FOTO: EROFIO
Além do fabrico aditivo, a empresa tem apostado no desenvolvimento de outras tecnologias, sempre com o objetivo de assegurar o rigor e a qualidade do que faz. Um dos exemplos que Manuel Novo dá é a injeção, com a criação da Erofio Atlântico em 2000. As primeiras máquinas foram adquiridas para fazer os ensaios dos moldes. “Queríamos mais tempo de máquina para poder garantir o rigor dos nossos moldes, mas as empresas de ensaios tinham outros compromissos e não havia essa disponibilidade. Por isso, adquirimos três máquinas”, recorda. Dos ensaios passaram a fazer também pré-séries, para rentabilizar o investimento e, presentemente, é uma unidade totalmente dedicada à fabricação de plástico com mais de 90 trabalhadores. “Vamos vendo por onde caminham as tecnologias e como lá chegamos com os meios que temos”, explica Manuel Novo. Pedro Lourenço adianta que, a par destes investimentos, a empresa tem também em marcha a criação de novos produtos e serviços. “Com o tempo, vamos procurando alargar as nossas competências e a nossa presença na cadeia de valor, reforçando a nossa diferenciação e aproveitando as oportunidades que surgem”, afirma. Para Manuel Novo, o rumo que a empresa tem seguido está a prepará-la para o futuro. “Imaginamos que será por aqui a indústria do futuro”, considera, frisando que, no entanto, os mais recentes acontecimentos à escala global – desde a pandemia à guerra na Ucrânia – colocam grandes reservas em relação aos próximos tempos. “Definir uma estratégia é hoje muito complicado devido a toda esta incerteza, no entanto o caminho que estamos a seguir parece ser, até agora, o mais adequado”.
“VAMOS VENDO POR ONDE CAMINHAM AS TECNOLOGIAS E COMO LÁ CHEGAMOS COM OS MEIOS QUE TEMOS”.
DRT: Racionalidade nas decisões é fulcral para ganhar competitividade A mudança é veloz, pautada pela batuta das tecnologias. Mas são estas que permitem às empresas um controlo em tempo real dos processos produtivos. E esta informação permite algo fulcral para o sucesso das organizações: a racionalidade nas decisões. Valdemar Duarte, da DRT, considera que o ‘feeling’ que, no passado, orientava os responsáveis das empresas a definir o seu rumo deve ser, e muito rapidamente, substituído por tomadas de decisão baseadas em factos e dados reais. A digitalização é, na sua perspetiva, o grande aliado dos empresários e, por isso, é preciso avançar para ela sem receios, de forma a alcançar competitividade. “É preciso que os empresários estejam atentos: à mudança, por um lado, e ao que os pode ajudar, por outro”, afirma.
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