NOVOS MODELOS
MERCEDES-AMG EQE EMOÇÕES CRUZADAS
A Mercedes volta a unir as suas duas marcas, EQ e AMG, com imagens aparentemente contrárias, mas que juntas trazem novas emoções à marca alemã, unindo alta performance e energias renováveis com a roupagem do EQE, o seu mais recente modelo elétrico.
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uando foi criada, a AMG era uma casa de tuning independente, que resolveu especializar-se em carros da Mercedes-Benz, melhorando motores V8 e V12 para entregar mais potência. O sucesso dos seus modelos foi tal que, eventualmente, foi comprada e integrada na Mercedes como sua divisão desportiva e de veículos de alta performance. No entanto, grandes e gastadores motores V8 e V12 não são compatíveis com o mundo atual, pelo que a AMG virou-se para a nova gama EQ para extrair o máximo potencial desta tecnologia. E depois do EQS, é agora a vez do EQE ganhar versões AMG, com mais de 680 cv. A Mercedes propõe duas versões com o selo AMG para a sua berlina executiva elétrica: o EQE 43 4Matic e o EQE 53 4Matic+. Ambas estão equipados com dois motores elétricos, um em cada eixo (daí o uso do nome 4Matic para versões com tração às quatro rodas), com um design otimizado para reduzir o calor produzido pelo seu uso a alta velocidade, o que assegura um melhor acesso a níveis elevados de potência. O conjunto dos dois motores também ajuda o EQE a atingir um equilíbrio de peso perfeito entre a frente e a traseira. Na versão de entrada, o Mercedes-AMG EQE 43 ofe-
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rece uma potência total de 350 kW (476 cv), com um binário de 858 Nm e capaz de atingir os 100 km/hora em apenas 4,2 segundos. Já o EQE 53 salta para os 460 kW (626 cv), com 950 Nm de binário e atingindo os 100 km/h em 3,5 segundos. Esta versão de topo pode ainda ser equipada com o pacote AMG Dynamic Plus, que faz a potência saltar temporariamente para os 505 kW (681 cv), pulverizando os 612 cv e igualando os 1000 Nm de binário do motor V12 do S 65 AMG. Com este sistema, o EQE 53 com o selo AMG chega aos 100 km/h em 3,3 segundos, vê a velocidade máxima desbloqueada até aos 240 km/h e o condutor sente a simulação do ronco de um motor a gasolina de alta capacidade. A bateria de 90,6 kWh garante uma autonomia mista até 462 quilómetros, e pode ser recarregada num carregador público até 170 kW (180 km de carga em 15 minutos) ou num carregador trifásico caseiro de 22 kW. Na recuperação da energia de travagem, consegue recuperar até 260 kW de energia. Para garantir um comportamento desportivo com uma direção precisa, o EQE da AMG está equipado com um eixo traseiro direcional, com 3,6 graus de abertura. A suspensão pneumática adaptativa com amortecedores ajustáveis também está disponível, com suspensão multibraços em ambos os eixos, e preparada para reduzir a resistência aerodinâmica e o consumo energético. O condutor pode escolher entre cinco modos de condução: Slippery (para chuva ou terra), Comfort, Sport, Sport+ e Individual (programável de acordo com as especificações do condutor). As jantes de 21 polegadas escondem discos com diâmetro de 440 milímetros nas rodas traseiras. Preparado tanto para a condução nos limites como para uma utilização diária confortável, o AMG EQE 43 e o AMG EQE 53 prometem tornar os carros elétricos da Mercedes apetecíveis para os amantes da velocidade mas que até aqui ainda poderiam estar reticentes quanto a apostar num carro elétrico.
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