulo que não tinha nada a ver com a história, terminou o enterro do velho Pedro, falecido num dia de jogo do Brasil pela Copa do Mundo.

Só tem um detalhe: o corpo que é bom ficou pra fora, pois, quando Neymar fez o gol que o juiz anulou, o caixão se abriu e nosso herói foi arremessado, rolando jardim abaixo. Ou seja, enterraram o caixão vazio e, claro, nem perceberam. Curiosa mesmo foi a manchete de um jornal, no dia seguinte:

‘VITÓRIA BRASILEIRA NA COPA MATA DE EMOÇÃO TORCEDOR DENTRO DE CEMITÉRIO, EM SÃO PAULO”.

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Eu amo Tarsila, a modernista II

Amar Tarsila, a modernista, vai além de apreciar os autorretratos (1923, 1924, 1926), os retratos dos amigos Mário e Oswald (1922) o de Luís Martins (1933), além de anônimos como os da tela ”Operários” (1933), cuja característica construtivista contribuiu tanto para a expansão da representatividade das características brasileiras na pintura como também para a representação das várias identidades brasileiras, nas artes plásticas. Nesse quesito o quadro “A negra” (1923) é o exemplo paradigmático, ainda que apontem, hoje, traços de racismo, por arte da pintora. Não vou entrar nessa seara, uma vez que os quadros “Antropofagia” e “Abapuru”, ambos de 1928, são o salvo conduto de Tarsila e o conjunto da obra fala por si. Amar Tarsila vai além de apreciar sua liberdade de viver e deixar viver, que culmina com a benevolência, seguida de camaradagem com seus ex-maridos. Utilizo de propósito palavras do campo semântico próximo à generosidade para contrapor esses valores aos valores alardeados pela religião como lugar de contenda, como se vê atualmente. Se meus conhecimentos históricos estiverem em dia, não se viam eventos desse teor, desde o século XVII, quando as guerras entre católicos e protestantes dominavam a ribalta da Europa ocidental, com repercussões na América. Dissensos extremos, que põem em cena um show patético, estimulado pelas redes sociais, envolvendo católicos e evangélicos de todas as tendências, confundidos numa guerra de comunicação fratricida e ridícula, em que a ignorância (sempre ela) e a má fé são as molas propulsoras. Imaginem o que pensaria Tarsila disso tudo. Eu, só consigo pensar no seu sorriso maroto e na sua dedicação incondicional à pintura.

Porém, ainda que a arte possa ser mais co-

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.63 Literatura e Vida
Tarsila - 1925

erente e bem aceita pelo público, aprovada pelos críticos e bem remunerada, a vida sempre reserva obstáculos a serem ultrapassados. A de Tarsila não foi diferente, pois, apesar de sua separação de Luís Martins ter sido consensual e aparentemente tranquila, na verdade, foi repleta de complicações, tanto para a própria como para o casal Anna Maria e Luís, causa da separação. Isso lá nos idos de 1952, quando a festa modernista ia longe. Foram tempos bordados de desconfiança, acusação mútua e sofrimento. Um imbróglio típico dos dramalhões venezuelanos, com fofocas das parentes e mal entendidos, em contraste com a postura serena de Tarsila. Foi, então, que lendo as cartas de Tarsila para Luís Martins, o último dos traidores, as dele para ela e as de Anna Maria para ele, pude verificar que o trio passou poucas e boas e que, ao final, venceu a consideração e o amor. O respeito e cuidados de Luís para com Tarsila foram compatíveis com a nobreza de seu caráter, que mereceu cada tarde de dedicação, autorizada por Anna Maria, é bom deixar claro. Também, Pagu (aquela com quem Oswald de Andrade traiu Tarsila) referiu-se uma vez ao ”sorriso bom e acolhedor” de Tarsila, o que dá a medida da singularidade dessa mulher. Essa repetida atitude de Tarsila sempre me impressionou Fato comum tratado com atitude incomum. Deste modo, conhecer melhor essa passagem da vida da pintora me ajudou a compreender o grau de sabedoria que permeou toda sua história, coisa que sua obra não ilustra. Foi preciso garimpar textos que trouxessem luz à questão, muitas vezes referida, porém, pouco elucidada.

Viro a página, porque a pintora modernista, tem muito a nos ensinar. Em momentos em preto e marrom, bem ao gosto europeu do século XIX, contra o qual a obra da artista se impôs, tempos sisudos como a rainha Vitória queria e o pobre D. Pedro II se auto impunha, por não ter tido infância não deixam dúvida sobre a noção de colorido em relação à paisagem humana e ambiental brasileira que a pintora escolheu/ousou expressar. Observar os quadros “EFCB” e “São Paulo/135831”, de 1924 ou “O ovo” e “Floresta”, ambos de 1928.

Parênteses: Tenho carinho por Pedro II. A vida foi mais ou menos com ele. A cena em que a criança, já órfã de mãe, é deixada aqui pelo pai que vai disputar outro trono em Portugal, me comove tanto quanto a situação referida na obra “A boba” de Anita Malfatti (1916). Só não lhe perdoo a Guerra do Paraguai.

De modo que a infância retratada por Tarsila na obra “O mamoeiro” (1925) é um belo testemunho da diferença que faz ter tido uma infância co-

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1925 - Wikipédia

lorida ou de memória colorida: crianças vestidas de rosa e vermelho, tão saltitantes, ou crianças comportadas como na obra “Nossa Senhora e três meninas”, s/d. Essas vestidas de azul, com laço de fita na cintura, uma delas e, de cabelos cacheados, a outra. Muitas flores, pássaros e Nossas Senhoras com o menino Jesus e sem ele, a Nossa Senhora Aparecida, de rosto negro, a figurar por primeira vez em uma obra não popular, referendando a coragem e a consciência dessa artista inovadora e preparada, sensível e dedicada a sua arte. Qualidades das mais valiosas, no meu modo de entender.

Essa Tarsila dos tempos coloridos me remete, ainda, ao poema de Drumond “Brasil/Tarsila”, mais especificamente à última estrofe do poema.

“...Tarsila

Nome Brasil, musa radiante que não queima, dália sobrevivente no jardim desfolhado, mas constante em serena presença nacional fixada com doçura,

Tarsila

Amora amorável d´amaral

Prazer dos olhos meus onde te encontres Azul e rosa e verde para sempre.”

Concordo com o poeta, no que diz respeito à serenidade e à doçura da pintora e da mulher. Azul, rosa e verde – puro contraste – com preto e marrom explicam a Tarsila modernista que pratica a independência, a autonomia, a liberdade (relativa) em pleno início do século XX. Precursora da vontade feminina que leva a aprender, a realizar, ao envolvimento, ao engajamento, à militância. A simplicidade nos modos combinada com o modelo “Paris”. Modo e modelo caracterizavam a mulher crescida numa fazenda de café entre rochas e cactos e a artista que, apesar de tímida, não abriu mão da técnica para marcar a preferência pela arte humanizada. Vanguardismo na arte e no papel da mulher na sociedade.

Pensar que conviveu com a nata artística parisiense, brindando-a com pinga, feijoada, cigarro de palha e café cheiroso, enquanto estudavam (ela e eles) seriamente o cubismo. Naquelas alturas (1923) cruzam gentes do mundo da dança, da escultura, da pintura, da literatura, da alta costura nos salões cerimoniosos, sob o diapasão da “elegância espiritual”. A expressão é de Sergio Milliet. O frenesi era tal que Tarsila, em carta de 1923, convida Mário de Andrade para ir se juntar aos modernis-

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Tarsila do O Lago,

tas em Paris. Ele não foi. Entretanto, comemorava com felicidade a “confiança mútua” que experimentava na relação com Tarsila. Elegância e confiança - conceitos apreciáveis em qualquer tempo e absolutamente necessários para este. Mário, sempre ele, a perceber primeiro que a pintura brasileira dependia de três mulheres: Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Zina Aita. Três mocinhas da Europa (quem se lembra da brincadeira infantil?) representavam o Brasil expressionista, cubista e pós-impressionista, respectivamente, em plena década de 1920. Porém o que fez de Tarsila o que ela ainda é hoje pode ser apreendido no dito que ela mesma proferiu ”Sinto-me cada vez mais brasileira: quero ser a pintora da minha terra... Quero, na arte, ser a caipirinha de São Bernardo, brincando com bonecas de mato, como no último quadro que estou pintando”. Referia-se ao quadro “A caipirinha” (1923). A vida da artista cheia de altos, do nascimento à idade adulta, e, com muitos baixos na velhice, arremata-se no sorriso aberto e franco ostentado marotamente em foto de 1971, meses antes de sua morte. Serena e amorosa, Tarsila é um alento para as mulheres de sempre e de todos os lugares. Suas telas são mostras de constância, doçura e prazer. Olhem para as telas “Manacá” e “ O mamoeiro” e neguem, se forem capazes. Vida e arte. Tarsila tinha noção do seu valor como artista, entretanto, jamais podia imaginar o valor que alcançariam suas obras. Nesse sentido, ela é o símbolo de um Brasil que podia ter sido e não foi. Por isso, comungo com a dor de Darcy Ribeiro (que faria 100 anos, neste ano da graça de 2022), expressa nesta frase amargurada “Tenho tão nítido o Brasil que pode ser, e há de ser, que me dói o Brasil que é.” Ainda que amargura nunca fosse um “sentimento-Tarsila” é preciso reconhecer que a História é feita muito mais de desencontros, como foram os últimos anos de Tarsila. Ao contrário do que poetou o poetinha Vinícius de Moraes. Mas, essa é outra história.

E, em que pese tanta reviravolta quanto ao que se chamou futurismo, rejeitado por muitos, mas alardeado pela imprensa do contra, ou melhor dizendo, de província, e que acabou por generalizar o termo Modernismo (noção larga e imprecisa), o que temos de substantivo é a ampliação da representação das identidades nas várias artes gestadas e/ ou realizadas dentro do Brasil. Impõem-se, sem sombra de dúvida e, não sem conflitos, a inclusão das etnias originárias, bem como os registros de emancipação dos diferentes grupos. Nesse sentido, a contribuição de Tarsila é incontestável, além de ter estado muito à frente de sua época, na arte e na vida. Um sulco, como afirmou Mário de Andrade (1922). Um sulco consistente, no meu modo de ver. Não faltam, assim, motivos para amar Tarsila.

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do Amaral Lago, 1928

Aparencias e expectativas

Quando adolescente, Juan era alto, bonito, forte e paquerador. Galinha mesmo, arrogante e convencido. As garotas fugiam dele devido à má fama. As mães detestavam e os pais não o queriam por perto. Na juventude, os amigos estava em namoro sério e ele sequer cogitava assumir um compromisso. As mulheres que os homens mais procuram são as mulheres perdidas e um Zé Galinha como ele nunca teve dificuldade para encontrar moçoilas carentes. Comportamento promíscuo e irresponsabilidade causaram atraso na escola e ele concluiu o colégio somente aos 21 anos. Queria mudar de vida mas, na pacata cidade todos o conheciam, ninguém apostava que um dia criaria juízo. Sua aparência era puro deboche e as expectativas eram sombrias. Por isso Juan prestou vestibular em uma universidade distante.

Decidido a se corrigir, dedicou-se aos estudos desde o primeiro dia e foi gentil e atencioso com todos. Como não era da cidade, foi fácil passar por ex seminarista e emplacar o novo estilo. Fez amizades, conheceu garotas e conquistou a simpatia das famílias. No último ano, apaixonou-se por Jaima, moça bonita, romântica, elegante, exigente e difícil. Juan decidiu que era o tipo de mulher que procurava para casar. Morava na cidade vizinha à dele, pura, caseira, da roça e perdeu a virgindade por causa dos solavancos de um trator. O pai de Juan dizia que os objetivos mais difíceis são os que trazem maior satisfação. Chega de gente fácil, pensou. Encontrei quem procurava!

As famílias aprovaram as escolhas dos filhos e eles se casaram após a formatura, com menos de 1 ano de namoro. Jaima também aproveitou o curso em outra cidade para recomeçar, mudar hábitos e a imagem de pessoa chata, instável, fria e insensível que os primos chamavam de TêPêMê (TPM Eterna) . Os pais gastaram muito com terapia para adapta-la ao convívio social e aceitar a ideia de namorar, casar e constituir família.

Humor
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Foto:

Porém, 2 meses após o casamento ela teve uma recaída e as atitudes antipáticas e antissociais retornaram ainda mais fortes. Juan tentou de tudo para agrada-la, sem sucesso. Se era atencioso, era frouxo. Se não era gentil, era grosseiro. Se a chamava por apelidos carinhosos, perguntava se era assim que tratava as outras. Se a chamava por Jaima, era frio e distante. Se chegava cedo, estava sufocando. Se chegava tarde, estava galinhando. Se elogiava, era mentiroso. Se criticava, não a amava mais. Se trazia presentes, tinha feito algo errado. Se não trazia, tinha uma amante.

Num descuido, Jaima engravidou e o que era ruim, piorou de vez. Ela se tornou ainda mais irritante, chata, fria e distante. Os pais e os sogros pediam paciência a Juan. São os hormônios, diziam. Ela é gentil, e quando a criança nascer, tudo vai ficar bem. Juan dizia que ele, e não ela, sofreu os enjoos da gravidez. Foram 9 meses de muita irritação e fazendo de tudo para manter a calma e dar aos pais e sogros a descendência que tanto desejavam.

A notícia se espalhou e algumas das antigas namoradas infelizes nos casamentos passaram a dar em cima de Juan, que continuava bonito e forte. Ele ainda mantinha fama de ser o cara mais viril da cidade e sentia saudades da fuleiragem. Percebeu que para se dar bem teria de posar de marido fiel e conquista-lo tornou-se um desafio para elas, que antes o evitavam. Ele adorou a aparência de homem sério e difícil e a expectativa de voltar ao mercado.

A criança nasceu, cresceu e Jaima em nada melhorou. Juan compensou a relação fria e distante com as escapadas com suas antigas paixões. Jaima não estava nem aí com a coisa, mas Juan se preocupava com a filha, agora com 16 anos. O que o futuro lhe reservava? Seria um iceberg como a mãe ou galinha como o pai? A segunda opção era apavorante. Certa tarde, ao ouvir vozes no quarto da filha, aproximou-se em silêncio e atento:

- Caiu outra vez!

- De novo? O que está acontecendo? - Não sei. Nunca aconteceu antes. - Eu ia falar isso agora. Sempre deu certo!

- É, mas hoje está difícil. Vamos tentar outra vez? - Vamos lá. Relaxe, acalme-se e tente de novo. - Agora vai, agora vai. Está quase lá! - Ah! Caiu de novo. Melhor deixar para amanhã.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Juan ao abrir a porta.

- Sei lá, pai. Tem algo errado com o roteador. O sinal cai toda hora.

Vamos ter de fazer o trabalho da escola amanhã. É tarde e o namorado do Thiago já ligou duas vezes.

Juan sentiu-se aliviado. Expectativa de galinha descartada. A filha aparenta mais um iceberg

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.68

Foto: Blog Portal da Educação

Poço das Pedras e as lavadeiras de Mossoró

No Brasil existem vários lugares com o nome “Poço das Pedras”. No Ceara, na Paraíba, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro... mas, o Poço das Pedras sobre o qual iremos falar fica no Rio Grande do Norte.

Raimundo Nonato, escritor, historiador, memorialista, até publicou um romance com esse nome. O curioso neste livro de Raimundo Nonato é que ele faz a ligação desse “Poço das Pedras” com as “Lavadeiras de Mossoró”.

O respeitado poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, publicou no Jornal do Brasil, no final dos anos 70, uma crônica intitulada “As lavadeiras de Moçoró”. Mossoró com “Ç”. Essa crônica diz o seguinte:

“As lavadeiras de Moçoró, cada uma tem sua pedra no rio; cada pedra de bater é bem de família, passando de mãe para filha, de filha para neta, como vão passando as águas no tempo. As pedras têm um polimento que revela a atividade de muitos dias e muitas lavadeiras. Servem de espelho a suas donas. E suas formas diferentes também correspondem de certo modo a figura física de quem usa. Estas são arredondadas e cheias, aquelas magras e angulosas, e todas têm o seu ar próprio, que não se presta a confusão. A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que a sua pedra acompanha em surdina. Outras vezes, parece que o canto, baixinho, vem da pedra, e a lavadeira lhe dá volume e continuidade. Na miséria natural das lavadeiras, as pedras são uma riqueza, joias que elas ostentam ao sol e não precisam levar para casa. Ninguém as rouba, nem elas, de tão fiéis, se deixariam seduzir por estranhos. ”

Já no livro de Raimundo Nonato, essa visão poética que existe em Drummond é traduzida com uma grande dose de realismo, trazendo à tona aquele lado sombra do ser humano, como podemos perceber no seguinte trecho:

- Mas que sabão desgraçado é este de Vicente Badóia, que não faz um pingo de escuma?

- Tá qui só este fumo, concorda a mulher do carcereiro.

cedida por www.omossoroense.com.br

‘Causos’ do Nordeste
magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.69
Foto:

Hoje, cedo, passei pela bodega de seu Rola Soares e comprei um bom pedaço. Pois foi mesmo que jogar o dinheiro no mato. Já risquei uma caixa de fosco inteirinha, e o diacho não pega fogo. Parece que tá muiado com mé de açuca preto.

- Ah! então, você tem fumo ruim porque é do seu gosto, informa a Laura Loura, que vivia amancebada com um trabalhador da salina, pois no quarto de Deco Damião tem um fumo que só se vendo.

- Tá bom, basta muié, responde a outra. Você não vê que eu não entro numa bodega de má fama, como aquela? Ainda ontem, quando passei pela calçada e olhei pra dentro, ele estava espremendo os peitos de Rosa Ribamar, aquela descarada, que durante a procissão via levando um estandarte com o ar mais piedoso do mundo.

- Mas que que tem isso? O que é que há demais nesse negócio? Pergunta a Loura, tomando partido no assunto, como se fosse dela.

- Bem, responde a interpelada, acredito que pra quem tem a sua vida não tem nada demais, pois todo mundo na Baixinha conhece a sua história e sabe que você mete um sujeito dentro da rede, assim que seu homem bota o pé no caminho da salina.

- O que você está dizendo, bicha sem vergonha, replica a outra, furiosa, a esbravejar: Fique sabendo que na minha rede nunca se deitou outro homem que não tenha sido o Mané Pereira, tá ouvindo?

- Já disse e tá dito, responde a mulher do fumo ruim. Agora, eu só não sabia é que todos os machos que se esfregam na sua rede se chamam de Mané...

- Espere aí, perua preta, que eu vou lhe dar um ensino, grita a suposta ofendida.

- Pois vem, galinha pedrês, que eu quero arrancar-lhe suas penas do rabo, retruca a outra.

E enquanto desaforo ia e nome feio vinha, o cabo Manuel Francisco, que passava por ali, fez uma intervenção que não era fora de tempo:

- Acabem com isso, bando de desbocadas, do contrário eu levo todas para a cadeia, onde vão ficar catando percevejo, pelo menos, umas vinte e quatro horas.

Aquilo foi água na fervura. Todas se calaram e só se ouvia o chuá da água enxaguando os panos e as pancadas dos cacetes desencardindo as mamucabas das redes. “

Tanto o “Poço das Pedras” como “As lavadeiras de Mossoró” fazem parte das minhas lembranças de infância. Além das lavadeiras de roupa havia também uma grande diversidade de frequentadores do “Poço das Pedras”. A maioria ia lá para tomar banho. Era um lugar muito agradável. Uma espécie de piscina natural. Outros, que ficavam mais afastados dos banhistas e das lavadeiras, iam lá para pescar. E havia também os “botadores de água”. Chegavam lá com jumentos e carroças, em enchiam as “ancoretas” de água e levavam para suas casas ou para vender a quem precisasse. Ainda havia os que usavam “roladeiras ”, uma espécie de barril deitado com pneus nas extremidades, puxado por uma haste de ferro

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.70

www.omossoroense.com.br
magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.71 Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso. blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com Malu Navarro Gomes

um livro é sempre um bom presente

magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.72

em leitura

Gênero - Poema

Marly de Souza C. Almeida Pres. da Academia Contemporânea de Letras

Em primeiro lugar, é importante ressaltar as diferenças entre poema e poesia. Poema é o gênero literário, pois tem uma estrutura textual específica. A poesia está relacionada ao conteúdo do texto, àquilo que ele pode transmitir de emoções, sentimentos ao leitor.

O termo poesia tem sua origem na palavra póiesis, que era usada por “gregos, hedonistas, com significado inicial de criação, ação, confecção, fabricação e, posteriormente, arte da poesia e faculdade poética” (catho.com.br). Em português, a palavra poesia traz em evidência o sentido helênico de atividade que revela a beleza do espírito, envolvendo, portanto, prazer e satisfação!

Um texto literário escrito em versos, distribuídos em estrofes, são chamados de poemas, podendo ter rimas ou não.

Suas principais características são: o verso, a métrica, a estrofe, a rima e o ritmo.

1. Verso e métrica

O verso é cada linha de um poema, e a métrica representa as medidas dos versos utilizados. Assim, os versos são classificados de acordo com as sílabas poéticas que apresentam. São eles:

· Monossílabo - verso com uma sílaba poética

· Dissílabo - verso com duas sílabas poéticas

· Trissílabo - verso com três sílabas poéticas

· Tetrassílabo - verso com quatro sílabas poéticas

· Pentassílabo - verso com cinco sílabas poéticas

· Hexassílabo - verso com seis sílabas poéticas

· Heptassílabo - verso com sete sílabas poéticas

· Octossílabo - verso com oito sílabas poéticas

· Eneassílabo - verso com nove sílabas poéticas

· Decassílabo - verso com dez sílabas poéticas

· Hendecassílabo - verso com onze sílabas poéticas

· Dodecassílabo - verso com doze sílabas poéticas

Tipos de versos

· Versos regulares: também chamados de versos isométricos, são aqueles que possuem a mesma medida.

· Versos livres: também chamados de versos heterométricos, são os aqueles que possuem medidas diferentes, ou seja, são irregulares.

· Versos brancos: também chamados de versos soltos, são aqueles que não apre-

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Falando

sentam esquemas de rima, no entanto, podem apresentar métrica (medida)

2. Estrofe

Representa o conjunto de versos e de acordo com cada agrupamento, as estrofes são classificadas em:

· Monóstico - estrofe com um verso

· Dístico - estrofe com dois versos

· Terceto - estrofe com três versos

· Quadra ou Quarteto - estrofe com quatro versos

· Quintilha - estrofe com cinco versos

· Sextilha - estrofe com seis versos

· Septilha - estrofe com sete versos

· Oitava - estrofe com oito versos

· Nona - estrofe com nove versos

· Décima - estrofe com dez versos

Tipos de estrofe

Segundo a métrica de cada verso, a estrofe pode ser:

· Estrofes simples: poema composto de versos que possuem a mesma medida.

· Estrofes compostas: poema que agrupa versos de medidas diferentes.

· Estrofes livres: poema com agrupamento de versos sem rigor métrico.

3. Rima

As rimas estão associadas à sonoridade dos poemas e que acontece com a aproximação sonora entre as palavras ou expressões. No entanto, há poemas que não possuem rimas e são chamados de versos brancos.

Tipos de rima

Dependendo do esquema de rimas utilizado no poema, elas são classificadas em:

· Rimas alternadas: formadas entre versos pares e os versos ímpares.

· Rimas opostas: estão localizadas entre o primeiro e o quarto verso e, entre o segundo e o terceiro verso.

· Rimas emparelhadas: estão entre o primeiro e o segundo verso e, entre o terceiro e o quarto verso.

· Rimas internas: aquelas que aparecem no interior dos versos.

4. Ritmo

O ritmo está relacionado com a sonoridade e a musicalidade presente nos poemas. Trata-se de um elemento muito importante produzido de maneira intencional de acordo com as palavras escolhidas pelo escritor.

Exemplos de poemas:

NATAL (Fernando Pessoa, em ‘Poesias’)

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Nasce um Deus. Outros morrem. A verdade

Nem veio nem se foi: o Erro mudou. Temos agora uma outra Eternidade,

E era sempre melhor o que passou. Cega, a Ciência a inútil gleba lavra. Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.

Um novo Deus é só uma palavra. Não procures nem creias: tudo é oculto.

A MAGIA DO NATAL (Marly de Souza, em ‘Conexões poéticas’)

E quando chega o fim do ano Parece que tudo se renova Todos prometem vida nova Todos dizem “Te amo” Vem aquela paz de espírito A alma fica mais leve Os corações diminuem o ritmo As gentilezas aparecem

Em alguns lugares vem a magia da neve Há confraternização

Um chama o outro de irmão E entra em nós um espírito de luz Saudando o nascimento de Jesus

FONTES: https://brasilescola.uol.com.br https://www.todamateria.com.br https:// www.catho.com.br https://www.revistaprosaversoearte.com/

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Desde 1993 Diagramação, Reportagem, Fotografia, Desenho, Entrevistas, Propagandas, Folders, Folhetos, Identificação Visual, Montagem de livros e Revistas (11) 9.8890-6403 contihq@hotmail.com magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - pág.76

as telas

A vida segue, não retrocede

Produtora de conteúdo sobre envelhecimento e longevidade

Parece difícil resistir ao uso do diminutivo quando nos deparamos com uma pessoa idosa, mas não é. E a mídia, a Imprensa, principalmente, precisa resistir bravamente a esses impulsos de infantilizar quem tem uma longa trajetória na vida, e construiu um legado para as futuras gerações. Não são pessoas fofas, são pessoas f...!

Infelizmente não é raro ouvir que o idoso volta a ser criança, uma grande falácia, mesmo para aqueles acometidos por algum tipo de demência. A infantilização também é uma forma de preconceito, de quem coloca em dúvida as capacidades e potencialidades de quem passou dos 60 anos, com impactos em sua autonomia e independência. Fragiliza quem não é frágil, subestima quem ainda tem muito a contribuir.

O que também não parece um problema, mas pode se tornar é o tratamento extremamente respeitoso, de senhor ou senhora, disfarçando um respeito que nem sempre existe. Cabe à pessoa idosa, ou qualquer outra do seu círculo social, independentemente da faixa etária, decidir se é isso que deseja ou não. Sempre lembro, e posso até já ter citado aqui, uma homenagem ao

A vida segue em frente, não volta, em der, em conjunto com outras

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imagem - crédito: Banco de Imagens

Imagens Freepik

seu aprender e reaprenoutras gerações

jornalista esportivo Leo Batista, ícone em sua área, que completou este ano 90 anos. Por mais de uma vez ele corrigiu a dupla que o entrevistava dizendo que não queria ser tratado como “Seu Leo”, e eles até tentaram outra abordagem, mas sem sucesso. É complicado estar frente a frente com um ídolo, mas sejamos fortes e empáticos.

Ser enquadrado em determinadas caixinhas, ou você é isso ou aquilo, condiz ou não com sua idade, é nocivo e preconceituoso em qualquer faixa etária, e as pessoas idosas também não precisam desse enquadramento, são diversas as velhices. Na dúvida, pergunte qual a forma de tratamento que cada um deseja, e esteja certo, mesmo que soe carinhoso, como criança não dá.

Os anos passam, não retornam, as experiências da vida se somam, não retrocedem, vamos acumulando conhecimento, aprendizados. E é fundamental aprender e reaprender ao longo de nossa existência, também com as gerações que vieram antes e depois da nossa.

A vida segue e não termina porque chegamos a uma determinada idade, quando menos caminha para trás, nos levando de volta à infância. Cada um sabe de si, mais velhos ou mais novos. São nossos desejos e nossas possibilidades que vão dizer se é sempre “dia de rock, bebê”, se é dia de celebrar a vida ou de não fazer nada, dia de uma jornada árdua de trabalho, dia de encontrar com os amigos... A vida só acaba quando termina.

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As redes sociais
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Seu amigo peludo sabe quando você está estressado

Única, sonhos coletivos

A convivência entre homens e animais teve início na pré-história e, desde então, tem estado num movimento constante de evolução, diversificação, solidificação e intensificação. Nos tempos primitivos, estes animais eram manejados para servir ao homem e, assim, eram incluídos em atividades cotidianas como a caça, a proteção de território e o transporte de cargas. Essa relação tem se tornado cada vez mais afetiva e ampla, com a incorporação de diversas espécies como animais de estimação, ao ponto de, atualmente, serem considerados membros da família. Nesse cenário de convivência compartilhada, o fato de os animais terem sido reconhecidos como seres sencientes, que é a capacidade de experimentar sensações e sentimentos de forma consciente, ganha maior significado e ajuda a compreender o surgimento do termo “família multiespécie”.

Estados emocionais envolvem, inspiram e contagiam os seres vivos e esse compartilhamento de emoções não ocorre apenas entre indivíduos da mesma espécie que convivem entre si, mas, também, entre espécies diferentes. No entanto, cada espécie vivencia as experiências de uma forma particular, que está associada aos sentidos que são mais desenvolvidos. O incrível olfato dos cães lhes revela um mundo de informações, incluindo as emoções das pessoas.

Observando esse atributo canino, pesquisas têm investigado se os cães identificam o estresse humano, condição fortemente

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Papo Animal

associada ao estilo de vida atual. Estresse é um estado que provoca excitação emocional, levando o organismo a alterações fisiológicas moduladas por hormônios, como a adrenalina e o cortisol, causando o aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, da respiração e estimula a produção de suor.

Pesquisas já haviam constatado que o estresse do tutor leva ao aumento do nível de cortisol em cães, atribuído a um estresse psicológico transmitido, provavelmente, por sinais verbais, visuais e/ou olfativos.

Para avaliar o papel do olfato nesse processo, um grupo de pesquisadores da Queen’s University of Belfast, na Irlanda do Norte, realizaram uma pesquisa intitulada “Dogs can discriminate between human baseline and psychological stress condition odours” (“Cães podem diferenciar humanos em uma condição psicológica de base de uma condição de estresse, pelo cheiro” numa tradução livre). Os participantes humanos tinham que resolver um exercício difícil de matemática, cujo objetivo era gerar estresse. A frequência cardíaca e a pressão arterial foram mensuradas e foram colhidas amostras de suor e da respiração, durante e após a solução do exercício, e essas amostras foram submetidas ao escrutínio de cães previamente treinados para identificar os odores de estresse humano. O índice de identificação de estresse nas amostras foi de 93,75%, mostrando que os cães são capazes de identificar essa condição por sinais químicos, não sendo necessários sinais visuais ou auditivos, o que comprova a máxima de que “os cães sentem cheiro de medo” e mostra a importância dos sinais químicos no comportamento de empatia que muitos cães demonstram por seus tutores.

Texto escrito por Marcia Cardoso de Souza com a colaboração Evelise Oliveira Telles, membros do Projeto Santuário.

Para sugestões ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: papoanimal60mais@gmail.com. Nos siga nas redes sociais: Instagram: @projetosantuariousp e Facebook: Projeto Santuário - FMVZ USP. Ficaremos muito felizes em ter vocês conosco!

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Foto: Pets

Ditos populares

Muito se fala sobre a profundidade dos ditos populares. É a tão falada sabedoria popular. E ficamos surpresas ao ver como em frases tão pequenas, podem estar contidas verdades tão grandes e profundas. Quem de nós, em nossas conversas do dia a dia, uma vez ou outra, não está utilizando um deles? Pode ser “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”; “querer é poder”; “o pior cego é aquele que não quer ver” e tantos outros.

Sempre gostei deles, Mas um dia desses me deparei com uma situação que me fez pensar e ver que algumas pessoas podem transformar os ditados em algo negativo, prejudicando a si próprios. Tudo depende da forma que se interpreta.

Casualmente encontrei uma conhecida que não via há mais de cinco anos. Começamos a conversar perguntando sobre as pessoas conhecidas até ela se referir a uma antiga amiga sua que a havia magoado involuntariamente, mas que ela não conseguiu perdoar. Depois de contar, com detalhes, tudo o que havia acontecido, com o olhar carregado de raiva e desprezo, riu ironicamente e disse:

-Você conhece o ditado que diz que: “vingança é um prato que se come frio”? Pois é! Esperei quase quatro anos, mas me vinguei!

Depois dessa frase, a conversa acabou. Não consegui abrir mais a boca a não ser para mentir, dizendo que havia sido um prazer tê-la encontrado.

A expressão de orgulho demonstrada por aquela mulher por ter se vingado de uma amiga, ficou em minha mente de forma rígida e persistente. “Não seria bem mais fácil perdoar?” O que ela lucrou com sua atitude?

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Memórias de uma casal de velhos

Fiquei imaginando uma pessoa que durante quatro anos ficou estimulando sua mente, todos seus sentimentos num processo de raiva, vingança e rancor. Só sentimentos negativos. E aí eu me perguntei: “Que vantagem Maria leva?”

Durante esse período, ela não criou nada de positivo, não estimulou a paz, não praticou o perdão e possivelmente deve ter criado alguma úlcera ou outra doença qualquer, resultado de uma somatização. Qual a vantagem de utilizar o que temos de uma forma negativa, enchendo nossa mente de sentimentos que só vão nos prejudicar?

Vejam: o ditado não manda ninguém se vingar. Ele só diz o que é a vingança de uma forma jocosa e original. Não é porque o ditado diz que ”água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, que vou querer desenvolver algum processo compulsivo obsessivo de ficar insistindo, gastando meu tempo e deixando de fazer coisas importantes, querendo algo impossível de se realizar. Outro exemplo “não chorar sobre o leite derramado”. Se chorar me fizer bem, por que não me permitir chorar. O que não posso, é parar a minha vida e só ficar chorando.

Afinal, “não adianta querer tapar o sol com a peneira” O que mais importa nas nossas vidas são nossas escolhas. Tudo depende delas. Se estou sendo influenciada por alguém e noto que isto não está me fazendo bem, saio de perto, pois, ”antes só do que mal acompanhado”, porque “amigo disfarçado, inimigo dobrado”; não se iluda com as coisas, pois “nem tudo que reluz é ouro”; opte por coisas positivas e fale sobre elas e não sobre coisas negativas, pois ”quem semeia vento, colhe tempestade” e é “dando que se recebe”; ”amor, com amor se paga”; a vida é realmente misteriosa e as vezes nos sentimos perdidos, mas lembremos que “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”; sendo assim, “devagar com o andor, que o santo é de barro”.

Hoje estou deixando uma lição de casa para quem quiser passar o tempo brincando com[LB1] uma coisa séria: leia todos os ditados populares que aparecem no texto e pense sobre eles. E mais. Quem quiser, pegue um caderno e colecione todos e, de quando em quando, leia e pense sobre eles. Existe uma pureza característica dentro da verdade que eles exprimem, que fazem bem à nossa alma. Divirtam-se!

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Foto: Brasil Escola
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Mensagens para leituras e reflexões Piracema

O pescador ribeirinho do nosso querido e lendário rio Cuiabá é uma pessoa simples, humilde e de muita fé; tem em São Pedro o seu padroeiro e protetor pois fora convidado para deixar de pescar peixes para ser pescador, salvador de almas humanas. A sua fé e devoção em Jesus Cristo oriunda da parábola dos pescadores e da multiplicação dos pães e dos peixes.

No período de reprodução das espécies de peixes dos rios da região conhecido como defeso ou piracema o pescador através da sua colônia de pesca recebe um abono salarial do governo estadual para a sua manutenção e da família neste período. Mas ele reclama que há sempre atraso no recebimento e por isso tem que buscar outro meio, outra atividade para não passar fome e falando em fome ele pode pescar certa quantia pré-estabelecida para o seu consumo, ficando impedido de comercializar o pescado.

A piracema é o período de reprodução de alguns peixes caracterizada pela grande migração, contra a correnteza, rio acima. A piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo, sendo uma importante estratégia reprodutiva. A palavra piracema vem do tupi e significa “subida do peixe”.

O período de defeso da piracema 2022/2023 nos rios de Mato Grosso ocorrerá entre 3 de outubro de 2022 e 2 de fevereiro de 2023. O período representa uma antecipação de um mês em relação ao decretado como defeso da piracema no restante do país.

Certa vez presenciei um empresário contratando o trabalho de um pescador para aumentar a área da varanda do seu sítio. O dito empresário como muitos querendo pagar pouco então fechou com o pescador. Mas o pescador foi honesto e disse: a minha profissão é pescador e só durante a piracema que não posso pescar pra vender então eu trabalho como pedreiro, fazendo pequenos serviços.

Moral da história o empresário teve que comprar novos materiais e levar um profissional da cidade para derrubar e reconstruir a tal varanda no sítio. Como diz, o barato muitas vezes sai é caro!

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Foto: Brasil Escola

concluir com um simples poema:

A PIRACEMA

A piracema já chegou vamos obedecer por favor Pra sobrevivência o pescador no defeso pesca só pra come dentro do peso E como pode a fiscalização ajuda? É denunciando quem for pesca A piracema passa bem depressa aí teremos peixes pra pesca à beça!

Vamos
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DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA

Entramos no último mês do ano. Em pleno mês de dezembro, estamos tendo baixas temperaturas, nem dá pra acreditar. Estamos a poucos dias das festa de fim de ano. Então....vamos as nossas receitas.... Vamos começar com uma salada super refrescante.

Salada de folhas (direita acima)

Ingredientes: Alface Repolho roxo Rúcula Tomate em cubinhos Pepino japonês em cubos Manga em cubos Lentilha cozida

Para você fazer esta salada, as quantidades vai depender pra quantas pessoas você vai ter. Lave bem as folhas, deixe escorrer e coloque-as em papel toalha pra que sequem bem. Cuidado pra não cozinhar demais as lentilhas. Coloque todas as folhas misturadas, pra dar um colorido bem bonito. Em seguida o pepino, o tomate, a lentilha bem espalhada e os cubos de manga.

O segredo desta salada é este maravilhoso molho.

Receitas
Fáceis
receitas e fotos da Colunista
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Molho de Manga para salada

Ingredientes:

*350 g de Manga Palmer picada em cubos *1 dente de alho picado *1 iogurte natural 250g *sal, 1 colher de café *azeite 2 colheres de sopa * limão espremido a gosto MODO DE FAZER

Colocar todos os ingredientes no mixer ou liquidificador, bater bem e jogar por cima da salada. Também pode colocar este molho num bowl e servir separadamente. Em dias quentes, só essa salada já vale.

ATUM SELADO, COM SHOYU, MOLHO TARE E GERGELIM (__Esquerda abaixo)

Ingredientes:

*500g de Atum *1 xícara de chá de aceto balsâmico *Pimenta do reino a gosto *Pimenta dedo de moça, um pouquinho só, bem picadinha, 1/2 colher de café *2 dentes de alho picados *4 folhas de louro. * sal, bem pouquinho, porque depois de selado vamos fazer o molho com shoyu

VAMOS FAZER UMA MARINADA

Coloque o atum num recipiente fundo para pegar bem os temperos. Salgue(com pouco sal), coloque um pouco de pimenta do reino, a pimenta dedo de moça, o alho, as folhas de louro, bezunte todo o atum, de umas furadas com uma faca no atum e coloque por cima o aceto balsâmico. Cubra com filme plástico. Coloque na geladeira. Esta marinada, pode ficar um bom tempo na geladeira. Você pode deixar marinar apenas 30 minutos.

Modo de fazer:

Pegue uma panela que caiba o atum todo, sobrando, um pouco dos lados pra virar. Antes de colocar o atum, coloque 1 colher de azeite. Deixe esquentar bem este azeite no

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fogo médio, e coloque o atum, deixe selar bem de um lado, e depois vire do outro lado. Este procedimento é bem rápido, coloque na panela aquela marinada de balsâmico, quando começar a ferver vá colocando o shoyu até dar o ponto do sal que você gosta. Logo em seguida vá colocando o molho tere (este molho compramos pronto) Deixe no fogo até reduzir um pouco e engrossar. Jogue gergelim por cima. Bom apetite!!

Para acompanhar este peixe, pode fazer um arroz branco ou integral simples, arroz a grega, eu fiz com arroz integral , chamei de arroz a grega fake, refoguei junto o alho poró, coloquei cenoura também . Fica delicioso. Servi junto com um Panache de Legumes Batata, cenoura e abobrinha. Refogados na manteiga. (direita em cima)

CONCHILIONE DE CAMARÃO (direita no meio)

Ingredientes:

*1 pacote de Conchilione

*250g de muçarela em cubinhos pequenos

* 800g de Camarão limpo

*2 tomates em cubinhos

*Molho de tomate 1 litro

*Cheiro verde picado

* 2 folhas de louro

*sal e pimenta do reino a gosto

*2 colheres de dopade azeite.

*2 grãos de alho picado

*1 cebola média picada

*Modo de preparo....

Pegue uma panela grande, encha de água e coloque pra ferver, em seguida despeje os Conchiliones e de uma pré cozida. Escorra. Em outra panela coloque o azeite, ligue o fogo, as folhas de louro, o alho, deixe dar uma fritada, em seguida, a cebola, deixe

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murchar, agora ponha o Camarão, deixe o fogo agora no alto, o sal e a pimenta do reino, misture bem, ponha os tomates, quando perceber que os tomates já deram uma aquecida, desligue e coloque o cheiro verde. Agora pegue um refratário, unte com azeite, coloque o fundo de molho, guarde metade para jogar por cima.

Vá pegando os Conchiliones, coloque uns pedaços de muçarela e uma colher de sobremesa ou chá do Camarão refogado. Recheie todos por igual, Vá colocando no refratário e por cima o restante do molho.

Cubra com papel alumínio, coloque em banho maria numa assadeira, com água fervente, que caiba o refratário . Coloque em forno pré aquecido a 200°C, até que o molho comece a borbulhar. Tire do forno e coloque em seguida na mesa.

Sirva com parmesão.

SOBREMESA

MOUSSE DE CHOCOLATE... ABACATE COM CACAU (esquerda embaixo)

Ingredientes: *1 Abacate inteiro maduro * 1 colher de mel *2 colheres de sopa de cacau em pó.

Modo de preparo....... Colocar todos os ingredientes no liquidificador e bater bem. Despejar em taças e colocar na geladeira por 3 horas aproximadamente

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magazine 60+ #40 - Novembro-Dezembro/2022 - segunda capa

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