Quanto aos bolseiros, o responsável admite que, por vezes, até necessitariam de mais, em determinadas áreas, como, por exemplo, engenharia mecânica ou de materiais. Mas tem noção de que essa carência é também sentida pelas empresas. Uma das formas de tentar colmatar essa necessidade é o recurso aos estudantes internacionais que o IPL acolhe, seja de dentro ou de fora da Europa. “Dependendo dos projetos, uns ficam mais tempo, outros ficam menos”, esclarece. Mas considera que “o trabalho faz-se de pessoas”, explicando que, para além da carência que sentem, por vezes, em encontrar os tais bolseiros, há também o risco das candidaturas não serem aprovadas e ser necessário prescindir de pessoas. “A nossa aflição maior é sempre essa”, admite. Para já, os jovens que ali trabalham, ligados à investigação relacionada com a fabricação aditiva, estão integrados em projetos que são, normalmente, em consórcio com empresas. Dá exemplos: o centro lidera, de momento, um projeto mobilizador na área do fabrico aditivo, o ‘Add.Additive Manufacturing to Portuguese Industry’, centrado na investigação e desenvolvimento; e um outro, em conjunto com a Fundação Ciência e Tecnologia, que se designa por Portuguese Additive Manufacturing Initiative (PAMI). Este último conta, é uma infraestrutura cientifico-tecnológica, sendo das 40 do género aprovadas em Portugal, a única que se dedica à questão do fabrico aditivo. “Para nós, este projeto foi emblemático porque integra universidades e nós somos os líderes”, afirma.
Opinião
“Tudo se resume ao grande tema que é a Indústria 4.0” Joaquim Alves
JABA-Translations
No mundo em que vivemos, tudo se resume, neste momento, ao grande tema que é a ‘Indústria 4.0’. Na nossa área também transformámos isso, um pouco, na tradução 4.0, no sentido em que reflete exatamente a sua parte central - a digitalização. Ou seja, toda a comunicação, informação e acesso rápido se integram na nossa tradução 4.0. Tudo o que é suportado em papel, eu diria que morreu ou está a morrer. O que criamos, fazemo-lo no que é a ‘internet das coisas’ e a informação tem de estar lá e com grande rapidez. E por informação entenda-se tudo o que são conteúdos: técnicos, para venda, para marketing ou consumo interno. Mas a tradução é apenas parte de um processo. No caso da JABA, assumimo-nos não apenas como uma empresa de tradução, mas sim de comunicação global, uma vez que nos inserimos 100% na indústria, daí o conceito tradução 4.0. Na perspetiva da digitalização aplicada ao mercado, na maioria das vezes, constatamos que o cliente sabe o que quer, mas não sabe o que precisa. São duas coisas diferentes. Ou nós sabemos interpretar o cliente e quando nos diz o que quer, conseguimos transformar isso no que precisa, ou usamos as soluções que, digamos, temos na ‘prateleira’. Mas estas só existem porque alguém teve um problema. São os problemas que fazem com que nós tenhamos de arranjar soluções. Ou seja, a fonte das soluções que desenvolvemos são sempre os clientes.
Artur Mateus
- CDRSP
E nesta lógica da digitalização, essas soluções vão surgir, cada vez mais, sob a forma de catálogos online. Hoje é indispensável ter online listas de produtos, de artigos, de serviços, de forma a dar uma resposta rápida às necessidades do mercado.
TECH i9 | 49