Até porque há muita gente, muita empresa que, de repente, acordou para esta necessidade e, por isso, sinto mais necessidade de gente para nos dar as ferramentas e as respostas, do que de pessoas para as utilizar”, esclarece. Toda esta mudança, admite, acaba por ser uma vantagem para quem tem de gerir. “Em termos de gestão, eu consigo ver tudo. É uma dinâmica completamente diferente”, considera, frisando que, no entanto, “tem de ser continuada porque é uma dinâmica viva”. Com esta alteração, Lino Ferreira admite notar uma rotação menor de colaboradores. “As pessoas vão gostando e ficando”, conta, sublinhando que, para isso, a empresa aposta em proporcionar boas condições de trabalho. “Em tudo o que a empresa promove procura ter o envolvimento das pessoas. Não tomo decisões sem envolver as pessoas que considero importantes”, explica, contando que, por outro lado, a empresa aposta também em horários ligeiramente flexíveis, de forma a evitar o excesso de stress e de pressão. “Percebemos que a nova geração gosta mais assim. As pessoas têm de ser responsáveis pelo trabalho e, meia hora de flexibilidade para a empresa não prejudica nada, mas para as pessoas pode ser muito importante, até para evitar o stress que as novas vidas muitas vezes têm”. Por outro lado, “procuramos dar importância às pessoas, ouvi-las, criar esse espírito na empresa. Muitas vezes, as empresas olham para as pessoas como números e isso não pode ser. Os colaboradores é que fazem a diferença nas empresas”, sustenta.
JDD Moldes: Pessoas ligadas às tecnologias A JDD Moldes, de Oliveira de Azeméis, já leva 35 anos de atividade no fabrico de moldes para a indústria de plásticos. Tem cerca de 70 colaboradores e trabalha, essencialmente, para o ramo automóvel. Hugo Pinto, responsável comercial e financeiro, conta que a digitalização tem sido um processo gradual na história da empresa que, a esse nível, procura manter-se na vanguarda. Mas as novas ferramentas tecnológicas que hoje marcam o dia-a-dia dos negócios levaram a uma nova abordagem no que diz respeito aos colaboradores. Hoje, quando a empresa recruta, procura pessoas “que trabalhem num ambiente de exportação e internacionalização, que saibam e consigam ter capacidade de falar línguas e manusear e lidar com os computadores e com as novas tendências”. É que hoje, admite, a tecnologia permite toda uma nova forma de comunicar, seja para o interior, seja para o exterior. Inclusivamente com os clientes. “A comunicação com o cliente, e a nível global, faz com que não seja preciso a deslocação para reuniões presenciais porque, neste momento, conseguimos reunir via ‘conference’, através da internet. Conseguimos, por exemplo, partilhar o ambiente de trabalho de uma forma muito fácil entre todos os membros que estão a participar na conferência, conseguimos explicar e ter reuniões através das novas tecnologias e isso veio alterar muito”, explica.
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