seção científica
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foram e são fundamentais para a educação nestes tempos ciberculturais, marcados pela pandemia e pelo ensino remoto. Frente à necessidade do isolamento físico imposto pela covid-19, passamos a nos dedicar integralmente ao ensino remoto, ampliando nossas redes sociotécnicas e promovendo novos arranjos sociomateriais para ensinar e aprender. O que vimos, vivemos e observamos em toda parte foi que muitos professores assumiram o protagonismo em todos os níveis de ensino em plataformas digitais. Uma palavra de ordem rapidamente se popularizou: home office. Redesenhamos os locais de trabalho e, também, aqueles de estudo. Os professores converteram suas casas, ou um ambiente dela, em “sala de aula”. Muitos passaram a produzir e distribuir conteúdo para seus alunos. Processos interativos foram remixados para garantir o contínuo diálogo nas aulas remotas. As lives se popularizaram e os debates de toda ordem, com diversidade de temas, agregaram novas
atuações educacionais. Os congressos científicos se multiplicaram, agregando comunidades escolares e público em geral. Centenas de artigos científicos, livros, capítulos de livros, dossiês em revistas especializadas, entrevistas em diversas mídias, podcasts, foram produzidos e publicados por professores que estudaram o contexto da educação na pandemia. As reuniões administrativas escolares ganharam novos formatos nas plataformas comunicacionais. Enfim, as atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão foram intensificadas. Nenhuma atividade foi paralisada. E os professores ainda assumiram a função de orientar parentes e alunos no combate às fake news e nos cuidados com a saúde física e mental. Este protagonismo dos professores teve um imenso custo financeiro. Salvo uma ou outra iniciativa tímida de governos ou das instituições educacionais, os professores tiveram que arcar com os custos do ensino remoto: adaptar o espaço de trabalho em casa, adquirir e manter os