Moldoplástico: Evolução tecnológica obriga as empresas a mudar Foi em 1955 que foi criada a Moldoplástico, empresa de Oliveira de Azeméis, que se dedica ao fabrico de moldes para plásticos e realiza ensaios para validação do produto. Tem, atualmente, cerca de 155 colaboradores. Para Miguel Lima, diretor técnico e comercial, “a evolução tecnológica tem obrigado as empresas a mudar”. A comunicação é um dos exemplos que dá. “Quando entrei, comunicava-se muito através de fax e hoje isso está completamente ultrapassado”, explica. O processo de digitalização da empresa foi sendo construído de uma forma gradual, com a adoção de tecnologias sempre que foi sendo necessário e, no seu entender, não foi nunca uma questão problemática. Até para os colaboradores foi uma questão de adaptação. “Hoje em dia, já toda a gente trabalha com o computador, trocam-se emails internamente, já não há a distribuição de papel”, conta. O mesmo, relata, se passa em relação ao contacto com os clientes e à produção. “Hoje é mais fácil trabalhar com os clientes através de imagens ou esquemas. O próprio desenho que dá origem ao molde é feito de uma forma digital. Depois, é tudo virtual e é transposto em forma de produção para o aço, para se fazer a forma que se pretende no molde”, explica.
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No que diz respeito ao cliente, cada caso é um caso. “Alguns não querem discutir muito o molde, mas há outros que, semanalmente ou de 15 em 15 dias, querem que se mostre como está a evolução do desenho ou da produção. E, com recurso às tecnologias que hoje estão disponíveis, podemos tirar fotografias da produção e enviar juntamente com o planeamento. Mas hoje até por partilha de ecrã se mostra o desenho e se discute a melhor solução”, conta. Esta partilha de informação agiliza de tal forma o processo que se evitam muitas viagens, seja do cliente à fábrica, seja o inverso. “Temos muitos casos em que, no arranque dos projetos, fazemos partilha de informação e reuniões técnicas através da partilha de ecrã”, conta.
Base de dados
Uma das vantagens resultante desta mudança tecnológica que destaca é a criação de uma base de dados na empresa, à qual o acesso é fácil. “O papel, apesar de fácil de arquivar, não é fácil depois de ir buscar. Com a tecnologia, a informação que existe pode ser repetida muito mais facilmente e o acesso a ela também é mais fácil”, considera. E isto mudou também o paradigma de produção. “Antigamente, o desenho ia ajudar a produção. A produção tinha de fazer muitas afinações aos desenhos 2D que, se não ficassem muito bem documentados, não seria fácil ter essa informação disponível.