Revista Ruminantes 43

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#43 | out. nov. dez. 2021

REVISTA RUMINANTES

ALIMENTAÇÃO | VACAS DE LEITE

A GORDURA DO LEITE E A ALIMENTAÇÃO DAS VACAS

A INDUÇÃO DO SÍNDROME DA DEPRESSÃO DO TEOR DE GORDURA DO LEITE (SDG) PODE SER UMA BOA TÉCNICA DE MANEIO SOB DETERMINADAS CONDIÇÕES. CONTUDO, FREQUENTEMENTE, A INCIDÊNCIA DO SDG REPRESENTA UMA DIMINUIÇÃO DA VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DO LEITE E UMA PERDA DE RENDIMENTO PARA A EXPLORAÇÃO. POR ESSA RAZÃO, TODAS AS ESTRATÉGIAS QUE POSSAM SER DESENVOLVIDAS PARA EVITÁ-LO SÃO IMPORTANTES E APRECIADAS PELOS PRODUTORES DE LEITE.

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MANUEL D. SALGUEIRO Engenheiro Zootécnico Cevargado - Alimentos Compostos Unipessoal, Lda. diogo.salgueiro@cevargado.pt

rovavelmente, de todos os constituintes do leite, a gordura será o mais controverso. Sendo a sua principal fonte de energia (Bauman & Griinari, 2003), foi dos primeiros a ser utilizado no fabrico de vários derivados lácteos (Gerbault, et al., 2013). No entanto, também é o que mais tem contribuído para a controvérsia da influência negativa do leite e produtos lácteos na saúde dos consumidores (Lordan, et al., 2018; Huth & Park, 2012). Essa controvérsia provém de investigações passadas, relacionando o teor elevado de 036

ácidos gordos saturados do leite com o possível aumento do colesterol LDL e, por isso, com um maior risco de incidência de doenças cardiovasculares (Lordan, et al., 2018). Além disso, as recomendações alimentares provenientes de instituições de vários países, na segunda metade do séc. XX, aconselhando diminuir a ingestão de lípidos saturados e colesterol total, abalaram fortemente a confiança dos consumidores neste alimento e seus derivados (Jenkins & McGuire, 2006). Contudo, investigações recentes têm vindo a comprovar os benefícios do consumo de leite e produtos lácteos, bem como a


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